.
Querem os cristãos, que nós, os infiéis, apóstatas, agnósticos e ateus, acreditemos na existência de um Deus, que não teve começo nem terá
fim, de origem judaica, que criou os Céus e a Terra e tudo que nela há
inclusive nós. Este Deus resolveu vir a Terra em forma humana para ser
sacrificado pelos pecados cometido e ainda há serem cometido em tempo futuro por
toda humanidade, salvando-nos do fogo eterno do inferno que ele mesmo criara para penalizar por toda eternidade todo aquele que não acreditasse nele. Para tanto, engravidou
uma virgem jovem, que permaneceu virgem por toda sua vida, e ao mesmo tempo
nasceu dela, sem sequer perguntar-lhe se aceitaria ser mãe de um Deus cujo
destino seria morrer na cruz para salvar a humanidade da danação eterna. Eis,
portanto o início de um Deus chamado Jesus.
Agindo assim, Deus pôs em crise o casamento da
jovem adolescente de apenas 14 anos, de nome Maria, que apareceu grávida diante do noivo José, de idade já avançada, sem que ainda
não houvesse coabitado. Para justificar a gravidez miraculosa, nos conta o
Evangelho de Cristo, que Deus enviou em sonho, um anjo ao noivo, para
justificar a gravidez de sua noiva. Não é preciso dizer que José aceitou o
argumento angelical.
Então podemos perguntar:
Qual a razão que
levaria Deus a criar o Universo, com bilhões de galáxias, cada uma com trilhões
de estrelas e bilhões de planetas, e depois, escolher uma estrela localizada na
periferia de uma dessas galáxias, e somente nesta estrela, escolher um planeta
para nele finalmente criar o homem e a mulher, para que deste casal surgisse
uma população com ignorância suficiente para criar religiões que se apoiam num
livro cheio de plágios, erros e contradições, e por causa deste livro e em nome
desse Deus, mutuamente se odiarem e se matarem durante muitos séculos, e ainda
achando pouco, viverem todos os dias trapaceando e enrolando esse mesmo Deus?
Faz sentido a existência de um Deus onisciente, onipotente
e onipresente, criar o homem, arrepender-se e destruí-lo logo depois, deixando
apenas uma família onde o patriarca era beberão e por entender que a
descendência de Noé continuava no pecado, decidiu mandar seu filho para morrer
pelos pecados dos humanos?
Por que o nascimento de Jesus é
comemorado em 25 de dezembro?
Parece incrível, mas a escolha da data não tem nada
a ver com o nascimento de Jesus, e sim com o nascimento do Deus Mithra, na
época, vastamente adorado em
Roma. Toda a história de Jesus, - esse de quem se fala no
Novo Testamento - foi produzida inicialmente dentro do Império Romano. A ideia de comemorar o nascimento do Deus Jesus em 25 de dezembro, partiu de Sextus
Julius Africanus, no ano 221, que aproveitando esta festa pagã “cristianizou” a
data.
A cristandade aceitou a proposta, mas as
comemorações oficiais pelo Império Romano do nascimento de Jesus se deram pela
primeira vez no século IV, quando o Cristianismo passou a ser a religião
oficial do império. - ano 354. A tal festa
pagã, chamada de Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol
invencível"), era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma. As comemorações
aconteciam durante o solstício de inverno, o dia mais curto do ano e incluía
corridas de cavalos - trinta bigas - em honra do Sol.
O Mitraismo adorava a Santíssima Trindade e tinha
Mitra como segundo Deus, originou-se na Pérsia 400 AC , foi durante 200 anos
o maior rival do Cristianismo, tendo muito influenciado o Cristianismo
primitivo.
A origem da data é essa, mas será que Jesus
realmente nasceu no período de fim de ano? Os especialistas duvidam.
"Entre os estudiosos do Novo Testamento e das origens do cristianismo, é
consenso que ele não nasceu em 25 de dezembro".
Quem das personagens mitológicas também
nasceram de virgens?
Os mais conhecidos são: Rômulo e Remo, Perseu,
Zoroastro, Mitra, Horus, Osíris-Aion, Baco, Hermes, Cadom, Lao-tsé, Fo-hi,
Quetzalcoatl, Agdistis, Attis, Buda, Apolônio, Tammuz, Adónis, Korybas,
Dioniso.
Todos esses deuses descendiam de país deuses e de
mães virgens. O nascimento de quase todos era anunciado pelas estrelas,
celebrado por uma música celestial, e vozes declaravam que uma bênção havia
chegado ao mundo desventurado.
Todos esses
deuses nasceram em lugares humildes, em cavernas, sob árvores, em estalagens, e
tiranos tentaram matá-los quando eram bebês. Todos esses deuses-sol nasceram no
solstício de inverno, no natal.
Tudo o que sabemos sobre o nascimento controverso e
miraculoso de Jesus está nos evangelhos de Mateus e Lucas - e são versões bem
diferentes. Em Mateus, José e Maria aparentemente viviam em Belém quando ela
deu à luz. No evangelho de Lucas, que não conheceu Jesus, eles moravam em
Nazaré, e só se deslocaram até Belém porque Augusto, o imperador romano,
decretou que todos os habitantes do império deveriam ir até a cidade onde nasceram
seus ancestrais para participar de um censo. Isso é uma inverdade o
governo de Augusto é extremamente bem documentado. E não há registro de censo
nenhum. Menos ainda um em que as pessoas teriam que "voltar à cidade de
seus ancestrais".
