domingo, 31 de julho de 2016

INSPIRAÇÃO DIVINA - O QUE É ISSO?



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Não antes do terceiro século supunha-se ou acreditava-se que os livros compondo o Novo Testamento eram inspirados. 

Devemos lembrar que havia grande número de livros, de Evangelhos, Epístolas, Atos e entre estes, os "inspirados" eram escolhidos por homens "não-inspirados". 

Entre os "Pais do Cristianismo" havia grandes diferenças de opinião sobre quais seriam os livros inspirados; havia muitas discussões cheias de ódio. 

Muitos livros que hoje são considerados espúrios, eram tidos nos primórdios como divinos, e alguns dos hoje considerados inspirados eram considerados espúrios. 

Muitos dos antigos cristãos e alguns dos pais repudiaram o Evangelho de João, as Epístolasa os hebreus, Jade, James, Pedro e a Revelação de São João. 

Por outro lado, muitos deles tinham os Evangelhos dos hebreus, dos egípcios, os Ensinamentos de Pedro, os Pastores de Hermas, as Epístolas de Barnabé, o Pastor de Hermas, s Revelação de Paulo, as Epístolas de Clemente, o Evangelho de Clemente como livros inspirados, igualáveis aos melhores. 

De todos esses livros e de muitos outros, os cristãos escolheram quais os "inspirados". 

Os homens que fizeram a seleção eram ignorantes e supersticiosos. Eram crentes convictos no miraculoso. Pensavam que doenças podiam ser curadas colocando-se sobre o paciente um lenço que supunham ter pertencido a um apóstolo, ou os ossos de um morto. 

Acreditavam na fábula de fênix, e que as hienas mudavam de sexo todos os anos. 

Seriam os homens que fizeram a seleção há muitos séculos, inspirados? Seriam eles -- ignorantes, supersticiosos, estúpidos e maliciosos -- mais qualificados para julgar a "inspiração" que os estudantes do nosso tempo? Por que teríamos de seguir suas opiniões? Não poderíamos nós mesmos escolher?




Erasmo, um dos líderes da Reforma declarou que a Epístola aos hebreus não havia sido escrita por Paulo, e negava a inspiração do segundo e terceiro livros de João, e também da Revelação.


Lutero tinha a mesma opinião. Declarou James ser uma Epístola de palha e negou a inspiração da Revelação. Zwinglius rejeitou o livro da Revelação e até Calvino negou que Paulo fosse o autor de Hebreus. 

A verdade é que os protestantes não concordaram com quais os livros que eram inspirados até o ano de 1647, na Assembléia de Westminster. 

Para provar que um livro é inspirado você precisa provar a existência de Deus. Deve provar também que este Deus pensa, age, objeta, tem fins e meios. Isto é um tanto difícil. 

É impossível conceber um deus infinito. Não havendo conceito de um ser infinito, é impossível dizer se todos os fatos que sabemos tendem a provar ou não a existência de tal ser. 

Deus é uma suposição. Se a existência de Deus é admitida, como poderemos provar que ele inspirou os escritores dos livros da Bíblia? 

Como pode um homem estabelecer a inspiração de um outro? Como pode um homem estabelecer que ele próprio é inspirado? Não há como provar o fato da inspiração. A única evidência é a palavra de alguns homens que não poderiam de maneira alguma saber sobre a questão. 

O que é inspiração? Usaria Deus o homem como instrumento? Usaria-o para escrever suas idéias? Tomaria ele posse das nossas idéias para destruir nosso arbítrio? 

Eram esses escritores controlados parcialmente, de modo que seus erros, sua ignorância e seus preconceitos foram diminuídos pela sabedoria de Deus? 

Como poderíamos separar os erros do homem da sabedoria de Deus? Poderíamos fazer isto sem sermos nós mesmos inspirados? Se os escritores originais eram inspirados, então os tradutores deveriam também sê-lo, e também as pessoas que nos dizem o significado da Bíblia.


Como pode um ser humano saber que ele é inspirado por um ser infinito? Mas de uma coisa podemos ter certeza: um livro inspirado deveria de todas as maneiras exceder todos os livros já escritos por homens não inspirados. Deveria estar acima de tudo, deveria conter a verdade, cheio de sabedoria, beleza. 


Muitos sacerdotes me questionam como posso ser tão mau em atacar a Bíblia.

Vou dizer a você: Este livro, a Bíblia, tem perseguido até a morte, os mais inteligentes, os melhores. Este livro obstruiu e dificultou o progresso da espécie humana. Este livro envenenou as fontes do aprendizado e desviou as energias do homem. 

Este livro é inimigo da liberdade, o suporte da escravidão.

Este livro semeou as sementes do ódio dentro de famílias e nações, alimentou as chamas da guerra e empobreceu o mundo. 

Este livro é o livro de cabeceira de reis e tiranos -- o escravizador de mulheres e crianças. 

