Muitas histórias contidas no Velho Testamento se repetem no Novo
Testamento. Esta é mais uma história contada e recontada em que Deus condena dois homens a morte com suas famílias por sonegarem bens a serem entregues a aqueles
que se diziam guardião do tesouro divino. Por outro lado, é possível definir o tamanho e a medida da justiça, da bondade, do amor e da misericórdia Divina.
DEUS MATA OS SONEGADORES
Josué, o homem que substituiu Moisés em tudo, inclusive nas atrocidades e genocídios (1), manteve o propósito de levar os
hebreus para a Terra Prometida. Sob orientação divina, espalha o terror por onde passa, exterminando
povos e saqueando objetos de valores, inclusive camelos, jumentos, bois e ovelhas.
A Bíblia me diz que Javé, nesta época conhecido como "O SENHOR",
contando com a ajuda de uma prostituta de nome Raabe,(2) traça um plano para
exterminar todos os habitantes de Jericó do mais novo ao mais velho, inclusive
mulheres e crianças. A orientação divina era bem clara, toda prata, e o ouro e
os vasos de metal e de ferro, decorrente do saque, fossem para o seu tesouro.
Acrece que um guerreiro corrupto de nome Acã, surrupiou parte do
produto do saque, o que provocou a ira do Senhor, que por sua vez abandonou
Josué a própria sorte, tendo o comandante que amargar uma derrota na cidade de
Ai, de onde saíram feridos trinta e seis homens.
Josué ficou irado, rasgou suas roupas e se prostrou em terra sobre o
seu rosto. Foi então que o Senhor lhe falou que o tinha abandonado pelo fato de
haver um ladrão mentiroso infiltrado no seu exército e que necessário se fazia
então que o corrupto fosse queimado a fogo, ele e tudo quanto tiver; porquanto
transgrediu a aliança do Senhor, e fez uma loucura em Israel.
Então levantou-se Josué ainda de madrugada e começou a investigar um
por um de seus soldados, chegando ardilosamente ao culpado, um homem de nome
Acã que confessou o roubo de duzentos siclos de prata e uma cunha de ouro do
peso de cinquenta siclos e uma capa.
Além de recuperar o produto do roubo "para o Senhor" Josué
confiscou todos os bens de Acã e condenou juntamente com os seus filhos e
filhas a pena de morte por apedrejamento e fogo no vale de Acor.
Feita a vontade do Senhor, Josué toma a cidade de Ai com a ajuda
diniva.
NOVO TESTAMENTO
Desde o nascedouro do Cristianismo que a classe sacerdotal vem extorquindo fiéis seguidores, ameaçando-os com o suplício eterno, caso não contribuam com parte de seus bens para a manutenção luxuosa de seus clérigos. Ananias foi convencido pelos apóstolos de Jesus a vender sua
propriedade e doar todo o dinheiro para a obra de Deus, tal como fazem hoje os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada pelo bispo Edir Macedo. Ananias assim o fez, mas reteve parte do patrimônio, depositando aos pés dos apóstolos apenas parte do dinheiro da venda
da propriedade. (Atos 5:1 e 2)
Descoberta a fraude, Ananias foi censurado publicamente pelos apóstolos e teve como castigo imediato, a morte súbita por decoro, causando assim um grande temor
ao público presente. (Atos 5:5)
Safira, a mulher de Ananias não teve outro destino senão a mesma
sorte do marido. Mesmo tendo confessado que sabia de tudo, inclusive a quantia
exata em que a propriedade fora vendida, não teve direito a delação premiada. A
fundamentação do Apóstolo Pedro para justificar a morte súbita de Safira foi a
de que ela sabia do pecado de sonegação de dízimo praticado contra o "Espírito
Santo" e manteve-se calada, contribuindo assim para a execução plena do pecado cometido pelo marido.
