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sábado, 30 de março de 2013

COMO PODEMOS SABER QUE A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS E NÃO OS APÓCRIFOS, O ALCORÃO, O LIVRO DE MÓRMON, ETC?






Resposta dada pelo evangelizador do site Got Questions:




A questão de qual (se realmente houver um) texto religioso é a verdadeira Palavra de Deus é de extrema importância. Para evitar um raciocínio circular, a primeira pergunta que devemos fazer é: Em primeiro lugar, como podemos saber se Deus realmente se comunicou? Bem, Deus teria de se comunicar em uma maneira que as pessoas pudessem entender, mas isso também significa que elas poderiam inventar as suas próprias mensagens e simplesmente alegar que vieram de Deus. Assim, parece razoável pensar que, se Deus quisesse autenticar a Sua comunicação, Ele teria que comprová-la de uma maneira que não pudesse ser duplicada por seres humanos, ou seja, por meio de milagres. Isso consideravelmente restringe o campo.


Além da evidência quanto à integridade da Bíblia (evidência manuscrita) e sua historicidade (vestígios arqueológicos), a evidência mais importante é a da sua inspiração. A determinação real de que a Bíblia é verdade absoluta e inspirada encontra-se em sua evidência sobrenatural, incluindo profecia. Deus usou profetas para falar e escrever a Sua Palavra, e usou milagres como profecia cumprida para autenticar os Seus mensageiros. Por exemplo, em Gênesis 12:7, Deus promete que a terra de Canaã era para ser de Abraão e seus descendentes. Em 1948, a terra foi devolvida ao povo judeu pela segunda vez na história. Isso pode não parecer tão surpreendente até você perceber que nenhuma outra nação na história tem sido espalhada de sua terra natal e retornado! Israel já fez isso duas vezes.

O livro de Daniel prediz com precisão a vinda de quatro grandes reinos - Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma - séculos antes de alguns desses reinos surgirem (um intervalo de tempo de mais de 1.000 anos!). Daniel escreveu detalhes sobre como as nações reinariam e seriam destruídas. Suas profecias incluem os reinados de Alexandre, o Grande, e Antíoco Epifânio.

Em Ezequiel 26, vemos em detalhe espantoso como a cidade de Tiro seria destruída: seria demolida e seus destroços seriam jogados ao mar. Quando Alexandre o Grande marchou sobre essa área, ele encontrou um grupo de pessoas escondidas em uma torre em uma ilha na costa perto de Tiro. Ele não podia atravessar o canal para combater os da torre. Ao invés de esperar por eles, o conquistador orgulhoso exigiu que seu exército construísse uma ponte de terra para a ilha. Funcionou. Seu exército atravessou o canal e se apoderou dos ocupantes da fortaleza. No entanto, de onde conseguiram pedra suficiente para a ponte de terra? As rochas que usaram foram os restos dos pedregulhos da cidade de Tiro. . . suas pedras foram lançadas ao mar, assim como Ezequiel havia predito quase 300 anos antes!

Há tantas profecias a respeito de Cristo (mais de 270!) que muitas páginas seriam necessárias para enumerá-las todas. Jesus não teria controle algum sobre muitas das profecias, tais como o Seu local ou tempo de nascimento. Além disso, as chances de um homem acidentalmente cumprir apenas 16 destas são 1 em 10^45. Quanto é isso? Para efeito de comparação, há menos de 10^82 átomos no universo inteiro! E Jesus, o qual afirmou que a Bíblia é a Palavra de Deus, provou a Sua confiabilidade e divindade pela Sua ressurreição (um fato histórico não facilmente ignorado).

