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terça-feira, 14 de maio de 2013

DÍZIMO - CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA OU COMPULSÓRIA?





O dízimo faz parte da tradição histórica do povo hebreu. E até hoje algumas comunidades judaicas se mantém através dos dízimos, mas outras se mantêm por contribuição mensal dos seus membros. Esses valores também têm fins beneficentes através de instituições benemerentes que ajudam judeus e não judeus.

Mas será que os cristãos atualmente arrecadam o dízimo e fazem dele o mesmo que os hebreus faziam na Bíblia?

O Dízimo era estipulado como sendo um décimo da colheita ou do rebanho. Esse dízimo era distribuído entre os levitas (sacerdotes), os trabalhadores estrangeiros, os órfãos e as viúvas (Deut 26:12 e 14:28). Ou seja, todos os que viviam em difícil condição social, deveriam receber de todo o povo hebreu uma ajuda para poderem sobreviver. Certamente, as pessoas em difícil condição social não davam dízimo, mas se beneficiavam com uma parcela dele.

Essa lei era uma forma de manter a estabilidade social e o vinculo de união entre as tribos de Israel. Podemos dizer que é uma forma obrigarem a exercerem a lei de caridade.

Mas também os tributos pagos aos levitas pelos seus serviços eram feitos na forma de dízimos. Contudo tinha também o dízimo desses dízimos (dos tributos), oferta reservada ao Senhor, que era entregue ao sacerdote Aarão. O dízimo dos dízimos era a parcela do que havia de melhor, o que sobrava era dos levitas. Mas esses dízimos eram para a subsistência e não para ficarem ricos e terem posses.

Desta forma, o dizimo é um compartilhamento extremamente social.

Trocando em miúdos:



O dizimo como é pregado hoje em dia não existe. Trata-se apenas da comunhão dos fiéis, que devem também, pagarem as contas dos gastos com o sustento da congregação.

Toda essa história de "10%", está errada. O texto que muitos creem sustentar o dizimo de 10% está em Malaquias.

Um pouco de história não faz mal

Na época da monarquia em Israel, principalmente com Davi e Salomão, o dizimo era LEI. Devia ser pago 30% do total da renda familiar.


10% para o REI

10% para o SACERDOTE

10% para o MANTIMENTO NO TEMPLO


No entanto, no período de Malaquias, os 10% para o TEMPLO estavam sendo roubados. Como a lei não estava sendo cumprida, Deus usou Malaquias para exortar o povo à pagar o que era devido, senão iria castiga-los com insetos que devorariam suas colheitas.


MALAQUIAS É ISSO, NADA MAIS.



Os insetos devoradores, NÃO SÃO DEMÔNIOS QUE DEVORAM AS FINANÇAS, como dizem muitos por aí...

O dizimo não é somente dinheiro, mas parte da produção. Se vocês lerem em Atos dos Apóstolos, houve uma convenção dos irmãos que venderam suas propriedades para viverem unidos. Isso não é dizimo, mas sim uma adequação ao sistema social da igreja primitiva.

Em resumo, o dizimo é algo extremamente óbvio.  Ora, você não vai à igreja? Você não se utiliza do espaço que compartilha com seus irmãos, para adorar a Deus? Então, todos os irmãos devem arcar com os gastos sociais para manterem esse espaço. Seja como puder. Não é necessário 10%, mas sim aquilo que você puder ofertar para o mantimento da congregação.

Sobre a salvação... De modo algum o dizimo é base para salvação. Se fosse, todos os irmãos da igreja primitiva não seriam salvos, pois eles não dizimavam como se exige por aí...

A Salvação está em Crer em Jesus Cristo como seu Salvador Pessoal, reconhecendo nEle a própria Divindade, pois Ele é Deus (1 Jo 5.20).

Essa salvação faz de você templo do Espírito Santo, que nos ensina como Servirmos ao Senhor, através de Sua Palavra. Não do dizimo.

Paz.

Contribuição de Fábio, membro da Igreja Assembléia de Deus.


terça-feira, 23 de abril de 2013

FLAVIUS JOSEPHUS






Flavius Josephus (37 d.C. – 103 d.C.) — era um fariseu que nasceu em Jerusalém, vivia em Roma e escreveu “História dos judeus” (79 d.C.) e “Antiguidades dos judeus” (93 d.C.).

Nos dias atuais podemos comparar Flavius Josephus, a um soldado de nacionalidade Iraquiana, chamado Said, que com alguns outros iraquianos, foi cercado pelos soldados do exército americano, tendo Said arquitetado um plano, onde ele, apenas saiu vivo.

