quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O BARBEIRO ATEU







“Um homem foi cortar o cabelo e a barba. Como sempre acontece, ele e o barbeiro ficaram conversando sobre várias coisas, até que – por causa de uma notícia de jornal sobre meninos abandonados – o barbeiro afirmou: 

- Como o senhor pode ver, esta tragédia mostra que Deus não existe. 



- Como? 


- O senhor não lê jornais? Temos tanta gente sofrendo, crianças abandonadas, crimes de todo tipo. Se Deus existisse, não haveria sofrimento. 


O cliente ficou pensando, mas o corte estava quase no final, e resolveu não prolongar a conversa. Voltaram a discutir temas mais amenos, o serviço foi terminado, o cliente pagou e saiu.



Entretanto, a primeira coisa que viu foi um mendigo, com barba de muitos dias, e longos cabelos desgrenhados. Imediatamente, voltou para a barbearia, e falou para a pessoa que o atendera: 



- Sabe de uma coisa? Os barbeiros não existem. 

- Como não existem? – Insistiu o homem. – Porque se existissem, não haveria pessoas com barba tão grande, e cabelo tão desgrenhado como o que acabo de ver na esquina. 



- Posso garantir que os barbeiros existem. Acontece que este homem nunca veio até aqui. 



- Exatamente! Então, para responder sua pergunta, Deus também existe. O que passa é que as pessoas não vão até Ele. Se o buscassem, seriam mais solidários, e não haveria tanta miséria.”





Na época em que eu varava as madrugadas fumando e rebatendo os argumentos dos cristãos no quase-morto orkut, esse sofisma era apresentado cerca de três vezes ao dial



Mas vamos à sua "lição de moral". Afirmavam os teístas que nós, ateus, não acreditamos em deus porque não queremos assumir a responsabilidade de nossos erros? Isso é ilógico e incoerente, e vou te mostrar o porquê:


Se eu não acredito em deus, diabo ou qualquer ser sobrenatural, a única pessoa que posso responsabilizar pelos meus erros sou eu mesmo. Eu acerto, mérito meu. Eu erro, culpa minha. Se batalho para conseguir algo e consigo, isso é resultado do meu esforço. Se falho, é porque não me esforcei o bastante. Não tem a quem eu "culpar" ou "agradecer", já que ninguém "guia meus passos" e tampouco "escreve meu destino".

Ocorre o contrário, religiosos é que tem a mania de culpar pelos seus erros e fracassos outros além deles próprios ("foi o diabo que me levou a fazer isso", "é minha natureza humana imperfeita", "estava obsediado", "é a vontade de deus", "não era a vontade de deus"...) Quem mesmo é que "não quer assumir responsabilidade pelo seus erros"? Eu, que assumo o que faço de errado ou meus fracassos como resultado e culpa tão somente meus, ou vocês, religiosos, que acham que "não é vontade de deus" ou que "outro" (seja este "outro" o "diabo", "espíritos obsessores", "exús", etc...) os levou a agir assim?

Analise bem o que você afirma, e veja a quem realmente se aplica.

Por fim, os crentes falam que "a maioria sabe no fundo que existe deus", o que implica em erro de raciocínio. Primeiro porque, para "saber", algo tem que ser uma verdade comprovada, caso que a existência de qualquer deus não é. Ninguém "sabe", alguns acreditam, o que é diferente. E segundo, se eu sou um ateu, por definição, é porque não acredito em divindades. Você falar então que a maioria dos ateus "acredita em deus" é, por si só, um contra-senso.






domingo, 3 de novembro de 2013

BÍBLIA – INTERPRETAÇÃO SOLA FIDES E SOLA SCRIPTURA






É justamente por causa desse problema que alguns protestantes afirmam que os livros da Bíblia são auto-autenticáveis, isto é, pela simples leitura nos convence que pertencem à Bíblia. Ora, isto não funciona porque não podemos basear o cânon da Bíblia num simples "sentimento pessoal", já que nem todas as pessoas que crêem em Jesus possuem o mesmo cânon bíblico: o cânon protestante é diferente do cânon católico e ortodoxo; os mórmons e algumas outras denominações protestantes acrescentam seus próprios livros à Bíblia, da mesma forma que fizeram os primeiríssimos cristãos e também os judeus, que não concordavam sobre quais livros eram inspirados. Para um estudo mais aprofundado sobre este assunto, auxiliam os livros de Mark P. Shea ("Sob qual autoridade?" - "By Whatt Authority?") e Henry Graham ("De Onde nos Veio a Bíblia" - "Where we Got the Bible").


Os judeus não acreditavam na religião que estava fundada ou determinada por uma mera coleção de livros inspirados. Os sacerdotes e sumo-sacerdotes eram os professores da Lei, e os judeus acreditavam em várias coisas que não estavam incluídas no Antigo Testamento. De fato, se os judeus apenas seguissem o Antigo Testamento, eles não poderiam ter uma religião tão rica em tradição como ainda possuem.


Ao lado da doutrina da Sola Fides (justificação apenas pela fé), existe uma outra doutrina sobre a qual o Protestantismo está edificado, erguendo-o o derrubando-o: trata-se da Sola Scriptura. Esta frase latina pode ser traduzida como "somente as Escrituras", significando "somente a Bíblia basta". O que os protestantes querem demonstrar pela Sola Scriptura é que a Bíblia, e apenas ela, é a única autoridade infalível para a fé de uma pessoa. Qualquer coisa só pode ser aceita se estiver prevista na Bíblia; o que não estiver lá, não pode ser aceito como verdadeiro e, também, não pode ser tido como obrigatório. Qualquer coisa que não é encontrada na Bíblia é rotulada como "tradição" e é totalmente rejeitada, como se lê aparentemente - em Mateus 15.


É lógico que, dependendo da denominação protestante avaliada, a definição de Sola Scriptura pode variar. Mas, basicamente, é nisto que todas as maiores denominações protestantes acreditam. Porém, existem vários pontos em que a crença na doutrina de que "somente a Bíblia basta" acaba falhando. Se a Sola Scriptura é uma doutrina verdadeira, então:


O cânon da Bíblia (lista dos livros inspirados) deveria estar na Bíblia.

Cada livro da Bíblia deveria se auto-autenticar.


Os judeus deveriam acreditar na Sola Scriptura.


A própria Bíblia deveria ensinar a Sola Scriptura.


Os primeiros cristãos deveriam ter professado a Sola Scriptura.


Os analfabetos não poderiam obter a salvação.


As Escrituras deveriam se auto-explicar.


Jesus deveria ter ensinado essa doutrina.


A Bíblia deveria ser auto-suficiente.




Contudo, nenhum dos quesitos acima é verdadeiro.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

DOIS MILÊNIOS DE OBSCURANTISMO: INQUISIÇÃO


SÃO DOMINGOS PRESIDINDO UM AUTO-DE-FÉ





Na minha análise das razões que explicam o obscurantismo imposto pela Igreja católica durante a Idade Média figura proeminentemente a Inquisição e a perseguição de hereges, crentes em outras fés e «bruxas». A definição de herege dada pelo teólogo proscrito por Bento XVI, Leonardo Boff, é a minha favorita até porque ilustra perfeitamente as causas biológicas, a serem explanadas em breve, dessa longa noite obscurantista.

Segundo Leonardo Boff o herege é:
«(…) aquele que se recusa a repetir o discurso da consciência colectiva. (…) Por isso está mais voltado para a criatividade e o futuro do que para a reprodução do passado.».

Para o catolicismo medieval eram consideradas heresias todas as formas de pensamento que não obedecessem estritamente às emanações da hierarquia da Igreja. Ou seja, eram hereges todos os que ousassem sair do controle rígido efetivado pela Igreja, todos os que não aceitassem as orientações, práticas, concepções e preconceitos da Igreja como sendo a verdade «absoluta». Assim, eram hereges todas as pessoas que acreditavam, aceitavam ou mesmo divulgavam quaisquer ideias que se desviassem minimamente da doutrina concebida pela Igreja romana, o que incluía, obviamente, quem ousasse usar perversa e culpadamente a razão em incursões proibidas pela «má» ciência de Agostinho de Hipona.

