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quinta-feira, 18 de abril de 2013

JESUS NÃO É O MESSIAS

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Por Rabino Bentzion Kravitz



Uma análise cuidadosa destes critérios nos revela que, mesmo que Jesus tenha sido judeu, ele não preencheu sequer um destes critérios. Uma investigação das contraditórias genealogias de Jesus demonstra o número de dificuldades com o preenchimento do segundo critério.

Especificamente, o Novo Testamento sustenta que Jesus não teve um pai humano. Nas Escrituras Judaicas, entretanto, está descrito que a genealogia e linhagem tribal da pessoa é transmitida única e exclusivamente por um pai humano (Números 1:18, Jeremias 33:17). Por isso, Jesus jamais poderia ser um descendente nem da tribo de Judá e nem dos Reis David e Salomão.

Existem ainda mais problemas quando se tenta provar a genealogia de Jesus através de José, esposo de Maria (mãe de Jesus). O Novo Testamento afirma que José era um descendente do Rei Jeconias, a quem a Bíblia Judaica amaldiçoou para que não tenha descendentes “sentados no trono de David e reinando sobre Judá

(Jeremias 22:30). A genealogia de José, mesmo que fosse relacionada a Jesus, esbarraria num rei que não teve filhos e desqualificaria o próprio Jesus como Messias.


Finalmente, temos o problema das contagens contraditórias da genealogia de Jesus em Mateus, capítulo 1 e Lucas, capítulo 3. A explicação cristã mais comum para estas contradições é que a genealogia de Lucas é matrilinear. Entretanto isto é infundado, mesmo a partir do original em Grego.

Adicionalmente, já foi estabelecido que a descendência remonta somente ao lado paterno, fazendo com que qualquer explicação seja irrelevante. Mesmo que alguém pudesse traçar a genealogia através do lado materno ainda assim teríamos problemas com o texto de Lucas 3:31 que atesta que Maria descendia de David através de Natan, irmão do rei Salomão, e não do próprio Salomão, como profetizado em Crônicas I, 22:10 na Bíblia Judaica.

O terceiro, quarto e quinto critérios sobre o Messias obviamente ainda não foram cumpridos, nem no tempo de Jesus, nem depois. Qualquer afirmação cristã que estes critérios serão preenchidos em uma “segunda vinda” é irrelevante porque o conceito do Mashiach chegar duas vezes não tem bases escriturais.


A maneira como os cristãos entendem o Messias difere enormemente do ponto de do Velho Testamento. Estas diferenças se desenvolveram como resultado da influência cristã durante o tempo do Imperador Constantino e do Concílio de Nicéa em 325 e.C.

O Messias não vem para ser um objeto de idolatria. Sua missão primordial é a de lograr trazer a paz ao mundo e a de preencher o mundo com o conhecimento e a consciência que há um Deus.

Veja o Exemplo:


Enquanto passeava por uma floresta, uma pessoa notou um círculo marcado em uma árvore com uma flecha perfeitamente cravada no seu centro. Metros adiante notaram que havia várias árvores com círculos e flechas bem no centro. Mais tarde encontrou um hábil arqueiro e perguntou a ele: “Como se tornou um perito tão grande a ponto de acertar sempre no centro do alvo?” “Não é nada difícil”, respondeu o arqueiro, “Primeiro atiro a flecha e depois desenho o círculo em volta dela para que esteja bem no centro”.

Quando examinamos as “provas textuais” que afirmam ser Jesus o Messias prometido, temos sempre de formular a seguinte questão: “Foi uma flecha que foi atirada dentro de um círculo ou foi um círculo que foi desenhado em volta da flecha?” Em outras palavras, terá esta passagem sida mal traduzida, mal interpretada, mal citada, tirada fora de contexto ou fabricada?

O versículo foi fabricado e não existe no Velho Testamento.


Aqui estão alguns exemplos das muitas maneiras como os missionários “desenham círculos em volta da flecha” para poder provar seu ponto de vista.

A profecia mais fácil de cumprir é aquela que você mesmo inventou. O Novo Testamento é uma grande testemunha deste princípio, fabricando inúmeras “profecias” vazias de conteúdo mas que foram atribuídas às Escrituras Hebraicas.

O Novo Testamento, em Mateus, afirma que Jesus era o Messias porque ele viveu na cidade de Nazareth. Veja a “prova textual” utilizada para provar este ponto de vista:

 “Ele (Jesus) chegou e residiu numa cidade chamada Nazareth, para que o que foi dito pelos profetas pudesse ser cumprido. Ele foi então chamado de O Nazareno” (Mateus 2:23) .

 Como Nazareno é alguém que reside na cidade de Nazareth e esta cidade não existia no tempo da Bíblia Judaica, é impossível encontrar esta citação nos textos hebraicos. Daí que é uma prova fabricada e vazia sem realidade.

Em Romanos 11:26, a Bíblia Cristã cita Isaías 59:20 dizendo: “O libertador virá de Zion e removerá o paganismo de Jacob”, desta maneira providenciando o suporte textual para a crença cristã que o Messias removerá os nossos pecados. Entretanto, um exame cuidadoso do original em hebraico revela um profundo dilema. Isaías 59:20 na verdade diz exatamente o contrário: “Um redentor irá até Zion e para aqueles que abandonarem as transgressões de Jacob, assim disse o Senhor”.

