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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ESTUDOS BÍBLICOS - ACREDITEM PRIMEIRAMENTE EM MOISÉS

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Esta é a história bíblia, escrita por Deus, segundo alguns religiosos fundamentalistas, ou ainda inspirada por Deus, ou conforme os judeus, escrita por Moisés sob inspiração divina, que conta de forma clara e cristalina, o surgimento de um Deus, até então desconhecido e desacreditado de todos.

 Para nós tudo não passam de mitos escritos por homens tribais, para punir e controlar o povo hebreu.

 Em síntese, trata esta página sobre a maldade divina sobre o povo egípcio, onde o Deus de Moisés (Eu Sou) atuou de forma decisiva sobre toda a população egípcia, causando-lhe dor e sofrimento angustiante.





Prefácio - Coma fazer o mal culpando vítimas inocentes

Impossível iniciar o estudo da Bíblia sem primeiro falar de Moisés, o líder religioso dos hebreus, legislador e o profeta mais importante do judaísmo e cristianismo. No islamismo, um grau abaixo do profeta Mohammad. A tradição judaica atribui a Moisés a autoria dos primeiros cinco livros da Bíblia. Neste sentido Moisés teria escrito a criação de todo universo, a criação da humanidade, o pecado de Eva induzido por uma cobra que falava e andava de pé, a destruição de Sodoma e Gomorra, o dilúvio, a Torre de Babel, todas as leis contidas nos livros Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, com exceção dos Dez Mandamentos, que teria recebido diretamente do próprio Deus Javé, no Monte Sinai. (1)

É de autoria de Moisés, segundo ainda a tradição, sem contudo existir a confirmação dos fatos, as biografias de Abraão, Isaque e Jacó, a existência de gigantes sobre a terra com 3,84 m de altura a exemplo de Golias com 3,20 m de altura, a tentativa de estupro sofrida pelos dois anjos do Senhor enviados a casa de Ló, a relação incestuosa das filhas de Ló, mediante fraude, o casamento incestuoso de Abraão com sua irmã Sara,  a divisão da humanidade em filhos do homens e filhos de Deus, a fornicação dos filhos de Deus com as filhas dos homens, o dilúvio que causou a morte de milhares de inocentes, a embriagues de Noé e sua ressaca, inclusive a história de que o Deus Javé se apresentou a ele, Moisés, quando apascentava as ovelhas do seu sogro Jetro.

Quem foi Moisés?

Sustenta Otto Rank sobre o patriarca Moisés, que referida lenda bíblica foi copiada do relato fantasioso de Sargão,(2) rei de Akkad. Joseph Campbell também fez a mesma comparação. Christopher Hitchens (3) afirma que Moisés é uma figura mítica que foi inventada muitos séculos após a sua suposta morte.


Mas vamos aos textos bíblicos:

Moisés era um dentre três filhos de um casamento incestuoso entre Anrão e Jaquebede. (Sobrinho e Tia). Conta-se que o faraó Tutmosis determinou a morte de todos os meninos nascidos do povo hebreu, mas como ocorreu com Sargão, foi posto em um cesto calafetado com betume e posto em um rio. No caso de Sargão, Eufrates, no caso de Moisés, Nilo, tendo ambos sido salvo das águas e adotados como filhos. Os dois, cada um em seu tempo, foram considerados o salvador do seu povo.

Partindo do pressuposto que Moisés tenha existido:

Moisés esse príncipe adotivo, filho de Acepchut ou Hatshepsut, neto de Tutmosis teve educação de príncipe no Egito e isso deu-lhe acesso aos estudos e a grandiosa biblioteca dos faraós, onde ele aprendeu e assimilou toda a informação para escrever parte do Pentateuco. Alguns historiadores acreditam que o período que Moisés passou entre os Egípcios serviu para que ele aprendesse o conceito do "monoteísmo", criado pelo Faraó Aquenáton (1352-1338 a.C.), o faraó revolucionário que reinou antes do tempo de Moisés, levando tal conceito ao povo hebreu.

Confessa Moisés, - já que foi ele que supostamente escreveu o livro Êxodo -, que aos 40 anos tomou a defesa de um escravo hebreu, e matou o feitor egípcio que aplicava uma severa correção. Pensando não haver testemunha do homicídio, ocultou o cadáver da vítima na areia do deserto para escapar da punição coercitiva do estado, sem lograr êxito. O serviço de inteligência egípcio descobriu o homicídio e sua autoria, tendo o sucessor do seu avô adotivo Tutmosis III determinado sua captura vivo ou morto.




Fugindo da ira do faraó Tutmosis III, que havia lhe negado a proteção real quando da prática do crime cometido, Moisés homiziou-se em Midiã, onde conheceu sua primeira esposa Zípora com quem teve dois filhos, Gérson e Eliézer.


Portanto, escreveu Moisés no Livro Êxodo, Capítulo III que estando ele foragido da justiça egípcia, homiziado na terra de Midiã e apascentado as ovelhas do seu sogro Jetro, que era um sacerdote egípcio, viu coisas estranhas acontecendo, de repente um pé de sarça entrou em uma combustão espontânea, mas o fogo não lhe consumia.




Foi neste cenário, segundo Moisés, que Deus se apresentou a ele, dizendo tratar-se do mesmo Deus de seus antepassados. O diálogo registrado por Moisés entre ele e Deus sugere que Moisés não conhecia este Deus que se apresentava como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Diz Moisés no livro de sua suposta autoria, que ainda pasmo com o acontecimento incomum, ouviu uma voz lhe chamando, que tentou ver quem estava a lhe chamar, mas foi impedido pelo medo de ver o rosto da voz que o chamava pelo nome.

Cumprido os atos formais e solene da apresentação, falou Deus a Moisés que estava com pena de presenciar por mais de 300 (trezentos) anos seu povo escravizado no Egito e que teria chegado a hora de ter piedade dos hebreus. Para tanto, escolheu Moisés para intermediar com o faraó, o fim da escravidão e a saída dos hebreus para uma terra prometida pelo Senhor  Deus, a quem Moisés acabara de conhecer.

A princípio Moisés recusa-se a obedecer alegando que não tinha argumentos capazes para convencer o faraó de libertar sua gente da escravidão.

Neste mesmo local onde se desenrolaram os fatos misteriosos, Javé capacitou seu escolhido para liderar uma revolta dos hebreus escravizados.

Segundo Moisés, Javé não aceitou sua recusa, por mais que justificasse a sua incapacidade, mas Javé lhe deu forças alegando que estaria sempre invisível a seu lado prestando todo o seu apoio e assessoria necessária para tirar o povo hebreu do Egito.


Então disse Moisés a Javé: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?


E disse Javé a Moisés:
EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.

Em uma época em que o mundo conhecia vários Deuses e todos eles com nome, um Deus que se apresentou com o nome de EU SOU deve ter causado espanto e desconfiança em Moisés, que fora criado na religião politeísta onde seu avô adotivo era encarado como um sobre-humano, verdadeiro Deus a reinar sobre os homens.

Com justo receio, Moisés recusou-se a aceitar o encargo divino da mesma forma como fez tempos mais tarde o profeta Mohammad com o Arcanjo Gabriel, aquele da revelação do Corão.

O  Deus que se apresentou a Moisés quando apascentava as ovelhas do seu sogro Jetro, até então desconhecido do próprio Moisés e do povo hebreu, tal como descreve no livro Êxodo capítulo III precisava ser testado e conhecido pelo povo hebreu.

Para poder se impor perante os povos hebreus e egípcios, o Deus desconhecido dos hebreus convenceu Moisés, de que ele seria capacitado e aprenderia a fazer "maravilhas" com seu cajado, por exemplo, transformando ele em cobra e voltando a ser cajado novamente se pego pelo rabo da cobra que o tinha transformado. (Êxodo 4:3 e 4)


Nos conta Moisés (segundo a tradição judaica) que mesmo sem preencher as condições necessárias para ser um líder tribal, Javé o capacitou com um grande dom extraordinário para o exercício de liderança do povo hebreu, emprestando-lhe inclusive sua fala nos debates acalorados com a nobreza egípcia. (Êxodo 4:12 a 15)


Nos relata Moisés, (acreditem nele) que Javé teria dito as palavras que ele, Moisés, teria que dizer diante do Faraó:

"O Senhor Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração.

Vai, e ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O Senhor Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, me apareceu, dizendo: Certamente vos tenho visitado e visto o que vos é feito no Egito.



E ouvirão a tua voz; e irás, tu com os anciãos de Israel, ao rei do Egito, e dir-lhe-eis: O Senhor Deus dos hebreus nos encontrou. Agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos ao Senhor nosso Deus."


Tendo Moisés assimilado tudo o que poderia fazer com o cajado divino, partiu Moisés com suas maléficas intenções, disposto a torturar o povo egípcio levando consigo sua mulher e filhos montados em um jumento. (Êxodo 4:21)

Para os povos politeístas, um deus a mais ou a menos no seu panteão mitológico não faz diferença. Mas era do propósito de Deus fazer toda a diferença, era necessário cegar o faraó e o tornar insensível para que os prodígios de Deus se multiplicassem na terra do Egito, o Deus que se apresentou a Moisés teria que ser notado tanto pelos egípcios, como pelos hebreus, para tanto, Deus "endureceu o coração" do faraó tornando-o  incapaz de perceber ou sensibilizar-se com as pragas que assolaram o Egito, enquanto as "maravilhas" eram feitas sob o comando de Deus com o cajado de Moisés.

Assim, as dez pragas promovida pelos prodígios do próprio Javé através do seu servo Moisés para atormentar o povo egípcio só surtiu efeito, quando morreu o primogênito do faraó - A décima praga. Até então nada havia amedrontado a população egípcia, parecia que Javé havia endurecido o coração de todos os egípcios e não apenas do faraó.


Foi o poder de Deus exercido sobre os governantes do Egito, e não a influência ou maldade humana possuída por Moisés e Arão, o que operou os "prodígios" que exibiram perante Faraó. 

Com isso, Javé usando seu servo Moisés como interlocutor, conseguiu, depois de "endurecer o coração" do faraó, levar seu povo para a Terra Prometida, segundo ainda Moisés, falando pela boca de Javé, uma terra que mana leite e mel.



