Mostrando postagens com marcador Messias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Messias. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O MESSIAS TEUDAS





















Teudas também é o nome de um seguidor de Paulo de Tarso, que ensinou Valentim. Para mais informações, veja Teudas (professor de Valentim)

Teudas (morto em 46 d.C.) foi um rebelde Judeu do Século I d.C.
                                                                         
Seu nome, se for um nome composto em Grego, pode significar "presente de Deus", apesar de outros estudiosos acreditarem que sua etimologia seja semítica e poderia significar "flui com a água".

Theudas provavelmente atuou como um pregador messiânico (muito recorrente na Judeia do Século I), que se propunha a liderar massas judaicas, para fins de renovação religiosa e social. Proclamando-se um profeta mandado por Deus para socorrer o povo judeu, que sofria sob o "status quo" vigente (inclusive a dominação romana), ele recorreu à tradição do heroi nacional, Moisés, assegurando ser capaz de "abrir as águas" do rio Jordão.

O historiador judeu, filo-romano, Flávio Josefo, avesso à qualquer rebeldia social de base popular, assim se refere ao episódio:


"Passando um tempo, enquanto Cuspius Fadus era procurador da Judéia, um certo charlatão, cujo nome era Teudas, persuadiu muitas pessoas do povo simples a tomar seus haveres e acompanhá-lo até o rio Jordão. Dizia que era profeta, e que à sua ordem o rio se separaria abrindo fácil passagem para eles. 

Com essas palavras iludiu a muitos. Mas Fado não permitiu que eles consumassem essa loucura. Enviou uma unidade de cavalaria contra eles, que matou muitos num ataque de surpresa e também capturou muitos vivos. Tendo capturado Teudas, cortaram-lhe a cabeça e a levaram a Jerusalém" .


Referências
FLAVIUS JOSEPHUS, Antiguidades Judaica, 20.97-98

sábado, 22 de junho de 2013

POR QUE OS JUDEUS NÃO CREEM EM JESUS





Por: Shraga Simmons 



Por séculos os judeus foram perseguidos por sua fé e prática religiosa. Muitos tentaram impor suas idéias e aniquilar o Judaísmo. Nem as cruzadas, nem a Inquisição implacável, nem os pogroms conseguiram manipular nossas almas cumprindo seu intento.

O Judaísmo mantém sua chama sempre viva.

A história comprova: os judeus continuam rejeitando o Cristianismo. Por quê? Porque somos simplesmente judeus, nascemos e vivemos o Judaísmo e temos nossas próprias convicções. Mas quando judeus são seguidamente questionados sobre esta questão e não-judeus freqüentemente perguntam: "Por que os judeus não acreditam em Jesus?" Preparamos alguns argumentos com o objetivo, não de depreciar outras religiões, pois respeitamos a todos e por esta razão não fazemos proselitismo, mas sim apenas para esclarecer a posição judaica.

Por que os judeus não acreditam em Jesus?

Porque:

1. Jesus não preencheu as profecias messiânicas

O que o Messias deveria atingir?

A Torá diz que ele:

a - Construirá o terceiro Templo Sagrado (Yechezkel 37:26-28); b - Levará todos os judeus de volta à Terra de Israel (Yeshayáhu 43:5-6);

c - Introduzirá uma era de paz mundial, e terminará com o ódio, opressão, sofrimento e doenças. Como está escrito: "Nação não erguerá a espada contra nação, nem o homem aprenderá a guerra”.(Yeshayáhu 2:4);

d - Divulgará o conhecimento universal sobre o D-us de Israel - unificando toda a raça humana como uma só. Como está escrito: "D-us reinará sobre todo o mundo - naquele dia, D-us será Um e seu nome será Um" (Zecharyá 14:9). O fato histórico é que Jesus não preencheu nenhuma destas profecias messiânicas.


