quinta-feira, 10 de março de 2011

O CARÁTER DE CRISTO






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Desejo agora dizer algumas palavras sobre um tema que, penso com freqüência, não foi tratado suficientemente pelos racionalistas, e que é a questão de saber-se se Cristo foi o melhor e o mais sábio dos homens.

É geralmente aceito como coisa assente que deveríamos todos concordar em que assim é. Não penso desse modo. Acho que há muitíssimos pontos em que concordo com Cristo muito mais do que o fazem os cristãos professos.

Não sei se poderia concordar com Ele em tudo, mas posso concordar muito mais do que a maioria dos cristãos professos o faz.

Lembrar-vos-ei que Ele disse: “Não resistais ao mau, mas, se alguém te ferir em tua face direita, apresenta-lhe também a outra”.

Isto não era um preceito novo, nem um princípio novo. Foi usado por Lao-Tse e por Buda cerca de quinhentos ou seiscentos anos antes de Cristo, mas não é um princípio que, na verdade, os cristãos aceitem.

Não tenho dúvida de que o Bispo da Paraíba (Dom Aldo Pagotto), por exemplo, é um cristão sumamente sincero, mas não aconselharia a nenhum de vós que o ferisse na face.

Penso que, então, poderíeis descobrir que ele considerava esse texto como algo que devesse ser empregado em sentido figurado.

Há um outro ponto que julgo excelente.

Lembrar-vos-eis, por certo, de que Cristo disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados”.

Não creio que vós considerásseis tal princípio como sendo popular nos tribunais dos países cristãos. Conheci, em outros tempos, muitos juízes que eram cristãos sumamente convictos, e nenhum deles achava que estava agindo, no que fazia, de maneira contrária aos princípios cristãos.

Cristo também disse: “Dá a quem te pede, e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes”.

É este um princípio muito bom. Vosso Presidente vos lembrou que não estamos aqui para falar de política, mas não posso deixar de observar que as últimas eleições gerais foram disputadas baseadas na questão de quão desejável seria voltar as costas ao que desejava lhe emprestássemos, de modo que devemos presumir que os liberais e os conservadores deste país são constituídos de pessoas que não concordam com os ensinamentos de Cristo, pois que, certamente, naquela ocasião, voltaram as costas de maneira bastante enfática.

Há ainda uma máxima de Cristo que, penso, contém nela muita coisa, mas não me parece muito popular entre os nossos amigos cristãos.

Diz Ele: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá-os aos pobres”.

Eis aí uma máxima excelente, mas, como digo, não é muito praticada. Todas estas, penso, são boas máximas, embora seja um pouco difícil viver-se de acordo com elas.

Quanto a mim, não afirmo que o faça – mas, afinal de contas, isso não é bem o mesmo que o seria tratando-se de um cristão.

Defeitos nos ensinamentos de Cristo




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Tendo admitido a excelência de tais máximas, chego a certos pontos em que não acredito que se possa concordar nem com a sabedoria superlativa, nem com a bondade superlativa de Cristo, tal como são descritas nos Evangelhos – e posso dizer aqui que não estou interessado na questão histórica.

Historicamente, é muito duvidoso que Cristo haja jamais existido e, se existiu, nada sabemos a respeito d'Ele, de modo que não estou interessado na questão histórica, que é uma questão muito difícil.

Estou interessado em Cristo tal como Ele aparece nos Evangelhos, tomando a narrativa bíblica tal como ela se nos apresenta – e nela encontramos algumas coisas que não me parecem muito sábias.

Por um lado, Ele certamente pensou que o Seu segundo advento ocorreria em nuvens de glória antes da morte de toda a gente que estava vivendo naquela época.

Há muitos textos que o provam. Diz Ele, por exemplo: “Não acabareis de correr as cidades de Israel, sem que venha o Filho do Homem”. E adiante: “Entre aqueles que estão aqui presentes, há alguns que não morrerão, antes que vejam o Filho do Homem no seu reino” – e há uma porção de lugares em que é bastante claro que Ele acreditava que a Sua segunda vinda ocorreria durante a vida dos que então viviam.

Essa era a crença de seus primeiros adeptos, constituindo a base de uma grande parte de Seus ensinamentos morais.

Quando Ele disse: “Não andeis inquietos pelo dia de amanhã” e outras coisas semelhantes, foi, em grande parte, porque julgava que a sua segunda vinda seria muito em breve e que, por isso, não tinham importância os assuntos mundanos.

Conheci, na verdade, cristãos que acreditavam que o segundo advento era iminente. Conheci um pároco que assustou terrivelmente a sua congregação, dizendo-lhe que o segundo advento estava, com efeito, sumamente próximo, mas os membros de seu rebanho se sentiram muito consolados quando viram que ele estava plantando árvores em seu jardim.