"Portanto eu disse: Far-vos-ei subir da aflição do Egito à terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu, a uma terra que mana leite e mel." (Êxodo 3:17)


Moisés não nos explica por que sendo Javé onipotente, onisciente e onipresente, deixou seu povo penar por 300 anos como escravos no Egito, mas nos deixa uma pista, Deus não protegeu seu povo por pura omissão, então segundo Moisés - não foi Deus que fez a boca do homem, quem fez o mudo e o surdo (sic) , o que vê e o que é cego, (4) Também não explicou por que Deus não usou de seus superpoderes para libertar seu povo da escravidão do Egito sem violência e derramamento de sangue. Muito pelo contrário, foi o próprio Javé que "endureceu o coração do faraó" (5) e assim propiciou a criação de um clima de discórdia favorecendo a utilização da violência pelo próprio Javé, com o propósito de mostrar o quanto o Criador do Universo era poderoso e superior a todos os Deuses conhecidos.

Agindo como agiu, Javé, o Deus de Moisés, castigou mais uma vez pessoas inocentes, animais e insetos tão somente para mostrar para o povo hebreu que era o maior entre os Deuses de todas as épocas. 


Vejamos os "Prodígios":

1 - Transformou as águas em sangue, matando todos os peixes
2 - Provocou um imenso ataque de rãs
3 - Causou danos a população humana e animal do Egito com piolhos
4 - Infestou o Egito de moscas
5 - Matou animais indefesos
6 - Provocou uma peste de tumores na população humana e animal
7 - Devastou as plantações com granizo 
8 - Nuvens de gafanhotos devastam plantações
9 - Provocou um eclipse parcial do sol por vários dias
10 - Matou todos os primogênitos da raça humana e animal

É de bom alvitre repetir que tudo isso aconteceu porque o Deus de Moisés assim o quis, endurecendo o coração do Faraó, condição sem a qual não teria infligido tamanho sofrimento a pessoas inocentes, inclusive animais.


Repito, foi a mão de Deus, e não a influência ou conjunto mental consciente do poder humano possuídos por Moisés e Arão, o que operou os "prodígios" que exibiram perante Faraó. 

No âmbito religioso, a Bíblia diz que as pragas serviram para sub-julgar deuses egípcios específicos:

As águas do Rio Nilo tingem-se de sangue: Humilhação ao deus-Nilo, Hápi. A morte dos peixes foi também um golpe contra a religião egípcia, pois certas espécies de peixes eram veneradas (Êx 7:19-21).

Rãs cobrem a terra: Humilhação a deusa-rã, Heqt. A rã é o símbolo da fertilidade e da ressurreição no conceito egípcio (Êx 8:5-14).

Piolhos atormentam homens e animais: Humilhação ao deus Tot. Referente a invenção da magia ou das artes secretas. A praga resultou em os sacerdotes-magos reconhecerem a derrota, quando se viram incapazes de transformar o pó em borrachudos, por meio da magia (Êx 8:16-19).

Moscas atacam homens e animais: Humilhação ao deus Ptah, criador do universo, novamente Tot, senhor da magia (Êx 8:23,24).

A morte dos animais: Humilhação à vários deuses, tais como: Seráfis (Ápis) – deus sagrado de Mênfis do gado, a deusa-vaca, Hator e a deusa-céu, Nut, imaginada como uma vaca, com as estrelas afixadas na sua barriga (Êx. 9:4 e 7).

Pústulas cobrem homens e animais: Humilhação a deusa-rainha do céu do Egito, Neite (Êx. 9:11).

Chuva de granizo destrói plantações: Humilhação aos deuses que controlam os elementos naturais; tais como: deus da água, Íris e deus de fogo, Osiris (Êx. 9:13-35).

Nuvem de gafanhotos ataca plantações: Humilhação aos deuses responsáveis pela abundante colheita. O deus do ar, Xu e deus-inseto, Sebeque (Êx 10:12-15).

Escuridão encobre o Sol por três dias: Humilhação ao deus principal do Egito, Rá, o deus-sol que foi escondido por trevas (Êx. 10:23).


Os primogênitos de homens e animais morrem: Resultou na maior humilhação para os deuses egípcios, os governantes do Egito - que chamavam a si mesmos de deuses, filhos de Rá ou Amom-Rá (Êx 12:12).

Como se não bastasse, o Deus de Moisés mandou que os hebreus despojassem os egípcios.




João Ferreira de Almeida Atualizada

E o Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, de modo que estes lhe davam o que pedia; e despojaram aos egípcios. (Êxodo 12:36)
  

Êxodo 12 - Contexto


35 Os filhos de Israel fizeram como Moisés havia dito, e pediram aos egípcios objetos de prata, objetos de ouro e roupas. 36 Yahweh fez que seu povo encontrasse graça aos olhos dos egípcios, de maneira que estes lhes davam o que pediam; e despojaram os egípcios. 37 Os israelitas partiram de Ramessés até Sucote. Havia cerca de seiscentos mil homens a pé, além de mulheres e crianças.…

Os pastores, padres e bispos sempre nos apresentam Deus como um ser amoroso e misericordioso, entretanto não parece nada disso depois da leitura do Livro Êxodo, quando lemos que Deus poderia ter encontrado uma solução pacífica sem impor ao povo egípcio um castigo ou uma situação desagradável e dolorosa, o que deixa transparecer um ato de soberba, nada de bondoso.






(1) Segundo os judeus, os legítimos senhores autores da bíblia hebraica, tradutores autênticos do Velho Testamento, ao contrário do que se ensinam hoje nas escolas de doutrinação cristã, a bíblia não é a palavra de Deus, mas contém a palavra de Deus. E dão como exemplo os Dez Mandamentos que foram escritos com o dedo de Deus.



(2) A História de Sargão

(3)Em entrevista Christopher Hitchens comentou que os estudiosos da Bíblia sugerem pelo menos quatro autores que se contradizem e às vezes se sintetizam. Ninguém, além dos judeus fanáticos, acredita que Moisés foi o autor do Torá ou que Deus a ditou para ele, o que, nesse caso, ele seria autor de segunda mão. Maomé, que também teria escrito o livro de Deus – ditado pelo arcanjo Gabriel – não é um figura tão mítica, tão lendária. Provavelmente ele tenha existido. É bem possível que tenha existido.


(4) - E disse-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor? Êxodo 4:11

O profeta Isaías corrobora com essa afirmação de Moisés:
Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas. Isaías 45:7



(5) - Êxodo 4:21- E disse o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo.

Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó, e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas.Êxodo 7:3

Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha falado. Êxodo 7:13

Então disse o Senhor a Moisés: O coração de Faraó está endurecido, recusa deixar ir o povo. Êxodo 7:14

Porém os magos do Egito também fizeram o mesmo com os seus encantamentos; de modo que o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito.Êxodo 7:22

Vendo, pois, Faraó que havia descanso, endureceu o seu coração, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito. Êxodo 8:15

Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouvia, como o Senhor tinha dito. Êxodo 8:19

Mas endureceu Faraó ainda esta vez seu coração, e não deixou ir o povo. Êxodo 8:32

E Faraó enviou a ver, e eis que do gado de Israel não morrera nenhum; porém o coração de Faraó se agravou, e não deixou ir o povo. Êxodo 9:7

Porém o Senhor endureceu o coração de Faraó, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito a Moisés. Êxodo 9:12

Vendo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os trovões, pecou ainda mais; e endureceu o seu coração, ele e os seus servos. Êxodo 9:34

Assim o coração de Faraó se endureceu, e não deixou ir os filhos de Israel, como o Senhor tinha dito por Moisés.Êxodo 9:35

Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus sinais no meio deles, Êxodo 10:1

O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e este não deixou ir os filhos de Israel. Êxodo 10:20

O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e este não os quis deixar ir. Êxodo 10:27

E Moisés e Arão fizeram todas estas maravilhas diante de Faraó; mas o Senhor endureceu o coração de Faraó, que não deixou ir os filhos de Israel da sua terra. Êxodo 11:10

E eu endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, e saberão os egípcios que eu sou o Senhor. E eles fizeram assim.Êxodo 14:4

Porque o Senhor endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse aos filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram com alta mão. Êxodo 14:8

E eis que endurecerei o coração dos egípcios, e estes entrarão atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros, Êxodo 14:17


sábado, 20 de abril de 2013

O NASCIMENTO DE UM DEUS


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Querem os cristãos, que nós, os infiéis, apóstatas, agnósticos e ateus, acreditemos na existência de um Deus, que não teve começo nem terá fim, de origem judaica, que criou os Céus e a Terra e tudo que nela há inclusive nós. Este Deus resolveu vir a Terra em forma humana para ser sacrificado pelos pecados cometido e ainda há serem cometido em tempo futuro por toda humanidade, salvando-nos do fogo eterno do inferno que ele mesmo criara para penalizar por toda eternidade todo aquele que não acreditasse nele. Para tanto, engravidou uma virgem jovem, que permaneceu virgem por toda sua vida, e ao mesmo tempo nasceu dela, sem sequer perguntar-lhe se aceitaria ser mãe de um Deus cujo destino seria morrer na cruz para salvar a humanidade da danação eterna. Eis, portanto o início de um Deus chamado Jesus.

Agindo assim, Deus pôs em crise o casamento da jovem adolescente de apenas 14 anos, de nome Maria, que apareceu grávida diante do noivo José, de idade já avançada, sem que ainda não houvesse coabitado. Para justificar a gravidez miraculosa, nos conta o Evangelho de Cristo, que Deus enviou em sonho, um anjo ao noivo, para justificar a gravidez de sua noiva. Não é preciso dizer que José aceitou o argumento angelical.


Então podemos perguntar:




                     Qual a razão que levaria Deus a criar o Universo, com bilhões de galáxias, cada uma com trilhões de estrelas e bilhões de planetas, e depois, escolher uma estrela localizada na periferia de uma dessas galáxias, e somente nesta estrela, escolher um planeta para nele finalmente criar o homem e a mulher, para que deste casal surgisse uma população com ignorância suficiente para criar religiões que se apoiam num livro cheio de plágios, erros e contradições, e por causa deste livro e em nome desse Deus, mutuamente se odiarem e se matarem durante muitos séculos, e ainda achando pouco, viverem todos os dias trapaceando e enrolando esse mesmo Deus?