2. O Cristianismo contradiz a teologia judaica

a – D-us em três? A idéia cristã da trindade quebra D-us em três seres separados: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mateus 28:19). Compare isto com o Shemá, a base da crença judaica: "Ouve, ó Israel, o Eterno nosso D-us, o Senhor é UM" (Devarim 6:4). Os judeus declaram a unicidade de D-us todos os dias, escrevendo-a sobre os batentes das portas (Mezuzá), e atando-a à mão e cabeça (Tefilin - filactérios). Esta declaração da unicidade de D-us são as primeiras palavras que uma criança judia aprende a falar, e as últimas palavras pronunciadas antes de morrer. Na Lei Judaica, adorar um deus em três partes é considerado idolatria - um dos três pecados cardeais, que o judeu prefere desistir da vida a transgredir. Isto explica porque durante as Inquisições e através da História, os judeus desistiram da vida para não se converterem.

b - Um homem como Deus? Os cristãos acreditam que D-us veio à terra em forma humana, como disse Jesus: "Eu e o Pai somos um" (João 10:30). Maimônides devota a maior parte do "Guia dos Perplexos" a idéia fundamental que D-us é incorpóreo, significando que Ele não assume forma física. D-us é eterno, acima do tempo. É infinito, além do espaço. Não pode nascer, e não pode morrer. Dizer que D-us assume forma humana torna D-us pequeno, diminuindo tanto Sua Unidade como Sua Divindade. Como diz a Torá: "D-us não é um mortal" (Bamidbar 23:19).

O Judaísmo diz que Messias nascerá de pais humanos, com atributos físicos normais, como qualquer outra pessoa. Não será um semideus, e não possuirá qualidades sobrenaturais. De fato, em cada geração vive um indivíduo com a capacidade de tornar-se o Messias. (veja Maimônides - Leis dos Reis 11:3).

c - Um intermediário para a oração? É uma idéia básica na crença cristã que a prece deve ser dirigida através de um intermediário - i.e., confessando-se os pecados a um padre. O próprio Jesus é um intermediário, pois disse: "Nenhum homem chega ao Pai a não ser através de mim”. No Judaísmo, a prece é assunto totalmente particular, entre cada pessoa e D-us. A Torá diz: "D-us está perto de todos que clamam por Ele" (Tehilim 145:18). Além disso, os Dez Mandamentos declaram: "Não terá outros deuses DIANTE DE MIM”, significando que é proibido colocar um mediador entre D-us e o homem. (veja Maimônides - Leis da Idolatria cap.1).

d - Envolvimento no mundo físico. O Cristianismo freqüentemente trata o mundo físico como um mal a ser evitado. Maria, a mais sagrada mulher cristã, é retratada como uma virgem. Padres e freiras são celibatários. E os mosteiros estão em locais remotos e segregados. Em contraste, o Judaísmo acredita que D-us criou o mundo físico não para nos frustrar, mas para nosso prazer. A espiritualidade judaica vem através do envolvimento no mundo físico de maneira tal que ascenda e eleve. O sexo no contexto apropriado é um dos atos mais sagrados que podemos realizar. O Talmud diz que se uma pessoa tem a oportunidade de saborear uma nova fruta e recusa-se a fazê-lo, terá de prestar contas por isso no Mundo Vindouro. As escolas rabínicas ensinam como viver entre o alvoroço da atividade comercial. Os judeus não se afastam da vida, elevam-na.


3. Jesus não personifica as qualificações pessoais do Messias

a - Messias como profeta. Jesus não foi um profeta. A profecia apenas pode existir em Israel quando a terra for habitada por uma maioridade de judeus. Durante o tempo de Ezra (cerca de 300 a.E.C), a maioria dos judeus recusou-se a mudar da Babilônia para Israel, e assim a profecia terminou com a morte dos três últimos profetas - Chagai, Zecharyá e Malachi.

Jesus apareceu em cena aproximadamente 350 anos após a profecia ter terminado.

b - Descendente de David. O Messias deve ser descendente do Rei David pelo lado paterno (veja Bereshit 49:10 e Yeshayáhu 11:1). Segundo a reivindicação cristã que Jesus era filho de uma virgem, não tinha pai - e dessa maneira não poderia ter cumprido o requerimento messiânico de ser descendente do Rei David pelo lado paterno!

c - Observância da Torá. O Messias levará o povo judeu à completa observância da Torá. A Torá declara que todas as mitsvot (preceitos) permanecem para sempre, e quem quer que altere a Torá é imediatamente identificado como um falso profeta. (Devarim 13:1-4). No decorrer de todo o Novo Testamento, Jesus contradiz a Torá e declara que seus mandamentos não se aplicam mais. (veja João 1:45 e 9:16, Atos 3:22 e 7:37).