A Inquisição foi a forma a que a Igreja recorreu para perseguir tudo e todos que não se conformassem aos moldes que esta impunha, nomeadamente que se permitiam ao uso «blasfemo» da razão.

Problema que começou a surgir nos finais do século XII, quando a dita Reconquista da Península Ibérica começou a ter sucesso, (dita Reconquista porque o objectivo foi a recuperação de terras sob domínio árabe às quais os cristãos acreditavam ter direito) graças à fragmentação do califado de Córdoba. Reconquista que pôs os incultos cristãos em contacto com uma civilização cultural e cientificamente muito mais avançada e cujos focos de infecção principal se situaram na Córdoba cosmopolita, elegante e educada, com uma comunidade judaica muito importante de que se destaca um dos seus mais prestigiados filósofos, Maimonides (1135-1204), e na académica Toledo, que expuseram o mundo cristão não só à filosofia aristotélica sem censuras (o que determinou o período seguinte da escolástica) mas também à matemática dita árabe.

E especialmente a matemática porque o crescimento económico de cidades como Florença, Veneza e Pisa, implicava a existência de conhecimento impossível de satisfazer pelos mistícos scholasticus. Conhecimento que possibilitasse cálculos prosaicos como os envolvidos em empréstimos e juros, preços de revenda, investimentos, custos dos seguros das viagens, etc. As necessidades económicas ditaram a criação de uma nova instituição educativa: a Botteghe ou Scuole d’abaco (Escola de Ábaco), cujo primeiro Maestri d’abaco (mestre de ábaco, ou cálculo) foi, provavelmente, o famoso Fibonacci da série que tem o seu nome ou Leonardo de Pisa (ca. 1175-1250). Estas escolas, dirigidas a um público diverso desde filhos dos mercadores, aspirantes a funcionários públicos a aspirantes a pintor (Piero della Francesca frequentou uma escola de Ábaco), escultor ou arquitecto, ensinavam essencialmente a matemática indo-árabe. Fibonacci estudou com um mestre árabe e, tal como Fibonacci, cada vez mais europeus se atreviam a algo proibido até então: usar os neurónios para algo mais que lucubrações sortidas sobre Deus e os Evangelhos.

Assim a Igreja precisava de um «cão de fila», a Inquisição, que exercesse não só uma severa vigilância sobre o comportamento dos fiéis, assegurando que não eram contaminados com toda a produção cultural e inovações científicas que o contacto com os infiéis catalizou, como controlar e tentar cercear toda esta produção intelectual anti-cristã. Na verdade, a Igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa. As novas propostas filosóficas ou científicas eram examinadas (e cortadas radicalmente) pela Inquisição, exame que mais tarde, depois da invenção da prensa por Gutenberg que dificultou o trabalho inquisitoral, culminou na criação do Index auctorum et librorum prohibitorum, o catálogo dos livros cuja leitura era proibida aos católicos, sob pena de excomunhão.

A origem da Inquisição remonta ao século IV, quando se iniciam as perseguições contra os hereges. Nesta época, o movimento ainda não era institucionalizado, e no período que vai dos séculos VI ao IX o seu poder era restrito. A partir do século X, a Inquisição vai assumindo um papel cada vez mais importante. Com o IV Concílio de Latrão, de 1216, o papa Inocêncio III estabelece o metodo inquisitio e após o Concílio de Toulouse, em 1229, a sua organização foi formulada, sendo oficializada em 1231 pelo Papa Gregório IX. Inserido num cenário ainda de poder eclesiástico absoluto e soberano este Tribunal é instaurado essencialmente para perseguir os hereges que começavam a incomodar os alicerces do poder da Igreja católica. Em 1252 o poder da Inquisição é reforçado com a santificação da tortura pelo Papa Inocêncio IV que no Ad Extirpanda, diz que os hereges «podem ser torturados a fim de revelar os próprios erros e acusar os outros, como se faz com os ladrões e salteadores» e em que propõe que os heréticos irrecuperáveis devem ser queimados vivos na fogueira. Na prática, um testemunho era suficiente para justificar o envio para a câmara de tortura do acusado e quanto mais débil a evidência do crime, mais severa era a tortura.

O Manual dos Inquisidores, o Directorum Inquisitorum (escrito em 1376 por Nicolau Eymerich e revisto e ampliado em 1576 por Francisco de la Peña) é uma compilação da praxis da Inquisição desde a sua criação formal, um tratado dividido em três partes: a) o que é a fé cristã e seu enraizamento; b) a perversidade da heresia e dos hereges; c) a prática do ofício do inquisidor que importa perpetuar, dá conta, na secção b), que:

«Aplicar-se-á, do ponto de vista jurídico, o adjetivo de herético em oito situações bem definidas. São heréticos:
a) Os excomungados;
b) Os simoníacos;
c) Quem se opuser à Igreja de Roma e contestar a autoridade que ela recebeu de Deus;
d) Quem cometer erros na interpretação das Sagradas Escrituras;
e) Quem criar uma nova seita ou aderir a uma seita já existente;
f) Quem não aceitar a doutrina romana no que se refere aos sacramentos;
g) Quem tiver opinião diferente da Igreja Romana sobre um ou vários artigos da fé;
h) Quem duvidar da fé cristã.»

Nestas oito alíneas cabem todos os que não aceitavam de cruz o que a Igreja de Roma determinava ou qualquer um que se considerasse ter ofendido os costumes (as tradições ainda tão invocadas hoje em dia) e a fé cristã da Santa Madre Igreja, para além dos culpados do costume: judeus, cristãos novos, marranos, sodomitas e bruxas (boa parte parteiras que, inspiradas pelo demo, ajudavam parturientes a «escapar» ao castigo ordenado pelo Senhor de parirem em dor).


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

ENXERTOS HERÉTICOS

Aqui nesta carta, pode-se perceber influências em vários trechos de alguns autores ateístas e agnósticos os quais fiz referências, noutros tantos parágrafos regados de alguns pontos de vista pessoais e desabafos pela realidade crua que nem a religião me serve como ópio.

      Poderia eu dizer que não acredito em deus, não acredito em nenhum deus que seja. O simples fato de negar a existência de algum poderia lançar equivocadamente a hipótese ou a possível existência do mesmo. Convenhamos que estamos numa sociedade em que as maiores religiões monoteístas pregam em essência o mesmo deus paz e amor. E eu negando este deus em consenso dos religiosos, estarei ao mesmo tempo negando qualquer outro. Eu nego e ainda penso firmemente que não é possível a existência de nenhum deus.

 Visões, aparições, testemunhos ou sinais de sua existência, fogem completamente à racionalidade. Estes testemunhos oculares que pra qualquer pessoa isenta destas crenças ou outras crenças mais estúpidas como santas de barro que choram, santas aparecendo em vidraças, pairando em nuvens, sendo vistas em objetos inanimados tudo isso é fruto de pensamento mágico ou fantasiosos, não passam de historinhas hilariantes, ridículas, estapafúrdias e que muitas vezes não saem somente de bocas de boçais, são muito próximas daquele conto que ilustra muitíssimo bem Carl Sagan "O dragão na minha garagem" .

Sou mais do seguinte argumento para estes casos : Para depoimentos extraordinários, também devem se fazer valer de provas extraordinariamente irrefutáveis. As crenças são próprias da natureza da mente humana. Não sou especialista, mas li o suficiente e o bastante pra saber que a mente humana é uma máquina engendrada pra crer. É uma máquina de crenças,de efeitos imprevisíveis. Todos são induzidos a crer naquilo que melhor lhe apraz os sentidos,que lhe causam alguma espécie de conforto não pra apurar criticamente ou em estado frio analisar causa e efeito sistematicamente. Até aí nada demais,se não fosse por alguns pregarem suas 'verdades' a outros tantos.

É nessa fragilidade onde os líderes religiosos exploram e sabem muito bem explorar. Muitos fazem até mesmo de sua verve eloqüente uma profissão. É muito fácil uma pessoa ser convencida em seu completo estado de desespero e sofrimento,do que fazendo um juízo consistentemente lógico.