Agora considere o Alcorão. O seu autor, Maomé, não realizou nenhum milagre para confirmar a sua mensagem (mesmo quando os seus seguidores pediram-lhe que o fizesse - Sura 17:91-95; 29:47-51). Só em tradições que surgiram muito tempo depois (o Hadith/Hadiz) é que os supostos milagres apareceram, os quais são todos muito fantasiosos (como Maomé cortando a lua ao meio) e não têm nenhum testemunho confiável para confirmá-los. Além disso, o Alcorão comete claros erros históricos. Os muçulmanos acreditam que a Bíblia é inspirada, mas com alguns erros de edição (Sura 2:136, bem como Suras 13, 16, 17, 20, 21, 23, 25). A pergunta que não podem responder adequadamente é: "Quando a Bíblia foi corrompida?" Se disserem antes de 600 DC, então como o Alcorão pode admoestar os seguidores a lê-la? Se afirmarem que foi depois de 600 DC, então seu argumento é ainda mais insustentável, pois não há dúvida quanto à precisão dos manuscritos bíblicos de pelo menos o século 3 para a frente. Mesmo se o Cristianismo fosse falso, o Alcorão ainda tem um problema insuperável na medida em que acusa os cristãos de acreditar em coisas em que realmente não acreditam. Por exemplo, o Alcorão ensina que os cristãos acreditam que a Trindade é o Pai, a Mãe (Maria) e o Filho (Sura 5:73-75, 116). O Alcorão também diz que os cristãos acreditam que Deus teve relações sexuais com Maria a fim de produzir um filho (Suras 2:116; 6:100-101; 10:68; 16:57; 19:35; 23:91; 37:149 -151; 43:16-19). Se o Alcorão fosse realmente de Deus, então deveria pelo menos ser capaz de relatar com precisão no que os cristãos acreditam.

Joseph Smith, o autor do Livro de Mórmon, tentou fazer alguns milagres como o de profecia (um teste para um verdadeiro profeta em Deuteronômio 18:21-22), mas falhou várias vezes. Ele predisse a segunda vinda de Cristo em History of the Church (HC) 2:382. Smith pregou que a vinda do Senhor seria em 56 anos (em 1891). A segunda vinda não ocorreu em 1891, e a Igreja Mórmon não afirma que tenha acontecido. Smith também profetizou que várias cidades seriam destruídas em Doctrine and Covenants (D&C) 84:114-115. De acordo com Smith, Nova Iorque, Albany e Boston seriam destruídas se rejeitassem o evangelho. O próprio Joseph Smith foi para Nova Iorque, Albany e Boston e pregou lá. Essas cidades não aceitaram o seu evangelho, mas mesmo assim não foram destruídas. Uma outra famosa profecia falsa de Joseph Smith é o seu "FINAL DE TODAS AS NAÇÕES" em D & C 87 sobre a rebelião da Carolina do Sul na Guerra Civil. O Sul era para pedir à Grã-Bretanha por ajuda e, como resultado, guerra seria derramada sobre todas as nações; os escravos se revoltariam; os habitantes da terra se lamentariam; fome, peste, terremotos, trovões, relâmpagos e um completo fim de todas as nações resultariam. O Sul finalmente se revoltou em 1861, mas os escravos não se ergueram, a guerra não foi derramada sobre todas as nações, não houve fome, peste ou terremoto em todo o mundo e não houve o "fim de todas as nações".

A coleção de escritos que os protestantes chamam de Apócrifos ("escritos ocultos"), os católicos romanos chamam de livros deuterocanônicos ("segundo cânone"). Estes livros foram escritos entre 300 AC e 100 DC, o período intertestamentário entre os escritos inspirados do Antigo e do Novo Testamentos. Os Apócrifos foram "infalivelmente" aceitos na Bíblia pela Igreja Católica Romana em 1546 no Concílio de Trento. Os apócrifos seriam cobertos pela evidência para a Bíblia se fossem verdadeiramente inspirados, mas a evidência parece indicar que não são. Na Bíblia encontramos profetas de Deus cujas mensagens são ratificadas por meio de milagres ou de profecia que se torna realidade, e cuja mensagem é imediatamente aceita pelo povo (Deuteronômio 31:26; Josué 24:26, 1 Samuel 10:25; Daniel 9:2; Colossenses 4:16, 2 Pedro 3:15-16). O que encontramos nos Apócrifos é exatamente o oposto - nenhum livro apócrifo foi escrito por um profeta. Na verdade, um livro especificamente afirma que não são inspirados (1 Macabeus 9:27)! Nenhum desses livros foi incluído nas Escrituras hebraicas. Não há ratificação para nenhum dos seus autores. Nenhum livro apócrifo é citado como inspirado pelos escritores bíblicos posteriores e nem há profecia cumprida em qualquer um deles. Finalmente, Jesus, o qual citou de cada seção das Escrituras do Antigo Testamento, nem sequer uma vez citou os Apócrifos. Tampouco o fizeram os seus discípulos.

A Bíblia até agora supera todas as fontes concorrentes para ser a revelação de Deus que, se não for a Palavra de Deus, parece impossível escolher entre as sobras. Se a Bíblia não for a Palavra de Deus, então não temos nenhum critério claro sobre o que poderia ser.