Este livro corrompeu parlamentos e cortes. 

Este livro fez de colégios e universidades os professores do erro e os inimigos da ciência. 

Este livro encheu a cristandade com seitas cruéis, cheias de ódio e guerreiras. 

Este livro ensinou homens a matar seus semelhantes por motivos religiosos. 

Este livro fundou a Inquisição, seus instrumentos de tortura, construiu as masmorras, nas quais os bons e justos pereceram, forjou as correntes que rasgavam suas carnes, erigiu os patíbulos onde eles eram assassinados. 

Este livro juntou pilhas de lenha nos pés dos homens justos. Este livro baniu a razão da mente de milhões e encheu os asilos com os insanos.


Este livro fez pais e mães derramar o sangue de seus bebês. 


Este livro foi a justificativa que se dava para separar a mãe escrava de seu bebê. 

Este livro encheu os navios mercantes e fez da carne humana mercadoria. 

Este livro acendeu as fogueiras que queimaram as "bruxas" e "feiticeiras".

Este livro preencheu a escuridão com fantasmas e os corpos de homens e mulheres com demônios. 

Este livro poluiu a alma humana com o infame dogma do sofrimento eterno. 

Este livro fez da credulidade a maior das virtudes e a investigação o pior dos crimes. 

Este livro encheu as nações com eremitas, monges e freiras -- com piedosos e inúteis. 

Este livro colocou santos sujos e ignorantes acima de filósofos e filantropos. 

Este livro ensinou o homem a desprezar as alegrias da vida para que pudesse ser feliz numa outra -- desperdiçar este mundo em benefício de um próximo. 

Eu ataco este livro porque ele é inimigo da liberdade -- a maior obstrução na frente do progresso da humanidade. 

Deixe-me fazer uma pergunta aos sacerdotes: Como vocês podem ser tão maus em defender este livro?







Fonte



Ensaio de Robert Ingersoll



Tradução: Afonso M. C. Amorim 


Fonte: 
infidels.org/library/historical/robert_ingersoll/about_the_holy_bible.html




POR QUE DEVERÍAMOS COLOCAR CRISTO NO ALTO E ACIMA DA ESPÉCIE HUMANA?




Era ele mais gentil e piedoso, mais modesto que Buda? Era ele mais sábio, enfrentou a morte com mais calma que Sócrates? Foi ele mais paciente, mais caridoso que Epicuro? 

Foi ele um maior filósofo, mais profundo pensador que Epicuro? De que maneira foi ele superior a Zoroastro? Foi ele mais gentil que Lao-Tsé, mais universal que Confúcio? 

Foram suas idéias de direitos humanos e deveres superiores a Zeno? Expressou ele maiores verdades que Cícero? Era sua mente mais sutil que a de Espinoza? Era sua mente igual à de Kepler ou Newton? 

Foi ele mais grandioso na morte, e mais sublime que Bruno? Foi ele, em inteligência, em força e beleza de expressão em profundidade nos pensamentos, em riqueza de exemplos, em aptidão para a compaixão, em conhecimento da mente e coração do homem, de todas as paixões, esperanças e medos, igual a Shakespeare, o maior da espécie humana? 

Se Cristo fosse de fato um Deus, ele saberia todo o futuro. Diante dele um panorama surgiria da história por vir. Eles saberia como suas palavras seriam interpretadas. 

Ele saberia quais crimes, quais horrores, quais infâmias seriam cometidas em seu nome. Ele saberia que as chamas famintas da perseguição subiriam pelos membros de inúmeros mártires. 

Ele saberia disto; milhares e milhares de bravos homens e mulheres iriam perecer nas masmorras escuras, cheias de dor. Ele saberia que sua igreja ia inventar e produzir os instrumentos de tortura; que seus seguidores iam usar o chicote e a lenha, as correntes e a tortura. 

Ele veria o horizonte do futuro lúgubre com as chamas dos autos da fé. Ele saberia que seus ensinamentos se espalhariam como fungos venenosos de cada texto. 

Ele veria as inúmeras ignorantes seitas brigando umas contra as outras. Veria milhares de homens, sob as ordens de padres, construindo prisões para seus semelhantes.

 Ele veria milhares de cadafalsos pingando o sangue dos mais nobres e bravos. 

 Ele veria seus seguidores usando os instrumentos de dor. 

Ouviria seus gemidos, veria suas faces pálidas, na agonia. 

Ouviria todos os gritos, lamentos e choros de todos os que sofriam, multidões de mártires. 

Ele conheceria os comentários seriam escritos em seu nome, com espadas, para ser lidas com a luz da fogueira. Ele saberia que a inquisição seria instalada baseada em palavras atribuídas a ele. 

Ele teria visto as interpolações - os acréscimos - as falsificações, que a hipocrisia relataria e escreveria. 