Por mais comovente sejam os diálogos de cunho espiritual, por mais envolvente, apaixonante, cheios de metáforas que ilustram experiências extra-sensoriais fora do alcance do entendimento humano, não legitima a verdade. É necessário enfrentar a aridez da vida, suas nuances, vicissitudes e encará-la de frente.

 "A seletividade da mente humana não é uma função que pode ser simplesmente desligada.O cérebro humano está sempre inconscientemente escolhendo aquilo que lembraremos no futuro e descartando dados considerados irrelevantes. É da natureza da mente do homem correlacionar eventos_quase sempre os que são favoráveis às suas crenças sem nenhum nexo causal direto".

  A obscuridade, as fantasias,imaginações são preteridas ao método científico. Definindo o método científico: "(...)Consistem atividades em uma série de observações , experimentos, leituras, interpretações, raciocínios, planejamento, organizações e execuções. Trata-se da pesquisa fundamental, teórica, fundamental pura e aplicada.

A ciência que se faz, o dado que se elabora, é a passagem de um estado de conhecimento a outro em relação a um fato, podendo nessa dinâmica seguir várias direções. É maneira de operar através de atos sucessivos formalizados metodologicamente(...)" (Retirei este trecho de uma cópia em xerox de um livro através do qual é abordada a metodologia científica. O nome do autor não me foi possível achar).

    O método científico veio se firmar no século XVIII ainda sim, com grande resistência da Igreja e ainda nos dias de hoje grande parte das pessoas embora algumas pouquíssimas conheçam as razões pelas quais se dão os processos lógicos formais do pensamento, preferem simplesmente crer_porque assim lhes foi ensinada a ter que pensar.

E isto é um bom negócio para os 'mercantilistas da fé'. São presas fáceis estas pessoas em seu momento de dor. Porque eu citei sobre a definição de método científico ? simplesmente pra lembrar quem acredita no criacionismo que se baseiam em coisas absurdas principalmente advindas do gêneses. Ou seja, na bíblia cristã.

    Através de rígidos métodos científicos, somos frutos de uma evolução cega, profusões inorgânicas e orgânicas de células, mutações gênicas, recombinações gênicas e isolamento. E não significa que evolução é sinônimo de aperfeiçoamento do ser humano 'holisticamente' falando. Prova disto é que nos acompanham todas as patologias do corpo e por vírus e bactérias resistentes à medida em que o progresso científico e tecnológico avança. 

    A ignorância faz escola de superstições misturadas às mais diversas crenças. Crença no sobrenatural, no oculto ,no intangível ao entendimento humano. Ainda que nem tudo se sabe, não significa que sigamos a linha irracional. Todo edifício de conhecimentos a que chegamos foi erigido por homens que ousaram ''profanar o sagrado'', tiveram a coragem investigativa de produzir e reproduzir coisas que tempos atrás eram devidas aos deuses,às suas fúrias ou dadas como dádivas aos homens pela bem feitoria aqui na terra.

Não me espanto em saber que o primeiro deus do homem poderia ter sido um tronco de um ipê, ou alguma pedra que representasse um deus. Tudo que o cérebro do homem não podia conceber era conferido aos deuses. Cada vez eu fico mais convencido de que todas as leis impostas e representadas na bíblia foram feitas por padres tribais, homens ignorantes e tirânicos que desconheciam a natureza do próprio homem e das leis naturais. Talvez a única sabedoria destes homens que se diziam inspirados pela palavra do espírito santo, fossem saber dizer as palavras certas na hora certa, dizer o óbvio com outras palavras.

    Ótimo exemplo de Robert G. Ingersoll : " (...)O amor dos pais pelos filhos é espontâneo, e este amor é encontrado entre todos os animais que vivem. Então o amor do filhos pelos pais é natural, e não existiu, tampouco pode ser criado por lei. O amor não brota de um senso de dever, tampouco floresce curvado à obediência de comandos. Dessa forma, os homens e as mulheres não são virtuosos por coisa alguma que há nos livros ou credos. De todos os Dez Mandamentos, os que eram bons eram antigos, foram o resultado da experiência. Os mandamentos de Jeová que foram originais eram tolos(...)"

     Justificar a barbárie cometida contra uns aos outros no velho testamento como mandatários de deus e subjulgando outros como exímios chefes tribais. Me causam indignação dos que detalham e escrevem suas 'experiências com deus' pra não dizer,metafísica do sobrenatural e do mundo fantástico que criam os 'fiéis de deus'. Não consigo encontrar um ponto de discernimento ou lógica onde acaba toda retórica junto ao corpo dos que também crêem e suas assertivas de verdades ou simples alusões propositais de fantasias para fins de convencimento para sí ou para arregimentar rebanhos ou ambos.

 Suas afirmações, toda trivialidade secularista, ritos que se acompanham em gestos mecânicos, repetitivos, inconsistências verborrágicas e canções que os colocam em transe, numa espécie de mantra pra expurgar os seus males. Vejo como loucura senão de outro modo,o efeito catártico sobre as massas que exercem estas esquizofrenias coletivas religiosas que podem ser levadas em consideração por seus efeitos placebos.

 Ainda assim, tudo pra mim não faz sentido. Me pergunto o porquê deve-se ter a inteligência tão insultada pra mostrar que se crê nas aberrações bíblicas. Quando não obstante, sinto-me arremessado a uma máquina do tempo para a idade medieval cujos únicos sustentos da existência humana é crer e aceitar todo e qualquer infortúnio como desígnio divino e nada mais.

 Um único atilho da consciência que não fosse sobre o aval do âmbito dogmático pagava-se sob duras penas. O próprio Papa desta Igreja quando vivo, já reconheceu seus erros. Quantos séculos mais de vidas ceifadas para vir a Igreja e reconhecer novamente seus erros ? Haja vista a proibição de métodos contraceptivos, o aborto sob todas as formas mesmo doenças genéticas impossibilitando a vida ao feto e de forma degenerativa, a proibição de reprodução de células troncos, etc.

Acho que além de promiscuidade histórica com o poder, a Igreja tem forte vocação mórbida ao sofrimento em 'doses homeopáticas'. Todo o sentido da vida é pretensamente explicado neste livro sagrado cristão cujas escrituras mais fabricaram loucos do que toda história dos sanatórios mais soturnos e depravados da humanidade.

Há até mesmo divergências interpretativas da bíblia.   Uns atribuem simples significado histórico principalmente no velho testamento,outros são de corrente mais literalistas da bíblia os quais acreditam fielmente 'letra por letra' cada trecho por mais horripilante que seja ou absurdamente inverossímeis como palavras sagradas.São os acéfalos do criacionismo ajudando a propagar desinformações.

     Quantas interpretações ou incorreções são feitas até pelos que crêem! Um ser perfeito que lança suas 'sábias' palavras a uns poucos escolhidos,que traduziram, copiaram e insurgiram povos que aniquilaram outros povos, todas as ações bárbaras sendo justificadas neste livro por conseguinte imperfeito, com as mais incongruentes afirmações e significados, feitas por homens imperfeitos, realmente não pode ser perfeito este deus cristão ou qualquer outro, não pode ser defendido sua existência.

Vamos exemplificar outras inconsistências da religião.. O islã com seus fundamentalistas dementes se explodindo pra encontrar rios de mel no paraíso e suas puríssimas virgens no céu de alá. Cristãos ortodoxos sérvios disputando atrocidades com católicos croatas quem acaba mais com a raça de quem, cristãos contra católicos na Irlanda e por aí vai.

 Se o intuito das religiões de pregar a paz e o amor entre os povos é o seu objetivo, elas falharam. Nem mesmo nos países em guerra civil como Congo, Angola, Afeganistão, através da qual estas guerras destroçam estes países desgraçadamente, os biltres da fé não erguem seus suntuosos templos nestes solos, pois o retorno financeiro não lhes será garantido.

Nem mesmo o poder, uma vez que se encontra distribuído e espalhado em diversos clãs nestas terras cáusticas. Eu sei que ainda há quem imagine algum inferno pior que este. É encontrado somente na imaginação dos religiosos, estes, que lançam votupérios quando irados e levantam seus livros sujos em ditos 'sagrados' na direção do nada.

Se deus já não estava com o homem, quando este saía de suas cavernas e serviam de alimentos dos tigres, hoje ele está menos ainda. Bertrand Russell já explanava num discurso sobre as dúvidas da causa primeira, o design inteligente e a onisciência deste deus o quanto são infundadas e controversas.

