sábado, 4 de março de 2017

A HISTÓRIA DE DINÁ




Jacó era um hebreu abençoado por Deus. Muito mais do que isso, eram amigos íntimos, trocavam ideias e favores.(1)




A bíblia narra o encontro de Jacó com Esaú, este acompanhado de 400 homens a caminho de Seir, enquanto Jacó suas duas esposas (Raquel e Lia), suas duas escravas e seus doze filhos, seguiram para Salém, cidade de Siquém, onde armou sua tenda  E comprou uma parte do campo em que estendera a sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro.

Porém sua filha Diná, filha de Lia, resolveu dar uma voltinha pelos arredores da cidade e deu de cara com um príncipe maníaco sexual de nome Siquém, filho de Hamor.




O estupro foi inevitável, como se não bastasse, o príncipe a sequestrou para dentro do palácio do seu pai vindo a se apaixonar perdidamente pela sua vítima.

Caído de amores por sua presa Diná, pediu a seu pai Hamor que interferisse junta a família da moça sequestrada.

Quando Jacó ouviu que Diná, sua filha, fora violentada, estavam os seus filhos no campo com o gado; e calou-se Jacó até que viessem.

E saiu Hamor, pai de Siquém, a Jacó, para falar com ele.

E vieram os filhos de Jacó do campo, ouvindo isso, e entristeceram-se os homens, e iraram-se muito, porquanto Siquém cometera uma insensatez em Israel, estuprando a filha de Jacó; o que não se devia fazer assim.

Então falou Hamor com eles, dizendo: A alma de Siquém, meu filho, está enamorada da vossa filha; dai-lha, peço-vos, por mulher;

Daí por diante a narrativa bíblica trata da negociação da filha de Jacó, tendo o rei Hamor como mediador muitíssimo generoso, inclusive se mostrando interessado em unir as duas famílias, a da moça violentada e sequestrada com a alma de Siquém, o estuprador, sujeitando-se ainda a circuncisão.

Notando os filhos de Jacó o interesse obsessivo de Hamor, resolveram enganar o tolo em toda sua boa fé e fingiram que a aliança esta feita.


A VINGANÇA - Deus ajuda dois homens a promoverem um genocídio - Sequestro de mulheres, meninos e meninas.

E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todos os homens.

Mataram também ao fio da espada a Hamor, e a seu filho Siquém; e tomaram a Diná da casa de Siquém, e saíram.





Vieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade; porquanto violaram a sua irmã.

As suas ovelhas, e as suas vacas, e os seus jumentos, e o que havia na cidade e no campo, tomaram.

E todos os seus bens, e todos os seus meninos, e as suas mulheres, levaram presos, e saquearam tudo o que havia em casa.

E partiram; e o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó. (Genesis 35:5)





(1) Satisfeito com a sanha assassina de Simeão e Levi apareceu Deus outra vez a Jacó, vindo de Padã-Arã, e abençoou-o.

E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel.


Deus é fiel:

Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão dos teus lombos;

E te darei a ti a terra que tenho dado a Abraão e a Isaque, e à tua descendência depois de ti darei a terra.

E Deus subiu dele, do lugar onde falara com ele.
E Jacó pôs uma coluna no lugar onde falara com ele, uma coluna de pedra; e derramou sobre ela uma libação, e deitou sobre ela azeite.
E chamou Jacó aquele lugar, onde Deus falara com ele, Betel.


Gênesis 35:9-15



Se houvesse um deus, a religião não seria necessária [...] Se Deus existisse, a fé se tornaria desnecessária e todas as religiões entrariam em colapso". (Ron Barrier). 

sexta-feira, 3 de março de 2017

A QUESTÃO DO USO DAS IMAGENS NO CRISTIANISMO DE ROMA









Centenas de deuses foram criados para explicar o inexplicável, até chegarmos a Mesopotâmia e Egito. Todos os deuses das três maiores religiões (Cristianismo, Islamismo e Judaísmo) derivam de deuses antigos.



 A Reforma Protestante promovida por Martinho Lutero aboliu das igrejas cristãs a figura dos santos, com base no mandamento divino que diz:

"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.