Ele veria todas as guerras que se desencadeariam, e saberia que em cima desses campos de morte, além dessas masmorras, além desses instrumentos de tortura, além dessas execuções, além dessas fogueiras, por mil anos tremularia a bandeira sangrenta da cruz. 

Ele saberia que a hipocrisia vestiria batina e seria coroada -- que a crueldade e credulidade mandariam no mundo; saberia que a liberdade seria banida do mundo; saberia que papas e reis, em seu nome, escravizariam almas e corpos dos homens; saberia que eles perseguiriam e destruiriam os descobridores, os pensadores, os inventores; saberia que a igreja apagaria a santa luz da razão e deixaria o mundo sem uma estrela. 

Veria seus discípulos cegando os olhos dos homens, esfolando-os vivos, amputando suas línguas, procurando por seus nervos mais doloridos. 

Saberia que em seu nome seus seguidores comercializariam carne humana; que berços seriam vendidos e seios das mulheres ficariam sem seus bebês, em troca de ouro. 

E no entanto, ele morreu com os lábios sem voz. 

Por que ele não falou? Por que ele não disse a seus discípulos e ao mundo: "Não torturarás, não aprisionarás, não queimarás em meu nome. Não perseguirás teu semelhante."?

 Por que ele não disse claramente: "Eu sou o filho de Deus." ou "Eu sou Deus"? 

 Por que não explicou a Trindade? 

Por que não explicou a forma de batismo que mais o agradava? 

Por que ele não escreveu suas regras? 

Por que não quebrou os grilhões dos escravos? 

Por que nem mencionou se o Velho Testamento era ou não era um trabalho inspirado de Deus? 

Por que ele não escreveu por si só o Novo Testamento? 

Por que deixou suas palavras entregues à ignorância, hipocrisia e acaso? 

Por que não disse nada de positivo, definitivo ou satisfatório sobre o outro mundo? 

Por que ele não transformou a esperança lacrimejante no céu no conhecimento orgulhoso sobre outra vida? 

Por que ele não nos falou nada sobre os direitos humanos, direito à liberdade de mãos e mentes? 

Por que ele foi para a morte de maneira dúbia, deixando o mundo à mercê da miséria e da dúvida? 

Eu direi a você. Supondo que ele existiu, era apenas um homem, e não sabia. 


Fonte



Ensaio de Robert Ingersoll


Tradução: Afonso M. C. Amorim 

Fonte: 
infidels.org/library/historical/robert_ingersoll/about_the_holy_bible.html





sábado, 30 de julho de 2016

É CRISTO UM EXEMPLO PARA NÓS?






Ele nunca exclamou uma palavra pela educação. Ele nem sequer insinuou nada sobre ciência. Ele nunca defendeu a indústria, economia e fez qualquer esforço para melhorar nossas condições neste mundo. Ele era inimigo do bem sucedido e do rico. Dives foi mandado para o inferno, não porque fosse mau, mas porque era rico. Lázaro foi para o céu, não porque fosse bom, mas porque era pobre. (1)


Lázaro e Dives , iluminação do Codex Aureus de Echternach



Cristo nunca se importou com escultura, pintura, música - e nenhuma arte. Nunca disse nada sobre obrigações de nação a nação, nada sobre os direitos do homem; nada sobre liberdade intelectual ou liberdade de expressão. Não disse coisa alguma sobre a santidade do lar; nenhuma palavra sobre a lareira; nenhuma palavra em favor do casamento, em honra da maternidade. 

Ele nunca casou. Vagava sem lar de lugar em lugar com uns poucos discípulos. Nenhum parecia engajado em qualquer trabalho que fosse útil e pareciam viver de esmolas. 

Todas as ligações humanas eram vistas com desprezo; este mundo era sacrificado em favor de um próximo; todos os esforços humanos eram desencorajados. Deus ajudaria e protegeria. 

Por fim, no crepúsculo da vida, Cristo, reconhecendo que se enganara, e chorou: "Meu Deus, meu Deus! Por que me abandonaste?" 

Temos consciência de que o homem depende se si mesmo. Ele deve preparar a terra; ele deve construir sua casa; ele deve arar e plantar; ele deve inventar; ele deve trabalhar com as mãos e mente; ele deve suplantar as dificuldades e obstáculos; ele deve conquistar e escravizar as forças da natureza de modo que ela faça o trabalho para o mundo.


Fonte



Ensaio de Robert Ingersoll



Tradução: Afonso M. C. Amorim 


Fonte: 
infidels.org/library/historical/robert_ingersoll/about_the_holy_bible.html




 (1) Jesus e o jovem rico é um episódio da vida de Jesus que trata da vida eterna. Ele pode ser encontrado nos três evangelhos sinópticos: Mateus 19:16-30, Marcos 10:17-31 e Lucas 18:18-30. É neste episódio que Jesus faz referência a «Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus» (Lucas 18:24-25), uma frase que se tornaria uma de suas mais famosas expressões.