 Embora tenham sido proferidas suas palavras a mais de oitenta anos, assusta o quão atual poderiam ser empregadas._

Acreditava ele que somente o conhecimento científico seria capaz de livrar os homens do medo. Passados estes mais de oitenta anos, embora a ciência tem avançado tanto, a ignorância e o medo do 'fogo eterno' ainda assolam as mentes das pessoas principalmente as do países subdesenvolvidos incluindo aí, o maior país católico do mundo, o Brasil, cuja Igreja na prática ainda resiste ao laicismo._

A mente reptiliana do homem é mais forte até do que suas próprias convicções. Também o são se for observado o deus onisciente dos cristãos ou de outras religiões. De certo, não há realmente possibilidade de um ser, ao mesmo tempo onisciente e impotente quanto aos rumos de um mundo cada vez mais caótico assolado pela fome e pela guerra.

 Um ser onisciente poderia muito bem evitar acontecimentos futuros e nada faz. Se for onisciente e nada faz é inócuo sua existência. Se há homens degolando outros homens porque assim é da "vontade do senhor" este deus é infinitamente perverso tanto em suas profecias quanto seu infinito tribunal de martírios os quais homens em sua finita iniqüidade em vida e tão ínfima aqui na terra, 'pague' por terríveis sofrimentos infinitos neste inferno criado por este deus.

  Vejo este suposto deus completamente alheio aos seus 'filhos' matando-se uns aos outros, impondo suas verdades em livros das mais diferentes seitas e suas imagens pintadas nas paredes pelos artista da fé de acordo com a concepção de cada artista ou pretenso artista.

Enquanto a cada nova descoberta da mente e do corpo por cientistas se enterrava deus, os homens supersticiosos recriavam este deus. Será mesmo este deus onipresente guiando tantas mãos imperfeitas que também fazem a guerra ?

 Porque este deus não aparece a cada um, mostre seu verdadeiro rosto, se é que o tem, e diga que parem ? por certo há que digam, os crentes, que 'estamos sendo provados pelo livre arbítrio' ou alguma 'expiação'.

Isto é uma mentira. Desastres naturais não podem ser atribuídas ao livre arbítrio humano os quais acabam com vidas inteiras e vão juntos planos e sonhos, indistintamente de credo ou idade e não poderia ser diferente.

Crianças são mortas antes de formarem seu caráter e nem ao menos lhes é dada a chance de possuir livre arbítrio pra escolherem seu destino. Tal justificativa pra este fato na esfera religiosa é que deus tem seus planos. Quanta estupidez pra aliviar a dor de quem perdeu pra sempre os seus. Não posso acreditar numa mentira desta.

Não teria deus caso existisse, planos pra ninguém. Não pode ter planos pra vidas que vão embora como moscas morrendo. Aliás, nem somos tão especiais assim. Li num artigo (não me recordo qual) que o que distingue um homem de um nematódio são simples trocas de 43 letras ou nucleotídeos ! Neste momento, estão sendo alimentados milhares de ácaros de minha epiderme ! Colônias de fungos também se formam nas pessoas. Ninguém gostaria de morar num lugar tão propenso a desprezíveis seres vivos se alimentando de outros seres, salvo o cristo: " o corpo do homem é a morada de deus..

" Quão especial somos pra esse deus! Alguém já viu severas deformações em natimortos cujas deformidades horrendas os tornam irreconhecíveis como seres humanos? será estes também imagem e semelhança deste deus? Outra justificativa para algum plano divinamente especial?

   R.G.Ingersoll : " Nós queremos a experiência da humanidade – a história real de nossa espécie. Desejamos a história do desenvolvimento intelectual – o florescer da ética – da idéia da justiça – da consciência – da caridade – da abnegação. Almejamos conhecer as estradas e os caminhos percorridos pela mente humana. (...) Não podemos depender dos denominados 'livros inspirados', ou nas religiões do mundo.

 Estas religiões são fundamentadas no sobrenatural, e de acordo com elas estamos obrigados a venerar e obedecer a comandos ou princípios sobrenaturais. Todas essas religiões são inconsistentes com a liberdade intelectual. São as adversárias do pensamento, da investigação, da honestidade mental. Elas destroem a natureza do homem(...) Essas religiões ensinam virtudes de escravos. Elas transformam coisas inanimadas em sagradas, e falsidades em dogmas veneráveis. Elas criam crimes artificiais(...)"

     Como bem dizia Nietzsche : "A autocrítica e a severidade para consigo mesmo funcionam como uma ferramenta para extrairmos de nós mesmos todo o potencial possível. A tensão interna precisa estar sempre no limiar entre a potência extrema e a autodestruição. Os espíritos apenas crescem sob tensão, quando são forçados a isso fazer de seu próprio espírito um campo de batalha é o caminho para o desenvolvimento de sua potência plena.(...)"

sábado, 6 de julho de 2013

NASA e a possibilidade da vida extraterrestre





A NASA tem se interessado na possibilidade de vida extra-terrena em torno de sua área de trabalho. Por isso tem feito vários programas com gastos extraordinários para conseguir algum tipo de contato com uma inteligência extra-terrena, assim como os programas espaciais "Pioneer", "Voyager" e "TOPS", mas até agora isso tudo não tem dado muito retorno. Alguns indivíduos acreditam que a NASA já teve contatos com algum tipo de inteligência extra-terrena, e estão escondendo a descoberta...

Muitos indivíduos dentro de comunidades OVNI acreditam que os astronautas americanos tiveram várias visões de OVNIs em suas missões. Eles alegam que OVNIs têm monitorado continuamente os astronautas durante as suas missões e que a NASA está escondendo este acontecimento do público. Estes indivíduos dizem que os astronautas tiveram que fazer um juramento de sigilo (segredo) por causa dos contatos que eles tem com os OVNIs.

O Major Astronauta Gordon Cooper disse diante das Nações Unidas que ele acredita que seres extra-terrenos têem visitado a Terra com aeronaves espaciais de alta tecnologia. O Astronauta Edgar Mitchell acredita que naves extraterrestres têem caído na Terra com seus ocupantes e que o governos dos E.U.A. está escondendo. Ele acha que o governo dos E.U.A. está usando esta tecnologia extraterrena em avançados instrumentos militares.

Em Julho de 1976, o satélite "Viking orbiter" mandou imagens de Marte que pareciam o formato da uma face. Logo a NASA se declarou dizendo que a "Face de Marte" poderia ser causada por uma sombra, erosão, vento, ou outro tipo de força natural. Alguns indivíduos que não se convencerem com esta explicação acreditam que isto representa o sinal de uma civilizção perdida de Martes, de uma civilização antiga...

Segundo a própria NASA, a sua missão não é de se prender dia após dia em pesquisas de possibilidade de vida extra-terrena em outros planetas nem investigar a procedência de OVNIs. Durante várias missões espaciais, os astronautas da NASA tem descrevido fenômenos inexplicáveis, porém a NASA diz que em qualquer caso nenhum desses fenômenos pode'm ser considerados 'anormais' no ambiente espacial.

Em 1972, a "Pioneer 10" decolou na direção do espaço infinito carregando uma placa de alumínio com uma mensagem para civilizações extra-terrenas. A mensagem foi feita com o objetivo de comunicar a existência da Terra, e do ser humano para qualquer inteligência extra-terrena que encontrasse a "Pioneer 10" vagando pelo espaço.

No programa da NASA "Voyager" 1 e 2, eles colocaram sons e imagens para mostrar a diversidade da vida humana e cultura de povos humanos na Terra para civilizações extra-terrenas.

Em 1977, o conselheiro das Ciências do Presidente dos E.U.A. recomendou que um pequeno grupo fosse formado para investigar e procurar novos sinais de OVNIs. Após estudar os fatos, a NASA viu que não tinha nada a ganhar com toda esta investigação e resolveu acabar com o programa.