De início, concordo plenamente com o evangelizador do fórum Gotquestions no que diz respeito aos livros sagrados dos muçulmanos ou do Livro de Mórmon. Cada povo tem sua divindade a cultuar e acredita que seu Deus seja verdadeiro e os demais Deuses de outras civilizações são falsos.



A crença em um ou vários deuses está diretamente relacionada com o ambiente em que o indivíduo nasce e se educa, e varia no tempo e no espaço. Nenhum brasileiro seria cristão se tivesse nascido em 1230. Nenhum cristão seria protestante se tivesse nascido na Espanha em 1440. Não seria cristão protestante se tivesse nascido no Irã.



O mesmo se dá entre os diversos ramos do cristianismo, a doutrina professada por um certo seguimento está correta e a corrente professada pelas outras igrejas, mesmo cristãs, não seguem a palavra de Cristo, na visão de quem congrega em outra denominação.



Dito isto,


Causa-me admiração pessoas que se dizem inspiradas pelo "Espírito Santo" e com essa afirmação se arvoram a interpretar a Bíblia, o livro sagrado do Judaísmo.

Referidos livros foram escritos pelos hebreus, na terra deles, obedecendo aos usos e costumes e na língua deles, e dentro do seu território. O Deus é somente deles. É um Deus nacional.



Ninguém interpreta a bíblia melhor que os rabinos. Eles não precisam de tradução, de atualização e de revisão. A bíblia está escrita na língua hebraica, na língua deles.



Também não venham me dizer que os judeus são bobos a ponto de não entenderem as profecias do Velho Testamento referente a Jesus.

Os judeus não são burros como imaginam os cristãos, os judeus deram grande contribuição a ciência, à filosofia, às artes, às finanças. Enfim, a todas as atividades humanas em que a inteligência é fator decisivo para o sucesso.

Pois, bem,

A interpretação autêntica, buscando a tradição judaica, não afirma ser a bíblia a palavra de Deus. Segundo os judeus, Deus escreveu apenas os 10 Mandamentos, com o Seu Dedo em uma pedra e os entregou a Moisés. Mas admitem os judeus que o Pentateuco foi escrito por Moisés por inspiração divina.  E só.



O evangelizador do site deveria dizer em qual versão da bíblia ele se baseia para alegar a sua integridade, já que existem BÍBLIAS e bíblias. Outra alegação é a concordância dos fatos nela descritos com estudos arqueológicos. 


No livro do Êxodo encontramos uma explicação de como Javé libertou os judeus da escravidão dos egípcios. 

Nós atualmente sabemos que os judeus jamais foram escravizados pelos egípcios, que a história toda é uma ficção. Nós sabemos disso porque não há no hebraico qualquer palavra de origem egípcia, e não foi encontrada na língua egípcia qualquer vocábulo de origem hebraica. Assim sendo, inferimos que os hebreus e os egípcios não poderiam ter convivido durante séculos. 


O Rabino Bentzion Kravitz explicando como os romanos fabricaram a prova da profecias que anunciava a chegada de um Messias, no caso Jesus:

"O Novo Testamento, em Mateus, afirma que Jesus era o Messias porque ele viveu na cidade de Nazareth. Veja a “prova textual” utilizada para provar este ponto de vista:

“Ele (Jesus) chegou e residiu numa cidade chamada Nazareth, para que o que foi dito pelos profetas pudesse ser cumprido. Ele foi então chamado de O Nazareno” (Mateus 2:23).”

 Como Nazareno é alguém que reside na cidade de Nazareth e esta cidade não existia no tempo da Bíblia Judaica, é impossível encontrar esta citação nos textos hebraicos. Daí que é uma prova fabricada e vazia sem realidade."


“A determinação real de que a Bíblia é verdade absoluta e inspirada encontra-se em sua evidência sobrenatural, incluindo profecia.”, diz o editor do site Got Questions.

Esta é uma afirmação insana, própria de quem nunca leu a Bíblia.

Levítico 11 – MORCEGO É AVE

13  Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango,
14  E o milhano, e o abutre segundo a sua espécie.
15  Todo o corvo segundo a sua espécie,
16  E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie.
17  E o bufo, e o corvo marinho, e a coruja,
18  E a gralha, e o cisne, e o pelicano,
19  E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.


Deuteronômio 14 - MORCEGO É AVE

11  Toda a ave limpa comereis.
12  Porém estas são as que não comereis: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango,
13  E o abutre, e o falcão, e o milhafre, segundo a sua espécie.
14  E todo o corvo, segundo a sua espécie.
15  E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião, segundo a sua espécie.
16  E o bufo, e a coruja, e a gralha,
17  E o cisne, e o pelicano, e o corvo marinho,
18  E a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.



