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terça-feira, 14 de maio de 2013

DÍZIMO - CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA OU COMPULSÓRIA?





O dízimo faz parte da tradição histórica do povo hebreu. E até hoje algumas comunidades judaicas se mantém através dos dízimos, mas outras se mantêm por contribuição mensal dos seus membros. Esses valores também têm fins beneficentes através de instituições benemerentes que ajudam judeus e não judeus.

Mas será que os cristãos atualmente arrecadam o dízimo e fazem dele o mesmo que os hebreus faziam na Bíblia?

O Dízimo era estipulado como sendo um décimo da colheita ou do rebanho. Esse dízimo era distribuído entre os levitas (sacerdotes), os trabalhadores estrangeiros, os órfãos e as viúvas (Deut 26:12 e 14:28). Ou seja, todos os que viviam em difícil condição social, deveriam receber de todo o povo hebreu uma ajuda para poderem sobreviver. Certamente, as pessoas em difícil condição social não davam dízimo, mas se beneficiavam com uma parcela dele.

Essa lei era uma forma de manter a estabilidade social e o vinculo de união entre as tribos de Israel. Podemos dizer que é uma forma obrigarem a exercerem a lei de caridade.

Mas também os tributos pagos aos levitas pelos seus serviços eram feitos na forma de dízimos. Contudo tinha também o dízimo desses dízimos (dos tributos), oferta reservada ao Senhor, que era entregue ao sacerdote Aarão. O dízimo dos dízimos era a parcela do que havia de melhor, o que sobrava era dos levitas. Mas esses dízimos eram para a subsistência e não para ficarem ricos e terem posses.

Desta forma, o dizimo é um compartilhamento extremamente social.

Trocando em miúdos:



O dizimo como é pregado hoje em dia não existe. Trata-se apenas da comunhão dos fiéis, que devem também, pagarem as contas dos gastos com o sustento da congregação.

Toda essa história de "10%", está errada. O texto que muitos creem sustentar o dizimo de 10% está em Malaquias.

Um pouco de história não faz mal

Na época da monarquia em Israel, principalmente com Davi e Salomão, o dizimo era LEI. Devia ser pago 30% do total da renda familiar.


10% para o REI

10% para o SACERDOTE

10% para o MANTIMENTO NO TEMPLO


No entanto, no período de Malaquias, os 10% para o TEMPLO estavam sendo roubados. Como a lei não estava sendo cumprida, Deus usou Malaquias para exortar o povo à pagar o que era devido, senão iria castiga-los com insetos que devorariam suas colheitas.


MALAQUIAS É ISSO, NADA MAIS.



Os insetos devoradores, NÃO SÃO DEMÔNIOS QUE DEVORAM AS FINANÇAS, como dizem muitos por aí...

O dizimo não é somente dinheiro, mas parte da produção. Se vocês lerem em Atos dos Apóstolos, houve uma convenção dos irmãos que venderam suas propriedades para viverem unidos. Isso não é dizimo, mas sim uma adequação ao sistema social da igreja primitiva.

Em resumo, o dizimo é algo extremamente óbvio.  Ora, você não vai à igreja? Você não se utiliza do espaço que compartilha com seus irmãos, para adorar a Deus? Então, todos os irmãos devem arcar com os gastos sociais para manterem esse espaço. Seja como puder. Não é necessário 10%, mas sim aquilo que você puder ofertar para o mantimento da congregação.

Sobre a salvação... De modo algum o dizimo é base para salvação. Se fosse, todos os irmãos da igreja primitiva não seriam salvos, pois eles não dizimavam como se exige por aí...

A Salvação está em Crer em Jesus Cristo como seu Salvador Pessoal, reconhecendo nEle a própria Divindade, pois Ele é Deus (1 Jo 5.20).

Essa salvação faz de você templo do Espírito Santo, que nos ensina como Servirmos ao Senhor, através de Sua Palavra. Não do dizimo.

Paz.

Contribuição de Fábio, membro da Igreja Assembléia de Deus.


sábado, 2 de março de 2013

PALESTRA PROFERIDA POR SAM HARRIS




Bem, é uma grande honra está aqui.

Parece que eu e meus colegas Christopher e Dan, estamos aqui para argumentar contra Deus, no estado que acabo de saber que é o mais religioso de seu país.

Estou encorajado pelo número de mãos levantadas.

Só quero garantir para os que estão aqui, que forem religiosos, que nossa intenção não é ofendê-los nesta manhã.

Contudo, vou pagar sua hospitalidade dizendo exatamente o que penso sobre religião.

Sou alguém que passou os últimos dois anos criticando a fé religiosa.

Eu me familiarizei bastante no modo como pessoas de fé defendem seus Deus.

Na verdade não existe muitas maneiras de se fazer isso. Parece haver somente três.

Ou você argumenta que uma religião específica é verdadeira, ou você argumenta que ela é útil, ou você ataca o ateísmo como intolerante, ou ainda que corrói valores humanos.