Narrativa Bíblica

No Evangelho de Mateus, um jovem rico pergunta a Jesus quais atos levariam à "vida eterna". Primeiro Jesus recomenda ao rapaz que obedeça aos mandamentos. Quando ele responde que já os observa, Jesus então acrescenta:

«Se queres ser perfeito, vai vender tudo o que tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos céus; depois vem seguir-me.» (Mateus 19:21)

No Evangelho de Lucas, a reação foi uma das frases mais conhecidas de Jesus:

«Jesus, olhando-o, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.» (Lucas 18:18-30)


NOTA

Parábola do Rico e Lázaro


A "Parábola do Rico e Lázaro" é uma das mais conhecidas parábolas de Jesus e aparece somente em Lucas (Lucas 16:19-31). Ela conta sobre a relação, na vida e na morte, de um rico não nomeado e um pobre mendigo chamado Lázaro. Algumas tradições chamam o rico de "Dives", um engano, pois esta palavra é um termo latino para designar "homem rico" na Vulgata. Ele já foi chamado também de Neuēs (Nínive) e Fineas nos séculos III e IV. 

Os discípulos então perguntam a Jesus quem poderá ser salvo, ao que Ele responde: "O que é impossível aos homens, é possível a Deus."



sexta-feira, 29 de julho de 2016

A FILOSOFIA DE CRISTO










Milhões asseguram que a filosofia de Cristo é perfeita - que ele foi o mais sábio que já pregou. 

Vejamos: 

Não resistas ao mal. Se atingido numa face, oferece a outra. 

Há alguma sabedoria, alguma filosofia nisto? Cristo tira da bondade, da virtude, da verdade, o direito à autodefesa. Vício se torna dono do mundo, e o bom se torna vítima do infame. 

Nenhum homem tem direito à autodefesa, defender sua propriedade, sua esposa e crianças. governar se torna impossível e o mundo está à mercê dos criminosos. Há algo mais absurdo que isto? 

Ama teus inimigos. 

É possível isto? Será que qualquer ser humano já amou seu inimigo? Será que Cristo amou os seus quando ele os denunciou como hipócritas e víboras? 

Não podemos amar aqueles que nos odeiam. Ódio no coração dos outros não semeia amor nos nossos. Não resistir à maldade é absurdo; amar nossos inimigos é impossível. 

Não te preocupes com o sofrimento. 

A idéia é de que Deus tomaria conta de nós como ele tomava conta de pardais e lírios. Será que há um menor sentido nesta crença? 

Será que Deus cuida de alguém? 

Podemos viver sem nos preocupar com o sofrimento? Arar, semear, cultivar, colher, é se preocupar com o sofrimento. Nós planejamos e trabalhamos para o futuro de nossas crianças, para as gerações que estão por vir. Sem essas preocupações não haveria nenhum progresso, nenhuma civilização. O mundo retornaria às cavernas e às masmorras da selvageria. 

Se teu olho direito te ofende, tira-o fora. Se tua mão direita te ofende, corta-a fora. 

Por que? Por que é melhor que uma parte do corpo pereça a permitir que o corpo inteiro seja mandado para o inferno. 

Existe alguma sabedoria em aconselhar a retirar um olho ou amputar sua mão? É possível extrair desses ensinamentos esdrúxulos o menor grão de bom senso? 

Não jurais; nem pelos céus, porque este é o trono de Deus; nem pela terra, porque esta é o seu apoio; nem por Jerusalém, porque esta é a sua cidade sagrada.

 Aqui achamos a astronomia e a geologia de Cristo. O céu é o trono de Deus, o monarca; a terra é o seu apoio. um apoio que gira na velocidade de milhares de milhas por hora, e viaja pelo espaço a uma velocidade de mais de mil milhas por minuto! 

 Onde os Cristãos pensavam que o céu ficava? Por que seria Jerusalém uma cidade santa? Seria pelo fato de que seus habitantes eram ignorantes, rudes e supersticiosos? 

Se algum homem te atingir com a lei e tomar tua roupa, dá-lhe teu manto também. 

Há qualquer ensinamento, qualquer filosofia, qualquer bom senso nesta ordem? Não seria tão sensível quanto dizer: "Se um homem obtém um processo contra ti de cem dólares, dá a ele duzentos."? 

Só um louco seguiria este conselho. 

Não penses que vim trazer a paz para a terra. Não vim para trazer a paz, mas uma espada. Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe. 

Se isto é verdade, como o mundo seria melhor se ele ficasse fora. 

É possível que aquele que disse "Não resistas a ofensas", veio trazendo uma espada? aquele que disse "Ama teus inimigos" veio para destruir a paz no mundo? 

Colocar pai contra filho, e filha contra mãe -- que gloriosa missão! 

Ele trouxe uma espada e ela foi molhada por milhares de anos com sangue de inocentes. Em milhares de corações ele semeou a semente do ódio e vingança. Ele dividiu nações e famílias, apagou a luz da razão, petrificou os corações dos homens. 