Capturado pelo exército estadunidense, foi levado prisioneiro para os Estados Unidos, fazendo de pronto, amizade com a CIA, recebendo do governo inimigo do seu povo a nacionalidade americana e uma pensão em dólar para o seu sustento.

Trocou de nome e goza de privilégios na Casa Branca, junto ao presidente, sua teologia é: Alah abandonou os iraquianos e agora está com os americanos. (traição teológica).

Nos fóruns onde se debatem o Cristianismo e consequentemente a real existência de Jesus (Esse de quem se fala no Novo Testamento), o primeiro historiador antigo a ser citado é o Flavius Josephus.

O fundamento principal da fama duradoura de Josephus como historiador é o respeito excepcional em que suas obras eram tidas pela Igreja, desde os tempos mais remotos. Este fato devia-se a que ele tinha sido quase contemporâneo de Jesus e dos Apóstolos, na Judéia.

Seus relatos (assim consideram muitos modernos eruditos, tanto cristãos quanto judeus) foram textualmente alterados, nos primórdios da era cristã, por ultra-zelosos propagandistas da igreja, a fim de obter corroboração histórica para a missão de Jesus, como o Cristo ou Messias, uma vez que não havia outro testemunho histórico contemporâneo e externo que o comprovasse.

Sobre os livros de Josephus, é certo que o pequeno trecho tratando de Jesus é falso. Não só pela estranheza do trecho, como já foi comentado, mas também por detalhes lingüísticos e de oratória (o texto, altamente apologético, simplesmente não encaixa com o resto do livro).

Assume-se já há algum tempo, que o tal trecho foi uma piedosa inclusão medieval no texto original, bastante difundido. Aliás, prática comum, que certamente deve ter afetado também os evangelhos - dificilmente os de Nicéia são integralmente os mesmos de hoje.

 Flavius Josephus é considerado um dos melhores historiadores antigo. Suas obras sobre o povo judeu são uma preciosidade histórica da vida helênica no primeiro século. Josefo, que nasceu no ano 37 e que escreveu até o ano 93 sobre o cristianismo, sobre o judaísmo, sobre os messias e os cristos do período, nada disse em seus textos originais sobre Jesus Cristo.

Nos manuscritos do Mar Morto, uma das maiores descobertas arqueológicas da história, não há nenhuma referência a Jesus.

A mais antiga citação de Jesus está num fragmento de papiro, descoberto no Egito. Teria sido escrito um século depois da crucificação.

Apologistas cristãos (defensores da fé) consideram o testemunho de Josephus sobre Jesus a única evidência garantida da historicidade de Jesus. O testemunho citado se encontra em “Antiguidades dos judeus”.

Ao contrário dos apologistas, entretanto, muitos estudiosos, inclusive os autores da Encyclopedia Britannica, consideram o trecho “uma inserção posterior feita por copistas cristãos”. Ele diz que:

“Naquele tempo, nasceu Jesus, homem sábio, se é que se pode chamar homem, realizando coisas admiráveis e ensinando a todos os que quisessem inspirar-se na verdade. Não foi só seguido por muitos hebreus, como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso país ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores não o abandonaram nem mesmo após sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia após sua morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil coisas milagrosas. A sociedade cristã que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome que usa.”

Por que este trecho é considerado uma inserção posterior?

1.    Josephus era um fariseu. Só um cristão diria que Jesus era o Cristo. Josephus teria tido que renunciar as suas crenças para dizer isto, e Josephus morreu ainda um fariseu.


2. Josephus costumava escrever capítulos e mais capítulos sobre gente insignificante e eventos obscuros. Como é possível que ele tenha despachado Jesus, uma pessoa tão importante, com apenas algumas frases?


3. Os parágrafos antes e depois deste trecho descrevem como os romanos reprimiram violentamente as sucessivas rebeliões judaicas. O parágrafo anterior começa com “por aquela época, mais uma triste calamidade desorientou os judeus”. Será que “triste calamidade” se refere vinda do “realizador de mil coisas milagrosas” ou aos romanos matando judeus? Esta suposta referência a Jesus não tem nada a ver com o parágrafo anterior. Parece mais uma inclusão posterior, fora de contexto.


4. Finalmente, e o que é ainda mais convincente, se Josephus realmente tivesse feito esta referência a Jesus, os Pais da Igreja pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das acusações de que Jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citam este trecho. Sabemos que Orígenes leu Josephus porque ele deixou textos criticando Josephus por este atribuir a destruição de Jerusalém a morte de Tiago. Aliás, Orígenes declara expressamente que Josephus, que falava de João Batista, nunca reconheceu Jesus como o Messias (”Contra Celsum”, I, 47).

