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quinta-feira, 30 de maio de 2013

MARTIN LUTHER ( MARTINHO LUTERO )

                 






                     Foi um sacerdote católico agostiniano, com doutorado em teologia, nascido em 10 de novembro de 1483, na cidade de Eisleben, Alemanha, que se rebelou contra a política de indulgências da Igreja Católica Apostólica ROMANA, insurgiu-se ainda contra a alegação de que os pecados poderiam ser perdoados mediante pagamento em dinheiro e confrontou ainda o vendedor de Indulgência João Tetzel.

Sua recusa em retirar seus escritos a pedido do Papa Leão X em 1520 e do Imperador  Carlos V  na Dieta de Wormsem 1521, resultou em sua excomunhão  pelo Papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Antigo. Mas a Igreja não teve condições de torturar e matar Martinho Lutero, este estava apoiado e protegido pelos príncipes alemães, que só por acaso estavam em disputa de poder com Roma dentro do Sacro Império Romano Germânico. Não foi à toa que, além da nobreza, ele recebeu forte apoio da burguesia, já que suas idéias coincidiam com os interesses, vide “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” de Max Weber.

Desta forma, a classe proletariada  foi obrigada a seguir a novo credo cristão e aqueles que se recusaram a aceitar a conversão e lutar por seus interesses, foram sumariamente massacrados pelos apoiadores poderosos de Lutero, com seu beneplácito.

“Assim, quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial ou demoníaco que um rebelde”

O resultado da Guerra dos Camponeses foi 100 mil mortos do lado mais fraco. Enfim, toda religião é usurpada/usada para fins políticos.

E a religião mais uma vez foi usada como elemento de manobra das massas.

É de bom alvitre lembrar que Lutero foi o responsável pela violenta perseguição e morte de milhares de membros da seita dos anabatistas.



A LITURGIA DE LUTERO

Lutero ensinava que a salvação não se consegue com boas ações, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça, através da fé em Jesus como único redentor do pecador. Sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divinamente revelada e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um sacerdócio santo.  Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de Lutero eram chamados luteranos.

Sua tradução da Bíblia para o alemão, que não o latim fez o livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e na cultura alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, adicionando vários princípios à arte de traduzir, e influenciou a tradução para o inglês da Bíblia do Rei James. Seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em igrejas. Seu casamento com Catarina von Bora estabeleceu um modelo para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimônio de padres protestantes.

Em seus últimos anos, Lutero tornou-se algo anti-semita, chegando a escrever que as casas judaicas deveriam ser destruídas, e suas sinagogas queimadas, dinheiro confiscado e liberdade cerceada. Essas afirmações fizeram de Lutero uma figura controversa entre muitos historiadores e estudiosos. Há relatos de que momentos antes de sua morte Lutero estava com um rosário em sua mão.

Aqui, encontramos um paralelo ao desprezo de Lutero para com a razão. “Em sua esfera legítima, a razão é o mais elevado dom de Deus, mas no momento em que excede para a teologia, torna-se a “prostituta do diabo”.

Site cristão:
http://www.monergismo.com/textos/predestinacao/deixem_predestinacao_lutero_timothy.htm

Lutero dizia que a razão era "a prostituta do diabo".
http://www.veritatis.com.br/article/4248

Lutero, por exemplo, chegaria a chamar a razão de "prostituta do diabo",
http://educacao.uol.com.br/biografias/lutero.jhtm

Desta maneira a razão humana era depreciada.
Somente a fé nos levaria a falar dos valores transcendentais; pela razão não se provaria a existência de Deus nem a imortalidade da alma.

http://www.clerus.org/clerus/dati/2007-11/23-13/17LuteroPENSAM.html

Infelizmente, Lutero defendeu o absurdo de que a razão não pode fazer contribuições à teologia, visto o homem todo ter sido arruinado pelo pecado original.

http://www.doutrinacatolica.com/modules/news/article.php?storyid=1701

Para Lutero, a razão era "uma cortesã do diabo"
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_b_nicolau_copernico.htm


"A medicina cria pessoas doentes, a matemática, pessoas tristes, e a teologia, pecadores."
Fonte: Revista Caras, Edição de 27 de Setembro de 2006.
Martinho Lutero

"A Razão deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da fé. Quem quiser ser um cristão deve arrancar os olhos de sua razão."

"Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir."