A única linha de argumento que a valida a esse debate ou na verdade qualquer debate, sobre a validação da religião, é o argumento que a religião é verdadeira, e não se uma religião específica é verdadeira, porque obviamente todas não podem ser verdadeiras.

Nosso oponente aqui representam duas fés diferentes e mutuamente incompatíveis.

Jesus foi o Messias?

O rabino Dinesh, provavelmente não vai concordar nesse ponto.

Como Bertrand Roussel apontou há mais de 100 anos, mesmo que soubéssemos que uma religião era verdadeira, perfeitamente verdadeira, pela multiplicidade dos fiés, dada a sua incompatibilidade mútua, todos os crentes, deveriam esperar a danação eterna, simplesmente como questão de probabilidade.

Antes que eu me aprofunde na questão de verdades religiosas, eu quero ilustrar quão confusa a pessoa deve ser para argumentar que é razoável acreditar em Deus, porque a religião é útil, ou porque dá sentido a vida, ou porque faz as pessoas moralmente mais corretas do que seriam sem ela, como o rabino sugeriu, ou porque fazem essas pessoas mais felizes, enfim qualquer benefício que você possa imaginar da religião.

Imagine que você está andando na rua e encontre um velho amigo.

Ele parece extremamente feliz e você perguntas quais as novidades. E ele lhe diz que tudo mudou na vida dele, no dia em que percebeu que estava destinado a casar com Angelina Jolie.

Pode ocorrer a você perguntar o porque ele acredita nisso. Afinal Angelina Julie é uma das mais famosas e bela mulher do planeta, não por acaso ela é casada com Brad Pitt, e eles tem algo em torno de 27 filhos a essa altura.

E se o seu amigo, sentindo seu ceticismo, dissesse “você não entende, essa crença da sentido a minha vida. Eu sei que meu propósito de vida é ser marido de Angelina Jolie”.

Se seu amigo dissesse “essa crença me faz uma pessoa melhor, eu sou agora incrivelmente gentil com crianças”, antecipando que terá que criar os filhos de Angelina quando Brad for embora.

E se seu amigo dissesse “você pode acreditar no que quiser, mas eu não quero viver em um universo em que eu não me case com Angelina Jolie”.

Deve ser muito claro a esse ponto, que seu amigo perdeu o juízo. Ele é provavelmente uma pessoa perigosa e esse é precisamente o tipo de conversa que passa por conhecimento em círculos religiosos e pode tentar passar por conhecimento aqui.

Certamente o argumento da moralidade é desse tipo.

Crenças não são como vestuário. Conforto, utilidade e beleza, não podem ser nossos critérios conscientes para adotá-la.

Para acreditar numa proposição, você tem que crer que há boas razões para acreditar. E o efeito que essa crença vai ter na sua vida não pode está entre essas razões.


E isso que é ter o julgamento turvado por um viés.

É por isso que temos expressões como “wyshfull thinking” e “self Deception”.

Acreditar que há um Deus e também acreditar que você tem tal relação com sua existência, que se ele não existisse você não acreditaria.

Como a suposta utilidade da religião se encaixaria nesse esquema?

Não se encaixa!



Reornemos à questão da verdade. É muito comum as pessoas dizerem que não há conflito entre religião e ciência, porque elas se relacionam com assuntos diferentes. E isso é uma mentira.

Religião e ciência ambas fazem afirmações sobre como o mundo é. E fazem afirmações incompatíveis sobre a realidade e elas fazem tais afirmações baseadas em padrões muito diferentes de evidências e maneira de argumentar.

Deveria se muito claro que há um conflito, um conflito perfeito entre exigir boas evidências para o que você acredita e estar satisfeito com uma evidência ruim, ou com nenhuma evidência.

Então religião e ciência conflitam porque não há como separar as verdades de ambas.

A afirmação de que Jesus nasceu de uma virgem, é a afirmação central do cristianismo, e também é uma afirmação sobre biologia. A afirmação de que ele ressuscitou dos mortos, é uma afirmação sobre história. E é uma afirmação sobre sobrevivência humana à morte. É aparentemente uma afirmação sobre o voou humano sem a ajuda da tecnologia.

Judeus, cristãos e muçulmanos, discordam de muitas coisas, mas todos concordam que no dia do juízo final, toda pessoa que já viveu vai ressuscitar fisicamente.


Quais leis da física isso violaria?

Nós sentimos tentados a dizer todas!

Se as afirmações básicas das religiões são verdadeiras, a ciência é tão cega para essa realidade oculta, e as leis da natureza não são suscetíveis a essas modificações sobrenaturais, que torna toda empreitada da ciência ridícula.

Se, por outro lado, as afirmações básicas das religiões são falsas, a maioria das pessoas desse planeta está profundamente confusa sobre a natureza da realidade. E envolvidos por medos e esperanças irracionais.