Não somente a referência de Josephus a Jesus parece fraudulenta como outras menções a fatos históricos em seus livros contradizem e omitem histórias do Novo Testamento:

Flavius Josephus menciona um eclipse lunar que ocorreu pouco antes da morte de Herodes. (Esse eclipse tem sido identificado pela maioria dos historiadores como sendo o ocorrido em 13 de março do ano 4 antes de nossa era.) O nascimento de Jesus teria ocorrido no final do reinado de Herodes.

Fenômenos astronômicos ligados a acontecimentos históricos são excelentes para precisar datas, mas Josephus nada falou do nascimento de Jesus ou o massacre dos inocentes promovido a mando de Herodes.


1.   A Bíblia diz que João Batista foi morto por volta de 30 d.C., no início da vida pública de Jesus. Josephus, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C.  Josephus cita 23 vezes o nome de Salomé em "Antiguidade dos Judeus", apenas no Livro XVI e nenhuma vez cita o nome de Jesus em todo sua obra.

2. Josephus não menciona a celebração de Pentecostes em Jerusalém, quando, supostamente: judeus devotos de todas as nações se reuniram e receberam o Espírito Santo, sendo capazes de entender os apóstolos cada qual em sua própria língua; Pedro, um pescador judeu, se torna o líder da nova igreja; um colega fariseu de Josephus, Saulo de Tarso, se torna o apóstolo Paulo; a nova igreja passa por um crescimento explosivo na Palestina, Alexandria, Grécia e Roma, onde morava Josephus.

O suposto martírio de Pedro e Paulo em Roma, por volta de 60 d.C., não é mencionado por Josephus.

Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores.

A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade?

Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que “ as vezes é necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”.

Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Josephus, não resta nehuma evidência confiável de origem não cristã.

Parece-me que os cristãos nunca leram nada a respeito desse cidadão de origem judaica que recebeu além da cidadania romana, uma gorda mesada do Império Romano.

O LIVRO DE FLAVIUS JOSEPHUS
                        ANTIGUIDADE DOS JUDEUS

O conto de Jesus incorporou elementos dos contos de outros deuses registrados nesta área difundida, tal como muitos dos seguintes salvadores do mundo e "filhos de Deus," a maioria ou todos de quem precedem o mito cristão, e um número que foi crucificado ou executado:


  • Adad da Assíria
  • Adonis, Apolo, Héracles ("Hércules"), e Zeus da Grécia
  • Alcides de Thebes
  • Attis de Phrygia
  • Baal da Fenícia
  • Bali do Afeganistão
  • Beddru do Japão
  • Buda da Índia
  • Crite de Chaldea
  • Deva Tat do Sião
  • Hesus dos Druidas
  • Horus, Osiris, e Serapis de Egipto, cuja a aparência com o barba e o cabelo longo foi adotada para o caráter de Cristo
  • Indra do Tibet
  • Jao do Nepal
  • Krishna da Índia
  • Mikado do Sintoos
  • Mithra e Zaratustra/Zoroastro da Pérsia
  • Odin da Escandinávia
  • Prometheus do Cáucaso
  • Quetzalcoatl do México
  • Salivahana de Bermuda
  • Tammuz da Síria (que era, em um movimento típico na fabricação dos mitos, mudada mais tarde no discípulo Tomé16)
  • Thor dos Gauls
  • Monarca universal do Sibyls
  • Wittoba dos Bilingonese
  • Xamolxis de Thrace
  • Zoar dos Bonzes 



Aliás, fora os evangelhos, não há como apontar nenhuma clara referência a fantástica vida pública de Jesus em qualquer outro escrito cristão do século I.


VEREDICTO BI-MILENAR

   * Veredicto através dos 20 séculos desta Era Comum :
   Estes escritores, que viveram ao tempo da suposta "vida de Jesus" deixaram uma livraria extensa, Judaica e Pagã literatura, nas quais não há uma única menção de "Jesus" ou dos seus "apóstolos" e "discípulos".

   Eles são :

Arrian 
Plutarco
Apollonius

Hermógenes

Appian (Apião)

Damis

Aulus Gellius

Apião da Alexandria

Philo Judaeus

Petronius

Juvenal

Quintilian
Silius Italicus
Phlegon
Pausanias
Dio Chrysostom
Favorinus
Seneca
Dion Pruseus
Martial
Lucanus
Statius
Phaedrus
Florus Lucius
Columella
Lysias
Theon de Myrna
Plinio o Velho
Paterculus
Persius
Justus de Tiberius
Epictetus
Ptolemi
Valerius Maximus
Quintius Curtis
Valerius Flaccus
Pompius Mela

Duas opções:

a- Acreditar que coisas alheias à realidade realmente aconteceram;

b- Reconhecer que são meras construções literárias, tão comuns por toda a história e por todo o mundo.