                         Faz sentido a existência de um Deus onisciente, onipotente e onipresente, criar o homem, arrepender-se e destruí-lo logo depois, deixando apenas uma família onde o patriarca era beberão e por entender que a descendência de Noé continuava no pecado, decidiu mandar seu filho para morrer pelos pecados dos humanos?




Por que o nascimento de Jesus é comemorado em 25 de dezembro?

Parece incrível, mas a escolha da data não tem nada a ver com o nascimento de Jesus, e sim com o nascimento do Deus Mithra, na época, vastamente adorado em Roma. Toda a história de Jesus, - esse de quem se fala no Novo Testamento - foi produzida inicialmente dentro do Império Romano. A ideia de comemorar o nascimento do Deus Jesus em 25 de dezembro, partiu de Sextus Julius Africanus, no ano 221, que aproveitando esta festa pagã “cristianizou” a data.

A cristandade aceitou a proposta, mas as comemorações oficiais pelo Império Romano do nascimento de Jesus se deram pela primeira vez no século IV, quando o Cristianismo passou a ser a religião oficial do império. - ano 354. A tal festa pagã, chamada de Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol invencível"), era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma. As comemorações aconteciam durante o solstício de inverno, o dia mais curto do ano e incluía corridas de cavalos - trinta bigas - em honra do Sol.

O Mitraismo adorava a Santíssima Trindade e tinha Mitra como segundo Deus, originou-se na Pérsia 400 AC, foi durante 200 anos o maior rival do Cristianismo, tendo muito influenciado o Cristianismo primitivo. 


A origem da data é essa, mas será que Jesus realmente nasceu no período de fim de ano? Os especialistas duvidam. "Entre os estudiosos do Novo Testamento e das origens do cristianismo, é consenso que ele não nasceu em 25 de dezembro".


Quem das personagens mitológicas também nasceram de virgens?

Os mais conhecidos são: Rômulo e Remo, Perseu, Zoroastro, Mitra, Horus, Osíris-Aion, Baco, Hermes, Cadom, Lao-tsé, Fo-hi, Quetzalcoatl, Agdistis, Attis, Buda, Apolônio, Tammuz, Adónis, Korybas, Dioniso.

Todos esses deuses descendiam de país deuses e de mães virgens. O nascimento de quase todos era anunciado pelas estrelas, celebrado por uma música celestial, e vozes declaravam que uma bênção havia chegado ao mundo desventurado.


                           Todos esses deuses nasceram em lugares humildes, em cavernas, sob árvores, em estalagens, e tiranos tentaram matá-los quando eram bebês. Todos esses deuses-sol nasceram no solstício de inverno, no natal. 




Tudo o que sabemos sobre o nascimento controverso e miraculoso de Jesus está nos evangelhos de Mateus e Lucas - e são versões bem diferentes. Em Mateus, José e Maria aparentemente viviam em Belém quando ela deu à luz. No evangelho de Lucas, que não conheceu Jesus, eles moravam em Nazaré, e só se deslocaram até Belém porque Augusto, o imperador romano, decretou que todos os habitantes do império deveriam ir até a cidade onde nasceram seus ancestrais para participar de um censo. Isso é uma inverdade o governo de Augusto é extremamente bem documentado. E não há registro de censo nenhum. Menos ainda um em que as pessoas teriam que "voltar à cidade de seus ancestrais". 

Mateus diz que José e Maria fugiram apressadamente de Belém, sem passar por Jerusalém, indo direto para o Egito, após a adoração dos Magos. Apenas este Evangelho, o de Mateus, relata a presença dos Magos, mas não diz quantos eram. Por está no plural sabe-se que é mais de um mago. Todavia, Lucas diz que a Sagrada Família estivera em Jerusalém e acrescenta a narração da cena de que participaram Ana e Simeão. De modo que um evangelista desmente o outro.

O Evangelho de Lucas nos conta ainda que, aos 12 anos, Jesus viajou com seus pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar o Pessach, a Páscoa judaica. Quando José e Maria retornavam a Nazaré, perceberam que Jesus tinha ficado para trás. Procuraram o garoto durante 3 dias e decidiram voltar ao Templo, onde o encontraram discutindo religião com os sacerdotes. "E todos que o ouviam se admiravam com sua inteligência" (Lucas 2:42-49). 

Lucas, repito, que não conheceu Jesus, não alude à matança das criancinhas, nem à fuga para o Egito. Por outro lado, Marcos e João não se reportam à infância de Jesus, passando a narrar os acontecimentos de sua vida a partir do seu batismo por João Batista.

O Apóstolo Paulo, que não conheceu Jesus, diz apenas que "era descendente de Abraão e Davi (Gl 3.16; Rm 1.3)"

                      Nada de nascimento miraculoso. Nada de Magos vindos do oriente. Nada de anjos. Nada de estrela guia. Este relato é apresentado apenas no evangelho de Mateus.

 O mais provável, enfim, é que esses personagens de Mateus sejam inspirados em sacerdotes do zoroastrismo, uma religião persa ligada à astrologia - daí a "estrela de Belém" e o "vindos do oriente", onde ficava a Pérsia (que hoje se chama "Irã"). 

Deixemos o nascimento de uma virgem de lado, deixemos também a estrela que iluminou, os magos e os reis.

Massacre dos inocentes


Não existe nenhum registro da mortandade de todas as crianças com menos de dois anos. Apenas Mateus narra a matança das crianças a mando de Herodes, para eliminar uma criança ameaçadora – se valendo de uma profecia duvidosa. Mas temos Heródoto dizendo que algo semelhante ocorreu com o rei Ciro, assim como algo semelhante é dito por Otto Rank sobre o patriarca Moisés, cuja lenda foi copiada de Sargão, rei de Akkad. Joseph Campbell também fez a mesma comparação.

Sargão nasceu em Azupiranu, que está situada nas margens do Eufrates. Filho de pai desconhecido, foi salvo e criado por Akki, que com a ajuda e proteção da deusa Ishtar, tornou-se copeiro do rei Kish e mais tarde tornou-se o fundador de um império.

Como já disse, não há qualquer relato corroborando o que diz o Evangelho de Mateus, ou quem por ele fale, sobre o massacre de crianças por Herodes e o surgimento de uma estrela guia. O escritor judeu Josephus nada fala sobre esses acontecimentos fora do comum. Ninguém mais fala sobre isso. Pelo princípio da Evidência Negativa temos que deixar de dar crédito tanto a este como aos outros relatos bíblicos.

Para provar um acontecimento extraordinário, fé não tem eficácia alguma. Só uma prova extraordinária seria capaz de convencer.

Impossível que, se tamanha tragédia (Matança dos Inocentes) houvesse de fato acontecido, teria deixado um longo registro pelos escritores da época.

Dito isto, podemos concluir que apenas o Evangelho de Mateus fala no nascimento miraculoso de Jesus, com Magos presenteando Jesus com ouro, mirra e incensos, estrela iluminando o caminho, governante tremendo de medo de uma criança recém nascida e mortandade de crianças inocentes. 


Mas quem escreveu o Evangelho de Mateus?


Para que um conjunto de relatos mereça muita confiança em relação à descrição do surgimento de uma estrela guia no céu, Magos, nascimento virginal de uma criança, e a ordem para matar as demais os relatos de Mateus devem corresponder às seguintes condições:

- Serem feitos por quem observou o(s) evento(s),
- Serem recentes face ao(s) evento(s) descrito(s),
- Serem feitos por parte desinteressada,
- Serem de fontes independentes entre si, e
- Serem consistentes.

O problema central do Novo Testamento é que seus textos não foram escritos pelos evangelistas em pessoa, como muita gente supõe, mas por seus seguidores, entre os anos 60 e 70, décadas depois da morte de Jesus, quando as versões estavam contaminadas pela fé e por disputas religiosas.
  
Mateus e João eram apóstolos. Marcos, um discípulo de outro apóstolo (Pedro). E Lucas era médico de Paulo. Pela tradição cristã, eles são os autores dos quatro evangelhos do Novo Testamento. Mas isso também é um mito. Ninguém sabe quem escreveu os livros. A "autoria" de cada um foi atribuída aleatoriamente pela Igreja bem depois de os textos terem ido para o papiro. O evangelho de Mateus, por exemplo, foi atribuído a Mateus porque ele dá ênfase ao aspecto econômico - e Mateus era o apóstolo que tinha sido coletor de impostos. Já o texto creditado a João é o único dos evangelhos a relatar o episódio em que Jesus, pouco antes de morrer, pede ao apóstolo João que ele cuide de Maria. Aí os créditos ficaram com João.

O que se sabe mesmo sobre os autores é que não eram "autores" no sentido moderno da palavra. Hoje, qualquer um pode ser autor, porque todo mundo sabe ler e escrever. Há 2 mil anos, não. Saber escrever era o equivalente a hoje saber engenharia da computação. Do mesmo jeito que as empresas contratam engenheiros para cuidar de seus mainframes, os antigos contratavam escribas quando precisavam deixar algo por escrito. Com os evangelhos não foi diferente. O mais provável é que comunidades cristãs tenham encomendado esses trabalhos - e ditado aos escribas as histórias que conhecemos hoje. Ditado e entregado outros textos também, para que eles usassem como fonte. (André Chevitarese e Pedro Paulo Funari)

Ora, não existem fora do Novo Testamento, nada que fale sobre os Apóstolos de Cristo, nem nada sobre Jesus.



 ESTUDO COMPARADO

A estrela de Belém (Antes de Cristo)


                           Segundo a literatura Hindu, quando Krishna, a oitava encarnação do deus Vishnu, nasceu da virgem Devaki, ele foi visitado por homens sábios que haviam sido guiados até ele por uma estrela.

Tamuz, deus da Suméria e Fenícia, foi gerado por uma virgem, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado.