Em Outubro de 1992, a NASA recebeu uma ordem do congresso para desenvolver um projeto o qual pudesse procurar por sinais artificiais vindos de outras civilizações. A NASA criou "Towards Other Planetary Systems" (TOPS), "High-Resolution Microwave Survey" (HRMS), programas para a procura de sinais de rádio extra-terrestre. O próprio congresso ordenou a NASA para terminar o projeto em Outubro de 1993 antes mesmo do programa ser capaz de detectar qualquer sinal de rádio extra-terrestre.

No dia 6 de Agosto de 1996 um grupo de pesquisas da NASA encontrou evidencias de que é possível que tenha existido vida em Marte há 3.6 bilhões de anos atrás. Moléculas orgânicas e outras evidências de atividade biológica foram encontradas em um meteorito, que é provável que seja de origem Marciana, que foi encontrado na Antarctica em 1984 após ter caído na Terra aproximadamente ha 13.000 anos atrás.

A NASA tem demonstrado um interesse em explorar a possibilidade de vida extra- terrena. Até a presente data da história humana a NASA tem sido incapaz de confirmar a existência de vida inteligente extra-terrena. Se algum tipo de evidência for encontrada e levada para a NASA será a maior descoberta da história deste século.



quinta-feira, 4 de julho de 2013

A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS (Mórmon)



O Sol e a Lua são habitados?









               De acordo com Oliver B. Huntington, Joseph Smith ensinou que "Os habitantes da lua apresentam um tamanho uniforme em relação aos habitantes da Terra, sendo cerca de 6 metros de altura.

"Eles se vestem muito parecido com o estilo “Quaker” e são poucas as divergências no estilo e forma de vestir.

"Eles vivem em média perto de mil anos.”

"Esta é a descrição dada por Joseph, o vidente," (Journal of Oliver B. Huntington, Vol. 3, p 166..; como registrado no Estado Sociedade Histórica de Utah).

Oliver B. Huntington escreveu a declaração de prosseguir em 1881. Em 1892, ele fez uma declaração semelhante no Jornal da Mulher Jovem, uma publicação da igreja:

"Os astrónomos e filósofos, de tempos quase imemoriais até muito recentemente, afirmou que a lua era desabitada, que não tinha atmosfera, etc, mas descobertas recentes, através dos meios de potentes telescópios, deram aos cientistas dúvidas a respeito de vidas na Lua e também no Sol.”

"Quase todas as grandes descobertas do homem no último meio século têm, de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, contribuíram para provar que Joseph Smith foi um profeta.”

Já em 1837, - “...eu sei que ele disse que a lua era habitada por homens e mulheres da mesma forma que a terra, e que viveu até uma idade maior do que nós, que viveram geralmente para perto da idade de 1000 anos .

"Na minha bênção patriarcal, dado pelo pai de Joseph, o Profeta, em Kirtland, de 1937, foi-me dito que eu deveria pregar o evangelho aos habitantes do mar - para os habitantes da lua, até mesmo o planeta pode agora vê com os seus olhos, "(Vol. 3, pp 263-264).

Mormon autor Van Hale, em um esforço para defender o ensino estranho de Joseph Smith diz:

"Será que Joseph Smith acredita em uma lua habitada desde a evidência histórica não disponíveis a resposta deve ser:? Não provado" ( Como poderia um profeta acredite em Lua habitada, como citado em Gilbert Scharffs ' A Verdade Sobre os Godmakers ., p 119 ).
Apesar da declaração anterior, Van Hale é forçado a admitir que Joseph Smith acreditava em Lua habitada:

"Mas todas as coisas consideradas, a possibilidade ou a probabilidade, o que ele fez não pode ser razoavelmente negada," ( Ibid ).

Ambos Scharffs e Van Hale afirmam que Joseph Smith não deve ser responsabilizado por essa crença particular, porque seus contemporâneos acreditavam que havia vida na lua também. Apesar destas tentativas vãs para mostrar de outra forma, a evidência mostra claramente que Joseph Smith acreditava e ensinava que havia vida na lua.

Em 24 de julho de 1870, Brigham Young fez a seguinte declaração em um sermão:

"Quem pode nos dizer dos habitantes deste pequeno planeta que brilha à noite chamado a lua? ... Quando você perguntar sobre os habitantes dessa esfera você achar que o mais erudito são tão ignorantes em relação a eles como os ignorantes de seus companheiros. Assim é em relação aos habitantes do sol Você acha que ela é habitada Prefiro pensar que é Você acha que há alguma vida lá Não há dúvida de que,.?.? não foi feito em vão " ( Journal of Discourses , vol. 13, p. 217).

Gilbert Scharffs, em um esforço para defender a declaração de Brigham Young sobre a vida nos pontos de sol que Brigham Young disse: "Você acha que ela é habitada eu prefiro? acho que ele é, "( A Verdade Sobre os Godmakers , p 121;.). Scharffs convenientemente esquece de mencionar as declarações que seguem imediatamente: "Você acha que há alguma vida lá? Nenhuma pergunta dele, que não foi feito em vão "( Journal of Discourses , Vol. 13, p 271, grifo do autor..).

Deve ser salientado que a afirmação anterior foi no contexto de um sermão e que Brigham Young considerou seus sermões para ser escritura:


A evidência é clara. Joseph Smith não estava correto em ensinar que havia vida na lua, Oliver Huntington nunca pregou aos habitantes da lua, e todos os pontos de evidência científica para o fato de que não há vida no sol como Brigham Young afirmou.

Estando Joseph Smith e Brigham Young redondamente enganados sobre a existência de vida no Sol e na Lua, faz sentido confiar em seus ensinamentos sobre a vida eterna?

O MESSIAS TEUDAS





















Teudas também é o nome de um seguidor de Paulo de Tarso, que ensinou Valentim. Para mais informações, veja Teudas (professor de Valentim)

Teudas (morto em 46 d.C.) foi um rebelde Judeu do Século I d.C.
                                                                         
Seu nome, se for um nome composto em Grego, pode significar "presente de Deus", apesar de outros estudiosos acreditarem que sua etimologia seja semítica e poderia significar "flui com a água".

Theudas provavelmente atuou como um pregador messiânico (muito recorrente na Judeia do Século I), que se propunha a liderar massas judaicas, para fins de renovação religiosa e social. Proclamando-se um profeta mandado por Deus para socorrer o povo judeu, que sofria sob o "status quo" vigente (inclusive a dominação romana), ele recorreu à tradição do heroi nacional, Moisés, assegurando ser capaz de "abrir as águas" do rio Jordão.

O historiador judeu, filo-romano, Flávio Josefo, avesso à qualquer rebeldia social de base popular, assim se refere ao episódio:


"Passando um tempo, enquanto Cuspius Fadus era procurador da Judéia, um certo charlatão, cujo nome era Teudas, persuadiu muitas pessoas do povo simples a tomar seus haveres e acompanhá-lo até o rio Jordão. Dizia que era profeta, e que à sua ordem o rio se separaria abrindo fácil passagem para eles. 

Com essas palavras iludiu a muitos. Mas Fado não permitiu que eles consumassem essa loucura. Enviou uma unidade de cavalaria contra eles, que matou muitos num ataque de surpresa e também capturou muitos vivos. Tendo capturado Teudas, cortaram-lhe a cabeça e a levaram a Jerusalém" .


Referências
FLAVIUS JOSEPHUS, Antiguidades Judaica, 20.97-98

terça-feira, 2 de julho de 2013

MEDICINA E ESPIRITUALIDADE















     ENCANTAMENTOS E RITUAIS USADOS NAS MEDICINA MEDIEVAL

Retrocesso de dois mil anos

Paulo Bento Bandarra (*)


A reserva de mercado para o jornalismo na imprensa, como ocorre em outras áreas de outras profissões, deixa o leitor algumas vezes desprotegido. Principalmente em assuntos científicos, com que muitas vezes o jornalista mais simpatiza do que realmente tem base sólida para bem informar e criticar. Por exemplo, preocupante, para a seriedade da medicina, o crescimento da pré-hipocrática associação da prática clínica com a religião. Grande mérito histórico de Hipócrates, que por isso serve de modelo médico até hoje.

No entanto, presenciamos um retrocesso na realização, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, do 1º Simpósio de Medicina e Espiritualidade, organizado pela Associação Médico-Espírita de São Paulo, conforme publicação da revista IstoÉ, edição 1.576 (28/5/03), na seção sobre saúde.