4. Versículos bíblicos "referindo-se" a Jesus são traduções incorretas

Os versículos bíblicos apenas podem ser entendidos estudando-se o texto original em hebraico - que revela muitas discrepâncias na tradução cristã.

a - Nascimento virgem. A idéia cristã de um nascimento virgem é extraído de um versículo em Yeshayáhu descrevendo uma "alma" que dá à luz. A palavra "alma" sempre significou uma mulher jovem, mas os teólogos cristãos séculos mais tarde traduziram-na como "virgem". Isto relaciona o nascimento de Jesus com a idéia pagã do primeiro século, de mortais sendo impregnados por deuses.

b – Crucificação. O versículo em Tehilim (salmos) 22:17 afirma: "Como um leão, eles estão em minhas mãos e pés”. A palavra hebraica ka'ari (como um leão) é gramaticalmente semelhante às palavras "ferir muito". Dessa maneira o Cristianismo lê o versículo como uma referência à crucificação: "Eles furaram minhas mãos e pés”.

c - Servo sofredor. Os cristãos afirmam que Yeshayáhu (Isaías) 53 refere-se a Jesus. Na verdade, Yeshayáhu 53 segue diretamente o tema do capítulo 52, descrevendo o exílio e a redenção do povo judeu. As profecias são escritas na forma singular porque os judeus (Israel) são considerados como sendo uma unidade. 

A Torá está repleta de exemplos de referências à nação judaica com um pronome singular. Ironicamente, as profecias de perseguição de Yeshayáhu referem-se em parte ao século XI, quando os judeus foram torturados e mortos pelas Cruzadas, que agiram em nome de Jesus. De onde provêm estas traduções erradas? S. Gregório, Bispo de Nanianzus no século IV, escreveu: "Um certo jargão é necessário para se impor ao povo. Quantos menos compreenderem, mais admirarão”.


5. A crença judaica é baseada na revelação nacional

Das 15.000 religiões na História Humana, apenas o Judaísmo baseia sua crença na revelação nacional - i.e., D-us falando à toda a nação. Se D-us está para iniciar uma religião, faz sentido que Ele falará à todos, não apenas a uma pessoa. O Judaísmo é a única entre todas as grandes religiões do mundo que não confia em "reivindicações de milagres" como base para estabelecer uma religião.

De fato, a Torá afirma que D-us às vezes concede o poder de "milagres" a charlatões, para testar a lealdade judaica à Torá (Devarim 13:4). Maimônides declara (Fundações da Torá, cap. 8): "Os Judeus não creram em Moshê (Moisés), nosso mestre, por causa dos milagres que realizou. Sempre que a crença de alguém se baseia na contemplação de milagres, tem dúvidas remanescentes, porque é possível que os milagres tenham sido realizados através de mágica ou feitiçaria.

Todos os milagres realizados por Moshê no deserto aconteceram porque eram necessários, e não como prova de sua profecia”. Qual era então a base da crença judaica? A revelação no Monte Sinai, que vimos com nossos próprios olhos e ouvimos com nossos ouvidos, não dependendo do testemunho de outros... como está escrito: 'Face a face, D-us falou com vocês...' A Torá também declara: 'D-us não fez esta aliança com nossos pais, mas conosco - que hoje estamos todos aqui, vivos.' (Devarim 5:3).”O Judaísmo não são os milagres. É o testemunho da experiência pessoal de todo homem, mulher e criança”.


6. Judeus e gentios

O Judaísmo não exige que todos se convertam à religião. A Torá de Moshê é uma verdade para toda a Humanidade, seja judia ou não. O Rei Salomão pediu a D-us para considerar as preces de não-judeus que vão ao Templo Sagrado (Reis I, 8:41-43). O profeta Yeshayáhu refere-se ao Templo Sagrado como uma "Casa para todas as nações”. O serviço no Templo durante Sucot realizava 70 oferendas de touros, correspondendo às 70 nações do mundo.

De fato, o Talmud diz que se os romanos tivessem percebido quantos benefícios estavam conseguindo do Templo, jamais o teriam destruído. Os judeus nunca buscaram ativamente converter as pessoas ao Judaísmo, porque a Torá prescreve um caminho correto para que os gentios o sigam, conhecido como "As Sete Leis de Nôach”.

Maimônides explica que qualquer ser humano que observe fielmente estas leis morais básicas recebe um lugar apropriado no céu.

1. Creia em D-us - não adore ídolos.
2. Respeite D-us e ame-O. Não blasfeme Seu nome.
3. Respeite a vida humana - não mate.
4. Respeite a família - não cometa atos sexuais imorais.
5. Respeite os direitos e a propriedade dos outros - não roube.
6. Estabeleça tribunais para a manutenção da justiça.
7. Respeite todas as criaturas - não coma a carne de um animal enquanto ele ainda está vivo.