Tanto a história de Acã, como a história de Ananias, são histórias repetidas a propósito para servirem de exemplo do que pode acontecer a um fiel que tente enganar um sacerdote sonegando a oferta divina no todo ou em parte. A ira de Deus cairá sobre o sonegador fulminando-o com a pena capital. Para os cristãos a pena é imensurável, pois sonegar a oferta ou parte dela equivale a roubar o próprio Deus e a pena é sofrer eternamente no caldeirão escaldante de enxofre do inferno pelo pecado cometido. Já o judaísmo reserva aos que cometem o sacrilégio de roubar a Deus um lugar de expiação denominado Gehinom(3)
1) JOSUÉ 6:21-27 Com aprovação divina, Josué destrói com fio da espada os homens, mulheres e crianças da cidade de Jericó.
JOSUÉ 7:19-26 Acã, seus filhos e seu gado são apedrejados até a morte por Josué, só por ter pego despojos dos babilônios.
JOSUÉ 11:6 O senhor ordena o mutilamento (corte dos tendões das pernas) dos cavalos.
Tanto a história de Acã, como a história de Ananias, são histórias repetidas a propósito para servirem de exemplo do que pode acontecer a um fiel que tente enganar um sacerdote sonegando a oferta divina no todo ou em parte. A ira de Deus cairá sobre o sonegador fulminando-o com a pena capital. Para os cristãos a pena é imensurável, pois sonegar a oferta ou parte dela equivale a roubar o próprio Deus e a pena é sofrer eternamente no caldeirão escaldante de enxofre do inferno pelo pecado cometido. Já o judaísmo reserva aos que cometem o sacrilégio de roubar a Deus um lugar de expiação denominado Gehinom(3)
1) JOSUÉ 6:21-27 Com aprovação divina, Josué destrói com fio da espada os homens, mulheres e crianças da cidade de Jericó.
JOSUÉ 7:19-26 Acã, seus filhos e seu gado são apedrejados até a morte por Josué, só por ter pego despojos dos babilônios.
JOSUÉ 8:22-25 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Ai, matando 12.000 homens e mulheres, sem que nenhum escapasse.
JOSUÉ 10:10-27 Com aprovação divina, Josué destrói todo os Gibeonitas.
JOSUÉ 10:28 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Maqueda.
JOSUÉ 10:30 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Libna.
JOSUÉ 10:32-33 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Laquis.
JOSUÉ 10:34-35 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Eglom.
JOSUÉ 10:36-37 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Hebrom.
JOSUÉ 10:38-39 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Debir.
JOSUÉ 11:21-23 Com aprovação divina, Josué destrói todo o povo de Anakim.
JOSUÉ 10:40 “Assim feriu Josué toda aquela terra, as montanhas, o sul, e as campinas, e as
descidas das águas, e a todos os seus reis. Nada deixou de resto; mas tudo o que tinha fôlego destruiu, como ordenara o Senhor Deus de Israel.”JOSUÉ 11:6 O senhor ordena o mutilamento (corte dos tendões das pernas) dos cavalos.
(2) O comentarista judeu medieval Rashi afirma
que ela era uma vendedora de alimentos no mercado em Jericó. O historiador do
primeiro século dCJosefo menciona
que Raabe manteve uma pousada, mas é omisso quanto a saber se apenas o
arrendamento de quartos era sua única fonte de renda. No Novo
Testamento Cristão, a Epístola de Tiago e a Epístola aos Hebreus seguem a tradição
estabelecida pelos tradutores da Septuaginta no
uso da palavra grega "πόρνη" (que geralmente é traduzido para o
Português como "meretriz" ou "prostituta") para descrever
Raabe.
(3) No judaísmo, o termo Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária
à alma para que possa entrar no Paraíso -
denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o inferno na religião e mitologia
judaica não é eterno, mas uma condição finita, após a qual a alma está
purificada. Outro termo designativo do mundo dos mortos é Sheol, que apresenta essa característica de desolação,
silêncio e purificação.
* Recomenda a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são apenas apontamentos de estudo.
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