OURO e PRATA ENFERRUJAM ?
Fonte: Biblia Sagrada
Livro deTiago
Capitulo.5
Versos 3

O vosso OURO e a vossa PRATA se ENFERRUJARAM; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.

A Bíblia nos fala de botânica e erra feio, quando diz que o menor grão do mundo é o de mostarda e que a semente tem que morrer para depois germinar.

O mesmo que se diga das lições de mecânica celeste na história do cerco de Jericó.

O que a razão não admite é que um Deus onipotente, onipresente e onisciente demonstre desconhecimento a respeito daquilo que criou.

O que a razão não admite é que o seu Deus só saiba escrever em hebraico, nada sabe na linguagem tupy.

O que a razão não admite é que um ser perfeito não saiba escrever de uma forma que todos compreendam.


QUANTOS AS PROFECIAS BÍBLICAS

Faça esta pergunta a você mesmo: que dificuldade teriam os autores dos evangelhos em narrar a vida de Jesus de modo a fazê-la conformar-se às profecias do Velho Testamento?


QUANTO OS LIVROS APÓCRIFOS

Estou vendo que esse tópico está cheio de inverdades, provavelmente por causa da falta de conhecimento. Portanto resolvi dar a minha contribuição.

Convém fazer algumas distinções primeiras quanto aos nomes:

1) Cânon, do grego Kanón = regra, medida e catálogo;

2) Canônico = livro catalogado - o que significa que também é inspirado por Deus;

3) Protocanônico = livro catalogado próton, isto é, em primeiro lugar ou sempre catalogado; 
4) Deuterocanônico = livro catalogado, déuteron ou em segunda instância, posteriormente (após ter sido controvertido);

5) Apócrifo, do grego apókryphon = livro oculto, isto é, não lido nas assembléias públicas de culto, reservado à leitura particular. Em conseqüência, livro não canônico, não catalogado, embora tenha aparência de livro canônico (Evangelho segundo Tomé, Evangelho da Infância, Assunção de Moisés...)

Examinemos como foi formado o atual cânon do Antigo testamento.

As passagens bíblicas começaram a ser escritas esporadicamente desde os tempos anteriores a Moisés. Todavia, Moisés foi o primeiro codificador das tradições orais e escritas de Israel, no século XIII A. C. A essas tradições (leis, narrativas, peças litúrgicas) foram sendo acrescidos, aos poucos, outros escritos no decorrer dos séculos, sem que os judeus se preocupassem com a catalogação dos mesmos.

Já no século I da era Cristã, como os apóstolos começaram a escrever os primeiros livros cristãos (cartas de S. Paulo, Evangelhos...), que se apresentavam como a continuação dos livros sagrados dos judeus, estes reuniram-se no Sínodo de Jâmnia, ao sul da palestina, por volta do ano 100 d.C., a fim de estabelecer as regras que caracterizariam os livros sagrados (inspirados por Deus). Foram estipulados os seguintes critérios:

1 - O livro sagrado não pode ter sido escrito fora da terra de Israel,

2 - ... não em língua aramaica ou grega, mas somente em hebraico,

3 - ... não depois de Esdras (458-428 a.C.),

4 - ... não em contradição com a Torá ou Lei de Moisés.

Em conseqüência, os judeus da palestina fecharam seu cânon sagrado sem reconhecer livros e escritos que não obedeciam a tais critérios. Acontece, porém, que em Alexandria, no Egito, havia uma próspera colônia judaica que, vivendo em terra estrangeira e falando língua estrangeira (o grego), não adotou os critérios nacionalistas estipulados pelos judeus de Jâmnia. Os judeus de Alexandria chegaram a traduzir os livros sagrados hebraicos para o grego entre 250 e 100 a.C., dando assim origem à versão grega dita "Alexandrina" ou "dos setenta intérpretes".

Essa edição bíblica contém livros que os judeus de Jâmnia não aceitaram, mas que os de Alexandria liam como "Palavra de Deus"; assim são os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruque, Eclesiástico ou Sirácida, 1o e 2o dos Macabeus, além de Ester 10,4 - 16,24 e Daniel 3,24-90; 13ss).

Podemos, pois, dizer que havia dos cânones entre os judeus no início da era cristão: o restrito, da Palestina, e o amplo, de Alexandria.