Qual é a sensata? Segue uma lista, incompleta, de reconhecidos estudiosos cristãos que ficaram com a segunda:

Marcus Borg
Gunther Bornkamm
Gerald Boldock Bostock
Rudolf Bultmann
John Dominic Crossan
Maurice Goguel
Hans Grass
Charles Guignebert
Uta Ranke-Heinemann
Herman Hendrickx
Roy Hoover
Helmut Koester
Hans Kung
Alfred Loisy
Willi Marxsen
Norman Perrin
Marianne Sawicki
John Shelby Spong
John T. Theodore






É QUESTÃO DE LÓGICA:

Qual é a maior propagadora de Jesus:  A Igreja.

A Igreja é uma instituição confiável que nunca fez nada que prejudicou a humanidade ? Não

A Igreja Mente ? Mente! (A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade. (Leonardo Boff) – Revista Caros Amigos Setembro de 1998.

Temos provas históricas ou arqueológicas sobre Jesus ? Não.

Como provar que a história de Jesus é verdadeira ? Não há como.

O que difere o mito de Jesus do mito do Papai Noel ? nada!

Bom...há uma diferença .. o Papai Noel não condena ao sofrimento quem desacredita dele.


SABER MAIS


Este vídeo do teólogo Rafael M.E., ele procurou deixar em evidência os pontos que considera como essenciais para análise desse tema. 







sexta-feira, 19 de abril de 2013

DIA DO ÍNDIO

.




FATO - Os Imperadores Romanos criaram um Deus chamado Jesus, elegeram seus livros canônicos, enxertaram crenças de outros deuses, queimaram livros, destruíram templos, bibliotecas e imagens de outras religiões e com suas pedras construíram igreja, criaram regras, instituíram como religião estatal, impuseram a sua crença através de decretos, destruíram todos os outros templos pagãos, a princípio mataram todos aqueles que não professassem a fé católica, estenderam a religião além das fronteiras do império Romano, sempre matando aqueles que não se batizassem na Igreja Católica. O Cristianismo se divide – o grande cisma do oriente - brigam entre si, divide-se novamente com Lutero, se matam, e se amaldiçoam uns aos outros. Atravessou o oceano Atlântico, mataram índios e impuseram a sua fé.



PIADA DE ÍNDIO
  

 Aceite Jesus e serás salvo.

 Um membro de uma determinada seita cristã, estava convencendo um índio a aceitar Jesus e alcançar a salvação.
Depois de muito nhenhenhém o índio pergunta ao evangelizador.
- Quer dizer que se eu não soubesse da existência de Jesus eu iria pro inferno?
- Não, não se você não soubesse, respondeu o crente.
- E o índio – Então porque você me disse?



Outra de Índio:

FATO - Católicos mataram Luteranos, Luteranos mataram Anabatistas, Católicos e Calvinistas, Calvinistas mataram Católicos, Luteranos e Puritanos, estes quase foram dizimados na Inglaterra pelos cristãos seguidores da Igreja Anglicana, fundada pelo rei Henrique VIII e correram para os Estados Unidos, onde de perseguidos passaram a perseguidores e mataram mais de 3 milhões de índios incluindo crianças.


       Veja o raciocínio do Índio Americano, que também foi discriminado pelos brancos colonizadores.




Eles vieram com uma Bíblia e sua religião – roubaram nossa terra, esmagaram nosso espírito... e agora nos dizem que devemos ser agradecidos ao ‘Senhor’ por sermos salvos.” Chefe Pontiac, indígena americano.



Cajamarca, Peru.






“O governador Francisco Pizarro enviou então frei Vicente de Valverde para falar com Ataualpa e pedir que, em nome de Deus e do rei de Espanha, ele se submetesse a lei de nosso Senhor Jesus Cristo e ao serviço de Sua Majestade.

Avançando com a cruz em uma das mãos e a Bíblia na outra, por entre as tropas indígenas, até o local onde estava Ataualpa, o frei então falou: ‘Sou um sacerdote de Deus e ensino aos cristãos as coisas de Deus e, da mesma forma, venho para ensinar a vocês. O que ensino é o que Deus nos diz neste livro. Portanto, da parte de Deus e dos cristãos, eu lhe imploro que seja seu amigo, porque este é o desejo de Deus, e para o seu bem.’


“Ataualpa pediu o livro, que queria ver, e o frei o entregou fechado. Ataualpa não sabia como abri-lo e o frei estava estendendo a mão para fazê-lo quando Ataualpa, com muita raiva, deu-lhe um golpe no braço, sem querer que fosse aberto. Então ele mesmo abriu o livro e, sem qualquer demonstração de surpresa com as letras ou o papel, atirou-o a uma distância de uns cinco ou seis passos, com o rosto extremamente vermelho.


