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segunda-feira, 3 de junho de 2013

INQUISIÇÃO





O monoteísmo é a forma religiosa mais propensa à realização de guerras santas. Desde quando os judeus inventaram o Deus único, o ocidente nunca mais ficou livre da intolerância religiosa. Primeiro os romanos, depois os bárbaros do norte da Europa, em seguida os islamitas, os protestantes, os indígenas, os ateus, todos que não professavam a mesma fé no mesmo deus eram tidos por infiéis, hereges, que deveriam ser “salvos”, pela palavra ou pela força.

A partir do século IV da nossa era, começará o assassinato dos não-crentes pelos cristãos.



O piedoso imperador romano cristão Teodósio interdita progressivamente todos os cultos não cristãos. Pouco a pouco, os templos não-cristãos são fechados ao culto, as procissões “pagãs” são proibidas. Esta supressão da liberdade de religião em proveito exclusivo do cristianismo causa, por vezes, revoltas, como a de 408, em Calama, na Numídia. É nessa época que acontecem na Germânia as primeiras execuções de hereges, uma bela tradição que a Igreja desenvolverá com a Inquisição e a perpetuará até 1826.

No ano de 1231, a perseguição aos não-crentes foi institucionalizada, a Igreja Católica Apostólica Romana cria a Inquisição. Em 1251, o Papa Inocêncio IV autoriza enfim a inquisição a praticar a tortura. A obtenção das confissões de culpa é grandemente facilitada. A inquisição pode aplicar, com base em confissões arrancadas através de tortura, penas indo duma simples oração ou dum jejum até à confiscação dos bens e mesmo prisão perpétua. Mas ela não pode condenar à morte. Com a subtileza característica da Igreja católica, a inquisição podia “passar” um herege para a justiça comum, que o levará à morte na fogueira, com base na confissão obtida pela Igreja, mesmo com tortura. Essa subtilidade permitirá à Igreja afirmar que ela nunca matou ninguém...

Pio V, Papa. Este santo da Igreja católica vangloria-se publicamente diversas vezes de ter, durante a sua carreira de inquisidor, colocado fogo com suas próprias mãos em mais de 100 fogueiras de hereges que ele mesmo acusara, confundira e condenara.



                 O Santo Ofício, durante toda a sua história, queimou mais de um milhão de pessoas, essencialmente hereges, judeus e muçulmanos convertidos e também os “bruxos”. A última feiticeira foi queimada em 1788, no Cantão de Glaris, na Suíça. O último “herege” chegará à sua vez em 1826. o condenado é queimado vivo pela inquisição espanhola. Uma rica tradição cristã termina. Daí para frente, a Igreja recorrerá a meios mais sutis para matar, como proibir a assistência a mulheres que devem abortar, sabotando o planejamento familiar nos países pobres, proibindo os preservativos como modo de lutar contra a Aids-Sida, etc.

Você provavelmente pensa que a Inquisição foi uma perversão do “verdadeiro” espírito do cristianismo. Talvez tenha sido. O problema, porém, é que os ensinamentos da Bíblia são tão confusos e contraditórios que foi possível para os cristãos queimarem alegremente os heréticos na fogueira, durante cinco longos séculos. Inclusive foi possível para os mais venerados patriarcas da Igreja como santo Agostinho e São Tomás de Aquino, concluir que os heréticos deviam ser torturados (Santo Agostinho) ou mortos logo de uma vez (São Tomás de Aquino).
Martinho Lutero e João Calvino defendiam o assassinato em massa de heréticos, apóstatas, judeus e feiticeiras.

Se levarmos em conta a metade das afirmações supostamente declaradas por Jesus, podemos facilmente justificar as ações do Padre José Coutinho ou Hélder Câmara. Levando em conta a outra metade podemos justificar a Inquisição.

João 15:6 - Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.

Naturalmente, você é livre para interpretar a Bíblia de outra maneira – mas não é espantoso que você tenha conseguido discernir os verdadeiros ensinamentos do cristianismo, enquanto os mais influentes pensadores na história da religião cristã falharam nesse ponto?