7. Trazendo o Messias

De fato, o mundo está desesperadamente necessitado da Redenção Messiânica. A guerra e a poluição ameaçam nosso planeta; o ego e a confusão estão erodindo a vida familiar. Na mesma extensão em que estamos conscientes dos problemas da sociedade, é a extensão em que ansiamos pela Redenção. Como declara o Talmud, uma das primeiras perguntas que um judeu recebe no Dia do Julgamento é: "Você ansiou pela vinda do Messias?"

Como podemos apressar a vinda de Mashiach (Messias)? A melhor maneira é amar generosamente toda a humanidade, cumprir as mitsvot da Torá (da melhor maneira que pudermos) e encorajar outros para que as cumpram também. O Mashiach pode chegar a qualquer momento e tudo depende de nossas ações. D-us estará pronto quando estivermos. Pois, como disse o Rei David: "A Redenção chegará hoje - se derem atenção à Sua voz”.

·       Shraga Simmons é rabino nos Estados Unidos e escreveu este artigo para o Aish.com
·      
(www.aish.com).
 


quinta-feira, 16 de maio de 2013

O MESSIAS, SEGUNDO A BÍBLIA


.

1. Ele deve ser judeu (Deuteronômio, 17:15, Números, 24:17);
2. Ele deve ser um membro da Tribo de Judá (Gênesis 49:10) e um descendente patrilinear direto do Rei David (Crônicas 17:11, Salmo 89:29-38, Jeremias 33:17, Samuel II 7:12-16) e do Rei Salomão (Crônicas I, 22:10, Crônicas II 7:18);
3. Ele deve reunir o Povo Judeu do exílio e trazê-lo de volta a Israel (Isaías 27:12-13, Isaías 11:12);
4. Ele deve reconstruir o Templo Judeu em Jerusalém (Miquéias 4:1);
5. Ele deve trazer paz para o Mundo (Isaías 2:4, Isaías 11:6, Miquéias 4:3);
6. Ele deve influenciar o Mundo todo para que reconheça e sirva apenas a um Deus (Isaías 11:9, Isaías 40:5, Zefanias 3:9);

O lugar onde estes critérios sobre o Messias estão mais bem descritos é o capítulo 37:24-28 do Livro de Ezequiel:

“... e Meu servo David será um rei sobre eles, e eles terão todos um pastor, e eles caminharão nos Meus mandamentos e manterão Meus estatutos, e os observarão, e eles viverão na terra que eu dei a Jacob meu servo... e eu farei um pacto de paz como eles; será um pacto eterno e eu porei Meu santuário em seu meio para sempre e Minha morada será entre eles, e eu serei o seu Deus e eles Meu povo. E as nações saberão que eu sou o Senhor que santifica Israel, quando o Meu santuário estiver entre eles para sempre”.(Ezequiel 37:24 –28)

Se um indivíduo falhar no preenchimento de um único destes quesitos, ele não pode ser o Messias.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

JESUS NÃO É O MESSIAS

.




Por Rabino Bentzion Kravitz



Uma análise cuidadosa destes critérios nos revela que, mesmo que Jesus tenha sido judeu, ele não preencheu sequer um destes critérios. Uma investigação das contraditórias genealogias de Jesus demonstra o número de dificuldades com o preenchimento do segundo critério.

Especificamente, o Novo Testamento sustenta que Jesus não teve um pai humano. Nas Escrituras Judaicas, entretanto, está descrito que a genealogia e linhagem tribal da pessoa é transmitida única e exclusivamente por um pai humano (Números 1:18, Jeremias 33:17). Por isso, Jesus jamais poderia ser um descendente nem da tribo de Judá e nem dos Reis David e Salomão.

Existem ainda mais problemas quando se tenta provar a genealogia de Jesus através de José, esposo de Maria (mãe de Jesus). O Novo Testamento afirma que José era um descendente do Rei Jeconias, a quem a Bíblia Judaica amaldiçoou para que não tenha descendentes “sentados no trono de David e reinando sobre Judá

(Jeremias 22:30). A genealogia de José, mesmo que fosse relacionada a Jesus, esbarraria num rei que não teve filhos e desqualificaria o próprio Jesus como Messias.