“O frei devolveu-o a Pizarro, gritando: ‘Saiam! Saiam, cristãos! Invistam contra esses cães inimigos que rejeitam as coisas de Deus. O tirano jogou no chão meu livro com a sagrada lei! Vocês não viram o que aconteceu? Por que continuar polidos e servis diante desse cachorro superorgulhoso enquanto as planícies estão cheias de índios? Marchem contra ele, porque eu os absolvo.


“O governador então fez sinal para Candia, que começou a atirar. Ao mesmo tempo, as cornetas soaram e as tropas espanholas, tanto a cavalaria quanto a infantaria, deixaram seus esconderijos, avançando diretamente sobre a massa de índios desarmados que lotava a praça, dando o grito de guerra espanhol: ‘Santiago!’ Nós havíamos colocado matracas nos cavalos para aterrorizar os índios. Os estampidos das armas, o som das cornetas e as matracas nos cavalos deixaram os índios em verdadeiro pânico.


Os cristãos espanhóis caíram em cima deles, cortando-os em pedaços. Os índios ficaram com tanto medo que subiram uns nos outros, amontoados e sufocados. Como estavam desarmados, foram atacados sem risco para qualquer cristão. A cavalaria passou por cima deles, matando, ferindo e perseguindo-os. A infantaria fez um ataque tão certeiro contra aqueles que ainda estavam em pé que em pouco tempo a maioria foi submetida à espada.

Viemos para conquistar esta terra sob suas ordens, para que todos tomem conhecimento de Deus e de sua sagrada fé católica. Devido à nossa missão, Deus, o criador do céu e da terra e de todas as coisas nele existentes, nos autoriza a fazer isso para que vocês possam conhecê-Lo e deixar essa vida bestial e diabólica que levam. Disse o governador cristão Francisco Pizarro.


7 mil índios mortos em apenas 2 horas.

Fonte: Livro Armas, Germes e Aço, p. 69-73
http://forum.hardmob.com.br/archive/index.php/t-262630.html



quarta-feira, 10 de abril de 2013

AS 95 TESES DE LUTERO


[Essas teses foram afixadas na porta da igreja do Castelo de Wittenberg a 1o de outubro de 1517. Era esse o modo usual de se anunciar uma disputa, instituição regular da vida universitária e não havia nada de dramático no ato. Lutero confiava receber o apoio do papa pelo fato de revelar os males do tráfico das indulgências.]

Uma disputa do Mestre Martinho Lutero, teólogo, para elucidação da virtude das indulgências.

Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as seguintes teses serão defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma. Ele, portanto, pede que todos os que não puderem estar presentes e disputar com ele verbalmente, o façam por escrito. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1. Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo em dizendo "Arrependei-vos, etc.), afirmava que toda a vida dos fiéis deve ser um ato de arrependimento.

2. Essa declaração não pode ser entendida como o sacramento da penitência (i. e., confissão e absolvição) que é administrado pelo sacerdócio.

3. Contudo, não pretende falar unicamente de arrependimento interior; pelo contrário, o arrependimento interior é vão se não produz externamente diferentes espécies de mortificação da carne.

4. Assim, permanece a penitência enquanto permanece o ódio de si (i. e., verdadeira penitência interior), a saber, o caminho reto para entrar no reino dos céus.

5. O papa não tem o desejo nem o poder de perdoar quaisquer penas, exceto aquelas que ele impôs por sua própria vontade ou segundo a vontade dos cânones.

6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoado os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações a culpa permaneceria.

7. Deus não perdoa a culpa de ninguém sem sujeitá-lo à humilhação sob todos os aspectos perante o sacerdote, vigário de Deus.

8. Os cânones da penitência são impostas unicamente sobre os vivos e nada deveria ser imposta aos mortos segundo eles.

9. Por isto o Espírito Santo nos beneficia através do papa, mas sempre faz exceção de seus decretos no caso da iminência da morte e da necessidade.

10. Os sacerdotes que no caso de morte reservam penas canônicas para o purgatório agem ignorante e incorretamente.

11. Esta cizânia que se refere à mudança de penas canônicas em penas no purgatório certamente foi semeada enquanto os bispos dormiam.

12. As penitências canônicas eram impostas antigamente não depois da absolvição, mas antes dela, como prova de verdadeira contrição.

13. Os moribundos pagam todas as suas dívidas por meio de sua morte e já estão mortos para as leis dos cânones, estando livres de sua jurisdição.

14. Qualquer deficiência em saúde espiritual ou e amor por parte de um homem moribundo deve trazer consigo temor, e quanto maior for a deficiência maior deverá ser o temor.