A primeira vítima da inquisição em território americano foi queimada viva no México em 30 de novembro de 1539.

Em 1595 a cidade Real de “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”, hoje João Pessoa, recebe a visita do Santo Ofício. Dezesseis denúncias chegaram aos ouvidos dos inquisidores em Portugal.

A inquisição chegou ao Brasil no dia 20 de julho de 1624, com a assinatura da Carta Régia permitindo a introdução do Tribunal da Inquisição no nosso país.

A Igreja nunca se arrependeu dos atos da Inquisição e até garantiu a continuidade histórica da instituição até aos nossos dias, limitando-se apenas a mudar-lhe o nome: será necessário esperar que Pio X, em 1906, faça com que o “Santo Ofício da Inquisição” seja renomeado como “Santo Ofício”, e em 1965, para que seja rebatizado como “Congregação para a doutrina da fé”.

Enfim, em 1997, o papa abre os arquivos do Santo Ofício, e historiadores escolhidos a dedo são autorizados a fazer pesquisas. As estimativas do número total de vítimas da inquisição são então revistas para cima, havendo um consenso que roda hoje em torno de um milhão de pessoas executadas, ao qual é necessário acrescentar as inúmeras pessoas torturadas e com todos os seus bens apreendidos.








quarta-feira, 29 de maio de 2013

A PIEDADE CRISTÃ









 “Os homens nunca fazem o mal tão plenamente e com tanto entusiasmo como quando o fazem por convicção religiosa".






O conquistador espanhol Francisco Pizarro, invadiu e saqueou a cidade de Cuzco. A maioria dos edifícios incas foi arrasada pelos clérigos católicos com o duplo objetivo de destruir a civilização inca e construir com suas pedras e tijolos as novas igrejas cristãs e demais edifícios administrativos dos dominadores, desta forma impondo sua pretensa superioridade cristã européia.

16 de novembro de 1532

Cajamarca, Peru.

“O governador Francisco Pizarro enviou então frei Vicente de Valverde para falar com Ataualpa e pedir que, em nome de Deus e do rei de Espanha, ele se submetesse a lei de nosso Senhor Jesus Cristo e ao serviço de Sua Majestade.

Avançando com a cruz em uma das mãos e a Bíblia na outra, por entre as tropas indígenas, até o local onde estava Ataualpa, o frei então falou:

‘Sou um sacerdote de Deus e ensino aos cristãos as coisas de Deus e, da mesma forma, venho para ensinar a vocês. O que ensino é o que Deus nos diz neste livro. Portanto, da parte de Deus e dos cristãos, eu lhe imploro que seja seu amigo, porque este é o desejo de Deus, e para o seu bem”.

Ataualpa pediu o livro, que queria ver, e o frei o entregou fechado. Ataualpa não sabia como abri-lo e o frei estava estendendo a mão para fazê-lo quando Ataualpa, com muita raiva, deu-lhe um golpe no braço, sem querer que fosse aberto. Então ele mesmo abriu o livro e, sem qualquer demonstração de surpresa com as letras ou o papel, atirou-o a uma distância de uns cinco ou seis passos, com o rosto extremamente vermelho.

O frei devolveu-o a Pizarro, gritando: Saiam! Saiam, cristãos! Invistam contra esses cães inimigos que rejeitam as coisas de Deus. O tirano jogou no chão meu livro com a sagrada lei! Vocês não viram o que aconteceu? Por que continuar polidos e servis diante desse cachorro super orgulhoso enquanto as planícies estão cheias de índios?

Marchem contra ele, porque eu os absolvo.

O governador então fez sinal para Candia, que começou a atirar. Ao mesmo tempo, as cornetas soaram e as tropas espanholas, tanto a cavalaria quanto a infantaria, deixaram seus esconderijos, avançando diretamente sobre a massa de índios desarmados que lotava a praça, dando o grito de guerra espanhol: ‘Santiago!’ Nós havíamos colocado matracas nos cavalos para aterrorizar os índios. Os estampidos das armas, o som das cornetas e as matracas nos cavalos deixaram os índios em verdadeiro pânico.