E cada um que tenha abandonado sua casa, seus amigos, suas irmãs, ou pai, ou mãe, ou esposa, ou filhos, ou países, em meu nome, receberá cem vezes, e herdará a vida eterna. 

De acordo com os escritos de Mateus, Cristo, o compadecido, o piedoso, exclamou estas terríveis palavras. Seria possível que Cristo tivesse subornado com a vida eterna de alegrias aqueles que abandonassem seus pais, mães, esposas e filhos? Estaríamos nós para receber a felicidade eterna desertando aqueles que nos amam? Deveríamos arruinar um lar aqui para construir uma mansão lá?

 E no entanto, é dito que Cristo é um exemplo para o mundo. Teria ele desertado seu pai e mãe? Ele disse, referindo-se à sua mãe: "Mulher, o que tenho a ver contigo?" 

 Os fariseus disseram a Cristo: "É legal pagar tributo a César?" 

Cristo disse: "Mostra-me a moeda do tributo. Eles trouxeram para ele uma moeda. E eles disseram: É de César. E Cristo disse: Dá a César o que é de César". 

Será que Cristo pensou que a moeda era de César apenas porque possuía sua imagem estampada sobre ela? Pertenceria a moeda a César ou ao homem que a ganhara? Teria César o direito de requisitá-la só porque nela estava estampada a sua imagem? 

Não nos parece que por esta conversa que Cristo não entendia a real utilização e natureza do dinheiro? 

Podemos ainda afirmar que Cristo tenha sido o maior dos filósofos?



Fonte



Ensaio de Robert Ingersoll



Tradução: Afonso M. C. Amorim 

Fonte: 
infidels.org/library/historical/robert_ingersoll/about_the_holy_bible.html


quinta-feira, 14 de julho de 2016

A MORTE É A PULSÃO QUE ALIMENTA A FÉ

O objetivo primordial da religião é o controle e total domínio dos fiéis através do medo. O medo está na base de todas as religiões.

No cristianismo, onde já se nasce condenado a danação eterna pela transmissão do pecado original cometido pelo primeiro casal Adão e Eva, tem como objetivo conscientizar os pais da necessidade atual e iminente de batizarem seus filhos o mais cedo possível.

Dessa forma, além de "salvar" a criança nascida em poucas horas ou em poucos dias, demonstravam os pais e parentes próximos que eram temente a Deus e que seu filho seria criado e educado na religião cristã. Não sei de quem é a frase, mas que disse, disse muito bem: - "A morte é a pulsão que alimenta a fé e os padres os charlatães que a promovem".


Espírito Santo, remédio para medo, por Padre Paulo Ricardo.







A INCONGRUENTE DOUTRINA DA SANTÍSSIMA TRINDADE.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

A BÍBLIA COMO REGRA DE CONDUTA

A bíblia fechada é um livro como tantos outros, mas quando aberta e lida sem a interferência de um evangelizador para desviar a leitura pelos versículos que lhe convém, deixa de ser o livro dos livros, para ser um livro misógino, homofóbico, cruel, desalmado, violento, intolerante, antiético e imoral. Não indico este livro para crianças e adolescentes com a mente ainda em formação.

Torna-se vexatório para os evangelizadores que pregam que a bíblia é a palavra de um Deus clemente e misericordioso. Se de um lado defendem os cristãos que a bíblia deve ser pregada em tempo ou fora de tempo quer queiram ouvir, quer que não queiram, quer aceitem, quer não aceitem, quer se sintam constrangidos, quer não se sintam, de modo que os pecadores se arrependam se seus pecados, e se convertam a Cristo e se salvem (2 Timóteo 4, 1-5) a obediência de muitos mandamentos contidos na bíblia é o caminho mais curto para prisão.


Solidarizo-me com a proposta apresentada pela senadora Marta Suplicy, do famigerado Partido dos Trabalhadores, no Projeto de Lei nº. 122 (1) - Proibir a leitura da bíblia fora das igrejas. Os religiosos só poderiam falar dessas coisas  dentro dos templos. Os cristãos voltariam aos tempos dos guetos. Dezenas de milhões de cristãos ficariam proibidos de manifestar seu pensamento e sua fé livremente.

Vamos a alguns fatos vexatórios e constrangedores.


Praticar sexo com a empregada doméstica é um erro imperdoável para as esposas nos dias atuais e sem dúvidas, é motivo para o cônjuge traído pedir o divórcio. A traição amorosa dentro do próprio lar destrói a confiança e o próprio casamento. 

Mas nem sempre foi assim, sob as bênçãos divina a bíblia nos dá vários exemplos de fornicações fora do casamento e dentro do próprio lar com a permissividade das esposas. É o caso de Abraão que com a permissão de Sara, sua irmã e esposa, manteve relações sexuais com sua escrava egípcia Hagar (2) (Gêneses 16:15) e do bínubo Jacó com Bila, escrava de Raquel (Gêneses 30:4) e Zilpa escrava de Lia (Gêneses 30:9), todas cedidas gentilmente pelas esposas a seu marido em comum, para gerarem filhos.

