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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

OPUS DEI




A Opus Dei é uma organização católica com membros em todos os países do mundo. Ainda que hoje em dia tenha relativamente poucos adeptos (de sessenta a oitenta mil pessoas), sua influência é notável.

A Opus Dei nega ser uma organização secreta (o segredo seria teoricamente proibido pela Igreja), mas se recusa a fornecer a lista de seus membros. Tendo afinidade política com a extrema direita, foi fundada em 1928 por um sacerdote espanhol, monsenhor Josemaria Escrivá de Balaguer, e seus membros são, na maioria, leigos.

Seus adeptos são católicos integralistas que praticam a autoflagelação e usam um cilício. As mulheres nunca chegam a desempenhar papéis importantes na hierarquia, e a educação dos novos membros é muito rígida.

Segundo eles próprios se definem, "a Opus Dei tem por objetivo contribuir com a missão evangelizadora da Igreja, promovendo um estilo de vida plenamente coerente com a fé no dia-a-dia dos fiéis cristãos de qualquer condição, especialmente através da santificação do trabalho".

De fato, a organização é formada por personalidades tão poderosas quanto escondidas que se infiltram sobretudo na mídia e propõem uma mudança na percepção e na opinião das pessoas. O objetivo final parece ser uma espécie de golpe que leve reviravoltas à própria Santa Sé, já que foram rejeitadas as decisões do Concilio Vaticano II.

Em 1982, a Opus Dei obteve de João Paulo II o status de prelazia pessoal, não estando mais sob a jurisdição da estrutura mundial do bispado. A organização pode agir como preferir, ignorar as contestações das dioceses e responder apenas a seu líder, que hoje é o madrileno Xavier Echevarria, e, através dele, ao papa. Monsenhor Josemaria Escrivá de Balaguer foi beatificado em 1992 e canonizado em outubro de 2002.

Para maiores informações sobre a atividade da Opus Dei, aconselhamos a leitura do livro Do lado de dentro: uma vida na Opus Dei,11 de Maria Carmen del Tapia, secretária particular de Escrivá por seis anos e orgulhosa opositora à sua canonização.


Hoje

Enquanto escrevemos, no trono de Pedro está o papa Joseph Ratzinger, que assumiu com o nome de Bento XVI. Sua eleição não foi bem-recebida pela ala progressista da Igreja Católica. Ratzinger foi, por muitos anos, prefeito da Congregação para a Defesa da Fé, o antigo Santo Ofício, antes conhecido como Santa Inquisição, e não é conhecido por suas ideias progressistas.

Podemos também prescindir de alguns aspectos não muito reconfortantes do passado do atual pontífice, mas atuais são suas reiteradas críticas à comunhão para casais católicos divorciados, ao casamento dos padres, ao sacerdócio das mulheres, bem como ao homossexualismo e à contracepção.

A grande luta da Igreja na Itália durante os referendos sobre o divórcio, em 1974, e o aborto, em 1981, é conhecida. Há pouco tempo, mais uma vez ela contestou incansavelmente o referendo sobre a fecundação assistida.

Tal comportamento levou e leva a Santa Sé para cada vez mais longe da vida cotidiana, seja leiga ou clerical, e esvazia as igrejas, embora a grande máquina midiática do Vaticano continue nos mostrando grandes multidões a cada viagem do papa pelo mundo.