MASSACRE DOS INOCENTES  

Anjos também anunciaram o nascimento a pastores nos campos próximos. Quando o Rei Kansa soube do nascimento miraculoso desta criança, enviou homens para "matar todas as crianças nas localidades vizinhas", mas uma "voz celestial" segredou ao pai adotivo de Krishna e avisou-o para que tomasse a criança e fugisse através do rio Jumna.

Mesmo com todas essas evidências, os cristãos não se convencem de que o nascimento de Jesus é um mito. O sábio Martinho Lutero estava coberto de razão quando disse:




- “Em sua esfera legítima, a razão é o mais elevado dom de Deus, mas no momento em que excede para a teologia, torna-se a “prostituta do diabo”.


GRAU DE CREDIBILIDADE DE UM FATO
(Vale a pena repetir)

Para que um conjunto de relatos mereça muita confiança em relação à descrição de um ou mais eventos, os relatos devem corresponder às seguintes condições:

- Serem feitos por quem observou o(s) evento(s),
- Serem recentes face ao(s) evento(s) descrito(s),
- Serem feitos por parte desinteressada,
- Serem de fontes independentes entre si, e
- Serem consistentes.


EM QUE PONTO ESTAMOS NO QUE DIZ RESPEITO AOS EVANGELHOS?



INFÂNCIA DE JESUS




Sabe-se unicamente através do Novo Testamento, através do livro atribuído a Lucas, apóstolo que não conheceu Jesus, que o Deus Cristão foi circuncidado no oitavo dia. Também é dito que passado os dias da purificação, a Sagrada Família foi até Jerusalém levando Jesus para ser consagrado ao Senhor. Chegando em Jerusalém queimaram no Templo, dois pombos em sacrifício oferecido ao Senhor.

Lucas narra também o encontro do menino Deus com Simeão, que não queria morrer sem antes ver o menino Jesus e uma profetiza chamada Ana que o glorificou. O Evangelho de Lucas nos conta também que, aos 12 anos, ele viajou com os pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar o Pessach, a Páscoa judaica. Quando José e Maria retornavam a Nazaré, perceberam que Jesus tinha ficado para trás. Procuraram o garoto durante 3 dias e decidiram voltar ao Templo, onde o encontraram discutindo religião com os sacerdotes. "E todos que o ouviam se admiravam com sua inteligência" (Lucas 2:42-49). 

Mas há um livro inteiro falando da infância de Jesus, dos cinco aos doze anos, trata-se do Livro apócrifo atribuído a Tomé, aquele apóstolo que só acreditava naquilo que via.

O Evangelho de Tomé foi escrito no século I e relata a vida do Senhor Jesus dos cinco aos doze anos. Segundo os estudiosos, é parte de um livro mais antigo ainda, tendo tido diversas versões escritas em grego, siríaco, latim, georgiano e eslavo.

O Evangelho de Tomé relata a vida de Jesus a partir do ponto onde termina o Evangelho de Tiago, encerrando-se com o episódio de Jesus no Templo de Jerusalém, entre os doutores, o que também ocorre no Evangelho de Pedro, sobre a infância do Salvador.


Vejamos algumas partes:

Eu, Tomé Israelita, julguei necessário levar ao conhecimento de todos os irmãos descendentes dos gentios, a Infância de Nosso Senhor Jesus Cristo e tantas quantas maravilhas ele realizou, depois de nascer em nossa terra. O princípio é como segue.

CAPÍTULO II

Esse Menino Jesus, que na época tinha cinco anos, encontrava-se um dia brincando no leito de um riacho, depois de haver chovido. Represando o correnteza em pequenas poças, tornava-as instantaneamente cristalinas, dominando-as somente com sua a palavra.

Fez depois uma massa mole com barro e com ela formou uma dúzia de passarinhos. Era um Sabbath e havia outros meninos brincando com ele. Um certo homem judeu, vendo o que Jesus acabara de fazer num dia de festa, foi correndo até seu pai, José, e contou-lhe tudo:

— Olha, teu filho está no riacho e juntando um pouco de barro fez uma dúzia de passarinhos, profanando com isso o dia do Sabbath.

José foi ter ao local e, ao vê-lo, ralhou com ele dizendo:
— Por que fazes no Sabbath o que não é permitido?

Jesus, batendo palmas, dirigiu-se às figurinhas, ordenando-
lhes: — Voai!

Os passarinhos foram todos embora, gorjeando. Os judeus, ao verem isso, encheram-se de admiração e foram contar aos seus superiores o que haviam visto Jesus fazer. 


CAPÍTULO III

Encontrava-se ali presente o filho de Anás, o escriba, e teve a idéia de fazer escoar as águas represadas por Jesus, usando uma planta de vime. Ante essa atitude, Jesus indignou-se e disse:

— Malvado, ímpio e insensato. Será que as poças e as águas te estorvavam? Ficarás agora seco como uma árvore, sem que possas dar folhas, nem raiz nem frutos.

Imediatamente o rapaz tornou-se completamente seco. Os pais pegaram o infeliz, chorando a sua tenra idade, e o levaram ante José, maldizendo-o por ter um filho que fazia tais coisas.


CAPÍTULO IV

De outra feita, Ele andava em meio ao povo e um rapaz que vinha correndo esbarrou em suas costas. Irritado, Jesus disse-lhe:

— Não prosseguirás teu caminho.

Imediatamente o rapaz caiu morto. Algumas pessoas que viram o que se passara, disseram:

— De onde terá vindo esse rapaz, pois todas as suas palavras tornam-se fatos consumados?

Os pais do defunto, chegando a José, interpelaram-no, dizendo:

— Com um filho como esse, de duas uma: ou não podes viver com o povo ou tens de acostumá-lo a abençoar e não a amaldiçoar, pois causa a morte aos nossos filhos.




CAPÍTULO V

José chamou Jesus à parte e admoestou-o da seguinte maneira:

— Por que fazes tais coisas, se elas se tornam a causa de nos odiarem e perseguirem?

Jesus replicou:

— Bem sei que essas palavras não vêm de ti, mas calarei por respeito a tua pessoa. Esses outros, ao contrário, receberão seu castigo.

No mesmo instante, aqueles que haviam falado mal dele ficaram cegos. As testemunhas dessa cena encheram-se de pavor e ficaram perplexas, confessando que qualquer palavra de sua boca, fosse boa ou má, tornava-se um fato e convertia-se numa maravilha.

Quando José percebeu o que Jesus havia feito, agarrou sua orelha e puxou-a fortemente.

O rapaz indignou-se e disse-lhe:

— A ti é suficiente que me vejas sem me tocares. Tu nem sabes quem sou, pois se soubesses não me magoarias.

Ainda que neste instante eu esteja contigo, fui criado antes de ti.

É claro que os Cristãos, de todas as denominações, obedientes que são aos seus pastores, padres e bispos, não acreditam neste Evangelho. Catalogado pela Igreja Católica Apostólica ROMANA como Apócrifo,  livro oculto, isto é, não lidos nas assembléias públicas, de culto reservado à leitura particular. Em conseqüência, livro não canônico.

Jesus matando gente por motivo fútil? Cegando pessoas como ato de vingança?


SABER MAIS:




JESUS DEPOIS DOS TRINTA

  
Querem os cristãos que nós acreditemos que esse Jesus de quem se fala no Novo Testamento, de nascimento miraculoso e controverso entre os evangelistas, seja o nosso salvador. Como salvador devemos entender que - se nós fizermos o que manda a classe dominante (Pastores, Padres, Bispos...) em seu nome, estaremos livres da danação eterna e viveremos eternamente depois de morto.

Diz o livro sagrado do Cristianismo, que esse Deus começou seu ministério logo após o batismo por João Batista. Este personagem, realmente existiu, há provas documentais a respeito. João Batista foi uma ameaça aos romanos, mas será que ele batizou Jesus?


AS CONTROVÉRSIAS
  

  O Novo Testamento está repleto de contradições. Um exemplo é o batismo de Jesus por João Batista, episódio narrado – com diferenças significativas – nos três Evangelhos conhecidos por sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e ignorado no Evangelho de João, que é bem diferente dos outros três, os sinóticos (chamado assim porque supostamente tem um mesmo resumo ou sinopse).

O Novo Testamento diz que João Batista foi morto por volta de 30 d.C., no início da vida pública de Jesus. Flavius Josephus, um judeu romanizado, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C.
  
O padre argentino Ariel Alvarez Valdés trata do assunto no volume 3 de sua série “Que sabemos sobre a Bíblia?” a partir da página 82. Diz Valdés:

“Com efeito, enquanto Mateus diz que João não queria batizá-lo e lhe opôs resistência (3: 13 a 17), Marcos afirma que João Batista o batizou sem nenhum problema, como um acontecimento comum. (1: 3 a 11) João por seu lado, silencia-se totalmente, como se o batismo não tivesse existido. E Lucas o menciona só de passagem, quase como não querendo fazê-lo. (3:21 e 22)

Segundo Marcos, aconteceram três coisas no episódio do batismo: os céus se abriram, desceu sobre Jesus o Espírito Santo em forma de pomba e uma voz do céu, dirigindo-se a Cristo disse: “Tu és meu Filho muito amado, de ti eu bem me agrado” (1:11). A descida do Espírito Santo aconteceu quando Jesus já havia saído da água, e somente ele viu os céus se abrindo e o Espírito descendo, como também somente ele ouviu a voz do Pai, que lhe falou diretamente: Tu és...”

O Evangelho de Marcos, o primeiro dos quatro oficialmente reconhecidos, escrito cerca de 40 anos após a morte de Jesus, causou rebuliço entre os cristãos primitivos, muitos dos quais indagavam: se João Batista batizou Jesus, não seria ele superior ao Messias? Não seria o Batista, portanto, o verdadeiro Messias? O Evangelho de Marcos levou à fundação de um movimento herético que adorava João Batista como o verdadeiro Salvador. Eram as comunidades Joaninas.

O segundo evangelista, Mateus, tentou pôr panos mornos na polêmica, criando uma cena (3:14) em que João tenta impedir o batismo dizendo: “Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Alem disso Mateus fez uma segunda alteração: todos os presentes viram os céus se abrir e todo mundo que estava lá ouviu a voz de Deus, que agora não dizia mais “Tu és meu Filho”, como em Marcos, mas “Este é meu filho”, dirigindo-se a todos. Assim, todos eram testemunha da superioridade de Jesus sobre João. Apenas a visão do Espírito em forma de pomba é, em Mateus uma exclusividade de Jesus.