O grupo de judeus que se reuniu em Javneh (Jâmnia) se converteu no grupo dominante da historia judaica posterior, e hoje muitos judeus aceitam o cânon de Javneh. Contudo, alguns judeus, como os de Etiópia, seguem um cânon diferente que é idêntico ao Antigo Testamento Católico e inclusive os sete livros deuterocanônicos (cf. Enciclopédia Judaica, vol. 6, p. 1147).

Como é lógico, a Igreja não tomou em conta as conclusões de Jâmnia.

Primeiro, um concílio judeu posterior a Cristo não tem autoridade sobre os seguidores de Cristo.

Segundo, Jâmnia rechaçou precisamente aqueles documentos que são fundamentais para a Igreja Cristã - os Evangelhos e os demais documentos do Novo Testamento.

Terceiro, ao rechaçar os deuterocanônicos, Jâmnia rechaçou livros que haviam sido usados por Jesus e os apóstolos e que estavam na edição da Bíblia que os apóstolos usavam na vida cotidiana - a Septuaginta.

Como os judeus em todo o mundo que usavam a Septuaginta, os primeiros cristãos aceitaram os livros que encontraram nela. Sabiam que os apóstolos não os guiariam erroneamente nem poriam suas almas em perigo, pondo em suas mãos falsas escrituras - especialmente sem adverti-los contra elas.

Os apóstolos e evangelistas, ao escreverem o Novo Testamento em grego, citavam o Antigo Testamento, usando a tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta diferia do texto hebraico (ver Mt 1,23 quando cita Is 7,14; e Hb 10,5 (cita Sl 40,6).

Esta tornou-se a forma comum entre os cristãos; em conseqüência, o cânon amplo, incluindo os sete livros já citados, passou para o uso dos cristãos.

No começo do cristianismo, como conseqüência da existência desses dois cânones, o de Alexandria e o da Palestina, havia uma certa confusão sobre quais deveriam ser seguidos.

O papa S. Dâmaso, no ano 374, confiou a S. Jerônimo o cuidado de coligir e traduzir os livros santos, cujo conjunto forma o atual cânon ou catálogo da Igreja.

O Catolicismo reconheceu sempre, e o Concílio Tridentino confirmou a lista de S. Dâmaso.

Quem confere veracidade ao papel?

É unicamente através da Igreja que se distinguem os livros sagrados dos apócrifos. Os protestantes, ao negarem o papel da tradição, acabam caindo em erros muito graves, visto que não têm como escolher os livros de sua Bíblia. Sem a tradição, como escolher os livros inspirados ou não? E mais, sem a autoridade infalível da Igreja, não há Bíblia que possa ter valor, pois quem confere autenticidade ao papel?

Mesmo em relação ao Novo Testamento havia discordância no início do cristianismo. Livros como Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, e Apocalipse, permaneceram arduamente discutidos até que se estabeleceu o cânon definitivo.

Não é razoável a interpretação protestante, visto que esta acaba dizendo que a bíblia se prova pela bíblia. Ora, isso é uma temeridade. A Bíblia se prova pela Igreja que a compôs!

A Igreja Católica adotou o cânon grego.

Os protestantes adotaram o cânon farisaico.

Durante 15 séculos, a Igreja universal, tanto a latina como a grega, usou a bíblia grega.

Os escritores do século II só conheciam o antigo testamento pela recensão grega, dita dos setenta, e portanto, não distinguiam entre os livros que dizemos protocanônicos e os deuterocanônicos. Citam tanto estes como aqueles, com igual confiança, como sendo a palavra de Deus revelada.

O cânon protestante conta apenas 38 livros, faltando, como se pode verificar, os seguintes livros: 1 e 2 dos Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc. Faltam no livro de Ester uns 6 capítulos (10,4 - 16, 24) e no livro de Daniel falta a oração de Azarias, o cântico dos mancebos, o episódio de Susana e a história de Bel e do Dragão.

(Pe. Júlio Maria; Ataques Protestantes às Verdades Católicas, pp. 74 - 76)

(Estevão Bettencourt, O.S.B., Católicos perguntam, pp.22-24)


O Antigo Testamento é diferente porque os protestantes aceitam um concílio judaico ocorrido depois da ressurreição de Cristo e que, portanto, não tem validade para os cristãos.

Engraçado que os próprios protestantes aceitam o Novo Testamento escolhido pela Igreja Católica. Ora, se a Igreja Católica é tão ruim assim, por que não aceitam livros apócrifos?