Tanto Abraão como Jacó, foram agraciados pelas suas esposas com escravas sexuais pelo motivo de serem esposas estéril e não poderem dar filhos a seus maridos, com exceção de Lia, que deu de mão beijada a escrava Zilpa porque nutria inveja de sua irmã Raquel.

"Vendo, pois, Lia que cessava de ter filhos, tomou também a Zilpa, sua serva, e deu-a a Jacó por mulher. Gênesis 30:9 "

A história do casal Abraão e sua irmã Sara, com quem mantinha um casamento incestuoso é por demais extravagante. Por duas vezes Abraão convenceu Sara a prostituir-se em troca de bens.(3).






(1) O PLC 122/2006 criminaliza todo aquele que, por atos ou palavras, provocar algum tipo de violência, intimidação, vexame ou constrangimento aos homossexuais.

(2) Hagar significa estrangeira e indica uma pessoa que tende a errar muito porque age como se não tivesse nenhum envolvimento com o que está acontecendo.








segunda-feira, 30 de maio de 2016

LEIS BÍBLICAS


Pena de morte para virgens defloradas, palmadas para as crianças, regras para a poligamia... e uma política radical de juros. Conheça as leis mais curiosas da Bíblia. Tópico por tópico. Ao pé da letra.

POR Alexandre Versignassi, Tiago Cordeiro

A Bíblia não é apenas a Bíblia. Ela também funciona como uma espécie de Constituição. Natural: o Livro Sagrado não é exatamente um livro, mas uma coleção de 66 livros. Alguns são basicamente de histórias, caso do Gênesis, que narra o início dos tempos e as origens do povo de Israel. Outros não. Eram obras que, antes de entrarem para a Bíblia, tinham vida própria na forma de códigos de conduta. Ou seja: eram versões antigas, escritas entre o século 10 a.C. e 5 a.C., daquilo que hoje conhecemos como "código civil" e "código penal".

Esses códigos, essas leis, estão principalmente nos livros Deuteronômio e Levítico. Mas aparecem por praticamente toda a Bíblia, inclusive no Novo Testamento, escrito a partir do século 1 e que revisa boa parte dessas leis. Por essas, muitos preceitos bíblicos são contraditórios ou sujeitos a mais de uma interpretação. "No contexto em que foram escritos, porém, eles ajudaram a formar um povo com uma identidade tão forte que sobreviveria a séculos de diáspora e uma religião que dominaria o mundo ocidental", diz o historiador Marc Zvi Brettler, professor de estudos judaicos da Universidade Brandeis, nos EUA. Nas próximas páginas, vamos fazer uma viagem pelas leis daquele tempo e daquele espaço. É a Bíblia. Mas como você nunca leu.


MARIDOS & ESPOSAS

Poucas coisas mudaram tanto nos últimos 3 mil anos como a instituição do casamento. Então esse é o nosso primeiro tópico. Para começar, o Velho Testamento deixa claro que as mulheres deveriam ser funcionárias de seus maridos. Funcionárias mesmo: não só com deveres, mas com direitos também. Se uma esposa fosse "demitida" pelo parceiro, por exemplo, podia ganhar uma carta de recomendação, que a moça podia usar como trunfo na hora de tentar uma vaga de mulher de outro sujeito.

Não é exagero falar em "vaga": um homem podia ter tantas esposas quanto quisesse (ou melhor: quanto pudesse adquirir e sustentar). A poligamia era a regra. Tanto que o primeiro caso aparece logo no capítulo 4 do primeiro livro da Bíblia: "E tomou Lameque para si duas mulheres" (Gênesis).

A situação era tão comum que vários dos personagens mais importantes do Antigo Testamento viviam com mais de uma esposa sob o mesmo teto. Abraão acolhe uma segunda mulher a pedido de Sara, sua número 1, que não conseguia ter filhos. Depois a própria Sara dá à luz Isaac, enquanto a escrava Hagar tem Ismael. Nota: a tradição considera o primeiro como pai de todos os judeus e o segundo, patriarca dos povos árabes.

O caso de Jacó, filho de Isaac e também patriarca de todos os judeus, é o mais conhecido: ele casa com as irmãs Lea e Raquel, filhas de Labão. E compra o dote delas trabalhando no pastoreio do sogro por 14 anos - 7 anos de labuta por cada esposa.