Mateus não consegue sufocar a rebelião Joanina. O terceiro evangelista, Lucas, levou então a cruzada adiante. Menciona o batismo de Jesus, mas não diz quem o batizou. E ainda insinua que não foi João, ao contar que, no momento em que Jesus se fazia batizar, João Batista estava preso por ordem do Rei Herodes (3:20).

Lucas faz ainda outra modificação, acrescentando que, além de ver o céu aberto e ouvir a voz de Deus, o povo presente viu o Espírito Santo em forma de pomba descer sobre Jesus.

O Evangelho de Lucas provavelmente ajudou a reduzir o crescimento do movimento Joanino, mas este persistia e ainda crescia. Por isso, o quarto evangelista, João (mas não o Batista), que escreveu cerca de trinta anos depois do texto de Marcos, em torno de 70 anos após a crucificação, tomou uma decisão drástica: suprimiu o relato do batismo de Cristo, escrevendo apenas que em certa ocasião, João Batista, ao ver Jesus aproximar-se, disse ao povo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Eu vi o Espírito descer do céu em forma de uma pomba e permanecer sobre ele.” (1:29 a 32)

Quando o Batista viu o Espírito descer sobre Cristo? O muito para acabar com o movimento Joanino, mas este só acabou de vez em conseqüência das perseguições sofridas pelos Joaninos e outros hereges depois que o cristianismo foi adotado pelo Império Romano.”

Deu para sentir o dilema?

Existia uma religião pregada por João Batista e essa religião subsistiu pacificamente até o ano 380, quando o Imperador Teodósio, através do Edito de Tessalônica, impôs a todos os súditos do Império a religião católica.


SABER MAIS





João Batista, que anunciava o fim do mundo aos seus seguidores, e de quem os cristãos herdaram o ritual do batismo. "Cerca de cem anos depois da morte de João Batista, seus discípulos ainda diziam que ele era maior que Jesus", diz Chevitarese. Para o historiador, João Batista era um concorrente de Cristo. Os dois eram profetas apocalípticos (já que pregavam o fim dos tempos) e viviam na mesma região. A diferença é que João chegou primeiro. "Ele não se ajoelharia na frente de Jesus e diria que não é digno de amarrar a sandália dele, como está nos evangelhos. Pelo contrário", diz. Segundo ele, foi a redação da Bíblia, evidentemente favorável a Jesus, que transformou Batista num coadjuvante: "Os textos pró-Jesus é que vão amarrar o Batista à tradição de Jesus. João Batista é um dos melhores exemplos que nós temos de um candidato messiânico marcadamente popular".


Batizado, Jesus saiu do armário e foi submetido a teste no deserto pelo Espírito Santo, ou seja, pela Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, ou ainda seja, por ele mesmo.

No linguajar que se escuta nas igrejas seria dito assim: Deus tentou até seu filho unigênito enviando-o para um deserto indefeso e moralmente arrasado, onde ficou 40 dias e 40 noites sem alimentar-se e ainda sendo tentado por Satanás.

Essa pegadinha de Deus não é novidade, Abrão também foi tentado a oferecer o seu único filho em holocausto a Deus.

Lutero era, inegavelmente, um sábio. Sabia bem que a razão é a arquiinimiga da religião, e frequentemente advertia sobre seus perigos:


 “A razão é o maior inimigo que a fé possui;  ela nunca aparece para contribuir para as coisas espirituais, mas com freqüência entra em confronto com a palavra divina, tratando com desdém tudo o que emana de Deus”.

 A Bíblia nos diz que o Diabo então “teletransportou” Jesus para Jerusalém e o colocou no lugar mais alto do templo e mandou que ele pulasse, duvidando que ele fosse filho de Deus, ou seja, filho dele mesmo. Com a recusa de Jesus, o Diabo pensando que a Terra fosse plana, o “teletransportou” para o monte Everest e mostrou todos os reinos do mundo, os incas, os astecas, os egípcios, os gregos os troianos, os tamoios, os tabajaras, etc. e novamente Jesus recusou a oferta.

Então o Diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam.

Novamente as frases do sábio Lutero ecoam na minha mente - “A razão deve ser destruída em todos os cristãos.”



JESUS MILAGREIRO

  
Pedir por um milagre é acreditar que as leis do Universo serão alteradas em benefício de um único indivíduo que sabe, ele próprio, que não merece.

 Mas quem é que deste lado do planeta que nunca ouviu falar de Jesus de Nazaré? É claro que todo mundo ocidental ouviu falar de Jesus. A Bíblia nos diz que sua fama se espalhou por toda a Palestina e Síria. Ele é o homem-deus/salvador do mundo que realizou milagres que só um deus poderia realizar. Transformou água em vinho, alimentou milhares de pessoas com apenas alguns pedaços de pão e peixe, andou sobre as águas, acalmou tempestades, curou cegos, surdos e enfermos, recuperou mãos atrofiadas, expulsou demônios e ressuscitou os mortos. Seus ensinamentos morais são considerados superiores a tudo o que já foi ensinado.

Ele foi rejeitado por seu próprio povo, os judeus, e brutalmente crucificado pelos romanos. Mas isto não deteve Jesus. A Bíblia nos diz que, ao ser crucificado, céus e terra confirmaram sua divindade, causando um eclipse do sol de 3 horas em toda a terra, um terremoto que fez com que a cortina do templo em Jerusalém se rasgasse ao meio e que túmulos se abrissem e homens santos ressuscitassem e aparecessem as pessoas em Jerusalém. Três dias depois, o Filho de Deus derrotou o Diabo, o príncipe das trevas, ressuscitou dos mortos, apareceu a seus discípulos e então subiu aos céus. Como é possível alguém não gostar desta história nem desejar acreditar nela?

O problema que pesquisadores sinceros e com mentes objetivas têm com esta história espantosa é: por que os registros históricos de escritores gregos, romanos e judeus não cristãos praticamente não dizem nada sobre Jesus de Nazaré? Certamente que notícias sobre acontecimentos como esses, se fossem verdadeiras, teriam se espalhado por todo o mundo mediterrâneo. E, no entanto, os escritos que sobreviveram, de uns 35 a 40 observadores independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram suposta crucificação e ressurreição de Jesus, praticamente não confirmam nada. Estes autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e analisavam os fatos, eram os filósofos, poetas, moralistas e historiadores daquela época.

Fazer milagres, curas, ressuscitar mortos nunca foi um distintivo único atribuído a um Deus. Aos reis também lhes eram atribuídos feitos extraordinários que não se explica pelas leis da natureza.

É dito nos livros e inscrições antigas que Horus do Egito, também conhecido por Krst ou Ungido fazia curas e ressuscitou um homem, El-Azar-us, dentre os mortos. A Buda também é atribuído milagres – executava milagres e maravilhas – Mithra, o concorrente de Jesus em Roma, era outro Deus milagroso. Era chamado de “A Verdade”, “A Luz”, veio para lavar os pecados da humanidade, foi batizado como Deus e tinha um filho chamado Zoroastro. Krishna, um Deus indiano milagroso que fez milagres e assim como Jesus, morreu e ressuscitou. Dionísio, o filho pródigo de Deus, com atuação na Grécia antigo e equivalente a Baco que transformou água em vinho no Império Romano, também é dito que fez milagres e ressuscitou depois de morto. Apolônio de Tiana, outro rival ferrenho de Jesus, ressuscitava mortos, curava cegos e aparecia na frente de amigos distantes.

Por mais que os programas noturnos de televisão mostrem uma quantidade enorme de milagres todos os dias, ninguém, em toda a história da humanidade, nunca tentou comprovar uma verdade por um milagre. Verdade despreza a assistência de milagre. Nada além de falsidade já atestou-se por sinais e maravilhas. Nenhum milagre jamais foi realizado, e nenhum homem sensato jamais pensou que ele tinha realizado um, e até que um seja realizado, não pode haver nenhuma prova da existência de qualquer poder superior, e independente da natureza. "

O que os homens desejam não é Deus, mas o milagre, a necessidade de acreditar em falsos milagres às vezes ultrapassa não só a lógica mas, aparentemente, até a sanidade mental.


Descoberta reveladora sem nexo


Vez por outra, encontramos cristãos que não acreditam nos milagres de Jesus, mas quando nós nos deparamos com o que deixou escrito o Apóstolo Paulo, um dos fundadores e divulgador do Cristianismo, nos causa um certo espanto.


Veja a lista abaixo:


Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemom
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
Apocalipse
1 Clemente
Didaqué


O Jesus milagreiro não existe em nenhum desses textos. Apenas um deles, I Timóteo, menciona claramente algo da vida pública de Jesus: Pilatos. Acontece que I Timóteo é reconhecidamente uma carta pseudo-paulina do 2º século! Qual a explicação disto? A óbvia: seus escritores nada sabiam sobre um Jesus andarilho, pregador e milagreiro que foi crucificado pelos romanos! E há evidências disto.


Vejamos:

Romanos 08:26- “... o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos orar (ou pedir) como convém


Silenciou sobre a oração do Pai Nosso ensinada pelo próprio Jesus?!


Tiago 05:10- “... tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor”


Onde ficou o grande exemplo da aflição e paciência de Jesus e que também falou muito em nome do "pai"?!


Ainda, em I Coríntios 15:12-16, ao defender a ressurreição, Paulo "esquece" de usar as ressuscitações (incluindo as dos santos que invadiram a cidade) realizadas por Jesus como prova e apela para a fé!

Paulo nunca menciona alguma coisa da espetacular vida terrena de Jesus que vemos nos evangelhos, muito pelo contrário em suas peregrinações ele se utiliza do Velho Testamento – Paulo diz várias vezes algo como “Dizem as Escrituras” (cf. Romanos 15:04; Romanos 10:11; I Coríntios 14:21; Gálatas 03:08; etc) e nenhuma vez algo como "Assim como disse/fez Jesus".