Os cristãos espanhóis caíram em cima deles, cortando-os em pedaços. Os índios ficaram com tanto medo que subiram uns nos outros, amontoados e sufocados. Como estavam desarmados, foram atacados sem risco para qualquer cristão. A cavalaria passou por cima deles, matando, ferindo e perseguindo-os. A infantaria fez um ataque tão certeiro contra aqueles que ainda estavam em pé que em pouco tempo a maioria foi submetida à espada.



Viemos para conquistar esta terra sob suas ordens, para que todos tomem conhecimento de Deus e de sua sagrada fé católica. Devido à nossa missão, Deus, o criador do céu e da terra e de todas as coisas nele existentes, nos autoriza a fazer isso para que vocês possam conhecê-Lo e deixar essa vida bestial e diabólica que levam. Disse o governador cristão Francisco Pizarro. 

7 mil índios mortos em apenas 2 horas.

Fonte: Livro Armas, Germes e Aço, p. 69-73



sexta-feira, 24 de maio de 2013

INQUISIÇÃO PROTESTANTE

"A Religião persegue, tortura e queima quem discorda dela. A Ciência e a Filosofia nunca mataram ninguém, apenas buscam descobrir as leis da natureza." (Robert G. Ingersoll) 


Quando falamos em inquisição, a primeira visão que nós temos é de  instrumentos feitos pela Igreja Católica Apostólica ROMANA para torturar hereges, ateus, bruxas, pagãos, protestantes, judeus, muçulmanos ou quem quer que seja que venha por em dúvida a fé cristã e os ensinamentos dotado de força coercitiva pela classe sacerdotal, com a finalidade de obter pelo tormento infligido, a confissão necessária e suficiente para levar alguém a ser queimado vivo pelo Tribunal do Santo Ofício.

Já vi e ouvi pastores evangélicos e protestantes culparem a Igreja Católica Apostólica ROMANA pelo terror que era a inquisição e esquecem que viveram 1500 anos sob o mesmo comando.

A pergunta que se segue é: - Quem são as pessoas que  torturavam e queimavam os dissidentes religiosos e perseguiam os mais sábios e onde estão hoje?

Nas igrejas – Respondo sem medo de errar.

Todos aqueles que durante três longos séculos queimaram vivos nas fogueiras seus opositores religiosos com base na Bíblia, que para eles é a palavra de Deus, estão nas Igrejas, Em todas elas, independente da placa que ostentam nos frontispícios de seus templos.

Vejamos alguns relatos históricos a respeito da Inquisição promovida pelos protestantes.

A Inglaterra foi "convertida" na marra porque o rei Henrique VIII queria se divorciar de Ana Bolena. Como a Igreja não consentiu, ele fundou a "sua" igreja obrigando o parlamento a aprovar o "ato de supremacia do rei sobre os assuntos religiosos". Padres e bispos foram presos e decapitados, igrejas e mosteiros arrasados, católicos aos milhares foram mortos. Qualquer aproveitador era alçado ao posto de bispo ou pastor. Tribunais religiosos (inquisições) foram montados em todo o país. (A História da Inglaterra. Leipzig, tomo I, página 54 ).

Os camponeses da Irlanda pegaram em armas para defender o catolicismo. Foram trucidados impiedosamente pelos exércitos de Cromwell. Ao fim da guerra, as melhores terras irlandesas foram entregues aos ingleses protestantes e os católicos forçados à migrar para o sul do continente. Cerca de 1.000.000 de pessoas morreram de fome no primeiro ano do forçado exílio. Esta guerra criou uma rivalidade entre ingleses protestantes e irlandeses católicos.


