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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

DÍZIMOS SONEGADOS E OS CASTIGOS DIVINOS


Muitas histórias contidas no Velho Testamento se repetem no Novo Testamento. Esta é mais uma história recontada de um homem condenado a morte com sua família por sonegar bens a serem entregues a aqueles que se dizem guardião do tesouro divino.




A GUERRA DE DEUS CONTRA OS CANANEUS

A Bíblia me diz que Deus contando com a ajuda de uma prostituta de nome Raabe, traça um plano para exterminar todos os habitantes de Jericó do mais novo ao mais velho, inclusive mulheres e crianças. A orientação divina era bem clara, toda prata, e o ouro e os vasos de metal e de ferro, decorrente do saque, fossem para o seu tesouro.

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Na cidade de Ai, Josué sofreu uma derrota, trinta e seis homens do seu exército foram feridos e Josué entrou em depressão prostrando em terra seu rosto até a tarde.

Tendo indagado a Deus o motivo da derrota, recebeu a resposta de que o contratempo se deu pelo motivo de que um de seus soldados havia roubado prata e ouro no último saque não fazendo a devida oferta ao seu tesouro.

Josué ficou irado, levantou-se ainda de madrugada e começou a investigar um por um de seus soldados, chegando ardilosamente ao culpado, um homem de nome Acã que confessou o roubo de duzentos siclos de prata e uma cunha de ouro do peso de cinquenta siclos.

Além de recuperar o produto do roubo "para o Senhor" Josué confiscou todos os bens de Acã e condenou juntamente com os seus filhos e filhas a pena de morte por apedrejamento e fogo no vale de Acor.

QUE CULPA TINHA OS FILHOS E FILHAS DE ACÃ?


Pois bem, a  história de condenação a morte por sonegar bens a Deus é repetida no Novo Testamento.

"Um certo homem chamado Ananias, de comum acordo com sua mulher Safira, vendeu um campo e, combinando com ela, reteve uma parte da quantia da venda. Levando apenas a outra parte, depositou-a aos pés dos apóstolos.

Pedro, porém, disse: Ananias, por que tomou conta Satanás do teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e enganasses acerca do valor do campo?

Acaso não o podias conservar sem vendê-lo? E depois de vendido, não podias livremente dispor dessa quantia? Por que imaginaste isso em teu coração? Não foi aos homens que mentiste, mas a Deus.

Ao ouvir estas palavras, Ananias caiu morto. Apoderou-se grande terror de todos os que o ouviram.

Uns moços retiraram-no dali, levaram-no para fora e o enterraram.

Depois de umas três horas, entrou também sua mulher, nada sabendo do ocorrido.

Pedro perguntou-lhe: Dize-me, mulher. Foi por tanto que vendestes o vosso campo? Respondeu ela: Sim, por esse preço.

Replicou Pedro: Por que combinastes para pôr à prova o Espírito do Senhor? Estão ali à porta os pés daqueles que sepultaram teu marido. Hão de levar-te também a ti.

Imediatamente caiu aos seus pés e expirou. Entrando aqueles moços, acharam-na morta. Levaram-na para fora e a enterraram junto do seu marido."








A regra de ouro do Cristianismo contida no Livro de João 15:12 - "Amai-vos uns aos outros", repetida em Romanos 12:10, e novamente lembrada em 1 Pedro 1:22, ou aquela registrada em nome de Mateus, que manda amar os inimigos (Mateus 5:44) e finalmente repetida por Lucas, aquele que mais escreveu sobre Jesus sem o ter conhecido, não foram observadas pelo discípulo número um de Jesus - Pedro, dito e proclamado pela Igreja Católica Apostólica ROMANA, como o primeiro Papa.

As qualidades divina de justo, amoroso e misericordioso, foram esquecidas, e passou a vigorar o ódio e a vingança divina sobre Ananias e sua mulher sem chance de arrependimento para posterior reparação do dano, que de logo leva a transgressão do mandamento celestial supostamente transmitido por Jesus ao próprio Pedro, segundo testemunho de Mateus 18:21-22 de que ao pecador deve-se perdoar quatrocentos e noventa vezes.(2)

Essa intolerância envergonhou a humanidade por mais de mil anos. (Período das Trevas) Para alguns historiadores, o bispo Cirilo marchou na frente da turba enfurecida destruindo a biblioteca de Alexandria e matando sem compaixão Hipatia, um dos mais brilhantes cérebros feminino da época.

Impiedosos e sem compaixão alguma, os cristãos de diversas denominações mataram por mais de trezentos anos milhares de crianças, jovens, adultos e velhos nas malditas fogueiras da inquisição.

Que ilação podemos tirar dessas passagens bíblica juntamente com os registros mais macabros que a humanidade já assistiu?

"Não negue dinheiro para as obras do Senhor, paguem seus dízimos em dia e não tente enganar a Deus. Não se esqueça de ser generoso com suas doações (doação é diferente de dízimo), porque a justiça de Deus tarda mais não falta e você poderá ser a próxima vítima da ira de Jesus ao furtar-se dar ao sacerdote o quantum devido."

Bíblia Sagrada
Novo Testamento
Tiago 5
3 -  O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.

OPS! - OURO E PRATA ENFERRUJAM?

Mateus 6
19 - Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
20 - Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.




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Amar os inimigos

A ideia de amar os inimigos é recorrente em diversas religiões e se tornou, especialmente no Ocidente, conhecida através de passagens bíblicas nas quais relatam-se orientações de Jesus como «Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus» (Mateus 5:43-46) A mesma ideia torna a aparecer no Evangelho de Lucas, no qual se lê: «Digo, porém, a vós que me ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos insultam.» (Lucas 6:27-28).
Essa espécie de regra de ouro, entretanto, não aparece pela primeira vez no Novo testamento. Antes de Jesus Cristo, o rabino Hillel já pregava o amor aos inimigos e muito antes deste, Buda fez o mesmo. Deve-se notar, todavia, que ambos evangelhos citados trazem também passagens cujas interpretações podem seguir a direção oposta. Enquanto o Evangelho de Mateus traz adiante em seu capítulo 10, passagem na qual Jesus estabelece que "não veio trazer a paz, mas a espada", o Evangelho de Lucas por sua vez relata no capítulo 22 que Jesus pediu que se "venda sua capa e compre uma espada" (Lucas 22:35-36


NOTA

  1.  SAGAN, Carl. Variedades da experiência científica: uma visão pessoal da busca por Deus. São Paulo: Cia. das Letras, 2008. pp. 226-227.

2 - MATEUS 18:21-22

21 - Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?"
22 - Jesus respondeu: "Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete.


Recomenda-se a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são pequenos apontamentos de estudos.