Estão estes profissionais, mais uma vez, tentando repetir os erros do passado já tão refutados pela ciência e pela história. Além, é claro, do desconforto que causa a pacientes e colegas de outras crenças esta prática e este proselitismo anticientíficos. A medicina dos maus espíritos, maus-olhados, das obsessões e dos endemoninhados.

Imaginemos os médicos afastando-se da ciência como parâmetro ético e promovendo a formação de associações de médicos católicos, judeus, teosóficos, islâmicos, da Igreja Universal, seguidores do reverendo Moon, umbandistas, satanistas, bruxomaníacos, adoradores de Isis e outros que tais, na defesa de tratamentos segundos suas "verdades", tão válidas e críveis como esta que se nos propõem agora.
  
Além de a clara rivalidade fratricida das religiões ser transferida para o seio da medicina, o abandono da lógica do conhecimento científico pela crença levaria ao retorno do obscurantismo no ensino, na pesquisa e no trato dos pacientes. Sem contar que no próprio espiritismo há rivalidades, vaidades e lutas entre as várias correntes, entre os seguidores de Ismael e os de Roustang. O escritor Salmon Rushdie já nos alerta sobre a inconveniência da condução dos homens pela religião, da qual é um exemplo vívido. Quanto mais em ciência.

Não se trata, como na visão do jornalismo, de um avanço, mas de uma volta ao pensamento mágico. Já no fim do século 18 o médico Franz Anton Mesmer abandonara a medicina em prol da idéia de "passes" pelo "magnetismo animal", estabelecendo-se na França e criando uma rica clínica desta prática. Em pesquisa da Academia Francesa de Ciências, formada por comissão de distintos doutores e acadêmicos, incluído Jean-Sylvain Bailly (1736-1793), Antoine-Laurent Lavoisier (1743-1794), Joseph-Ignace Guillotine (1738-1814), Benjamin Franklin (1706-1790), chegou-se à conclusão de que não havia cura alguma – além da auto-sugestão dos pacientes (hoje, o chamado efeito placebo). Mesmer, então, 1785, abandonou Paris.

Em 1835, famosos pesquisadores ligados à Faculdade de Medicina de Paris, como Puységur, d`Eslon, Deleuze, Du Potet e Millet, voltam à carga, dedicando tempo ao sonambulismo (adivinhação) e outros fenômenos provocados pela ação do agente magnético de Mesmer. Novamente, deram em nada as pesquisas, sobrando apenas a parte religiosa da crença.



A Kardec o que é de Kardec

Em 1840, o Dr. Benoit Mure trouxe ao Brasil a homeopatia, e estas práticas de mesmerismo e passes mediúnicos, aprendidas com Hahnemann em Paris, viriam a ser o esteio da prática do espiritismo no país nestes 160 anos. Mas sua "escola vitalista" em Montpellier fechou, assim como diversas escolas e hospitais homeopatas através do mundo entraram em colapso no início do século 20.

Quem lê a Revista Espírita editada por Allan Kardec vê descrições da vida em Marte, Vênus, Júpiter, explicações científicas que caem por terra com a evolução. Todas as informações trazidas pelos espíritos são comprovadamente falsas.

Profetiza-se o fim derradeiro da medicina científica na Revista Espírita de 1863, pág. 258, para o nascimento da verdadeira medicina antes do fim do século 19 – a espiritual. Disso sobraram obras doutrinárias, como o Livro dos espíritos e o Evangelho segundo o espiritismo – apenas obras de ficção religiosa e moral, inverificáveis – como todas as boas obras religiosas.

Tivemos Chico Xavier e Hercílio Maes no século 20, que profetizaram a vida no planeta Marte, a vida em Atlântida, praticaram homeopatia, escreveram livros incríveis de imaginação, nada além de conhecimento publicado previamente.

Nenhum remédio novo foi revelado pelos espíritos. André Luiz não nos revelou qualquer fórmula medicamentosa para aliviar o sofrimento na psicografia talentosa de Chico: só páginas e páginas de mundos delirantes e improváveis que tanto deleitam o leitor sectário. Afinal, o improvável Dr. Fritz não voltou para operar. desesperadamente, pterígios – com qualquer um que quisesse incorporá-lo? André Luiz poderia ter-nos dado uma formulazinha. Nenhum centro arqueológico revelou-nos estas almas lá viventes ou morrentes em sessões espíritas, só vidas inexistentes em planetas, como o relato da mãe de Chico em 1935. Dá para se acreditar agora?

Esperemos que o Conselho Federal de Medicina e a universidade brasileira retomem o rumo certo, para que não percam a visão responsável da prática médica e façam uso de recursos públicos com inteligência. Que a imprensa tenha mais senso crítico ao divulgar "novos avanços". Principalmente quando não são novos.

Não voltemos ao tempo das roupas pretas e capuzes de bico de pássaro. Dai a Hipócrates o que é de Hipócrates, e a Kardec o que é de Kardec.





Sugestão de Leitura
Vacina de Deus Contra a Lepra



A medicina medieval nos dias de hoje, ensinada por padre Paulo Ricardo.



segunda-feira, 1 de julho de 2013

JUDAÍSMO MESSIÂNICO


Eles acreditam no caráter messiânico de Jesus, mas negam sua divindade e origem sobrenatural, observam todos os ritos judaicos, como a circuncisão, guardam o sábado e usam um único evangelho chamado de Evangelho dos Ebionitas, nome dado por Andrews Norton em 1846 e que é considerado pelos judeus messiânicos como o autêntico evangelho de Mateus escrito em hebraico ou aramaico, enquanto rejeitam o Novo Testamento e os escritos de Paulo como os de um apóstata 


Movimento Judaico-Messiânico anuncia Jesus como Salvador aos filhos de Abraão


Origens


O Moderno Judaísmo Messiânico ou Movimento Messiânico é um grupo religioso recente iniciado no século XIX baseado nos esforços das igrejas evangélicas de trazer os judeus à Cristo.

Algumas ramificações evangélicas como os adventistas já haviam promovido um retorno ao cumprimento de algumas leis da Torá sob uma ótica cristã.

Em 1718 John Toland em sua obra "Nazarenus" fez a sugestão de que os "cristãos entre os judeus guardassem a Torá". No início do século XIX, nasceu o Movimento Cristão-Hebreu na Inglaterra. Em 1886, foi fundada em Kishinev, a primeira Congregação Judaico-Messiânica Moderna, por Ioseph Rabinovich.

Nazarenos e Ebionitas

Os seguidores de Jesus que defendiam o judaísmo eram conhecidos no princípio como nazarenos, judaizantes, ou ainda (nas palavras de Paulo) os da circuncisão. Estes criam que Jesus de Nazaré não teria vindo abolir a Torá como prega a doutrina paulina.

Desta forma, pregavam que tanto judeus como gentios convertidos deveriam seguir os mandamentos da Torá, o que levou a um choque com outras ramificações do Cristianismo e do Judaísmo.

Ainda não é possível determinar se este Judaísmo Messiânico era uma variação dos fictícios ensinos de Jesus ou se era a suposta "doutrina original" de Jesus. No entanto se acreditarmos no sucesso inicial do movimento de Jesus dentro da religião judaica deve-se crêr que o teórico ensino original de Jesus não tenha sido muito diferente disto.

Com o sucesso da pregação paulina e após a destruição de Jerusalém, os judaizantes foram desprezados por cristãos e por judeus. Tornaram-se conhecidos como ebionitas (do hebraico evionim "pobres"), organizando sua própria literatura religiosa e com o passar do tempo foram virtualmente extintos.


Há diversos movimentos religiosos que em maior ou menor grau compartilham a visão ebionista. Dentre elas ,podemos mencionar o movimento criado por Shemayah Phillips,que em 1985 fundou o movimento conhecido como a Ebionite Jewish Community. Esta comunidade, estritamente monoteísta, reconhece Jesus como um profeta justo, e defende uma interpretação judaica do Tanakh e que tal sirva como meio de união entre judeus e gentios para implantação de uma sociedade justa.