Finalmente, temos o problema das contagens contraditórias da genealogia de Jesus em Mateus, capítulo 1 e Lucas, capítulo 3. A explicação cristã mais comum para estas contradições é que a genealogia de Lucas é matrilinear. Entretanto isto é infundado, mesmo a partir do original em Grego.

Adicionalmente, já foi estabelecido que a descendência remonta somente ao lado paterno, fazendo com que qualquer explicação seja irrelevante. Mesmo que alguém pudesse traçar a genealogia através do lado materno ainda assim teríamos problemas com o texto de Lucas 3:31 que atesta que Maria descendia de David através de Natan, irmão do rei Salomão, e não do próprio Salomão, como profetizado em Crônicas I, 22:10 na Bíblia Judaica.

O terceiro, quarto e quinto critérios sobre o Messias obviamente ainda não foram cumpridos, nem no tempo de Jesus, nem depois. Qualquer afirmação cristã que estes critérios serão preenchidos em uma “segunda vinda” é irrelevante porque o conceito do Mashiach chegar duas vezes não tem bases escriturais.


A maneira como os cristãos entendem o Messias difere enormemente do ponto de do Velho Testamento. Estas diferenças se desenvolveram como resultado da influência cristã durante o tempo do Imperador Constantino e do Concílio de Nicéa em 325 e.C.

O Messias não vem para ser um objeto de idolatria. Sua missão primordial é a de lograr trazer a paz ao mundo e a de preencher o mundo com o conhecimento e a consciência que há um Deus.

Veja o Exemplo:


Enquanto passeava por uma floresta, uma pessoa notou um círculo marcado em uma árvore com uma flecha perfeitamente cravada no seu centro. Metros adiante notaram que havia várias árvores com círculos e flechas bem no centro. Mais tarde encontrou um hábil arqueiro e perguntou a ele: “Como se tornou um perito tão grande a ponto de acertar sempre no centro do alvo?” “Não é nada difícil”, respondeu o arqueiro, “Primeiro atiro a flecha e depois desenho o círculo em volta dela para que esteja bem no centro”.

Quando examinamos as “provas textuais” que afirmam ser Jesus o Messias prometido, temos sempre de formular a seguinte questão: “Foi uma flecha que foi atirada dentro de um círculo ou foi um círculo que foi desenhado em volta da flecha?” Em outras palavras, terá esta passagem sida mal traduzida, mal interpretada, mal citada, tirada fora de contexto ou fabricada?

O versículo foi fabricado e não existe no Velho Testamento.


Aqui estão alguns exemplos das muitas maneiras como os missionários “desenham círculos em volta da flecha” para poder provar seu ponto de vista.

A profecia mais fácil de cumprir é aquela que você mesmo inventou. O Novo Testamento é uma grande testemunha deste princípio, fabricando inúmeras “profecias” vazias de conteúdo mas que foram atribuídas às Escrituras Hebraicas.

O Novo Testamento, em Mateus, afirma que Jesus era o Messias porque ele viveu na cidade de Nazareth. Veja a “prova textual” utilizada para provar este ponto de vista:

 “Ele (Jesus) chegou e residiu numa cidade chamada Nazareth, para que o que foi dito pelos profetas pudesse ser cumprido. Ele foi então chamado de O Nazareno” (Mateus 2:23) .

 Como Nazareno é alguém que reside na cidade de Nazareth e esta cidade não existia no tempo da Bíblia Judaica, é impossível encontrar esta citação nos textos hebraicos. Daí que é uma prova fabricada e vazia sem realidade.

Em Romanos 11:26, a Bíblia Cristã cita Isaías 59:20 dizendo: “O libertador virá de Zion e removerá o paganismo de Jacob”, desta maneira providenciando o suporte textual para a crença cristã que o Messias removerá os nossos pecados. Entretanto, um exame cuidadoso do original em hebraico revela um profundo dilema. Isaías 59:20 na verdade diz exatamente o contrário: “Um redentor irá até Zion e para aqueles que abandonarem as transgressões de Jacob, assim disse o Senhor”.

O papel do Messias não é remover os nossos pecados, ao invés disso, quando nós tivermos abandonado nossos pecados, então o Messias virá! O mais estranho é que muitos Novos Testamentos traduzem Isaías corretamente e o citam incorretamente em Romanos.