15. Esse temor e esse terror bastam por si mesmos para produzir as penas do purgatório, sem qualquer outra coisa, pois estão pouco distante do terror do desespero.

16. Com efeito, a diferença entre Inferno, Purgatório e Céu parece ser a mesma que há entre desespero, quase-desespero e confiança.

17. Parece certo que para as almas do purgatório o amor cresce na proporção em que diminui o terror.

18. Não parece estar provado, quer por argumentos quer pelas Escrituras, que essas almas estão impedidas de ganhar méritos ou de aumentar o amor.

19. Nem parece estar provado que elas estão seguras e confiantes de sua bem-aventurança, ou, pelo menos, que todas o estejam, embora possamos estar seguros disso.

20. O papa pela remissão plenária de todas as penas não quer dizer a remissão de todas as penas em sentido absoluto, mas somente das que foram impostas por ele mesmo.

21. Por isto estão em erro os pregadores de indulgências que dizem ficar um homem livre de todas as penas mediante as indulgências do papa.

22. Pois para as almas do purgatório ele não perdoa penas a que estavam obrigadas a pagar nesta vida, segundo os cânones.

23. Se é possível conceder remissão completa das penas a alguém, é certo que somente pode ser concedida ao mais perfeito; isto quer dizer, a muito poucos.

24. Daí segue-se que a maior parte do povo está sendo enganada por essas promessas indiscriminadas e liberais de libertação das penas.

25. O mesmo poder sobre o purgatório que o papa possui em geral, é possuído pelo bispo e pároco de cada dioceses ou paróquia.

26. O papa faz bem em conceder remissão às almas não pelo poder das chaves (poder que ele não possui), mas através da intercessão.

27. Os que afirmam que uma alma voa diretamente para fora (do purgatório) quando uma moeda soa na caixa das coletas, estão pregando uma invenção humana (hominem praedicant).

28. É certo que quando uma moeda soa, cresce a ganância e a avareza; mas a intercessão (suffragium) da Igreja está unicamente na vontade de Deus.

29. Quem pode saber se todas as almas do purgatório desejam ser resgatadas? (Que se pense na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal).

30. Ninguém está seguro na verdade de sua contrição; muito menos de que se seguirá a remissão plenária.

31. Um homem que verdadeiramente compra suas indulgências é tão raro como um verdadeiro penitente, isto é, muito raro.

32. Aqueles que se julgam seguros da salvação em razão de suas cartas de perdão serão condenados para sempre juntamente com seus mestres.

33. Devemos guardar-nos particularmente daqueles que afirmam que esses perdões do papa são o dom inestimável de Deus pelo qual o homem é reconciliado com Deus.

34. Porque essas concessões de perdão só se aplicam às penitências da satisfação sacramental que foram estabelecidas pelos homens.

35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.

36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plenária tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de perdão.

37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem cartas de perdão.

38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.

39. É muito difícil, mesmo para os teólogos mais sábios, dar ênfase na pregação pública simultaneamente ao benefício representado pelos indulgências e à necessidade da verdadeira contrição.

40. Verdadeira contrição exige penitência e a aceita com amor; mas o benefício das indulgências relaxa a penitência e produz ódio a ela. Tal é pelo menos sua tendência.

41. Os perdões apostólicos devem ser pregados com cuidado para que o povo não suponha que eles são mais importantes que outros atos de amor.

42. Deve ensinar-se aos cristãos que não é intenção do papa que se considera a compra dos perdões em pé de igualdade com as obras de misericórdia.

43. Deve ensinar-se aos cristãos que dar aos pobres ou emprestar aos necessitados é melhor obra que comprar perdões.

44. Por causa das obras do amor o amor é aumentado e o homem progride no bem; enquanto que pelos perdões não há progresso na bondade mas simplesmente maior liberdade de penas.

45. Deve ensinar-se aos cristãos que um homem que vê um irmão em necessidade e passa a seu lado para dar o seu dinheiro na compra dos perdões, merece não a indulgência do papa, mas a indignação de Deus.

46. Deve ensinar-se aos cristãos que – a não ser que haja grande abundância de bens – são obrigados a guardar o que é necessário para seus próprios lares e de modo algum
gastar seus bens na compra de perdões.

47. Deve ensinar-se aos cristãos que a compra de perdões é matéria de livre escolha e não de
mandamento.

48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que de dinheiro contado.

49. Deve ensinar-se aos cristãos que os perdões do papa são úteis se não se põe confiança neles, mas que são enormemente prejudiciais quando por causa deles se perde o temor de Deus.