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

1. Deus - Os judeus messiânicos creem no Deus do Tanakh, Adonai, e que ele é todo-poderoso, onipresente, eterno, existente à parte da criação, e infinitamente importante e benevolente. Os judeus messiânicos creem no Shemá, que significa "ouve", oração fundamental do Judaísmo, do texto de Deuteronômio 6:4 - "Ouve, ó Israel, o Eterno nosso Deus é Único Deus -, texto que mostra a unidade do D'us de Israel, sendo ele único e infinito, e unicamente soberano. Quanto ao entendimento desta unicidade, porém, os grupos messiânicos divergem. Alguns refutam a ideia de uma "Trindade", entendendo o Shemá como a declaração literal de que Deus é um, apenas, além de considerar textos do próprio Novo Testamento que eventualmente desmentem o conceito de uma entidade triúnica - portanto, relegam a Trindade a algo quase que idolátrico. Outros, porém, são abertos aos conceitos trinitarianos.

2. Jesus como o Messias - (Yeshua) é, para os judeus messiânicos, o Messias judeu. O principal movimento messiânico crê em Yeshua como sendo "a Torá (palavra) feita carne" (referência a Yochanan/João 1:14). Quanto à divindade de Yeshua no entanto, os grupos divergem.:


  • Os Trinitarianos acreditam que Yeshua seja Deus e a Segunda Pessoa da Trindade
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  • Os Dualistas acreditam que ele é D'us encarnado.
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  • Os Unicistas acreditam que ele é uma manifestação de Deus.
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  • Os Unitários acreditam que ele é o filho de Deus, mas não tendo divindade e sim munido de toda autoridade - mas não nunca o próprio Deus.
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  • Os Unitários Humanistas acreditam que Yeshua é filho de José com Maria, mas como desde de o útero de sua mãe ele teve sobre si o Espirito do Eterno e como nunca transgredido nenhum mandamento, mas os cumprindo com grande maestria e excelência todos eles (Mandamentos), foi lhe concedido o titulo de Primogênito Filho do Eterno.


MESSIANISMO E PRÁTICAS DE HERESIA
Rabino Nilton Bonder

Este artigo foi inspirado num pequeno incidente. Fui procurado por uma pessoa que viajara aos Estados Unidos e me trazia um folheto de uma sinagoga que visitara. A pessoa em questão achara o folheto interessante e um bom modelo para a divulgação de uma sinagoga. Quando tive oportunidade de ler com mais atenção o tal folheto, vi que não se tratava de um informativo de uma sinagoga, mas de um templo do grupo que se auto-denomina Judaísmo Messiânico. Tal grupo, que já conta com instituições no Rio e em São Paulo, se apresentam como judeus que vêem em Jesus o Messias e no Novo Testamento uma fonte canonizada.

Motivado pelo crescimento de tal grupo e pela dificuldade da pessoa que me entregara o folheto de identificar que tipo de "sinagoga" havia visitado, escrevo o que se segue…

O intolerável é sempre uma medida muito interessante. Representa a transgressão de uma fronteira que na verdade só se define claramente ao ser cruzada. Infeliz do tolerante que não conhece esta dimensão e que, portanto, não pode se perceber na condição de alienado.

A modernidade nos trouxe uma insuportável capacidade de confundir a tolerância com a alienação. Mudar-se de tom no meio de uma melodia é algo desagradável aos ouvidos sem com isto dizer-se que um tom é melhor do que outro. O que é intolerável não é a diferença, mas a indiferença - a capacidade de se esquecer do compromisso com a melodia. A tolerância não é uma medida absoluta e exigir-lhe esta natureza é estar-se de fora, externo e indiferente. O que é intolerável é sempre da ordem de uma tolerância inaceitável muito mais do que da discórdia e da diferença. O outro que é diferente pode chegar a ser até mesmo apreciado, um mesmo que é diferente estará sempre na dimensão do tolerável.

Os movimentos religiosos que existem hoje dentro do judaísmo são exemplos de um mesmo que é diferente. Suas patologias podem se expressar pela alienação dos mais tolerantes frente aquilo que não deveria ser tolerado ou pela intolerância dos menos tolerantes em relação à aquilo que deveria ser tolerado. Liberais portanto podem ter sido condescendentes e pluralistas com o intolerável e Ortodoxos implacáveis com o tolerável. Alcançar este discernimento só é impossível através de alguma definição de fronteira. Sem fronteiras que definam o que é um mesmo ou o que é um outro não existe qualquer possibilidade tanto de tolerância quanto de apreciação.

Quando duas ou mais tradições se encontram em espaços ecumênicos seu tratamento mútuo não consegue ultrapassar a dimensão da tolerância. São tradições tratadas com uma mesma deferência, são parte de um mesmo, e como diferentes partes de um mesmo só podem se tolerar. Se, por outro lado, este encontro se dá na dimensão do outro, na linguagem ou no espaço do outro onde não se pode ter qualquer dúvida de que o outro é o outro, então há espaço para a apreciação.

Ou como a cultura idische diz melhor, mais rápido e mais barato do que qualquer filosofia: "se eu sou eu porque você é você e você é você porque eu sou eu - nem eu sou eu e nem você é você; mas se eu sou eu porque eu sou eu e você é você porque você é você, então eu sou eu e você é você e nós podemos conversar." Se eu sou eu porque você é você e vice-versa então o que mais podemos almejar é a tolerância. Se eu sou eu porque eu sou eu e vice-versa, então é possível apreciar-nos e enriquecer-nos com nossa conversa. No ecumenismo é facilmente discernível os espaços onde se pratica a diplomacia e onde se pratica o enriquecimento no diálogo.

Surge hoje nas grandes capitais onde há presença judaica o cada vez mais visível Judaísmo Messiânico. Este grupo se assume como parte da fé judaica que reconhece Jesus enquanto Messias e pratica o judaísmo em sua forma cultural e tradicional. Tem corpo de judeu - propõe-se as mitsvot, circuncisão, kashrut, shabat, tefilá, chama seu mentor espiritual de rabino e sua casa de orações de sinagoga - e alma cristã - fala de Ioshuah, o salvador que trouxe nova luz e faz uso de livros que não fazem parte do cânone judaico. Há sem dúvida um canto de sereia no ar e um desafio em particular para aqueles que toleram.

Não tolerar este tipo de grupos não seria legitimar o não reconhecimento dos grupos mais tradicionalistas e radicais que não toleram qualquer outra prática que a sua ortodoxia? Não tolerar não significa experimentar o mesmo tipo de reação legítima, portanto, destas ortodoxias?

Acredito que não. Este grupo não é um mesmo diferente, é um outro. Poderia ao assumir isto ser até mesmo da dimensão da apreciação - poderia haver muita conversa. Sua perversidade é dizer-se parte de um mesmo para um grupo minoritário como são os judeus, com um longo passado de submissão à catequeses e até mesmo ao proselitismo violento, e em profunda transformação de sua identidade. É hora dos tolerantes serem profundamente coerentes com sua essência e exercerem sua intolerância. É um momento profundo de expressar-se não como um alienado ou um indiferente. É momento de resistir às tentações da indiferença que se dissimulam na tolerância e que não reconhecem que o judaismo é uma melodia. Não acredito ter que ser a única melodia - sem possibilidades de conversas - mas é uma melodia própria.

O judaísmo suporta qualquer jazz mas não o desafinar.

Triste a história deste grupo que ao invés de fazer jazz a partir da tradição cristã, vem desafinar o judaísmo. É suspeita esta necessidade de fazer-se um mesmo sendo-se um outro. Esta falta de transparência parece atender a um mercado das confusões mais do que abrir novas perspectivas melódicas a este mundo tão necessitado delas.

Ao mesmo tempo é este um momento importante para os judeus de conhecer suas próprias fronteiras. Bom este momento para lidar com nossas patologias. Que o liberal tolerante conheça suas intolerâncias e que o tradicionalista intolerante conheça suas verdadeiras tolerâncias.

