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sábado, 15 de agosto de 2015

DEUS É BURGÊS



Os Deuses regulamentando o trabalho escravo
JESUS em defesa da Escravidão





Um dia, em um certo lugar do mundo, um  homem procurando alimentos, encontrou um vale onde havia fruteiras diversas em abundância. De pronto cercou a terra e disse:

 É MINHA.

Passado algum tempo apareceu na cerca de sua propriedade um homem faminto. Vendo que as frutas produzidas pelas árvores apodreciam no chão, pulou a cerca e pegou uma laranja. Flagrado pelo “dono” das terras, foi ameaçado de morte. O faminto implorou pela vida que lhe foi trocada por anos de TRABALHO ESCRAVO.

E assim nasceu a primeira relação entre empregado e empregador.

Para sustentar a exploração do homem pelo homem, foi dito em um livro sagrado, que o trabalho é fruto da desobediência do homem para com um Deus, criador dos céus e da terra e tudo que nela há. Comerás o pão com o suor do teu próprio rosto, são as palavras desse Deus para o homem comum, sem terra, sem teto e sem alimento. Como se não bastasse, esse Deus legislador castiga mais ainda o necessitado em benefício do rico ocioso – Regulamenta a escravidão, o forasteiro e o assalariado.

O Cristianismo absorveu as regras do Deus de Moisés, com punição mais branda consolando os pobres com a inversão de classe, onde "os primeiros seriam os últimos e os últimos seriam os primeiros" (Mateus 19:30) e ainda com a recompensa de uma vida cheia de regozijos depois da morte, com a regra proclamada no mesmo Livro (Mateus 19:24) afirmando que "É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha que um rico entrar no reino de Deus". É supostamente dito no livro atribuído a Lucas que Jesus teria curado um escravo a distância, mas não o livrou da escravidão, deixando são e salvo para produzir mais riquezas para o centurião que era seu proprietário. 

O Apóstolo Paulo na Epístola aos Gálatas, ele escreveu: "Não existe mais judeu ou grego, não existe mais escravo ou liberto; não existe mais homem ou mulher, pois vocês todos são um só em Jesus Cristo".1 O escravo Onésimo levou a sério tais palavras, fugiu de seu mestre Filêmon, rico proprietário convertido exatamente por Paulo, e buscou refúgio com o apóstolo. Mas Paulo o mandou de volta ao "remetente", acompanhado de uma comovente carta em que chamava Onésimo de "filho" e convidava Filêmon a tratá-lo como "irmão".2 Não sabemos se o rico Filêmon aceitou o convite ou se matou o pobre Onésimo. Aliás, esta era a pena prevista para os escravos fujões.

Com certeza, Paulo considerava perfeitamente admissível que um rico senhor de escravos aderisse ao cristianismo sem pagar o imposto da renúncia aos bens terrenos. Em Colossenses, Paulo se demonstra arrependido e manda que os escravos obedeçam em tudo aos seus senhores para agradar a Deus. 

O padre Antônio Vieira em um dos seus sermões afirmou que “era melhor ser escravo no Brasil e ganhar o céu, que ser livre na África e ir para o inferno.”

Alguém pode dizer que isso é coisa de um passado longínquo, mas não é. A Igreja Católica na Alemanha, reconheceu que usou 594 escravos no período da Segunda Guerra, obrigando-os a trabalhar nas 27 dioceses do país durante o III Reich. Pediu perdão e indenizou os sobreviventes com uma quantia irrisória de 2.556 euros. A Igreja Luterana fez a mesma coisa.

QUEM TRABALHA PELA COMIDA É ESCRAVO.





”Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor de Deus”. Colossenses 3:22

”Cada pessoa tem que ser submissa às autoridades, já que as que existem vieram ou foram estabelecidas por Deus”. Romanos 13:1

”Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor de Deus”. Colossenses 3:22

”Todos os escravos devem considerar os seus senhores dignos de toda a honra, para que não se fale mal do nome de Deus”. I Timóteo 6:1

”Escravos, obedeçam aos vossos senhores”. Efésios 6:5

”Os escravos devem estar submissos em tudo aos senhores. Que lhes sejam agradáveis, não os contradigam, não roubem”. Tito 2:9-10

”Servos, sedes submissos, com todo o temor aos senhores, não só aos bons e humanitários, mas também aos maus”. I Pedro 2:18






PRECISAMOS URGENTEMENTE DE UM OUTRO SPARTACUS.


1.   Com este termo, são designados os defensores das decisões do Primeiro Concilio de Nicéia.
2. Para uma história completa do arianismo, cf. David Christie-Murray, op. cit, p. 77-91; Ambrogio Donini, op. cit, p. 258-275.



Saber mais:
A Igreja Escravista


.Recomenda-se a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são pequenos apontamentos de estudos.