O papel do Messias não é remover os nossos pecados, ao invés disso, quando nós tivermos abandonado nossos pecados, então o Messias virá! O mais estranho é que muitos Novos Testamentos traduzem Isaías corretamente e o citam incorretamente em Romanos.

Na tentativa de provar o conceito do “nascimento de uma virgem”, Mateus 1:22- 23 afirma: “Agora tudo isto foi feito para que seja cumprido o que foi dito pelo Senhor pelos seus profetas, dizendo, ‘Eis que uma virgem terá uma criança e eles o chamarão pelo nome de Emanuel’, cuja tradução quer dizer, Deus está conosco”.

Os cristãos dizem ser o cumprimento de uma profecia de Isaías 7:14, que na verdade diz que:

Eis que a jovem mulher terá uma criança e ela o chamará pelo seu nome Emanuel”.

Podemos apontar inúmeras incongruências na tradução cristã. Por exemplo:

1)             a palavra Hebraica “almah, significa uma mulher jovem e não uma virgem, fato já reconhecido pelos estudiosos da Bíblia;

2)             O versículo diz “ha’almah a mulher jovem] e não uma mulher jovem, especificando que havia uma mulher em particular que era conhecida por Isaías durante o período em que vivia, e


3) o versículo diz “ela o chamará de Emanuel”, e não eles o chamarão.


Mesmo apesar destas discrepâncias, se lermos todo o capítulo 7 de Isaías de onde esta passagem foi tirada, fica óbvio que os cristãos tiraram este versículo fora de seu contexto.

Este capítulo fala sobre a profecia feita para o rei judeu Achaz para amenizar o seu temor da invasão de dois reis (de Damasco e da Samaria) que se preparavam para invadir Jerusalém, cerca de 600 anos antes de Jesus. O ponto de vista de Isaías era de que este evento aconteceria num futuro breve (e não dentro de 600 anos, como quer o Cristianismo). O versículo 16 clarifica o fato abundantemente: “Porque antes do menino saber o suficiente para discernir entre o bem e o mal, a terra dos reis que o apavoram cairá em abandono.”

De fato, neste mesmo capítulo, a profecia se cumpre com o nascimento de um filho para Isaías. Como é citado em Isaías 8:4, “Porque antes dos menino aprender a chamar ‘meu pai e minha mãe’, as riquezas de Damasco e os espólios de Samaria deverão ser levados até o rei da Assíria”. Este versículo põe por terra qualquer conexão com Jesus que teria nascido 600 anos depois.

Em Hebreus 1:5, o Novo Testamento cita o versículo de Samuel II, 7:14, “Eu serei um pai para ele e ele será um filho para mim”. Esta referência é tida como concernente a Jesus como o filho de Deus. No entanto, se lermos este verso em Samuel II na sua totalidade, o versículo não termina com a frase citada no Novo Testamento, mas continua: “Quando ele cometer iniquidade, corrigi-lo-ei com a vara do homem.” Isto simplesmente não coaduna com a idéia cristã de um Jesus “sem pecado”. Mais ainda, este versículo fala especificamente do rei Salomão, como é óbvio em Crônicas 22:9-10, “O seu nome será Salomão... ele construirá uma casa em Meu nome e eu serei como um Pai para ele e ele será como um filho para Mim.”

A Bíblia freqüentemente se refere a indivíduos como “filhos” de Deus. De fato, Deus se refere a toda a nação de Israel da seguinte maneira: “Israel, Meu filho e Meu primogênito” (Êxodo 4:22).

Estes exemplos demonstram a confusão criada quando os cristãos atiram a flecha e depois pintam o círculo em volta dela.

Fonte: http://www.jewsforjudaism.org/web/pdf/portuguesehandbook.pdf



Outras Considerações:

Conversa com um amigo Israelita
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Abaixo Eliyahu descreve alguns dos atributos que os rabinos leem nos profetas sobre a pessoa do Messias:


O Messias deverá ser da semente do Rei David (2 Sam 7:12-16; Is 11:1; Jer 23:5, 30:9, 33:15; Ezek 34:23-24, 37:24).

Ser um líder espiritual, militar e político (Is 2:3, 11:2; Dan 7:14).

Ser o "retorno" do Profeta Ellias (Mal 3:23-24).

Construir o terceiro templo em Jerusalém (Is 33:20; Ezek 37:26-28, Ezekiel Chapters 40-48}).

Trazer em vida os judeus de volta a Israel (Is 11:12, 43:5-6; Jer 16:15, 23:3; Ezek 37:21-22; Zech 10:6-10).

Reunir Judá e Israel em um só povo (Is 11:13; Ezek 37:16-22).

Trazer a PAZ palpável ao mundo (Is 2:4, 11:6-8, Micah 4:3-4).

Trazer o conhecimento universal e único sobre HaShem (Is 11:9; Jer 31:33[34]; Zech 14:9).

Ressurreição dos mortos (Is 26:19; Ezek 37:12-13; Dan 12:2).

Resumidamente o Messias será um rei descendente de David, que se erga e se aprofunde no estudo de Torá, se ocupe dos mandamentos como o seu ancestral David, seguindo a Torá, que induza todo o povo judeu a andar nelas, a reforçar suas brechas e a guerrear as guerras do Senhor. Se ele fizer tudo, e for bem sucedido e construir o Templo Sagrado no seu devido lugar, reunindo o povo judeu, será o Mashiach com certeza, e restabelecerá o mundo todo, fazendo todos servirem a D-us.