Escócia: O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir à igreja "calvinista presbiteriana". Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profissão. Quem era encontrado celebrando missa era condenado à morte. Católicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e mosteiros arrasados, livros católicos queimados. Tribunais religiosos (inquisições) foram criados para condenar os católicos clandestinos. ( Westminster Review, Tomo LIV, p. 453 )

Dinamarca: O protestantismo foi introduzido por obra e graça de Cristiano II, por suas crueldades apelidado de " o Nero do Norte". Encarcerou bispos, confiscou bens, expulsou religiosos e proclamou-se chefe absoluto da Igreja Evangélica Dinamarquesa. Em 1569 publicou os 25 artigos que todos os cidadãos e estrangeiros eram obrigados a assinar aderindo à doutrina luterana. Ainda em 1789 se decretava pena de morte ao sacerdote católico que ousasse por os pés em solo dinamarquês. ( Origem e Progresso da Reforma, página 204, Editora Agir, 1923, em IRC )

Suíça: O Senado coagido pelo rei aprovou a proibição do catolicismo e proclamou o protestantismo religião oficial. A mesma maldade e vileza ocorreram. Os mártires foram inumeráveis. ( J. B. Galiffe. Notices génealogiques, etc., tomo III. Página 403 )


ROMA em 6 de maio de 1527  cerca de quarenta mil homens espalharam na Cidade Eterna o terror, a violência e a morte. Eram seis mil espanhóis, quatorze mil italianos e vinte mil alemães, quase todos fanáticos luteranos. Gritavam: ”Viva Lutero, nosso papa!” Ávidos, incansáveis na busca das riquezas, os invasores assaltaram, estupraram, saquearam, incendiaram, trucidaram, jogaram crianças pelas janelas e as esmagaram contra as paredes. Grande parte da população foi dizimada. Conforme disse o historiador Maurice Andrieux, esse ataque a Roma “superou em atrocidade todas as tragédias da História, até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla". Um banho de sangue correu pelas ruas da cidade, e por todo o lado se viam pilhagens, violações e torturas contra a população. 

Holanda: Aqui foram as câmaras dos Estados Gerais a proibir o catolicismo. Com afã miserável tomaram posse dos bens da Igreja. Martirizaram inúmeros sacerdotes, religiosos e leigos. Fecharam igrejas e mosteiros. A fama e a marca destes fanáticos protestantes chegou até ao Brasil.

Em 1645 nos municípios de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante ambos no atual Rio Grande do Norte cerca de 100 católicos foram mortos entre dois padres, mulheres, velhos e crianças simplesmente porque não queriam se "batizar" na religião dos invasores holandeses. Foram beatificados como mártires este ano.

Em 1570 foram enviados para o Brasil para evangelizar os índios o Pe Inácio de Azevedo e mais 40 jesuítas. Vinham a bordo da nau "S. Tiago" quando em alto mar os interceptou o "piedoso" calvinista Jacques Sourie. Como prova de seu "EVANGÉLICO" zelo mandou degolar friamente todos os padres e demais cristãos católicos mandando jogar os corpos aos tubarões (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pg 224, 1978.

Alemanha: Na época era dividida em Principados. Como havia muito conflito entre eles, chegaram ao acordo que cada Príncipe escolhesse para os seus súditos a religião que mais lhe conviesse. Princípio administrativo do "cujus regio illius religio". Os príncipes não se fizeram rogar. Além da administração mundana, passaram também a formular e inventar doutrinas. A opressão sangrenta ao catolicismo pela força armada foi a conseqüência de semelhante princípio. Cada vez que se trocava um soberano o povo era avisado que também se trocavam as "doutrinas evangélicas" (Confessio Helvetica posterior ( 1562 ) artigo XXX ).

Relata o famoso historiador Pfanneri: "uma cidade do Palatinado desde a Reforma, já tinha mudado 10 vezes de religião, conforme seus governantes eram calvinistas ou luteranos" ( Pfanneri. Hist. Pacis Westph. Tomo I e seguintes, 42 apud Doellinger Kirche und Kirchen, p. 55)

Estados Unidos: Para a jovem terra recém descoberta fugiram os puritanos e outros protestantes que negavam a autoridade do rei da Inglaterra ou da Igreja Episcopal Anglicana. Fugiram para não serem mortos. Ao chegarem na América repetiram com os indígenas a carnificina que condenavam. O "escalpe" do índio era premiado pelo poder público com preços que variavam conforme fossem de homem maduro, velho, mulher, criança ou recém-nascido. Os "pastores" puritanos negavam que os peles vermelhas tivessem alma e consideravam um grande bem o extermínio da nobre raça.