Fonte Sermão “Tributo a César”


Em primeiro lugar, suas sinagogas deveriam ser queimadas... Em segundo lugar, suas casas também deveriam ser demolidas e arrasadas... Em terceiro, seus livros de oração e Talmudes deveriam ser confiscados... Em quarto, os rabinos deveriam ser proibidos de ensinar, sob pena de morte... Em quinto lugar, os passaportes e privilégios de viagem deveriam ser absolutamente vetados aos judeus... Em sexto, eles deveriam ser proibidos de praticar a agiotagem [cobrança de juros extorsivos sobre empréstimos]... Em sétimo lugar, os judeus e judias jovens e fortes deveriam pôr a mão na debulhadeira, no machado, na enxada, na pá, na roca e no fuso para ganhar o seu pão no suor do seu rosto... Deveríamos banir os vis preguiçosos de nossa sociedade ... Portanto, fora com eles...

Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal – os judeus.

Em seu livro Why the Jews [Por Que os Judeus?], Dennis Prager e Joseph Telushkin escrevem:

[...] os escritos posteriores de Lutero, atacando os judeus, eram tão virulentos que os nazistas os citavam freqüentemente.

Martim Lutero: That Jesus Christ was born a Jew [Que Jesus Cristo Nasceu Judeu], reimpresso em Frank Ephraim Talmage, ed. Disputation and Dialogue: Readings in the Jewish-Christian Encounter (Nova York: Ktav/Anti-Defamation League of B’nai B’rith, 1975), p. 33.

Martim Lutero: Concerning the Jews and their lies [A respeito dos judeus e suas mentiras], reimpresso em Talmage, Disputation and Dialogue, pp. 34-36.

Michael L. Brown: Our hands are stained with blood [Nossas mãos estão manchadas de sangue] Shippensburg, PA: Destiny Image Publishers, 1992), p. 16.

Dennis Prager e Joseph Telushkin: Why the Jews? The reason for anti-Semitism [Por que os Judeus: A causa do anti-semitismo] (Nova York: Simon & Shuster, 1983), p. 107.

Adolf Hitler: Mein Kampf, p. 213.

Prager e Telushkin, p. 107


"Von den Juden und ihren Lügen" ("Sobre os judeus e suas mentiras"), escrito em 1543 quando Lutero tinha 60 anos,

Em suas "Conversas à Mesa" [Tischreden, em alemão] -- que eram anotadas por seus admiradores e que foram editadas em forma de livro, Lutero dizia as piores coisas sobre Deus e Cristo.

"Cristo Adúltero. Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: "Que fez, então, com ela? " Depois, com Madalena, depois, com a mulher adútera, que ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de morrer" (Lutero, Tischredden, Conversas à Mesa, N* 1472, edição de Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano, Martim Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).

Noutra ocasião, Lutero blasfemou contra Deus, ao dizer que Deus age como louco ou como muito tolo: "Deus est stultissimus"( Lutero, Conversas à Mesa, ed Weimar, N* 963, Vol. I , p. 487. Apud Franz Funck Brentano op. cit. p. 147).

Doutra vez, ao falar Lutero do destino, ele culpava Deus por todos os crimes, e dizia que Judas não podia deixar de trair Cristo, nem Adão tinha liberdade para não pecar. Considerando que era Deus que determinava os pecadores a pecar, Lutero concluia dizendo "Deus age sempre como um louco" (Franz Funck Brentano, Martim Lutero, p. 111).

Recentemente foram descobertos os cadernos pessoais de Lutero. Eles foram estudados pelo Padre Theobald Beer que publicou um livro sobre eles. Segundo o Padre, Lutero teria afirmado que Cristo é ao mesmo tempo, Deus e o Diabo, o Bem e o Mal.

O historiador Robert Michael escreve que Lutero estava preocupado com a questão judaica toda a sua vida, apesar de dedicar apenas uma pequena parte de seu trabalho para ela.

Seus principais trabalhos sobre os judeus são Von den Juden und Ihren lügen ("Sobre os judeus e suas mentiras"), e Vom Schem Hamphoras und vom Geschlecht Christi ("Em Nome da Santa linhagem de Cristo") - reimpressas cinco vezes dentro de sua vida - ambas escritas em 1543, três anos antes de sua morte.