Mas nunca na história do Livro Sagrado houve maior predador matrimonial que Salomão, o rei: foram 700 esposas. Setecentas de papel passado, já que o sábio soberano ainda mantinha 300 concubinas. E tudo isso sem pílula nem camisinha... Por isso mesmo o Deuterônimo traz regras para a distribuição de bens entre filhos de diferentes mulheres - os rebentos de mães com mais milhagem em anos de casamento ganham mais. E os primogênitos também. Mas por quê, afinal, a poligamia era a regra lá atrás? "Provavelmente porque havia mais mulheres do que homens entre os judeus, que com frequência estavam envolvidos em guerras violentas. A poligamia, então, era uma forma de garantir a manutenção da população", diz o historiador Richard Friedman, professor de estudos judaicos da Universidade da Geórgia. "Além disso, uma mulher solteira tinha pouquíssimas alternativas para sobreviver, a não ser se prostituir. Quando um único homem é provedor de várias mulheres, essa questão acaba minimizada."

O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas cartas, são Paulo recomenda que os líderes da nova comunidade cristã tenham apenas uma esposa porque "assim eles teriam mais tempo para dedicar aos fiéis". "O cristianismo só refuta a poligamia quando se aproxima do poder em Roma, que proibia a poligamia", afirma Brettler. Como escreve santo Agostinho no século 5, "em nosso tempo, e de acordo com o costume romano, não é mais permitido tomar outra esposa".

Escravas também tinham direitos: se um homem casava com uma de suas servas, só poderia se divorciar se vendesse a mulher para outro senhor. Bom para a mulher, já que evita a situação constrangedora de trabalhar para o ex - e de graça... Menos "feminista" é outra lei bíblica: quando um homem morre e deixa uma viúva, seu irmão deve casar com ela, para garantir que o patrimônio da família não se perca. O adultério, adivinhe, é crime - pudera: no Brasil mesmo era crime até 2005 (detenção de 15 dias a 6 meses, segundo o artigo 240 do Código Penal). A diferença é que lá a pena era de morte mesmo - para ambos os envolvidos na relação sexual fora da lei.

Mais brando é são Paulo, que dá orientações para o dia a dia do casal. Ele até diz que os homens são a cabeça da relação, mas pede que os maridos respeitem as esposas. Um grande salto para nas regras de matrimônio da Antiguidade.

SEXO


Além de polígamo, qualquer homem podia ter amantes, contanto que oficiais. Eram as concubinas. Jacó trabalhou 14 anos pela posse de suas duas mulheres - mas ganhou duas concubinas de bônus pelos bons serviços prestados. Uma série de regras estabelece como deve ser a vida sexual também: toda mulher tem de se casar virgem, ou então poderá ser dispensada pelo marido - por outro lado, se o marido acusar falsamente a esposa de não ter casado casta, deve permanecer com ela até o fim da vida. Para comprovar sua pureza, a acusada devia apresentar testemunhas dispostas a defender a limpidez do passado dela. As leis sexuais, enfim, eram bem abrangentes: "Quem tiver relações com um animal deve ser morto", diz o Êxodo. E masturbação também não pode. Como diz o sutil são Paulo: "A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao marido. E o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à esposa". "O sexo na Bíblia é cheio de contradições", diz o arqueólogo Michael Coogan, autor de God and Sex (Deus e o Sexo). "É de se desconfiar que fossem realmente levados a sério naquela época."




BÍBLIA S/A - NEGÓCIOS E FINANÇAS

A ética comercial do Livro Sagrado tem regras simples: não roubar nem trapacear no peso ou fazer nada que prejudique a outra parte. A cobrança de juros também é proibida. As ordens se repetem ao longo da Bíblia, sempre em tom firme: "Não tomarás dele juros nem ganho" (Levítico), "Não emprestando com usura, e não recebendo mais do que emprestou" (Ezequiel). E isso numa época em que a grande moeda corrente eram sacos de grãos. O fato é que a restrição à cobrança de juros é mais antiga do que a Bíblia. As leis da Babilônia, codificadas mil anos antes, já impunham tetos na cobrança de juros, provavelmente para evitar que os mais espertos enriquecessem à custa de empobrecer o resto da sociedade. Jesus, inclusive, radicaliza. Não só condena os juros como também a cobrança do principal (a quantia emprestada inicialmente): "E se emprestardes àqueles de quem esperais receber, que mérito há nisso?" (Lucas). Cristo, aliás, dá muita atenção à cobiça. "Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Mateus, 6:24), diz. E pede que seus seguidores façam como os lírios-do-campo, que recebem proteção e alimento da divindade sem precisar trabalhar. Também diz, para desespero de um fiel cheio de posses, um de seus maiores hits verbais: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos Céus". Mas existe uma exceção na política bíblica de juros: nos casos em que o empréstimo é concedido a um não-judeu ("um estranho", nas palavras do Deuterônimo), é permitido praticar a usura. Até por isso os judeus se tornaram os grandes banqueiros da Idade Média. Os cristãos também respeitavam a Bíblia, e não emprestavam a juros entre si (para eles, os "estranhos" eram os judeus). Mas num mundo sem juros o estímulo para conceder empréstimos é nulo. Então a maioria cristã pedia empréstimos para quem os concedia, a juros - as minorias judaicas. O fato de os judeus não terem direito à posse de terras também ajudava - emprestar a juros era uma das poucas formas de renda possíveis para quem não tinha como plantar para acumular excedentes.