Em Resumo: em nenhum país cuja maioria hoje é protestante foi convertida com a bíblia na mão. Foram "convertidos" a fogo e ferro, graças à ambição dos reis e príncipes. Exceção é feita no presente século onde a tática mudou. Agora o que ocorre é uma invasão maciça de seitas de todos os matizes, cores e sabores financiados pelos EUA. Pregam um cristianismo fácil, recheado de promessas de sucessos financeiros instantâneos ou quando não, promovem como saltimbancos irresponsáveis shows de exorcismos e curas às talagadas.



Lutero, fundador do protestantismo: Em 1525 escreve aos nobres:

"Matai quantos camponeses podeis: persiga, pegue, degole quem puder. Feliz se morreres neste intento; morrereis em obediência à Palavra divina". Mais de cem mil camponeses pereceram.

Na Saxônia protestante, a blasfêmia tinha pena de morte. Calvino mandou queimar Servet (médico católico que descobriu a circulação do sangue, e a quem eliminaram por "contradizer" à Bíblia com este descobrimento) e outros muitos.

Em 1560 o Parlamento escocês decretou pena de morte contra todos os católicos.

Aqui vão alguns artículos do código inglês para Irlanda:

"O Católico que ensina a outro católico o protestante será enforcado".

"Se um católico adquire terras, todo protestante tem o direito de despojá-lo".

"Desterro perpétuo a todo sacerdote católico; aqueles que o enganarem, sejam primeiro enforcados vivos e logo esquartejados".

As comunidades calvinistas de Paris, Orleans, Ruan, Leon, Angee em sínodo geral em 1559, decretam pena de morte aos hereges.

Na Alemanha foram queimadas mais de 100.000 bruxas. Até meninos de sete anos e anciãos moribundos. Um juiz somente, queimou em 16 anos, a 800 bruxas (uma média de 50 pessoas ao ano).

Isso sem contar o massacre de Passy, as atrocidades que eles cometeram na Inglaterra, nos Reinados de Henrique VIII e de Isabel, a Rainha "Virgem" com 11 amantes, no tempo de Comwell, etc. Mesmo na Revolução Francesa, os protestantes apoiaram as leis contra a Igreja Católica, que acabaram por levar centenas de milhares de católicos a morte na guilhotina, por fuzilamento e outros meios terríveis.

Um fator marcante na época da Inquisição Protestante foi a revolta dos cavalheiros (1522 ? 1523) que tinham aprovação de alguns Reformadores onde todos os elementos se uniram para por em prática as idéias de Lutero exigindo a ruptura com a Cúria Romana. Estes cavaleiros foram os primeiros a pegar em armas em 1522 a fim de acabar com os príncipes Eclesiásticos na Alemanha.

A crueldade foi especialmente severa na Alemanha protestante. As posições de Lutero, contra os anabatistas, causaram a morte de pelo menos 30.000 camponeses.

Calvino, pai dos presbiterianos, mandou queimar o espanhol Miguel Servet Grizar


Miguel Servet  foi um teólogo, médico e filósofo aragonês,  humanista, interessando-se por assuntos como astronomia, geografia, jurisprudência, matemática, anatomia, estudos bíblicos e medicina.

Servet foi o primeiro europeu a descrever a circulação pulmonar. Ele participou da Reforma Protestante e, posteriormente, desenvolveu uma cristologia não-trinitariana. Condenado por católicos e protestantes ele foi preso em Genebra e queimado na fogueira como um herege por ordem do Conselho de Genebra, presidido por João Calvino.  (The History and Character of Calvinism, p. 176. John T. McNeill, New York: Oxford University Press, 1954. ISBN 0-19-500743-3.)