Nesses trabalhos Lutero afirmou que os judeus já não eram o povo eleito, mas o "povo do diabo".  A sinagoga era como "uma prostituta incorrigível e uma devassa maléfica" e os judeus estavam "cheios das fezes do demônio,... nas quais se rebolam como porcos".  Lutero aconselhou as pessoas à incendiarem às sinagogas, destruindo os livros judaicos, proibir os rabinos de pregar, e apreender os bens e dinheiro dos Judeus e também expulsá-los ou fazê-los trabalhar forçosamente. Lutero também parecia aconselhar seus assassinatos, escrevendo "É nossa a culpa em não matar eles."

A campanha contra os judeus de Lutero foi bem sucedida na Saxônia, Brandenburg, e Silésia. Josel de Rosheim (1480-1554), que tentou ajudar os judeus na Saxónia, escreveu em seu livro de memórias a situação de intolerância foi causada por "(…) esse sacerdote cujo nome é Martinho Lutero - (…) seu corpo e alma vinculada até no inferno!! - que escreveu e publicou muitos livros heréticos no qual disse que quem ajudasse judeus seriam condenados à perdição."  Josel teria pedido a cidade de Estrasburgo para proibir a venda das obras antijudaicas de Lutero; porém seu pedido foi-lhe negado quando um pastor luterano de Hochfelden argumentou em um sermão que os seus paroquianos deviam assassinar judeus. O anti-semitismo de Lutero persistiu após a sua morte, ao longo de todo o ano 1580, motins expulsaram judeus de vários estados luteranos alemães.

A opinião predominante entre os historiadores é que a sua retórica antijudaica contribuiu significativamente para o desenvolvimento do anti-semitismo na Alemanha, e na década de 1930 e 1940 auxiliou na fundamentação do ideal do nazismo de ataques a judeus. O próprio Adolf Hitler em sua autobiografia Mein Kampf considerou Lutero uma das três maiores figuras da Alemanha, juntamente com Frederico, o Grande, e Richard Wagner.

 Em 5 de outubro de 1933, o Pastor Wilhelm Rehm de Reutlingen declarou publicamente que "Hitler não teria sido possível, sem Martinho Lutero". Julius Streicher, o editor do jornal Nazista Der Stürmer, argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg "que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes". Em novembro de 1933, uma manifestação protestante que reuniu um recorde de 20.000 pessoas, aprovou três resoluções:

- Adolf Hitler é a conclusão da Reforma;
- Judeus Batizados devem ser retirados da Igreja;
- O Antigo Testamento deve ser excluído da Sagrada Escritura.

Diversos historiadores (entre os quais se destacam William L. Shirer e Michael H. Hart ) sugerem que a influência de Lutero tenha auxiliado a aceitação do nazismo na Alemanha pelos protestantes no século XX. Shirer fez a seguinte observação em Ascensão e queda do Terceiro Reich:

"É difícil compreender a conduta da maioria dos protestantes nos primeiros anos do nazismo, salvo se estivermos prevenidos de dois fatos: sua história e a influência de Martinho Lutero (para evitar qualquer confusão, devo explicar aqui que o autor é protestante). O grande fundador do protestantismo não foi só anti-semita apaixonado como feroz defensor da obediência absoluta à autoridade política. Desejava a Alemanha livre de judeus (…) – conselho que foi literalmente seguido quatro séculos mais tarde por Hitler, Göring e Himmler.


Por outro lado, especialmente Shirer recebeu críticas por essa sua observação, sendo acusado de não conhecer suficientemente a história alemã e por ter interpretado incorretamente certos acontecimentos ou mesclado suas opiniões pessoais em seu livro. Também os cristãos luteranos afirmam que a Igreja Luterana tem esse nome em homenagem ao seu mais famoso líder, porém não acata todos os escritos teológicos de Lutero, principalmente os escritos que atacam os judeus.

Desde os anos 1980, alguns órgãos da Igreja Luterana formalmente denunciaram e dissociaram-se dos escritos de Lutero sobre os judeus. Em novembro de 1998, no 60º aniversário de Kristallnacht, a Igreja Luterana da Baviera emitiu uma afirmação: "é imperativo para a Igreja Luterana, que sabe que é endividada ao trabalho e a tradição de Martinho Lutero, de levar a sério também as suas declarações antijudaicas, reconhece a sua função teológica, e reflete nas suas conseqüências. Temos que nos distanciar de cada [expressão de] anti-semitismo na teologia Luterana."



Você sabia?


- É comemorado em 31 de outubro o Dia da Reforma Protestante. A data é uma referência ao 31 de outubro de 1517, dia em que Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittemberg (Alemanha).

Saber Mais:
A Salvação de Lutero e a Reforma Protestante