Os primeiros cristãos acreditaram realmente nisso, e abstinham-se de coisas tais como plantar árvores em seus jardins, pois que aceitaram de Cristo a crença de que o segundo advento estava iminente.

Neste sentido claramente ele não foi tão sábio como alguns outros o foram – e, certamente, não se mostrou superlativamente sábio.

O problema moral



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Chega-se, a seguir, às questões morais. Há, a meu ver, um defeito muito sério no caráter moral de Cristo, e isso porque Ele acreditava no inferno.

Quanto a mim, não acho que qualquer pessoa que seja, na realidade, profundamente humana, possa acreditar no castigo eterno.

Cristo, certamente, tal como é descrito nos Evangelhos, acreditava no castigo eterno, e a gente encontra, repetidamente, uma fúria vinditiva contra os que não davam ouvidos aos seus ensinamentos – atitude essa nada incomum entre pregadores, mas que, de certo modo, se afasta da excelência superlativa.

Não encontrareis, por exemplo, tal atitude em Sócrates. Encontramo-lo bastante suave e cortês para com aqueles que não queriam ouvi-lo – e, na minha opinião, é muito mais digno de um sábio adotar tal atitude do que mostrar-se indignado.

Provavelmente vos lembrareis das coisas que Sócrates disse quando estava agonizando, bem como das coisas que em geral dizia às pessoas que não concordavam com ele.

Vereis que, nos Evangelhos, Cristo disse: “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação ao inferno?”

Isso foi dito a gente que não gostava de seus ensinamentos. Esse não é, realmente, na minha opinião, o melhor tom, e há muitas dessas coisas acerca do inferno.

Há, por certo, o texto familiar acerca do pecado contra o Espírito Santo: “Quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem neste século nem no futuro”.

Este texto causou indizível infelicidade no mundo, pois que toda a espécie de criatura imaginava haver pecado contra o Espírito Santo e achava que não seria perdoada nem neste mundo, nem no outro.

Não me parece, realmente, que uma pessoa dotada de um grau adequado de bondade em sua natureza teria posto no mundo receios e terrores dessa espécie.

Diz Cristo, ainda: “O Filho do homem enviará os seus anjos, e tirarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes”. E continua a referir-se aos lamentos e ao ranger de dentes.

Isso aparece versículo após versículo, e fica bastante evidente ao leitor que há um certo prazer na contemplação dos lamentos e do ranger de dentes, pois que, do contrário, isso não ocorreria com tanta freqüência.

Vós todos vos lembrais, certamente, da passagem acerca das ovelhas e das cabras; de como, na segunda vinda, a fim de separar as ovelhas das cabras, irá Ele dizer às cabras: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno”.

Ele continua: “E irão eles para o castigo eterno”.

Depois, torna a dizer: “E se a tua mão te escandaliza, corta-a; melhor é entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga”. Repete também isso muitas e muitas vezes.

Devo dizer que considero toda esta doutrina – a de que o fogo eterno é um castigo para o pecado – como uma doutrina de crueldade.

É uma doutrina que pôs crueldade no mundo e submeteu gerações a uma tortura cruel – e o Cristo dos Evangelhos, se pudermos aceitá-l’O como os seus cronistas O representam, teria, certamente, de ser considerado, em parte, responsável por isso.

Há outras coisas de menor importância. Há, por exemplo, a expulsão dos demônios de Gerasa, onde, certamente, não foi muito bondoso para com os porcos, fazendo com que os demônios neles entrassem e se precipitassem ao mar pelo despenhadeiro.

Deveis lembrar-vos de que Ele era onipotente e teria podido simplesmente fazer com que os demônios fossem embora. Mas Ele prefere fazer com que entrem nos porcos. Há, ainda, a curiosa história da figueira, que sempre me deixa um tanto intrigado.

Vós vos lembrais do que aconteceu com a figueira. “Pela manhã, quando voltava para a cidade, teve fome. E, vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela; e não encontrou nela senão folhas, e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti”. E Pedro disse-Lhe: “Vê, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou”.

Essa é uma história muito curiosa, pois que aquela não era a estação dos figos e, realmente, não se podia censurar a árvore.

Quanto a mim, não me é possível achar que, em questão de sabedoria ou em questão de virtude, Cristo permaneça tão alto como certas outras figuras históricas que conheço.

Nesses sentidos, eu colocaria Buda e Sócrates acima d’Ele.

O fator emocional



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Como já disse, não creio que a verdadeira razão pela qual as pessoas aceitam a religião tenha algo que ver com argumentação.

Aceitam a religião por motivos emocionais. Dizem-nos com freqüência que é muito errado atacar-se a religião, pois que a religião torna os homens virtuosos.

Isso é o que me dizem; eu jamais o percebi. Conheceis, por certo, a paródia desse argumento, tal como é apresentado no livro Erewhom Revisited, de Samuel Butler.