50. Deve ensinar-se aos cristãos que, se o papa conhecesse as exações praticadas pelos pregadores de indulgências, ele preferiria que a basílica de São Pedro fosse reduzida a cinzas a construí-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve ensinar-se aos cristãos que o papa – como é de seu dever – desejaria dar os seus próprios bens aos pobres homens de quem certos vendedores de perdões extorquem o dinheiro; que para este fim ele venderia – se fosse possível – a basílica de São Pedro.

52. Confiança na salvação por causa de cartas de perdões é vã, mesmo que o comissário, e até mesmo o próprio papa, empenhasse sua alma como garantia.

53. São inimigos de Cristo e do povo os que em razão da pregação das indulgências exigiam que a palavra de Deus seja silenciada em outras igrejas.

54. Comete-se uma injustiça para com a palavra de Deus se no mesmo sermão se concede tempo igual, ou mais longo, às indulgências do que a palavra de Deus.

55. A intenção do papa deve ser esta: se a concessão dos perdões – que é matéria de pouca importância – é celebrada pelo toque de um sino, como uma procissão e com uma cerimônia, então o Evangelho – que é a coisa mais importante – deve ser pregado com o acompanhamento de cem sinos, de cem procissões e de cem cerimônias.

56. Os tesouros da Igreja – de onde o papa tira as indulgências – não estão suficientemente esclarecidos nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É pelo menos claro que não são tesouros temporais, porque não estão amplamente espalhados mas somente colecionados pelos numerosos vendedores de indulgências.

58. Nem são os méritos de Cristo ou dos santos, porque esses, sem o auxílio do papa, operam a graça do homem interior e a crucificação, morte e descida ao inferno do homem exterior.

59. São Lourenço disse que os pobres são os tesouros da Igreja, mas falando assim estava usando a linguagem de seu tempo.

60. Sem violências dizemos que as chaves da Igreja, dadas por mérito de Cristo, são esses tesouros.

61. Porque é claro que para a remissão das penas e a absolvição de casos (especiais) é suficiente o poder do papa.

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossanto Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Mas este é merecidamente o mais odiado, visto que torna o primeiro último.

64. Por outro lado, os tesouros das indulgências são merecidamente muito populares, visto que fazem do último primeiro

65. Assim os tesouros do Evangelho são redes com que desde a Antigüidade se pescam homens de bens.

66. Os tesouros das indulgências são redes com que agora se pescam os bens dos homens.

67. As indulgências, conforme declarações dos que as pregam, são as maiores graças; mas "maiores" se deve entender como rendas que produzem.

68. Com efeito, são de pequeno valor quando comparadas com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69. Bispos e párocos são obrigados a admitir os comissários dos perdões apostólicos com toda a reverência.

70. Mas estão mais obrigados a aplicar seus olhos e ouvidos à tarefa de tornar seguro que não pregam as invenções de sua própria imaginação em vez de comissão do papa.

71. Se qualquer um falar contra a verdade dos perdões apostólicos que sejam anátema e amaldiçoado.

72. Mas bem-aventurado é aquele que luta contra a dissoluta e desordenada pregação dos vencedores de perdões.

73. Assim como o papa justamente investe contra aqueles que de qualquer modo agem em detrimento do negócio dos perdões.

74. Tanto mais é sua intenção investir contra aqueles que, sob o pretexto dos perdões, agem em detrimento do santo amor e verdade.

75. Afirmar que os perdões papais têm tanto poder que podem absolver mesmo um homem que – para aduzir uma coisa impossível – tivesse violado a mão de Deus, é delirar como um lunático.

76. Dizemos ao contrário, que os perdões papais não podem tirar o menor dos pecados veniais no que tange à culpa.

77. Dizer que nem mesmo São Pedro e o papa, não podia dar graças maiores, é uma blasfêmia contra São Pedro e o papa.

78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc. como em 1 Co 12.

79. É blasfêmia dizer que a cruz adornada com as armas papais tem os mesmos efeitos que a cruz de Cristo.

80. Bispos, párocos e teólogos que permitem que tal doutrina seja pregada ao povo deverão prestar contas.

81. Essa licenciosa pregação dos perdões torna difícil, mesmo a pessoas estudadas, defender a honra do papa contra a calúnia, ou pelo menos contra as perguntas capciosas dos leigos.

82. Esses perguntam: Por que o papa não esvazia o purgatório por um santíssimo ato de amor e das grandes necessidades das almas; isto não seria a mais justa das causas visto que ele resgata um número infinito de almas por causa do sórdido dinheiro dado para a edificação de uma basílica que é uma causa bem trivial?

83. Por que continuam os réquiens e os aniversários dos defuntos e ele não restitui os benefícios feitos em seu favor, ou deixa que sejam restituídos, visto que é coisa errada orar pelos redimidos?