Agindo como agiu nos parece que o Apóstolo Paulo não sabia da existência dos sermões e ensinamentos de Jesus.

Aliás, fora os evangelhos, não há como apontar nenhuma clara referência a fantástica vida pública de Jesus em qualquer outro escrito cristão do século I.


Duas opções:

a- Acreditar que coisas alheias à realidade realmente aconteceram;

b- Reconhecer que são meras construções literárias, tão comuns por toda a história e por todo o mundo.

Qual é a sensata? Segue uma lista, incompleta, de reconhecidos estudiosos cristãos que ficaram com a segunda:

Marcus Borg
Gunther Bornkamm
Gerald Boldock Bostock
Rudolf Bultmann
John Dominic Crossan
Maurice Goguel
Hans Grass
Charles Guignebert
Uta Ranke-Heinemann
Herman Hendrickx
Roy Hoover
Helmut Koester
Hans Kung
Alfred Loisy
Willi Marxsen
Norman Perrin
Marianne Sawicki
John Shelby Spong
John T. Theodore


RELIGIÃO COMPARADA


Em II Reis 04:27-37, Eliseu ressuscita uma criança. Jesus faz o mesmo em Marcos 05:22-24/35-43. As semelhanças são várias:

* tanto a sunamita como Jairo caem aos pés dos seus respectivos milagreiros;
* não está claro para alguém se a criança está morta, morrendo ou dormindo;
* a criança está em uma casa a alguma distância;
* outra pessoa vem e confirma a morte da criança;
* tanto Eliseu como Jesus procuram certa privacidade para realizarem o milagre.


E, logo adiante, em II Reis 04:42-44, temos Eliseu alimentando uma multidão com alguns pães e espigas!


Portanto, novamente tenho que tirar o chapéu para Martinho Lutero - "Que mal pode haver se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja”.

Tal declaração está de pleno acordo com os ensinamentos cristãos - Romanos 3: - 7 Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador?


Do Século I até os dias atuais a Igreja Católica Apostólica ROMANA em nada mudou a declaração chegou até aos dias de hoje pela boca do  ex-sacerdote Leonardo Boff que perguntado por Chico Vasconcelos da Revista Caros Amigos em setembro de 1998, se a Igreja era corrupta e mentirosa, respondeu:

- Mente!  A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade.



OS BONS ENSINAMENTOS DE JESUS


É verdade, claro, que no Novo Testamento está escrito não se sabe por quem que Jesus teria dito coisas profundas sobre o amor, a caridade e o perdão. A regra de Ouro é realmente um preceito moral maravilhoso. Mas numerosos mestres já deram essa mesma orientação séculos antes de o suposto  Jesus (Zoroastro, Buda, Confúcio, Epictelo...) e incontáveis escrituras discutem a importância do amor que transcende o próprio eu de maneira mais articulada do que a Bíblia, sem serem maculadas pelas obscenas celebrações de violência que encontramos em abundância tanto no Velho como no Novo Testamento.

Não resistais ao mau, mas, se alguém te ferir em tua face direita, apresenta-lhe também a outra”. Isto não era um preceito novo, nem um princípio novo. Foi usado por Lao-Tse e por Buda cerca de quinhentos ou seiscentos anos antes de Cristo, mas não é um princípio que, na verdade, os cristãos aceitem.

Há ainda uma máxima atribuída a Jesus que, penso, contém nela muita coisa, mas não me parece muito popular entre os nossos amigos cristãos. Diz Ele: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá-os aos pobres”. Eis aí uma máxima excelente, mas, como digo, não é muito praticada. Todas estas, penso, são boas máximas, embora seja um pouco difícil viver-se de acordo com elas.

Se você acha que o cristianismo é a expressão mais direta e pura de amor e compaixão que o mundo já viu, é porque não conhece bem as outras religiões.

Veja, por exemplo, o Jainismo. Essa religião prega a doutrina da absoluta não-violência. É verdade que os Jainistas acreditam em coisas improváveis acerca do universo, mas não do tipo de coisas que acenderam as fogueiras da Inquisição.

Você provavelmente pensa que a Inquisição foi uma perversão do “verdadeiro” espírito do cristianismo. Talvez tenha sido. O problema, porém, é que os ensinamentos da Bíblia são tão confusos e contraditórios que foi possível para os cristãos queimarem alegremente os heréticos na fogueira, durante cinco longos séculos. Inclusive foi possível para os mais venerados patriarcas da Igreja como santo Agostinho e São Tomás de Aquino, concluir que os heréticos deviam ser torturados (Santo Agostinho) ou mortos logo de uma vez (São Tomás de Aquino).

Martinho Lutero e João Calvino defendiam o assassinato em massa de heréticos, apóstatas, judeus e feiticeiras.

Naturalmente, você é livre para interpretar a Bíblia de outra maneira – mas não é espantoso que você tenha conseguido discernir os verdadeiros ensinamentos do cristianismo, enquanto os mais influentes pensadores na história da religião cristã falharam nesse ponto?

É claro que muitos cristãos acreditam que uma pessoa inofensiva como foi Dom Hélder Câmara é o exemplo da religião cristã. Mas isso apresenta um sério problema, pois a doutrina do Jainismo é, objetivamente, uma orientação melhor do que a doutrina do cristianismo para quem deseja ser como Dom Hélder Câmara.

Não há dúvida de que Martin Luther King jr. se considerava um cristão devoto, mas ele assumiu seu compromisso com a não-violência basicamente a partir dos escritos de Mohandas K. Gandhi. Em 1959, King até viajou para a Índia a fim de aprender os princípios do protesto social não-violento diretamente com os discípulos de Gandhi. E com quem Gandhi, um hinduísta, aprendeu a doutrina a doutrina da não-violência? Com os Jainistas.

Se você acredita que Jesus ensinou apenas a Regra de Ouro e o amor ao próximo, deve reler o Novo Testamento. Preste atenção especial à moralidade que ficará em evidência quando Jesus voltar à terra, deixando um rastro de nuvens de glória:

“Se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam (...) quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder”. (2 Tessalonicenses 1,6-9)

 João 15:6 - Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.


1 João 2:22 - Qualquer pessoa que negue que "Jesus é o Cristo" é um mentiroso e Anti-Cristo.

Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.

                              1 João 5:19 - Os cristãos são "de Deus" o resto é do demônio.
Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.

2 João 1:7 - Os "não-Cristãos" são "enganadores e Anti-Cristos"
Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.

2 João 1:10 - Não se associe com os não-Cristãos. Não o receba em casa e nem o cumprimente..
Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.

                            Hebreus 3:12 - Qualquer um que não compartilhe a crença de Paulo tem um "demônio no coração"


                        Apocalipse 2:9 e 3:9 - Os que se dizem Judeus e não crêem em Jesus são membros da "sinagoga de Satanás"

Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagogas de Satanás.

Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, - eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo.

Romanos 16:17 - Afaste-se daqueles que não concordam com suas visões religiosas.

E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.


                       Mateus 10:35 - “Porque eu vim separar, o filho do seu pai, e a filha da sua mãe, e a nora da sua sogra. (36) de tal modo que e os inimigos de um homem serão seus próprios familiares. (37) Aquele que amar pai ou mãe mais que a mim não é digno de mim: E aquele que amar o filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim.”


                          Mateus 12:30 - Se as pessoas não são Cristãos são inimigas do Cristianismo
Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.

2 Coríntios 3: 14 ao 16 - Todos os não-cristãos foram cegados por Deus
Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.


Jesus também era intolerante. (intolerância religiosa)

.Marcos 9-42 - Jesus diz que, aos que nele não crêem, se deveria colocar, pendurada no pescoço, uma pedra de mó e lançar ao mar

                           Mateus 10:34 - Pois eu vim trazer divisão entre o homem e seu pai, entre a filha e sua mãe, entre a nora e sua sogra.

                         Lucas 12:58 - Quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura livrar-te dele no caminho, para que não suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho e o meirinho te encerre na prisão. Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o último centavo.


                           Lucas 14:26 - Se alguém vier a mim, e não odiar a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, ...

                            2Te 1:9 - Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição...

                          Lucas 19:27 - "Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença."
                        

                           Mateus 10:34 "Não penseis que vim trazer paz à Terra: não vim trazer
paz, mas uma espada."

Lucas 22:36 "Aquele que não tem espada, que venda sua capa e compre uma."


Lucas 12:49 - “Vim lançar fogo na terra, e que mais quero, se já está aceso?”


JESUS POLITICAMENTE INCORRETO

Matou uma figueira porque não lhe deu frutos. (Mateus 21:19 )





MAUS TRATOS COM ANIMAIS

Matou uma manada de muitos porcos, segundo Mateus  8:30, Lucas confirma ( 8:32) (quase 2 mil) segundo (Marcos 5:13) afogados no mar, segundo (Mateus 8:32), afogados em um lago, segundo (Lucas 8:33)



INVASÃO DE PROPRIEDADE PRIVADA

ROUBO DE ESPIGAS no dia de sábado (Santificado), fato registrado por (Mateus 12:1), (Marcos 2:23) e (Lucas 6:1).




NAQUELE tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer.

Primeiro erro - Não repreendeu os ladrões.
Segundo erro - Justificou o roubo usando um artifício mentiroso de algo que não tem nada a ver com o caso(roubo das espigas com a vida de uma ovelha ou de uma pessoa)

Terceiro erro - Violou o sábado e ainda justificou dizendo que o homem não foi feito para o sábado e sim o sábado para o homem.

Quarto erro - Violou sua própria palavra ao dizer que não veio mudar a lei (e mudou) e sim para fazer cumprí-la (e não cumpriu)



ROUBO DE JUMENTA






Mandou seus discípulos roubar uma Jumenta (Mateus 21:2) para entrar triunfante em Jerusalém.

Se levarmos em conta a metade das afirmações supostamente ditas por Jesus, podemos facilmente justificar as ações de São Francisco de Assis ou Padre Zé Coutinho. Levando em conta a outra metade podemos justificar a Inquisição.