Se o Livro Sagrado proíbe a cobrança de juros, mas só entre judeus, o mesmo vale para a escravidão. Você pode ter escravos, contanto que "sejam das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas", diz o Levítico. Mas havia uma exceção: era possível a um judeu endividado vender a si mesmo para o credor.


"A escravidão era comum entre todos os povos daquela área, mas os servos eram relativamente bem tratados, sem violência desnecessária. Os próprios israelitas seriam respeitados quando foram forçados ao exílio na Babilônia", afirma a historiadora Catherine Hezser, professora de história das religiões da Universidade de Londres e autora de Jewish Slavery in Antiquity (Escravidão Judaica na Antiguidade).


Por isso mesmo, os israelitas são orientados a conceder uma série de direitos a seus escravos, que servem por 6 anos, e no sétimo são libertados. Se ele for escravizado com a esposa, os dois são libertados juntos. Até para punir os indisciplinados existem regras - se o dono arrancasse um olho do servo, seria obrigado a libertá-lo (Êxodo). Ou seja: a Bíblia também servia como uma espécie de CLT para escravos


Mas a parte mais humanista nas relações de trabalho previstas na Bíblia é uma regra para os fazendeiros: sempre deixar sem colher as plantações das bordas do terreno. Para quê? Para que as pessoas mais pobres, sem-terra, possam aproveitar essa parte.










sábado, 7 de maio de 2016

NÃO EXISTEM ATEUS EM PANE DE AVIÃO








Há frases de efeito, que se não pararmos para pensar, corremos o risco de trilharmos por raciocínios incorretos, são as chamadas "pedacinhos de ouro", a exemplo do título deste artigo ou do tipo "Pais que levam o filho à igreja, não vão buscá-lo na cadeia". (*) 

Essa declaração é por demais apelativa. Quer significar que é impossível esquecer Deus nos momentos de aflição. Podemos ainda sustentar que o enunciado tem a tendência de mostrar a existência de Deus e a impossibilidade de ser negado. Talvez queira o teísta dizer que não há ateus, apenas pessoas de mal com Deus ou querendo sobressair-se, de forma a tornar-se diferente do pensamento dominante, mas diante do perigo iminente apelam para a misericórdia de Deus. Isso tem as cores de uma intimidação e está longe de ser um argumento em favor da existência de Deus.

Acho gozada essa afirmação, gostaria de saber se existem pesquisadores sérios que se debruçaram sobre essa questão e contribuíram com artigos, monografias, e apresentação da metodologia utilizada.

Em uma palestra, Leandro Karnal disse não ter medo de queda de avião, pois desconhece pessoas que ficaram tetraplégicas. Claro, são raros os acidentes aéreos em que há sobreviventes, isso nos dá um rumo para pensar um pouco. - Quem em um momento de pânico em um avião com 400 passageiros, há dez mil pés de altura, colheu da tripulação histérica a informação que pudessem afirmar a presença de ateus ou de apenas um ateu gritando por Deus? 

Quem afirmou esse episódio anedótico e absurdo para provar a existência de Deus esqueceu que existem aviões que transportam budistas, islâmicos, indianos todos com crenças em diferentes Deuses e muitos deles nunca ouviram falar do Deus judaico/cristão.

Por fim, não existe relato de que algum avião transportando apenas cristãos tementes a Deus tenha sofrido uma pane em pleno voo, aterrizando calmamente com os motores parados.

Ouvi alguns áudios de caixas pretas recuperadas de aviões sinistrados. Em nenhuma delas ouvi o nome de Deus pronunciado pelos pilotos.

Como 90% dos brasileiros são cristãos, invocar o nome de Deus em momento de desespero não faz do ateu um crente temente a Deus. A expressão "Ai meu Deus!" longe de ser um apelo a divindade, muitas vezes exprime apenas estados emocionais e tem a mesma conotação de uma interjeição de dor como "Droga!", "Ui!" "Ai", ou interjeição de desculpas como "Perdão!", "Desculpe!", "Desculpa!", "Mal!", "Foi mal!", etc.





PARA DESCONTRAIRMOS...

Em um determinado voo, o piloto do avião pega o microfone e pergunta se entre os tripulantes existe algum padre. Um senhor de meia idade se levanta e apresenta-se como tal. Então o piloto lhe dirige a palavra pedindo para que reze por si e pelos passageiros, pois o tanque de combustível do avião havia se furado, tendo combustível apenas para cinco minutos de voo, portanto toda a tripulação tinha um encontro iminente e inevitável com Deus em poucos minutos, o que o padre exclamou horrorizado - NÃO DIGA UMA DESGRAÇA DESSA!




SABER MAIS