Na tentativa de provar o conceito do “nascimento de uma virgem”, Mateus 1:22- 23 afirma: “Agora tudo isto foi feito para que seja cumprido o que foi dito pelo Senhor pelos seus profetas, dizendo, ‘Eis que uma virgem terá uma criança e eles o chamarão pelo nome de Emanuel’, cuja tradução quer dizer, Deus está conosco”.

Os cristãos dizem ser o cumprimento de uma profecia de Isaías 7:14, que na verdade diz que:

Eis que a jovem mulher terá uma criança e ela o chamará pelo seu nome Emanuel”.

Podemos apontar inúmeras incongruências na tradução cristã. Por exemplo:

1)             a palavra Hebraica “almah, significa uma mulher jovem e não uma virgem, fato já reconhecido pelos estudiosos da Bíblia;

2)             O versículo diz “ha’almah a mulher jovem] e não uma mulher jovem, especificando que havia uma mulher em particular que era conhecida por Isaías durante o período em que vivia, e


3) o versículo diz “ela o chamará de Emanuel”, e não eles o chamarão.


Mesmo apesar destas discrepâncias, se lermos todo o capítulo 7 de Isaías de onde esta passagem foi tirada, fica óbvio que os cristãos tiraram este versículo fora de seu contexto.

Este capítulo fala sobre a profecia feita para o rei judeu Achaz para amenizar o seu temor da invasão de dois reis (de Damasco e da Samaria) que se preparavam para invadir Jerusalém, cerca de 600 anos antes de Jesus. O ponto de vista de Isaías era de que este evento aconteceria num futuro breve (e não dentro de 600 anos, como quer o Cristianismo). O versículo 16 clarifica o fato abundantemente: “Porque antes do menino saber o suficiente para discernir entre o bem e o mal, a terra dos reis que o apavoram cairá em abandono.”

De fato, neste mesmo capítulo, a profecia se cumpre com o nascimento de um filho para Isaías. Como é citado em Isaías 8:4, “Porque antes dos menino aprender a chamar ‘meu pai e minha mãe’, as riquezas de Damasco e os espólios de Samaria deverão ser levados até o rei da Assíria”. Este versículo põe por terra qualquer conexão com Jesus que teria nascido 600 anos depois.

Em Hebreus 1:5, o Novo Testamento cita o versículo de Samuel II, 7:14, “Eu serei um pai para ele e ele será um filho para mim”. Esta referência é tida como concernente a Jesus como o filho de Deus. No entanto, se lermos este verso em Samuel II na sua totalidade, o versículo não termina com a frase citada no Novo Testamento, mas continua: “Quando ele cometer iniquidade, corrigi-lo-ei com a vara do homem.” Isto simplesmente não coaduna com a idéia cristã de um Jesus “sem pecado”. Mais ainda, este versículo fala especificamente do rei Salomão, como é óbvio em Crônicas 22:9-10, “O seu nome será Salomão... ele construirá uma casa em Meu nome e eu serei como um Pai para ele e ele será como um filho para Mim.”

A Bíblia freqüentemente se refere a indivíduos como “filhos” de Deus. De fato, Deus se refere a toda a nação de Israel da seguinte maneira: “Israel, Meu filho e Meu primogênito” (Êxodo 4:22).

Estes exemplos demonstram a confusão criada quando os cristãos atiram a flecha e depois pintam o círculo em volta dela.

Fonte: http://www.jewsforjudaism.org/web/pdf/portuguesehandbook.pdf



Outras Considerações:

Conversa com um amigo Israelita
.
Abaixo Eliyahu descreve alguns dos atributos que os rabinos leem nos profetas sobre a pessoa do Messias:


O Messias deverá ser da semente do Rei David (2 Sam 7:12-16; Is 11:1; Jer 23:5, 30:9, 33:15; Ezek 34:23-24, 37:24).

Ser um líder espiritual, militar e político (Is 2:3, 11:2; Dan 7:14).

Ser o "retorno" do Profeta Ellias (Mal 3:23-24).

Construir o terceiro templo em Jerusalém (Is 33:20; Ezek 37:26-28, Ezekiel Chapters 40-48}).

Trazer em vida os judeus de volta a Israel (Is 11:12, 43:5-6; Jer 16:15, 23:3; Ezek 37:21-22; Zech 10:6-10).

Reunir Judá e Israel em um só povo (Is 11:13; Ezek 37:16-22).

Trazer a PAZ palpável ao mundo (Is 2:4, 11:6-8, Micah 4:3-4).

Trazer o conhecimento universal e único sobre HaShem (Is 11:9; Jer 31:33[34]; Zech 14:9).