OS ESTÚPIDOS ENSINAMENTOS DE JESUS

Mateus 18:21,22;- Perdoar 490 vezes o mal que alguém lhe fizer

Mateus 05:29,30 - Arrancar os olhos ou algum membro para evitar o pecado

Mateus 05:32 - Não se divorciar e nem casar com uma mulher divorciada, pois isso é adultério -

 Mateus 05:39 - - Não resistir ao mal. Se alguém lhe bater em uma face ofereça a outra - Se alguém pegar o seu "DVD" entregue também a "TV de Plasma" - Mateus 05:40;

Mateus 05:41 -  Se alguém lhe obrigar a atravessar o oceano a nado diga que vai dar a volta ao mundo

Mateus 05:42 -  Não negar nada emprestado

Mateus 05:48 - - Ser tão perfeito quanto Deus (???)

Mateus 19:21; - Vender tudo o que tem para ser perfeito

Mateus 06:19 - - Evitar ficar rico

Mateus 06:25-34 - - Não se preocupar com o futuro

Mateus 15:11 - Não se preocupar com o que se come

Mateus 15:20 - Não lavar as mãos antes de comer

Mateus 05:34-36- Não jurar por nada (no VT era permitido jurar à vontade) -






VEXAME DE PAULO EM ATENAS



Por outro lado a filosofia foi criada na civilização grega sendo Platão um do maiores filósofos gregos. O apóstolo Paulo ao visitar Atenas  teve a ocasião de fazer um discurso no célebre Areópago. A sua plateia era composta de filósofos.
 Qual foi a reação deles?

Leia abaixo Atos 17:18.

- E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.




A PRISÃO DE JESUS
  

Para prender Jesus, Judas guiou UMA COORTE reforçada por guardas do Templo, bem armados. Uma coorte era composta de 3 manípulos; cada manípulo era formado por 2 centúrias. Cada centúria (unidade de infantaria do exército romano) continha uns oitenta legionários. Resumindo: levaram cerca de QUINHENTOS homens para prender um humilde e pacífico pregador itinerante.

Algumas traduções trazem "um destacamento" mas a palavra grega no texto de João é "κοόρτης". Aí, basta-nos calcular: uma coorte = 3 manípulos; cada manípulo = 2 centúrias; cada centúria = 80 legionários.

Uma coorte = 6 centúrias = 480 soldados. Mais os guardas do Templo. o número, segundo texto, ultrapassa os 500 homens.

É muito para prender um pacífico pregador itinerante, não?


Lucas, Mateus e Marcos afirmam que o beijo de Judas o denunciara aos que vieram prendê-lo. Todavia, João diz que foi o próprio Jesus quem se dirigiu aos soldados dizendo-lhes tranqüilamente: “Sou eu”. Lucas é o único que fala no episódio da ida de Jesus de Pilatos para Herodes Antipas.
  


Mais uma vez Martinho Lutero faz prova da sua sabedoria – “Somente a fé nos levaria a falar dos valores transcendentais; pela razão não se provaria a existência de Deus nem a imortalidade da alma”.


O JULGAMENTO DE JESUS







No Evangelho de Marcos é dito que Pilatos, após interrogar Jesus, pergunta aos seus dignitários reunidos (Marcos 15:12) "Pois que quereis que eu faça ao "rei dos judeus"?. Isto indicaria que, pelo menos alguns judeus se referiram a Jesus como um rei.

Ao mesmo tempo, Pilatos confere este título a Jesus em todos os quatro Evangelhos. Não há razão para supor que ele o faz de forma pejorativa ou irônica. No quarto Evangelho, ele insiste nisso de forma bastante séria e reiterada, a despeito do coro de protestos. Além disso, nos Evangelhos sinópticos, o próprio Jesus reconhece sua pretensão ao título (Marcos 15:2) "E Pilatos lhe perguntou: "Tu é o rei dos judeus?" E ele lhe respondendo lhe disse: "Tu o dizes".

Segundo H.Cohn, na tradução, esta resposta soa de forma deliberada. No original grego, no entanto, é interpretada como: "Tu falaste corretamente".

Os Evangelhos foram compostos para uma audiência greco-romana. Em conseqüência, era natural colocar os judeus no papel de vilões. Jesus não poderia ser retratado como uma figura política e o papel dos romanos no julgamento e execução de Jesus deveria ser limpada e apresentado de forma mais simpática possível. Assim, Pilatos é descrito nos Evangelhos como um homem responsável e tolerante, que reluta em consentir a crucificação.

Os Evangelhos informa que Jesus é inicialmente condenado pelo Sanhedrim (Sinédrio)- os conselhos dos anciãos judeus - que então o leva até Pilatos e pede ao procurador que se anuncie contra ele. Historicamente, isto não faz sentido. Nos três Evangelhos sinópticos, Jesus é preso e condenado pelo Sanhedrim na noite do festival dos judeus, mas pela lei mosaica, este conselho era proibido de se reunir à noite, em casas particulares ou em qualquer lugar fora dos recintos do Tempo, mormente durante o festival. (H. Cohn, Trial and Death of Jesus, p.97)


Nos Evangelhos, o conselho é aparentemente desautorizado a votar uma sentenças de morte - e esta seria a razão para levar Jesus ante Pilatos. Contudo, o conselho era autorizado a votar sentenças de morte - por apedrejamento, se não por crucificação. Desta forma, se o conselho tivesse desejado dispor de Jesus, ele teria autoridade para sentenciá-lo à morte por apedrejamento. Não haveria necessidade de perturbar Pilatos.

De acordo com os Evangelhos de Marcos e Mateus, libertar um prisioneiro se a multidão assim o quisesse , é fantasioso. Os Evangelhos dizem que era costume do "festival dos judeus".

(Brandon, Jesus and the Zealots, p.259., H.Cohn, Trial and Death of Jesus, p.166. e Winter, on the Trial of Jesus, p. 94)

Nota: Haim Cohn é um ex-procurador geral de Israel, membro da Suprema Corte e professor de História Jurídica.

Alguns (como J. D. Crossan) sugerem que Marcos tenha usado uma versão anterior, mais primitiva, do julgamento e execução de Jesus. Outros (como Burton Mack) pensam que todos os elementos famosos da história da paixão são puramente invenção de Marcos: o Monte das Oliveiras, o traidor Judas, a negação de Pedro, os atuais detalhes do julgamento, condenação e crucificação de Jesus, assim como a história da tumba vazia.


 Nota: Observa-se que o judaísmo sempre cumpriu rigorosamente as leis mosaicas até os dias de hoje. É compreensível que, com tantas contradições culturais, os judeus ainda não tenham compreendido a missão de Jesus como Messias.


CRUCIFICAÇÃO, MORTE  E SEPULTAMENTO


Hieronymus Bosch   


Os mitos da vida de Jesus foram emprestados das religiões pagãs que cercavam os escritores. Por toda parte havia religiões que tinham como características principais um ou mais dos mitos que vieram a ser associados a Jesus. Praticamente todas as histórias sobre Jesus: o nascimento imaculado, os milagres, a traição e a crucificação, faziam parte de uma ou mais religiões pagãs da época. 
Entre as religiões da época que incluíam o mito da crucificação estavam as religiões de mistério de Attis, Adonis, Dionísio, e outras. Dionísio, por exemplo, era representado com uma coroa de hera, vestido com um manto roxo, e teve que beber fel antes da crucificação. Uma pintura num vaso grego do quinto século A.E.C até mesmo mostra uma comunhão sendo preparada. O fato que essas histórias hoje são associadas quase que exclusivamente ao mito de Jesus de Nazaré mostra como a história está sempre sendo reescrita pelos vitoriosos - a sua maneira.
Sobre a crucificação de Jesus há controvérsias. O silêncio incômodo dos judeus negando a existência de Jesus como homem, como místico e como Deus é um sapo cabeludo que os cristãos vem engolindo por 2 mil anos.

 De Alexandria um intelectual de nome BasÍlides, escreveu entre 120 e 130 versado tanto em escrituras hebréias quanto em Evangelhos cristãos, ele também mergulhava no pensamento egípcio e helenístico e, segundo Irenaeus, promulgou a mais odiosa heresia. – Basílides afirmou que a crucificação foi uma farsa, que Jesus não morreu na cruz, e que um substituto – Simão de Cyrene – tomou o seu lugar.

Tal afirmação pareceria estranha, mas se revelou persistente e tenaz. Até o século VII o Alcorão mantinha precisamente o mesmo argumento: um substituto, tradicionalmente Simão de Cyrene, tomara o lugar de Jesus na cruz.

A seita Islâmica dos Ahmadis prega que Jesus não morreu na cruz, sendo Judas condenado em lugar do Mestre, haja vista as condições quase que impossíveis para a condenação de Jesus, devido a uma acusação sem fundamentos dos sacerdotes, o que impossibilitaria a aplicação da pena de morte.

Para o antropólogo físico Joe Zias, o único caso no mundo em que se tem provas indiscutíveis da crucificação é o de Yehohanan Ben Hagkol, cujo nome significa João, filho de Hagkol. Os restos mortais de João foram encontrados pelo arqueólogo Vassilios Tzaferias, quando escavava um túmulo familiar judaico da antiguidade, em 1968. Zias, responsável por analisar o material, diz que o osso do calcanhar ainda apresentava um prego encravado.