84. Que misericórdia de Deus e do papa é essa de conceder a uma pessoa ímpia e hostil a certeza, por pagamento de dinheiro, de uma alma pia em amizade com Deus, enquanto não resgata por amor espontâneo uma alma que é pia e amada, estando ela em necessidade?

85. Os cânones penitenciais foram revogados de há muito e estão mortos de fato e por desuso. Por que então ainda se concedem dispensas deles por meio de indulgências em troca de dinheiro, como se ainda estivesse em plena força?

86. As riquezas do papa hoje em dia excedem muito às dos mais ricos Crassos; não pode ele então construir uma basílica de São Pedro com seu próprio dinheiro, em vez de fazê-lo com o dinheiro dos fiéis?

87. O que o papa perdoa ou dispensa àqueles que pela perfeita contradição têm direito à remissão e dispensa plenária?

88. Não receberia a Igreja um bem muito maior se o papa fizesse cem vezes por dia o que agora faz uma única vez, isto é, distribuir essas remissões e dispensas a cada um dos fiéis?

89. Se o papa busca pelos seus perdões antes a salvação das almas do que dinheiro, por que suspende ele cartas e perdões anteriormente concedidos, visto que são igualmente eficazes?

90. Abafar esses estudos argumentos dos fiéis apelando simplesmente para a autoridade papal em vez de esclarecê-los mediante uma resposta racional, é expor a Igreja e o papa ao ridículo dos inimigos e tornar os cristãos infelizes.

91. Se os perdões fossem pregados segundo o espírito e a intenção do papa seria fácil resolver todas essas questões; antes, nem surgiriam.

92. Portanto, que se retirem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "paz, paz", e não há paz.

93. E adeus a todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "a cruz, a cruz", e não há cruz.

94. Os cristãos devem ser exortados a esforçar-se em seguir a Cristo, sua cabeça, através de sofrimentos, mortes e infernos.

95. E que eles confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

                                  -o0o-


Este documento contendo as 95 teses foi logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Ao cabo de duas semanas se haviam espalhado por toda a Alemanha e, em dois meses, por toda a Europa. Este foi o primeiro episódio da História em que a imprensa teve papel fundamental, pois facilitou a distribuição simples e ampla do documento.


REFORMA LUTERANA O IDEÁRIO LUTERANO

Estas 95 teses encontraram dois tipos de reação: a excitação dos nobres, que viam no ataque à Igreja uma possibilidade de avançar sobre as terras católicas, e a indignação de Roma que em represália acabou decretando a excomunhão de Marinho Lutero, o exmonge uma atitude audaciosa queimaria a bula papal em público.

Estava declarada a guerra contra a sua antiga fé. Uma série de encontros ocorreria entre Lutero e seus discípulos e a Igreja Católica (Dieta de Worms: Dieta de Augsburgo), onde o reformador apadrinhado pelos príncipes do Sacro-império defenderia a criação de uma nova igreja (chamada pelos católicos de protestante) e a elaboração de uma nova interpretação da doutrina crista. Veja alguns pontos deste doutrina:

A) - A LIVRE INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA:
Um dos aspectos mais importantes a serem notados no ideário luterano seria a convicção de que as sagradas escrituras eram a única fonte de verdade cristã. Os livros que compõem a Bíblia foram originalmente escritos em aramaico e grego, àquela altura os textos eram lidos em latim (idioma dominado praticamente pela Igreja Católica apenas) o que garantia que a interpretação de seu conteúdo fosse um privilégio dos elencos. Martinho Lutero discordava desta condição, pregava que a cada cristão estava reservado o direito de ter a sua interpretação individual dos evangelhos, para tanto traduziu a Bíblia para o alemão, ato considerado herético por Roma.

B) A TEORIA DE SALVAÇÃO:
A Igreja Católica era defensora de que os bons homens se salvam por suas obras, caracterizando a teoria do “livre arbítrio” segundo a qual Deus deu aos homens a faculdade de escolher entre o caminho do bem e do mal, este pensamento foi criticado por Martinho Lutero que o contrapôs com a defesa da “predestinação”, onde todos os homens já tinham sua salvação garantida ou a danação decretada no ato da criação. Os luteranos acreditariam na “salvação pela fé”, uma vez que a manifestação de uma vida regrada seguidora dos ensinamentos bíblicos seria o maior indicio da “escolha divina”.


C) A CONFISSÃO DE AUGSBURGO (1530):
Algumas das transformações propostas por Martinho Lutero estão resumidas neste documento, redigido por seu seguidor Felipe Melanchton, a seguir iremos resumir alguns dos principais elementos:

• Negação da autoridade e da infalibilidade papal.
• A Abolição do celibato sacerdotal.

• Abolição do culto dos santos e da Virgem.