Ressurreição dos mortos (Is 26:19; Ezek 37:12-13; Dan 12:2).

Resumidamente o Messias será um rei descendente de David, que se erga e se aprofunde no estudo de Torá, se ocupe dos mandamentos como o seu ancestral David, seguindo a Torá, que induza todo o povo judeu a andar nelas, a reforçar suas brechas e a guerrear as guerras do Senhor. Se ele fizer tudo, e for bem sucedido e construir o Templo Sagrado no seu devido lugar, reunindo o povo judeu, será o Mashiach com certeza, e restabelecerá o mundo todo, fazendo todos servirem a D-us.


terça-feira, 9 de abril de 2013

QUE HOMENS JÁ FORAM CONSIDERADOS MESSIAS, ANTES E DEPOIS DE JESUS?

.



Praticamente todas as grandes religiões do mundo têm uma figura messiânica, que virá para combater o mal e a injustiça, restaurando o paraíso sobre a Terra. A palavra "Messias" deriva do termo hebraico mashiah, que significava originalmente "ungido", indicando alguém marcado na testa com óleo sagrado para realizar cerimônias religiosas. Com o passar do tempo, seu sentido passou a descrever uma figura semidivina que deveria vir à Terra para resgatar seu povo - um salvador. Para os judeus, ele deveria ser um rei descendente de Davi (que reinou no antigo Israel entre 1000 a.C. e 962 a.C.), com a missão de livrar os israelitas da opressão estrangeira e implantar um mundo de justiça e salvação. 

Quando o Novo Testamento foi escrito, em grego, no primeiro século da era cristã, a expressão mashiah foi traduzida como christos e tornou-se o título de Jesus - ou seja, dizer "Jesus Cristo" é o mesmo que dizer "Jesus, o Messias". Mas, como dissemos no início, o conceito de Messias não se limita ao judaísmo e ao cristianismo. Veja a seguir alguns homens que, em épocas, culturas e lugares variados, foram considerados como encarnações do Messias.

Exército da salvação Todas as maiores religiões possuem figuras equivalentes ao Messias


JESUS
RELIGIÃO - Cristianismo
ÉPOCA - Século 1
De início, foi reconhecido como Messias por grupos judeus que viram nele a encarnação de profecias do Velho Testamento, apontando para a vinda de um salvador. Mais tarde, ao pregar a existência de um mundo mais justo onde todos poderiam ser salvos por mérito próprio, foi considerado Messias por seus seguidores, que dariam origem a uma nova religião, o cristianismo.







SIDARTA GAUTAMA
RELIGIÃO - Budismo
ÉPOCA - Séculos 6 e 5 a.C.
Conhecido como Buda Sakyamuni ("o sábio do clã Sakya"), foi um líder espiritual no que hoje é o Nepal. Abandonou a vida nobre para buscar a salvação da humanidade. Séculos mais tarde, influências da religiosidade chinesa fizeram com que Sidarta fosse representado como um homem gordo - mas ele vivia como mendigo.









IBN TUMART
RELIGIÃO - Islamismo
ÉPOCA - Século 12
A religião aceita a existência de um líder com inspiração divina, o mahdi. Nascido em 1080 no atual Marrocos, Ibn Tumart foi reconhecido como mahdi por seus seguidores ao pregar uma rigorosa doutrina jurídica e religiosa baseada no estudo cuidadoso do livro sagrado, o Alcorão. Não há desenhos dele porque o islamismo veta a veneração de imagens.











KRISHNA
RELIGIÃO - Hinduísmo
ÉPOCA - Século 5 a.C.
Embora sua existência real seja controversa, Krishna teria sido um pastor que viveu no que hoje é a Índia, tendo dedicado sua vida inteira à luta para proteger a virtude e expulsar da Terra os espíritos do mal. Foi reconhecido como Messias por várias correntes do hinduísmo e também pelos adeptos da RELIGIÃO - bahaísta, nascida no atual Irã.













SIMÃO BAR KOKHBA
RELIGIÃO - Judaísmo
ÉPOCA - Século 2
Líder de um movimento político que virou revolta contra os ocupantes romanos de Jerusalém, foi reconhecido como Messias e rei pelos principais rabinos do judaísmo da ÉPOCA - por seu papel na luta contra a opressão. Deflagrou uma guerra contra os romanos entre 133 e 135, mas foi morto, e seu movimento acabou derrotado.