Frabk Zindler diz que não existe uma única fonte rabínica da época que fale da vida de um falso messias do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação e ressurreição de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do cristianismo.
O problema que pesquisadores sinceros e com mentes objetivas têm com esta história espantosa é: por que os registros históricos de escritores gregos, romanos, judeus e não cristãos praticamente não dizem nada sobre Jesus de Nazaré?
Certamente que notícias sobre acontecimentos como esses, se fossem verdadeiras, teriam se espalhado por todo o mundo mediterrâneo. E, no entanto, os escritos que sobreviveram, de uns 35 a 40 observadores independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram suposta crucificação e ressurreição de Jesus, praticamente não confirmam nada. Estes autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e analisavam os fatos, eram os filósofos, poetas, moralistas e historiadores daquela época.
O mais estranho sobre a crucificação é o fato de que um condenado a crucificação não tinha direito a funeral e seu corpo não podia ser removido da cruz tinha que ficar lá a mercê dos cães comedores de carniça e abutres esfomeados, para assim ficar bem visível a vingança do Estado aos infratores da lei. A extinção do cadáver também tinha como vantagem para as autoridades evitar que o túmulo do condenado se tornasse local de culto e resistência.
Ainda que os rabinos não aceitassem Jesus como o Messias, o impacto dos acontecimentos em volta de Jesus logicamente teria sido registrado nos comentários ao Talmud (os midrash). A história e a tradição oral dos judeus registradas nos midrash foram atualizadas e receberam sua forma final pelo rabino Jehudah ha-Qadosh por volta de 220 d.C.
Em seu livro “O Jesus que os judeus nunca conheceram”, Frank Zindler diz que não há uma única fonte rabínica da época que fale da vida de um falso messias do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação e ressurreição de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do cristianismo.
Mentes críticas e objetivas se destacam por procurar confirmação imparcial dos supostos fatos. Quando a única evidência disponível de um acontecimento ou de seus resultados é, não apenas questionável e suspeita, mas também aquilo que os divulgadores do acontecimento ou resultado querem que você acredite, convém desconfiar.
O fato é que os escritores judeus não-cristãos, gregos e romanos das décadas que se seguiram à suposta crucificação e ressurreição de Jesus nada dizem sobre ninguém chamado Jesus de Nazaré. Uma pessoa justa sempre estará disposta a analisar novas evidências, mas, 2 mil anos depois, o cristianismo continua tendo tantas evidências imparciais sobre Jesus quanto sobre o Mágico de Oz, Zeus ou qualquer um dos muitos deuses-redentores daquela época.

RESSURREIÇÃO E APARIÇÕES


Há muitas lendas assim na literatura antiga e, mais uma vez, a maioria dos religiosos rejeita as histórias de ressurreição das outras religiões.
– Tamuz, Deus da Suméria e Fenícia, foi gerado por uma virgem, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado.
Eu poderia entrar em detalhes, mas prefiro ser econômico. Vamos lá...
1- Se realmente houve um túmulo vazio isso só mostra que... houve um túmulo vazio! Aliás, não duvido que tenha havido vários túmulos vazios por lá.
2- Se realmente viram aparições de Jesus isso só mostra que... viram aparições de Jesus! Assim como muitos católicos viram aparições de Maria (isso prova sua assunção e intercessão por nós?).
É importante, no entanto, notar que é precisamente porque desconfiamos da capacidade humana para relatar em eventos com precisão absoluta que espero ter mostrando alguma inconsistência nos detalhes. Assim, nestes detalhes inconsistentes ninguém poderá justificar elevada confiança.
No que diz respeito às questões importantes, no entanto, espera-se consistência entre os testemunhos. Se os testemunhos não são consistentes, eles não merecem confiança. Repito: se temos um conjunto de relatos de um determinado evento, e tais relatos apresentam várias inconsistências naquilo que não pode ser visto como um detalhe, então nenhum dos relatos merece confiança.


Qual é a situação dos evangelhos? As diferenças entre os quatro evangelhos, no que diz respeito a aferir os fatos históricos ocorridos, são de detalhe, ou são significativas? Peço ao leitor que considere as questões que Bart Ehrman coloca a este respeito:
Em que dia morreu Jesus? Antes ou depois da ceia Pascal? E a que horas? Carregou sua cruz sozinho, ou recebeu a ajuda de Simão? Ambos os ladrões achincalharam Jesus, ou só um deles o fez, e o outro defendeu Jesus? A cortina no Templo rasgou-se antes ou depois de Jesus morrer?
Quem foi ao túmulo no terceiro dia? Foi Maria sozinha, ou foi Maria com outras mulheres? Se foi Maria com outras mulheres, quantas mulheres foram? Que mulheres foram? A pedra estava fora do sítio quando chegaram, ou não? O que viram no túmulo? Um homem? Dois homens? Ou um Anjo? O que é que lhes foi dito para dizer aos discípulos? Deveriam ficar em Jerusalém, ou ir à Galileia? As mulheres contaram o sucedido a alguém, ou não? Os discípulos mantiveram-se em Jerusalém? Ou partiram para a Galileia de imediato?
Todas estas respostas dependem do evangelho em questão. A todas elas são dadas respostas explícitas contraditórias em evangelhos diferentes.
E Bart Ehrman nem refere uma série de outras: Jesus foi trazido primeiro perante Caifás ou Anás? Esteve silencioso perante Pilatos ou não? O que dizia o sinal sobre a sua cabeça? Jesus bebeu na cruz? Quem enterrou Jesus? Quais as últimas palavras de Jesus? Madalena reconheceu Jesus quando o viu? E quando Jesus morreru, «Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos»?



É possível encontrar mais de 400 inconsistências, grande parte delas relativas a questões que não poderão ser consideradas «detalhes», entre os diferentes evangelhos, ou um número superior se considerarmos ainda os Atos dos Apóstolos.


O Mais Surpreendente

Fora os evangelhos, por todo o I século, nenhum escrito cristão menciona a espetacular vida pública de Jesus. Nas cartas de Paulo, por exemplo, Jesus não é inserido em um contexto histórico. Nelas não temos um Jesus andarilho, nem parábolas, nem milagres, nem sermões; nem Maria, nem gravidez miraculosa, não fala em José, Judas, Pilatos, etc; não fala da época ou do local de nascimento, não fala da apresentação no Templo, nem paixão em Jerusalém, nem um túmulo vazio, nem aparições em carne e osso; nenhuma indicação de tempo e lugar, etc. por fim, não menciona nada da suposta vida pública de Jesus. Ao invés disso, temos um obscuro personagem celestial, revelado em visões e pelo Espírito Santo; com indícios de influência platônica.
Literaturas cristãs posteriores foram escritas bem depois dos acontecimentos que descrevem, nenhuma anterior a pelo menos a sétima década. E nenhuma delas foi escrita pelos autores cujos nomes as encabeçam. Pelo que se saiba. A maioria são relatos de segunda e terceiro mão. Houve mais que tempo suficiente para a criação de mitologia, portanto não são claramente dignas de confiança.
Os escritos de Paulo aceitos como genuinamente seus (Gálatas I e II e Tessalonicenses I e II, Coríntios, Romanos, Filemón, Filipenses, e possivelmente Colossenses) mostram ser a literatura dos primeiros cristãos mais clara de que dispomos. Foram provavelmente escritos no começo da quinta década do primeiro século - bem depois dos eventos da vida de Jesus. Quando as cartas são examinadas isoladamente, fica claro que Paulo não tinha nem idéia da concepção imaculada, que nunca afirmou que tinha vivido na época de Jesus, ou que quaisquer de seus mentores eram contemporâneos de Jesus, ou que Jesus tenha feito qualquer milagre e ele aparentemente não associou a morte de Jesus com o julgamento perante Pilatos.
Somente em Gálatas 01:19, menciona ele um Jesus contemporâneo, e somente para apontar que Tiago é irmão do Senhor. O uso do termo Senhor torna essa referência um tanto questionável segundo peritos, já que a palavra Senhor não era de uso comum até o segundo século. Portanto as cartas Paulinas, pelo menos as confiáveis, não dão testemunho a um Jesus na primeira metade do primeiro século. O que torna isso interessante é que, outras literaturas cristãs apócrifas mais antigas, anteriores aos quatro evangelhos, omitem exatamente as mesmas coisas.
Paulo só vai a Jerusalém anos depois de cair do cavalo e nem menciona os lugares santos ou sua emoção em visitá-los. Vai lá apenas para se encontrar com Pedro. E ninguém menciona Pilatos e o julgamento de Jesus.

Filon de Alexandria, apesar de haver contribuído muito para a construção do cristianismo, nega a existência de Cristo. Escrevendo sobre Pôncio Pilatos e sobre sua atuação como Procurador da Judéia, não faz referência alguma ao suposto julgamento de Jesus. Fala dos essênios e de sua doutrina comunal sem mencionar para nada o nome de Cristo.

O conto de Jesus incorporou elementos dos contos de outros deuses registados nesta área difundida, tal como muitos dos seguintes salvadores do mundo e "filhos de Deus," a maioria ou todos de quem precedem o mito cristão, e um número que foi crucificado ou executado:

  • Adad da Assíria
  • Adonis, Apolo, Héracles ("Hércules"), e Zeus da Grécia
  • Alcides de Thebes
  • Attis de Phrygia
  • Baal da Fenícia
  • Bali do Afeganistão
  • Beddru do Japão
  • Buda da Índia
  • Crite de Chaldea
  • Deva Tat do Sião
  • Hesus dos Druidas
  • Horus, Osiris, e Serapis de Egipto, cuja a aparência com o barba e o cabelo longo foi adotada para o caráter de Cristo
  • Indra do Tibet
  • Jao do Nepal
  • Krishna da Índia
  • Mikado do Sintoos
  • Mithra e Zaratustra/Zoroastro da Pérsia
  • Odin da Escandinávia
  • Prometheus do Cáucaso
  • Quetzalcoatl do México
  • Salivahana de Bermuda
  • Tammuz da Síria (que era, em um movimento típico na fabricação dos mitos, mudada mais tarde no discípulo Tomé16)
  • Thor dos Gauls
  • Monarca universal do Sibyls
  • Wittoba dos Bilingonese
  • Xamolxis de Thrace
  • Zoar dos Bonzes

É QUESTÃO DE LÓGICA:


Qual é a maior propagadora de Jesus:  A Igreja.

A Igreja é uma instituição confiável que nunca fez nada que prejudicou a humanidade ? Não

A Igreja Mente ? Mente! (A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade. (Leonardo Boff) – Revista Caros Amigos Setembro de 1998.

Temos provas históricas ou arqueológicas sobre Jesus ? Não.

Como provar que a história de Jesus é verdadeira ? Não há como.

O que difere o mito de Jesus do mito do Papai Noel ? nada!


Bom...há uma diferença .. o Papai Noel não condena ao sofrimento quem desacredita dele.





E como disse nosso amigo Leão X :

"Quantum nobis prodeste haec fabula Christi!" (Quanto nos é útil esta FÁBULA de Cristo!)

"A fábula de cristo é de tal modo lucrativa que seria loucura advertir os ignorantes de seu erro"