Em seu julgamento pelo Conselho de Genebra presidido por Calvino, segundo a maioria dos historiadores, Servet foi condenado pela difusão e pregação do Antitrinitarismo e por ser contra o batismo infantil.

O procurador (procurador-chefe público), acrescentou algumas acusações como "se ele não sabia que sua doutrina era perniciosa, considerando que ela favorece os judeus e os turcos, por inventar desculpas para eles, e se ele não estudou o Alcorão, a fim de desmentir e rebater as doutrina e a religião das igrejas cristãs(...)".

Calvino acreditava que Servet mereceu ser morto por causa do que ele denominou como "blasfêmias execráveis."

Calvino consultou outros reformadores sobre a questão de Servet, como os sucessores imediatos de Martinho Lutero,  bem como reformadores de locais como Zurique, Berna, Basel e Schaffhausen, todos concordaram universalmente com sua execução. (Schaff, Philip: History of the Christian Church, Vol. VIII: Modern Christianity: The Swiss Reformation, William B. Eerdmans Pub. Co., Grand Rapids, Michigan, USA, 1910, página 780.)

  Em 24 de outubro Servet foi condenado à morte na fogueira por negar a Trindade e o batismo infantil. Calvino sugeriu que Servet fosse executado por decapitação, em vez de fogo, mais seu pedido não foi atendido. Em 27 de outubro de 1553 a pena foi aplicada nos arredores de Genebra com o que se acreditava ser a última cópia de seu livro acorrentado a perna de Servet.

Após o ocorrido Calvino escreveu:


Quem sustenta que é errado punir hereges e blasfemadores, pois nos tornamos cúmplices de seus crimes (…). Não se trata aqui da autoridade do homem, é Deus que fala (…). Portanto se Ele exigir de nós algo de tão extrema gravidade, para que mostremos que lhe pagamos a honra devida, estabelecendo o seu serviço acima de toda consideração humana, que não poupamos parentes, nem de qualquer sangue, e esquecemos toda a humanidade, quando o assunto é o combate pela Sua glória. (The History & Character of Calvinism, p. 176.)


Calvino teve um papel muito ativo na prisão e depois na condenação à morte de Michel Servet. Primeiro ele troca correspondência com ele e depois que o médico, fugindo da inquisição, chega a Genebra, manda-o prender. Calvino havia dito a seu amigo, o reformador Farel, que se Servet entrasse em Genebra, de lá não sairia vivo. 

O luterano Benedict Carpzov, foi legista brilhante e figura esclarecida, até hoje ocupando lugar destacado na história do Direito Penal. Mas perdia a compostura contra a bruxaria, que considerava merecedora de torturas três vezes intensificadas com respeito a outros crimes, e cinco vezes punível com pena de morte. Protestante fanático, afirmava, quando velho, ter lido a Bíblia inteira 53 vezes. Assinou sentença de morte contra 20.000 bruxas, apoiando-se principalmente na "Lei" do Antigo Testamento. Não compreendendo o verdadeiro significado da Bíblia, considerava o Pentateuco como lei promulgada pelo próprio Deus, Supremo Legislador. Carpzov, para condenar a morte, usava (Lv 19,31; 20,6.27; Dt 12,1-5), citava de preferência o Êxodo (22,18); "Não deixarás viver a feiticeira".

Outro famoso perseguidor de bruxas na Alemanha, foi Nicholas Romy, considerado grande especialista e que escreveu um longo tratado sobre bruxaria, teve sobre sua consciência a morte de 900 pessoas.

Em Bamberga, sob a administração de um bispo protestante, queimou-se 600 pessoas. Na Genebra protestante, foram queimadas 500 pessoas no ano 1515.




Credo dos Cavaleiros da Ku Klux Klan do Texas
Grupo fundado por “revelação divina” transmitida ao cristão protestante da Assembléia de Deus, Joseph Simmons.