Que os ditos Judeus Messiânicos despertem para o ato de agressividade que cometem ao se fazerem partes de um mesmo e que busquem o diálogo do diferente com aqueles que dizem respeitar - os judeus. Que a tradição cristã não se rejubile nesta manifestação religiosa como a cristianização dos judeus, mas que a compreenda como uma variante cristã em busca de suas origens. Cabe ao Cristianismo um ato de tolerância para com os seus, com mais um movimento dentro de suas fronteiras. Se a Igreja do passado não tivesse se compreendido como um mesmo, mas como um outro do judaísmo, se não tivesse se olhado pela ótica da cristianização dos judeus ou da transformação do velho em novo seja em testamento ou em mensagem, teríamos sido mais outros e teríamos conversado muito mais.

A heresia não é da dimensão do outro, mas do mesmo. Reforçar as identidades, fazer-se mais outro, é o caminho da paz e da apreciação. Que cristãos sejam mais cristãos, que judeus sejam mais judeus, em particular assumindo a sua legítima diversidade. "E naquele dia D'us será Um e Seu Nome Um" é o dia das muitas melodias que se apreciam. Não será o dia do enfadonho canto uníssono, nem do canto atravessado dos mesmos que são outros. Será o dia em que a diferença for sagrada e a indiferença uma heresia.



POSIÇÃO OFICIAL DO GOVERNO DE ISRAEL
ISRAEL, MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
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"Judeus messiânicos"

A  -  Antecedentes

Os Beresfords nasceram de pais judeus na África do Sul. Em 1985, o casal requereu o visto de imigrantes, e seu pedido foi recusado com o fundamento de que eles são judeus messiânicos. Em 1986 eles chegaram em Israel como turistas, e um outro pedido de vistos de imigrantes foi recusado pela mesma razão. O recurso para o Supremo Tribunal de Justiça foi rejeitado em 1989. Meio ano depois, o casal novamente recorreu para o Supremo Tribunal, e apenas alguns meses atrás, esse recurso também foi rejeitado. Os Beresfords permaneceram em Israel com vistos de turistas, e seus vistos expiraram em 20 de fevereiro de 1993. Duas outras famílias de judeus messiânicos o Kendalls e os Speakmans também tentaram os vistos, mas também foram indeferidos.

Os Beresfords pediram para imigrar para Israel como judeus sob a Lei do Retorno. A lei define um judeu como uma pessoa que nasceu de mãe judia ou que se converteu ao judaísmo. A lei também garante cidadania sob a Lei do Retorno para parentes de judeus, de modo que as famílias possam ficar juntos apesar das diferenças de religião. (É por isso que muitos imigrantes provenientes da CEI são emitidos vistos de imigrantes, embora eles não sejam judeus.) No entanto, uma pessoa que era judia e converteu voluntariamente a outra religião é considerado como tendo assim declarado seu desejo de dissociar o povo judeu ;consequentemente, a Lei do Retorno não se aplica a essa pessoa.

Os Beresfords pertencem a um grupo que crê que Jesus seja o Messias. Essa crença é o que marca a separação clara entre o judaísmo e o cristianismo. A crença de que Jesus é o Messias não pode ser conciliada com o judaísmo. O casal escolheu esta fé, e o Estado de Israel respeite a sua escolha. No entanto, eles não são considerados judeus, desde que tenham voluntariamente convertido, e eles não são, portanto, elegíveis para passar para Israel como judeus.

Os Beresfords então pediram o visto de permanência em Israel e também foi rejeitado. Eles afirmam que eles foram rejeitados por causa da oposição à sua fé. Este não é o caso: o pedido foi rejeitado porque eles não cumprem os critérios gerais que o Estado de Israel usa para decidir sobre a elegibilidade para um visto de residência permanente. O tribunal salientou este ponto, determinando que "a afirmação de que as recorrentes" ser "judeus messiânicos" era um estranho em consideração a decisão do demandado não tem fundamento. Este fato não é um problema em considerar a residência permanente nos termos da Lei de Entrada em Israel. Referida política do entrevistado se aplica igualmente a todos os não-residentes, sejam eles judeus messiânicos '' ou membros de qualquer outra seita, que são inelegíveis para vistos de imigrantes sob a Lei do Retorno. Ele não entram em jogo e não entram em jogo contra os recorrentes, mas não é e nem deve ser um fator em seu favor. "

Refutando a decisão do tribunal, alegam os Beresford o fato de que membros de seu grupo são residentes e cidadãos de Israel refuta ainda a afirmação do casal. Nos casos desses indivíduos, havia outras circunstâncias que justificaram a cidadania ou residência, e sua religião não era um obstáculo. Como a maioria dos países, Israel reserva-se o direito de aprovar ou rejeitar o direito da residência de estrangeiros. Beresford afirmou que está sendo mantido longe de dois de seus filhos, que são cidadãos israelenses, fará com que haja dano emocional profundo. O ministro do Interior foi além da letra da lei e divulgados, para análise do tribunal, os critérios segundo os quais as decisões família-reunificação são feitas, ou seja, um pai adulto que está sozinho e não tem filhos para o exterior. Beresford não está sozinha, e ela tem quatro filhos para o exterior. Ela não cumpre os critérios para a residência permanente. Seu status é o mesmo que o de qualquer não-judeu que deseja se estabelecer em Israel.

A High Court considerou caso do casal duas vezes. Seis juízes diferentes chegaram à mesma conclusão os Beresfords não são elegíveis para se estabelecer em Israel, nem como imigrantes, nem como residentes permanentes. A Suprema Corte é um dos pilares centrais do Estado de Direito em Israel. Os Beresfords esgotaram portanto, todas as suas prerrogativas no sistema judicial israelita, prerrogativas que lhes foram dadas em todas as instâncias. Quando eles não conseguiram, no entanto, eles declararam que não iria cumprir a decisão do tribunal e não deixaria Israel quando os seus vistos expiraram.

A tentativa de Beresford para justificar restantes em Israel por razões humanitárias, citando a importância de seu relacionamento com seus filhos é surpreendente. A questão teve repercussões em todo o mundo, e Israel tem sido muitas perguntas no assunto. Mas os filhos, que são cidadãos israelenses, e cuja separação de sua mãe, ela afirma, pode causar-lhe dano emocional profunda, nunca recorreu a nenhuma agência de governo. Este silêncio da parte deles colocou a veracidade da alegação da mãe em dúvida.
Após o final das deliberações, a mãe de Beresford, que tem sido um cidadão israelense, durante cinco anos, pediu para ser capaz de se reunir com sua filha porque ela precisa de sua ajuda. A família deixou de mencionar que a mãe não vive em Israel depois que ela se tornou um cidadão; ela chegou apenas recentemente, depois que as apelações falharam.

Quanto à acusação de que Israel está realizando "deportações" os vistos de turistas foram estendidos novamente e novamente. O Ministério do Interior de Israel deixar as famílias permaneçam aqui para a duração das audições, e estendeu seus vistos por quatro meses após o término das audiências para que eles pudessem se organizar. Ele ainda aderido a um pedido de prorrogação dos vistos para um mês suplementar. Quando o mês termina em 20 de fevereiro os vistos expiraram, e se as famílias não tiverem saído até então, sua presença no país será ilegal. Estas famílias não são diferentes de qualquer turista que é emitido um visto de turista por um período limitado de tempo. Se as famílias deixam Israel na hora, eles serão capazes de visitar o país novamente.


B. Pontos ao Stress

1. Israel não discrimina com base na filiação religiosa ou credo.Cidadãos cristãos e muçulmanos e residentes permanentes de Israel gozam de direitos iguais completos.

2. judeus messiânicos também vivem em Israel com direitos iguais. (Há mais de 2.000 dessas pessoas.) As famílias discutidos aqui nunca foram cidadãos ou residentes permanentes, mas apenas os turistas. A lei israelense não lhes dá direito à cidadania israelense.

3. Esta não é uma deportação de cidadãos ou residentes. É uma retirada de Israel de turistas estrangeiros cujos vistos expiraram.

4. Cada país democrático no mundo reserva-se o direito exclusivo de determinar quem é elegível para entrar no seu território e que é elegível para a cidadania ou residência. Estas famílias não preenchem nenhum dos critérios previstos na lei. As razões humanitárias que, as famílias afirmam, justificam a sua permanência em Israel foi investigado seriamente pelo tribunal e ao Governo e foram encontrados pouco convincente.


LEITURA SUGERIDA
POR QUE OS JUDEUS NÃO CREEM EM JESUS?