.
|
TÁCITO |
Rara
felicidade deste tempo onde é permitido pensar o que se quer e dizer o que se
pensa. (Tácito)
Tácito (Publius Cornelius Tacitus, (55-120),
historiador romano, escritor, orador, cônsul romano (ano 97) e procônsul da
Ásia romana (110-113), falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64,
apresenta uma notícia sobre Jesus, embora curta:
“Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então,
para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais
horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de
cristãos.
Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o
reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos.
Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente
na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma” (Anais, XV,
44). Passagem considerada autêntica pelos apologistas cristãos.
Até Nero, o estado romano fazia pouca
distinção entre judeus e cristãos. Quando, segundo Tácito, ele tenta culpar os
cristãos pelo incêndio de Roma, inicia uma política específica quanto aos
cristãos, que até então não existia.
O problema com os cristãos era que se recusavam a aceitar a religião cívica de
adoração ao genius do imperador. Excepcionalmente, os judeus estavam livres
desta história, por seu monoteísmo ancestral. E porque não tentavam converter
outros (não é assim moleza entrar para o povo escolhido).
Os cristãos eram mal vistos por se
recusarem a praticar a religião cívica e por professarem contra esta. Daí a
serem acusados de práticas condenáveis era um passo. Mas até Nero o que havia
era uma certa desconfiança não uma política explícita de perseguição.
Por fim, o comentário de Tácito é pouco
expressivo; contudo confirma a existência de Cristãos, que derivaram o seu nome
do próprio Cristo – do Cristo executado durante o reinado do Imperador Tibério
(14-37 D. C.), sob o procurador Pôncio Pilatos. Mas, fica aberta a questão se o
próprio Tácito considerou esse evento como autêntico. O único fato concreto, a
ser deduzido com segurança, é o da existência de uma comunidade cristã, em
Roma, com tradições, em certos pontos concordantes com as descritas no Novo
Testamento, nos tempos do Imperador Nero (54-68 D. C.), cuja perseguição aos
cristãos motivou Tácito a escrever o comentário em apreço.
Mas, há controvérsias:
Os
estudiosos apontam várias razões para se suspeitar de que este trecho não seja
de Tácito nem de registros romanos, e sim uma inserção posterior na obra
de Tácito:
1. A referência a Pilatos como procurador
seria apropriada na época de Tácito, mas, na época de Pilatos, o título correto
era “prefeito”.
2. Se Tácito escreveu este trecho no início
do segundo século, por que os Pais da Igreja, como Tertuliano, Clemente,
Orígenes e até Eusébio, que tanto procuraram por provas da historicidade de Jesus,
não o citam?
3. Tácito só passa a ser citado por
escritores cristãos a partir do século 15.
O que
é claro e indiscutível é que um período de 80 a 100 anos sem nenhum registro histórico
confiável, depois de fatos de tal magnitude, é longo o bastante para levantar
suspeitas. Além do mais, é insuficiente citar três relatos tão curtos e tão
pouco informativos para provar que existiu um messias judeu milagreiro chamado
Jesus que seria Deus em forma humana, foi crucificado e ressuscitou.
Anais de Tácito:
Falam dos seguidores de Crestus, líder dos essênios, crucificado por Pilatos
por lutar contra Roma. Vou citar o trecho:
"... para acabar com os rumores, Nero acusou falsamente as pessoas
comumente chamadas de cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as
puniu com as mais terríveis torturas."
- Por suas atrocidades?
Os cristãos eram mansos, ou deviam ser se
seguissem os ensinamentos de Jesus. Aqui trata-se dos seguidores de Crestus,
que realmente eram contra Roma.
Levando-se em conta que Tácito era letrado ele jamais se enganaria quanto as
denominações Cristo e Crestus, logo é
clara a falsificação por parte da Igreja.
Aliás,
Plínio, Tácito e Suetônio chamaram a crença cristã de superstição, o
equivalente a dizer que era algo sem fundamento; uma invencionice.
O
Livro de Tácito.
“...Consequentemente,
para se livrar do relatório, Nero colocou a culpa e infligiu as mais
requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamada cristão
pelo populacho.
Cristus
de quem o nome teve sua origem, nosso procurador, Pontius Pilatus, é uma
superstição maligna, assim, marcada para o momento, mais uma vez quebrou-se na
Judéia, a primeira fonte do mal, mas mesmo em Roma, onde todas as coisas
horríveis e vergonhosas de todas as partes do mundo encontram o seu centro e se
torna popular.
Assim,
a prisão foi o primeiro feito de tudo que se declarou culpado, então, sobre
suas informações, uma imensa multidão foi condenada, não tanto pelo crime de
incendiar a cidade, como de ódio contra a humanidade.
Zombaria
de todo tipo foi adicionada às suas mortes. Coberto com peles de animais, eles
foram rasgados por cães e pereceram, ou foram pregados a cruzes, ou foram
condenados às chamas e queimados, para servir como iluminação noturna, quando o
dia tinha expirado.
SABER MAIS:
ANAIS - TÁCITO
É muito comum nos fóruns onde se debate o Cristianismo, os
apologistas citarem como prova da existência de Jesus, livros e documentos ou
outras composições literárias produzida por pessoas intelectuais da época. Muitos
dos debatedores nunca leram nada a respeito da autoridade que eles apresentam
como testemunha do fato, e por isso tornam-se ridículos.
Se Jesus Cristo realmente tivesse existido, a Igreja não
teria necessidade de falsificar os escritos desses escritores e historiadores.
Haveria, certamente, farta e autêntica documentação a seu respeito, detalhando
sua vida, suas obras, seus ensinamentos e sua morte. Aqueles que o omitiram, se
tivesse de fato existido, teria sido por eles abundantemente falado. Os mínimos
detalhes de sua maravilhosa vida, seriam objeto de vasta explanação.
A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram
os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade?
Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história
da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino,
escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por
editoras cristãs como a Baker House, que
“as vezes é
necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”.
Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da
Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade
de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada a
desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de
Jesus. Sem o suposto testemunho de Tácito, não resta nenhuma evidência
confiável de origem não cristã.
O Apóstolo Paulo incentiva os cristãos a
mentir
"Que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com
FINGIMENTO ou em verdade."[Fil 1:18]
E mais
Romanos 3:
7 Mas,
se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que
sou eu ainda julgado também como pecador?
QUESTÃO DE LÓGICA:
- Qual é a maior propagadora de Jesus: Igreja.
- A Igreja é uma instituição confiável que nunca fez nada que prejudicou a
humanidade ? Não
- A Igreja Mente ? Mente! (A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade.
(Leonardo Boff) – Revista Caros Amigos Setembro de 1998.
- Temos provas históricas ou arqueológicas sobre Jesus ? Não.
- Como provar que a história de Jesus é verdadeira ? Não há como.
- O que difere o mito de Jesus do mito do Papai Noel ? nada!
Bom...há uma diferença .. o Papai Noel não
condena ao sofrimento eterno quem desacredita dele.
SABER MAIS
FLAVIUS JOSEPHUS
SUETÔNIO
PUBLIUS LENTULUS
PLÍNIO, O JOVEM
FILON DE ALEXANDRIA
JUSTO DE TIBERÍADES
Recomenda-se a
leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos
neste blogger são pequenos apontamentos de estudos.