Vós vos lembrais de que, em Erewhom, há um certo Higgs que chega a um país remoto e que, após passar lá algum tempo, foge do país num balão.

Vinte anos depois, volta ao mesmo país e encontra uma nova religião, na qual é ele adorado sob o nome de “Filho do Sol”, e na qual se afirma que ele subiu ao céu.

Verifica que a Festa da Ascensão está prestes a ser celebrada, e ouve os Professores Hanky e Panky dizerem entre si que jamais puseram os olhos no tal Higgs e que esperam não o fazer jamais – mas eles são altos sacerdotes da religião do Filho do Sol.

Higgs sente-se muito indignado e, aproximando-se deles, diz-lhes: “Vou desmascarar todo este embuste e dizer ao povo de Erewhom que se tratava apenas de mim, Higgs, e que subi num balão”. Responderam-lhe: “Não deve fazer isso, pois toda a moral deste país gira em torno desse mito e, se souberem que você não subiu aos céus, todos os seus habitantes se tornarão maus”. Persuadido disso, Higgs afasta-se do país silenciosamente.

Eis aí a idéia – a de que todos nós seríamos maus se não nos apegássemos à religião cristã.

Parece-me que as pessoas que se apegaram a ela foram, em sua maioria, extremamente más.

Tendes este fato curioso: quanto mais intensa a religião em qualquer época, e quanto mais profunda a crença dogmática, tanto maior a crueldade e tanto pior o estado das coisas.

Nas chamadas Idades da Fé, quando os homens realmente acreditavam na religião cristã em toda a sua inteireza, houve a Inquisição, com as suas torturas; houve milhares de infelizes queimadas como feiticeiras – e houve toda a espécie de crueldade praticada sobre toda a espécie de gente em nome da religião.

Constatareis, se lançardes um olhar pelo mundo, que cada pequenino progresso verificado nos sentimentos humanos, cada melhoria no direito penal, cada passo no sentido da diminuição da guerra, cada passo no sentido de um melhor tratamento das raças de cor, e que toda diminuição da escravidão, todo o progresso moral havido no mundo, foram coisas combatidas sistematicamente pelas Igrejas estabelecidas do mundo.

Digo, com toda convicção, que a religião cristã, tal como se acha organizada em suas Igrejas, foi e ainda é a principal inimiga do progresso no mundo.

De que forma as igrejas retardaram o progresso




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Talvez julgueis que estou indo demasiado longe, quando digo que ainda assim é. Não julgo que esteja. Tomemos apenas um fato.

Concordareis comigo, se eu o citar. Não é um fato agradável, mas as Igrejas nos obrigam a referir-nos a fatos que não são agradáveis. Suponhamos que, neste mundo em que hoje vivemos, uma jovem inexperiente case com um homem sifilítico. Neste caso, a Igreja Católica diz:

“Esse é um sacramento indissolúvel. Devem permanecer juntos por toda a vida”.

E nenhum passo deve ser dado por essa mulher no sentido de evitar que dê à luz filhos sifilíticos. Isso é o que diz a Igreja Católica.

Quanto a mim, digo que isso constitui uma crueldade diabólica, e ninguém cujas simpatias naturais não tenham sido embotadas pelo dogma, ou cuja natureza moral não esteja inteiramente morta a todo sentido de sofrimento, poderia afirmar que é justo e certo que tal estado de coisas deva continuar.

Este é apenas um dos exemplos. Há muitas outras maneiras pela qual a Igreja, no momento, com sua insistência sobre o que prefere chamar moralidade, inflige a toda a espécie de pessoas sofrimentos imerecidos e desnecessários.

E, naturalmente, como todos nós sabemos, é ainda, em grande parte, contrária ao progresso e ao aperfeiçoamento de todos os meios tendentes a diminuir o sofrimento no mundo, pois que costuma rotular de moralidade certas regras de conduta estreitas que nada têm a ver com a felicidade humana – e quando se diz que isto ou aquilo deve ser feito, pois que contribuiria para a felicidade humana, eles acham que nada tem a ver, absolutamente, com tal assunto.

“Que tem a felicidade a ver com a moral? O objetivo da moral não é tornar as pessoas felizes”.

O MEDO - A BASE DA RELIGIÃO




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A religião baseia-se, penso eu, principalmente e antes de tudo, no medo. É, em parte, o terror do desconhecido e, em parte, como já o disse, o desejo de sentir que se tem uma espécie de irmão mais velho que se porá de nosso lado em todas as nossas dificuldades e disputas.

O medo é a base de toda essa questão: o medo do mistério, o medo da derrota, o medo da morte. O medo é a fonte da crueldade e, por conseguinte, não é de estranhar que a crueldade e a religião tenham andado de mãos dadas.