E muitas pessoas desperdiçam suas vidas e espalham essa ilusão, na maioria das vezes com resultados trágicos. Parece-me que nenhuma pessoa que pense pode ficar indiferente entre os dois lados dessa dicotomia.

Costuma se a imaginar que descrente como eu, deve está, em princípio, fechado a vida espiritual.

Isso não é verdade, você pode ter uma vida ética e espiritual profunda, sem mentir para si mesmo, ou a seus filhos, sobre a natureza da realidade.

Sem fingir saber coisa que você não sabe. Não há nada que impeça um descrente de experimentar o êxtase e o amor transcendente, arrebatamento e admiração.

Na verdade não há nada que impeça um descrente de ir a uma caverna e praticar meditação, por um ano como os místicos.

O que os descrentes não costumam fazer são afirmações injustificadas e injustificáveis, sobre a natureza do cosmo e sobre a origem divina de certos livros, na base dessas experiências.

Essa é uma diferença que faz notar.

Eu quero sugerir, que o quer que seja verdade sobre nossas circunstâncias em termo de ética e espiritualidade pode ser descoberto agora e pode ser ensinado numa linguagem compatível com nosso crescente entendimento científico do mundo e da mente humana.

Quaisquer descobertas que ainda estão para ser feitas para maximizar o bem-estar humano, podem ser discutidas em uma linguagem que não é completa afronta a tudo que aprendemos nos últimos 2000 anos.

E se filiar uma religião da Idade do Ferro, como cristianismo, judaísmo e islamismo, é fazer uma afirmação tácita de que isso é impossível, e que não há, de fato, uma maneira de entender nossas circunstâncias, usando as ferramentas do nosso entendimento moderno do mundo.

E que algumas medidas de superstição é necessária, alguma medida dessa mitologia, e que nós temos que mentir um pouco. A questão é que podemos depositar nossa confiança apenas num diálogo humano. E a questão é você quer depositar em um diálogo do século XXI, onde temos toda a literatura e ensinamentos do mundo disponíveis, ou você quer depositar num diálogo do século do século I ou século VII, como preservado em um dos nossos livros sagrados?



Muito obrigado.



Sam Harris


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A ADMINISTRAÇÃO DE JEOVÁ



Ele criou o mundo, os anfitriões do céu, o homem, a mulher - e os colocou no jardim. Então a serpente os enganou e eles foram expulsos para conseguir seu próprio pão.

Jeová ficou frustrado.

Então ele tentou outra vez. Ele tentou durante seis mil anos civilizar seu povo.

Nenhuma escola, nenhuma Bíblia, ninguém ensinando o povo a ler e a escrever. Nada de Dez Mandamentos. O povo tornou-se pior e pior até que a piedade de Jeová mandou o dilúvio e afogou todo o seu povo com exceção de Noé e sua família, oito no total.

Então ele começou novamente e mudou seus métodos. A princípio, Adão e Eva eram vegetarianos. Após o dilúvio, Jeová disse: "Toda a criatura que vive será carne para vós" - inclusive cobras e besouros.
 
E falhou novamente, e na torre de Babel ele dispersou seu povo.

Descobrindo que ele não seria bem sucedido com todo o povo, ele pensou que poderia conseguir com uns poucos, então ele selecionou Abraão e seus descendentes. De novo ele falhou, e seu povo escolhido foi capturado pelos egípcios e escravizado por quatrocentos anos.
 
Então ele tentou mais uma vez - e os resgatou dos egípcios e os direcionou para a Palestina.

Então ele modificou sua tática e permitiu que eles comessem apenas animais com cascos e que ruminassem. Novamente ele falhou. As pessoas o odiavam e preferiam a escravidão no Egito em vez da liberdade com Jeová. Então ele os manteve vagando e quase todos que saíram do Egito morreram. Então ele fez nova tentativa - Levou-os à Palestina e os deixou ser governados pelos juizes.

Isto também foi um erro - nenhuma escola, nenhuma Bíblia. Então ele tentou os reis, e os reis eram na maioria idólatras.

E o povo escolhido foi conquistado e levado como escravo pelos babilônios.

Outro fracasso.

Então eles retornaram e ele tentou os profetas - rezadores e curandeiros - mas o povo foi ficando pior e pior. Nenhuma escola, nenhuma ciência, nenhuma arte, nenhum comércio. Então Jeová fez-se carne, nasceu de uma mulher, viveu entre aquele povo que ele vinha tentando civilizar por vários milhares de anos. E essas pessoas, seguindo as leis que Jeová lhes ensinara, lançaram contra este Jeová-homem - este Cristo - blasfêmias, julgaram-no, condenaram-no e o mataram.

Jeová falhou novamente.

Então ele desistiu dos judeus e voltou sua atenção para o resto do mundo.

E agora os judeus, desertados por Jeová, perseguidos pelos cristão, são um dos povos mais prósperos da terra. Mais uma vez Jeová falhou.
 
Que administração!