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quinta-feira, 10 de março de 2011

Defeitos nos ensinamentos de Cristo




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Tendo admitido a excelência de tais máximas, chego a certos pontos em que não acredito que se possa concordar nem com a sabedoria superlativa, nem com a bondade superlativa de Cristo, tal como são descritas nos Evangelhos – e posso dizer aqui que não estou interessado na questão histórica.

Historicamente, é muito duvidoso que Cristo haja jamais existido e, se existiu, nada sabemos a respeito d'Ele, de modo que não estou interessado na questão histórica, que é uma questão muito difícil.

Estou interessado em Cristo tal como Ele aparece nos Evangelhos, tomando a narrativa bíblica tal como ela se nos apresenta – e nela encontramos algumas coisas que não me parecem muito sábias.

Por um lado, Ele certamente pensou que o Seu segundo advento ocorreria em nuvens de glória antes da morte de toda a gente que estava vivendo naquela época.

Há muitos textos que o provam. Diz Ele, por exemplo: “Não acabareis de correr as cidades de Israel, sem que venha o Filho do Homem”. E adiante: “Entre aqueles que estão aqui presentes, há alguns que não morrerão, antes que vejam o Filho do Homem no seu reino” – e há uma porção de lugares em que é bastante claro que Ele acreditava que a Sua segunda vinda ocorreria durante a vida dos que então viviam.

Essa era a crença de seus primeiros adeptos, constituindo a base de uma grande parte de Seus ensinamentos morais.

Quando Ele disse: “Não andeis inquietos pelo dia de amanhã” e outras coisas semelhantes, foi, em grande parte, porque julgava que a sua segunda vinda seria muito em breve e que, por isso, não tinham importância os assuntos mundanos.

Conheci, na verdade, cristãos que acreditavam que o segundo advento era iminente. Conheci um pároco que assustou terrivelmente a sua congregação, dizendo-lhe que o segundo advento estava, com efeito, sumamente próximo, mas os membros de seu rebanho se sentiram muito consolados quando viram que ele estava plantando árvores em seu jardim.

Os primeiros cristãos acreditaram realmente nisso, e abstinham-se de coisas tais como plantar árvores em seus jardins, pois que aceitaram de Cristo a crença de que o segundo advento estava iminente.

Neste sentido claramente ele não foi tão sábio como alguns outros o foram – e, certamente, não se mostrou superlativamente sábio.