Estaria o legislador javista proibindo a adoração de imagens cultuados na Igreja Católica Apostólica Romana, ou apenas aos deuses conhecidos na época em que os 10 Mandamentos foram escritos?

Sem medo de errar afirmo que a proibição javista envolvia apenas os deuses conhecidos na época não alcançando os deuses ou semideuses criados pela Igreja Católica Apostólica Romana, que no seu estado primitivo, não havia santos. Jesus, que acredito nunca ter existido, jamais se importou com escultura, pintura, música ou qualquer manifestação artística, segundo nos diz o Novo Testamento.

O aparecimento dos santos se deu com o sincretismo religioso com a fusão compulsória do Mithaismo com o Cristianismo, promovido pelo Imperador Teodósio através do Edito de Tessalônica.(1) publicado em 27 de fevereiro de 380 da era atual.

Teófilo, hoje Santo Teófilo, é nomeado patriarca de Alexandria e inicia imediatamente uma violenta campanha de destruição de todos os templos e santuários não-cristãos. Tem o apoio do pio imperador Teodósio. Deve-se a Teófilo a destruição, em Alexandria, dos templos de Mitríade e de Dionísio. Essa loucura destruidora culmina em 391 com a destruição do templo de Serapis e da sua biblioteca. As pedras dos santuários destruídos foram usadas para edificar igrejas para a nova religião única, a cristã.

Destruir templos, estátuas, livros de medicina, livros científicos, bibliotecas inteiras, apedrejar devotos, torturar e perseguir pessoas, é uma característica marcante do cristianismo.

Templos que foram invadidos a partir do dia 28 de fevereiro,
(Podemos apenas imaginar o efeito que isso teve sobre o caráter espiritual da igreja.)  Neste ponto, os templos pagãos foram transformados em igrejas, as estátuas de Júpiter tornaram-se estátuas de Pedro, as imagens de Ísis e Vênus tornaram-se imagens da "virgem abençoada", e a mistura do paganismo com o cristianismo resultou nas diversas doutrinas sem base bíblica e as tradições da Igreja de Roma.


Voltemos ao Velho Testamento

Quais deuses não queria o legislador javista que não fossem adorados?

A bíblia fala do Baal, em diversos lugares, este deus que para os sumérios e acádios era conhecido por Sin o deus da lua. A bíblia fala em Asterath. O próprio rei Salomão prestou-lhe culto (II Reis 23:13 / I Reis 11:15) Esta deusa era a mesma que Inanna na mitologia suméria, Ishtar na mitologia acádia e Isis na mitologia Egípcia e Astarte na mitologia grega.

A grande rainha dos céus (Jeremias 44:19) O templo dela que se pensava inexistente que vem referenciado em I Samuel 31:10 foi encontrado muito recentemente nas ruínas da Ekrom dos filisteus. Lembras-te da Jezebel? Sim? (I Reis 18:19) Ela e os 400 sacerdotes, que não seriam mais que empregados desta deusa… Então e o deus Chamoesh que era irmão de Asterath (Juízes 11:24) que era o mesmo que Shamash para os Acádios e Utu para os sumérios? Então e o Merodach (Marduk para os acádios) em Jeremias 50:2.

Nada que se assemelhe ao que existe lá em cima no céu:

Shapsu (divindade sol), Yarih (divindade lua), Shahar (divindade da aurora), Shalim (crepúsculo), Athtar (estrela da manhã), Athtart (estrela da noite), Baal (divindade guerreira da tempestade); Litan (a serpente voadora)

Ou cá embaixo na terra

Mot (a divindade da morte); Kothar (a divindade artesã construtora)

ou nas águas que está debaixo da terra

Yamm (mar); Leviatã (serpente marinha)


Mas a proliferação de santos nas Igrejas Católicas ocorreram mesmo a partir da Reforma Luterana em 1517, Quando Martinho Lutero bradava que a Igreja Católica era idólatra e o Papa para demostrar força defendia a ideia de que não adorava santos, que aquelas estátuas eram apenas para conservar a lembrança de um religioso que teve a vida pautada em fé, solidariedade cristã e conduta ilibada.

Não há no Velho Testamento nenhum versículo dizendo que essa proibição era para ser obedecida por outros povos mesmo que não fossem hebreus.

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