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sexta-feira, 5 de abril de 2013

QUAIS OUTRAS FIGURAS RELIGIOSAS TAMBÉM FORAM CRUCIFICADAS ?




Antes de Cristo, várias divindades em épocas e regiões bem diferentes entre si foram descritas sofrendo o mesmo castigo.


Essa punição era muito popular na Antiguidade para reprimir escravos, ladrões e indivíduos que ameaçassem o poder do Estado.


A coincidência de ter sido adotada em vários relatos de figuras messiânicas pode ser explicada pelo registro oral dessas histórias – que eram contadas, mudadas e recontadas até, enfim, serem registradas por escrito anos depois.


Nesse meio-tempo, acabavam influenciando umas às outras. Para alguns pesquisadores, esses casos provam como o cristianismo absorveu outras referências anteriores para “montar” a simbologia em torno de Jesus.


Pegaram para Cristo – histórias de crucificados muito parecidas com a de Jesus.





Serpente alada

  • Divindade: Quetzalcóatl
  • Onde: México
  • Quando: 587 A.C.

Venerado por astecas, toltecas e maias, seu nome combina “quetzal” (uma ave nativa, com belas plumas) e “cóatl” (serpente). Também nasceu de uma mãe virgem para livrar os homens de seus pecados. Foi batizado na água, ungido com óleos e jejuou por 40 dias. Crucificado entre dois ladrões, renasceu e subiu aos céus.


Imagem de Esus no Pilar dos Banqueiros



Entre os animais

  • Divindade: Esus
  • Onde: Bretanha
  • Quando: 834 A.C.

Nasceu da virgem Mayence, hoje representada como uma santa envolta em 12 estrelas e uma serpente aos pés. Foi crucificado em um carvalho, considerada “a árvore da vida”, entre um elefante (que simbolizaria a magnitude dos pecados da humanidade) e um cordeiro (alusão à pureza de quem se oferece para o sacrifício divino).


O poeta romano Lucano (39-65) não estabelece de que maneira Esus (essa é a grafia correta) teria morrido.




Sofrimento sem fim

  • Divindade: Prometeu
  • Onde: Grécia
  • Quando: Não é possível estabelecer uma data para a sua morte

Foi o Titã que libertou e “iluminou” a raça humana ao lhe dar o fogo dos deuses. Por essa ousadia, foi condenado por Zeus a viver pregado numa rocha, com o fígado devorado por uma águia. Para os gregos, era nesse órgão que ficavam os sentimentos, e não no coração.




Três em um

  • Divindade: Bali
  • Onde: Índia
  • Quando: 725 A.C.

Segundo o historiador Godfrey Higgins, a cidade de Mahabalipore, na Índia, traz registros dessa crucificação, que também teria servido para limpar nossos pecados. “Bali” significa “Segundo Senhor” – ele integrava uma trindade que compunha um só Deus. Era cultuado como Deus e como filho Dele.




Amai a todos

  • Divindade: Indra
  • Onde: Tibete
  • Quando: 725 A.C.

Sua mãe, virgem, era negra. Indra também. Acreditava-se que ele tinha poderes extraordinários, como prever o futuro, andar sobre as águas e levitar. Indra era um deus guerreiro, que não pregava a paz, e defendia que a castidade era o único caminho para se tornar santo.




Já vi essa história...

  • Divindade: Krishna
  • Onde: Índia
  • Quando: 900 A.C.

Tem muitos pontos em comum com Jesus. Segundo textos hindus, como o Bhagavata Purana e o Mahabaratha, seu nascimento estava previsto em um livro sagrado. Para evitar que a profecia se concretizasse, o governante da região mandou matar todos os recém-nascidos. Sua mãe era uma virgem de origem humilde, que recebeu a visita de pastores quando deu à luz. 

Krishna peregrinou por regiões rurais dando sermões, curando doentes e operando milagres, como a multiplicação de peixes. Recomendava aos discípulos que amassem seus inimigos. Segundo alguns relatos, teria sido crucificado – assim como Jesus, entre dois ladrões e aos 33 anos. Ressuscitou no terceiro dia e subiu aos céus, mas avisou que ainda voltaria à Terra.


Em uma segunda versão dos fatos, Krishna teria sido vítima de flechada, aos 125 anos. Sua mãe, Devaki, não era virgem.


Mão santa

  • Divindade: Sakia
  • Onde: Índia
  • Quando: 600 A.C.

Nasceu para expiar os pecados do mundo e sua mãe era chamada por seus seguidores de Virgem Sagrada. Assim como Jesus, operou milagres e curou doentes. Foi tentado pelo diabo e deixou mandamentos como “não matarás”, “não roubarás”, “não pecarás”, “não cometerás adultério” e “não mentirás”. Ficou eternizado pelo símbolo da cruz.




Esposa exemplar

  • Divindade: Alceste
  • Onde: Grécia
  • Quando: 600 A.C.

É o único caso de que se tem relato sobre uma mulher sendo crucificada para livrar a humanidade dos próprios pecados. Ela também era parte de uma Santíssima Trindade. A morte da deusa gera controvérsia: algumas versões defendem que ela deu a vida para salvar o marido, Eurípedes. Como recompensa, teria ressuscitado ainda mais bela. Humana, Alceste teria sido levada pelo deus da morte, Tanatos.


Fonte: The Odd Index, de Stephen J. Spignesi. Consultoria: André Leonardo Chevitarese, professor do Instituto de História da UFRJ e autor de Cristianismos: Questões e Debates Metodológicos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O AGNÓSTICO NATAL



por Robert G. Ingersoll

O Journal, New York, 25 de dezembro de 1892.

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NOVAMENTE celebramos a vitória da luz sobre as trevas, do Deus de dia sobre os anfitriões da noite. Mais uma vez Sansão é vitorioso sobre Dalila, e os triunfos de Hércules mais uma vez sobre Omphale. No abraço de Isis, Osíris ressuscita dentre os mortos, eo Typhon carrancudo é derrotado mais uma vez. Novamente Apollo, com infalível pontaria, com sua flecha da aljava de luz, destrói a serpente de sombra. Este é o festival de Thor, de Baldur e de Prometeu. Novamente Buda por um milagre escapa do tirano de Madura, Zoroastro frustra o Rei, Baco ri da raiva de Cadmo, e Chrishna ilude o tirano. 

Este é o festival do deus-sol, e, como tal deixar sua observância universais. 

Este é o grande dia da primeira religião, a mãe de todas as religiões - a adoração do sol. 

Adoração do sol não é apenas o primeiro, mas o mais natural e mais razoável de todos. E não só a mais natural ea mais razoável, mas de longe o mais poético, o mais bonito. 

O sol é o deus de benefícios, de crescimento, de vida, de calor, de felicidade, de alegria. O sol é o que tudo vê, a tudo-piedade, o todo-amoroso. 

Este Deus brilhante não conhecia o ódio, a malícia, nunca procurou por vingança. 

Todas as más qualidades eram de mama do Deus da escuridão, da sombra, da noite. E por isso eu digo novamente, este é o festival de luz. Este é o aniversário do triunfo do Sol sobre as hostes das trevas. 

Esperemos para o triunfo da Luz - de Direito e Razão - para a vitória de Fato sobre a mentira, da ciência sobre a superstição.
E assim esperando, vamos celebrar o festival venerável do sol. -


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