Isso porque o medo é a base dessas duas coisas. Neste mundo, podemos agora começar a compreender um pouco as coisas e a dominá-las com a ajuda da ciência, que abriu caminho, passo a passo, contra a religião cristã, contra as Igrejas e contra a oposição de todos os antigos preceitos.

A ciência pode ajudar-nos a superar este medo covarde com o qual a humanidade tem vivido por tantas gerações.


A ciência pode ensinar-nos, e penso que também os nossos corações podem fazê-lo, a não mais procurar apoios imaginários, a não mais inventar aliados no céu, mas a contar antes com os nossos próprios esforços aqui embaixo para tornar este mundo um lugar adequado para viver, em vez da espécie de lugar a que as igrejas, durante todos estes séculos, o converteram.

NEM SÓ DE MEDO VIVE O HOMEM



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Devemos apoiar-nos em nossos próprios pés e olhar o mundo honestamente – as coisas boas, as coisas más, suas belezas e suas fealdades; ver o mundo como ele é, e não temê-lo.

Conquistar o mundo por meio da inteligência, e não apenas abjetamente, subjugados pelo terror que ele nos desperta.

Toda a concepção de Deus é uma concepção derivada dos antigos despotismos orientais. É uma concepção inteiramente indigna de homens livres.

Quando vemos na igreja pessoas a depreciar a si próprias e a dizer que são miseráveis pecadores e tudo o mais, tal coisa nos parece desprezível e indigna de criaturas humanas que se respeitem.

Devemos levantar-nos e encarar o mundo de frente, honestamente. Devemos fazer do mundo o melhor que nos seja possível, e se o mesmo não é tão bom quanto desejamos, será, afinal de contas, ainda melhor do que esses outros fizeram dele durante todos estes séculos.

Um mundo bom necessita de conhecimento, bondade e coragem; não precisa de nenhum anseio saudoso pelo passado, nem do encarceramento das inteligências livres por meio de palavras proferidas há muito tempo por homens ignorantes.

Necessita de uma perspectiva intemente e de uma inteligência livre. Necessita de esperança para o futuro, e não passar o tempo todo voltado para trás, para um passado morto, que, assim o confiamos, será ultrapassado de muito pelo futuro que a nossa inteligência pode criar.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Crítica e pensamento de ilustres filósofos



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Este espaço é dedicado a reflexão do pensamento de grandes filósofos e escritores, com especial enfoque as questões que nos afetam diretamente, como o papel das religiões na história, o poder econômico e nosso papel na sociedade, como indivíduos conscientes do que acontece a nossa volta.

A análise do pensamento dos filósofos "clássicos" é fundamental para que possamos desenvolver nossa crítica aos sistemas de valores em mutação ao longo dos séculos. Alguns textos selecionados, representam peças do quebra cabeças infinito que é a capacidade humana em abstração e evolução, quando canalizados para objetivos concretos e positivos.

Expurgando crendices, misticismos de todas as espécies, de forma racional, evolutiva e progressista, buscando alcançar os verdadeiros valores humanos através da ética, da justiça e da Verdade. Aliás, a famosa citação : "no início era o Verbo" é uma farsa, pois o Verbo deveria ser substituído pela Verdade. Somente a Verdade irá nos salvar, seja da ignorância, da tirania de governantes, da manipulação das massas, da distorção e diminuição dos valores individuais em detrimento da esterilidade oferecida pelas religiões.

Devo ressaltar que os valores morais do indivíduo, independem de sua postura quanto a religiosidade ou espiritualismo. A ética e a moral na sociedade é em função do caráter, do intelecto e de suas ações frente aos seus semelhantes e ao frágil ecossistema mundial. Por isso, a crítica responsável, objetiva que visa a evolução do homem e da sociedade, é extremamente importante, a na época atual em especial, quando há a continuidade da bestialidade de guerras motivadas essencialmente por interesses econômicos, mas que se escondem nas trevas dos fundamentalismos religiosos.

O ateísmo, agnosticismo ou a simples "heresia" frente as religiões dominantes assume importância cada vez maior na sociedade atual, para impedir a proliferação da violência insana das guerras e o desenvolvimento de nova corrida armamentista em nome de deuses ou supostos eixos do mal.

Aqui o ponto central da reflexão é à Igreja e ao capitalismo voraz que degrada as sociedades e devasta nações inteiras devido as suas diversas formas de fundamentalismo. A busca suprema da Humanidade deveria ser a paz, o desenvolvimento sustentado das sociedades em harmonia com os recursos naturais de nosso planeta ( nossa única casa ) e a autodeterminação dos povos em detrimento da construção de impérios militares ou imaginários, que não existem nem na imaginação de quem os criou. Assim como declarou Marx em O Capital, "tudo que é sólido desmancha no ar", a história humana é um ciclo, e todos os impérios - terrenos ou não - sucumbem.