"Nós, a Ku Klux Klan, reverentemente reconhecemos a majestade e supremacia de Jesus Cristo e reconhecemos sua bondade e divina providência. Erguemos nossos rostos para Deus nosso pai, reconhecendo que este país foi fundado como uma nação Branca sob seus propósitos tais como revelados na Sagrada Escritura."






A história registra que cristãos não mataram apenas Judeus e Muçulmanos, mas todos aqueles que não compartilhavam a sua fé, muitas mortes são registradas entre os próprios cristão.

Católicos mataram Luteranos, Luteranos mataram Anabatistas, Católicos e Calvinistas, Calvinistas mataram Católicos, Luteranos e Puritanos, estes quase foram dizimados na Inglaterra pelos cristãos seguidores da Igreja Anglicana, fundada pelo rei Henrique VIII e correram para os Estados Unidos, onde de perseguidos passaram a perseguidores e mataram mais de 3 milhões de índios incluindo crianças.

Em Salem, cerca de 150 pessoas foram presas e 20 mulheres foram condenadas a fogueira sob a acusação de bruxaria. Ainda em Salém, um dos homens, Giles Corey, morreu de acordo com o bárbaro costume medieval de ser comprimido por rochas em uma tábua sobre seu corpo até morrer, levando ao total 3 dias. O pastor puritano Cotton Mather foi o responsável pelas execuções.

Você pode dizer que isso é coisa do passado, mas não é. Na Irlanda, pais do Primeiro Mundo, vez por outra o noticiário enfoca mortes entre cristãos de denominação diferente em pleno século XXI, se as mortes não se sucederam com o furor de antigamente, é porque hoje os cristão não contam com o apoio do Estado.

Toda essa carnificina, todo sangue derramado, toda intolerância, os cristãos foram buscar suporte na BÍBLIA. Este livro causou mais ódio e perseguição que qualquer outro livro; mais sofrimento que qualquer doença. Sabemos que a Bíblia sempre foi a maior inimiga do progresso humano, da ciência, da cultura e do aprendizado; maior inimigo da moralidade, liberdade, e da justiça do mundo.    


O Papa João Paulo II, no ano 2000, pediu ao mundo desculpas pelos erros praticados pela Igreja Católica Apostólica ROMANA, Esse pedido é apenas o reconhecimento de uma culpa, de um erro praticado pelos Papas e demais dirigentes da Igreja Católica por 300 anos, de crimes, terror e repressão, não trás a reparação do dano causado as suas vítimas e famílias daqueles que foram queimados vivos nas fogueiras do Santo Ofício, mas faz cair por terra o discurso da infalibilidade papal.

Mas, qual o seguimento protestante que encabeçará uma desculpa ao mundo pelas atrocidades cometidas em nome do seu Deus Jesus?


Em ambos os casos, o que se vê é o ódio mortal aos que não comungam com a mesma fé e o esquecimento por completo da “regra de ouro” supostamente dita por Jesus – "Amai-vos uns aos outros".


Fontes
 VEIT, Valentim, História Universal, Livraria Martins Editoras, SP, 1961, Tomo II, pp. 248-249.


Benedict Carpzov, Practica Nova Rerum Criminalium Imperialis Saxonica in Três Partes Divisão, Wittenberg, 1635.

Nichólas Romy, Daemonolatriae Libri Tres, Lião, 1595; Colônia, 1596; Frankfurt, 1597.

Johan Christopher Froehlich von Froehlichsberg, De sorcelleria, Innsbruck, 1696; tradução: Animismes, Paris, Orent, 1964, pp. 62ss.

Cf.. Jacques Finné, Erotismo et sorcellerie, Verviers (Bélgica), Gerard, 1972; tradução de Charles Marie Antoine Bouéry, Erotismo e feitiçaria, São Paulo, Mundo Musical, 1973, p. 41.

W. Bommbeg, The mind of man: the history of man’s conquest of mental illness, 2ª ed., Nova Yorque, Harpel, 1959; tradução: La mente del hombre, Buenos Ayres, 1940.