Mateus diz que José e Maria fugiram apressadamente
de Belém, sem passar por Jerusalém, indo direto para o Egito, após a adoração
dos Magos. Apenas este Evangelho, o de Mateus, relata a presença dos Magos, mas
não diz quantos eram. Por está no plural sabe-se que é mais de um mago. Todavia,
Lucas diz que a Sagrada Família estivera em Jerusalém e acrescenta a narração
da cena de que participaram Ana e Simeão. De modo que um evangelista desmente o
outro.
O Evangelho de Lucas nos conta ainda que, aos 12
anos, Jesus viajou com seus pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar o Pessach,
a Páscoa judaica. Quando José e Maria retornavam a Nazaré, perceberam que Jesus
tinha ficado para trás. Procuraram o garoto durante 3 dias e decidiram voltar
ao Templo, onde o encontraram discutindo religião com os sacerdotes. "E
todos que o ouviam se admiravam com sua inteligência" (Lucas
2:42-49).
Lucas, repito, que
não conheceu Jesus, não alude à matança das criancinhas, nem à fuga para o
Egito. Por outro lado, Marcos e João
não se reportam à infância de Jesus, passando a narrar os acontecimentos de sua
vida a partir do seu batismo por João Batista.
O Apóstolo Paulo, que não conheceu Jesus, diz apenas que "era descendente de
Abraão e Davi (Gl 3.16; Rm 1.3)"
Nada de nascimento miraculoso. Nada de Magos vindos do oriente. Nada de anjos. Nada de estrela guia. Este relato é apresentado apenas no evangelho de Mateus.
O mais provável, enfim, é que esses
personagens de Mateus sejam inspirados em sacerdotes do zoroastrismo, uma
religião persa ligada à astrologia - daí a "estrela de Belém" e o
"vindos do oriente", onde ficava a Pérsia (que hoje se chama
"Irã").
Deixemos o nascimento de uma virgem de lado,
deixemos também a estrela que iluminou, os magos e os reis.
Massacre dos inocentes
Não existe nenhum registro da mortandade de todas
as crianças com menos de dois anos. Apenas Mateus narra a matança das crianças
a mando de Herodes, para eliminar uma criança ameaçadora – se valendo de uma
profecia duvidosa. Mas temos Heródoto dizendo que algo semelhante ocorreu com o
rei Ciro, assim como algo semelhante é dito por Otto Rank sobre o patriarca Moisés, cuja lenda foi copiada
de Sargão, rei de Akkad. Joseph Campbell também fez a mesma comparação.
Sargão nasceu em Azupiranu, que está situada nas
margens do Eufrates. Filho de pai desconhecido, foi salvo e criado por
Akki, que com a ajuda e proteção da deusa Ishtar, tornou-se copeiro do rei Kish
e mais tarde tornou-se o fundador de um império.
Como já disse, não há qualquer relato corroborando
o que diz o Evangelho de Mateus, ou quem por ele fale, sobre o massacre de
crianças por Herodes e o surgimento de uma estrela guia. O escritor judeu Josephus
nada fala sobre esses acontecimentos fora do comum. Ninguém mais fala sobre
isso. Pelo princípio da Evidência Negativa temos que deixar de dar crédito
tanto a este como aos outros relatos bíblicos.
Para provar um acontecimento extraordinário, fé não
tem eficácia alguma. Só uma prova extraordinária seria capaz de convencer.
Impossível que, se tamanha tragédia (Matança dos
Inocentes) houvesse de fato acontecido, teria deixado um longo registro pelos
escritores da época.
Dito isto, podemos concluir que apenas o Evangelho
de Mateus fala no nascimento miraculoso de Jesus, com Magos presenteando Jesus
com ouro, mirra e incensos, estrela iluminando o caminho, governante tremendo
de medo de uma criança recém nascida e mortandade de crianças inocentes.
Mas quem escreveu o Evangelho de Mateus?
Para que um conjunto de relatos mereça muita confiança
em relação à descrição do surgimento de uma estrela guia no céu, Magos,
nascimento virginal de uma criança, e a ordem para matar as demais os relatos
de Mateus devem corresponder às seguintes condições:
- Serem feitos por quem
observou o(s) evento(s),
- Serem recentes face ao(s) evento(s) descrito(s),
- Serem feitos por parte desinteressada,
- Serem de fontes independentes entre si, e
- Serem consistentes.
- Serem recentes face ao(s) evento(s) descrito(s),
- Serem feitos por parte desinteressada,
- Serem de fontes independentes entre si, e
- Serem consistentes.
O problema central do Novo Testamento é que seus
textos não foram escritos pelos evangelistas em pessoa, como muita gente supõe,
mas por seus seguidores, entre os anos 60 e 70, décadas depois da morte de
Jesus, quando as versões estavam contaminadas pela fé e por disputas
religiosas.
Mateus e João eram apóstolos. Marcos , um discípulo de outro apóstolo (Pedro). E
Lucas era médico de Paulo. Pela tradição cristã, eles são os autores dos quatro
evangelhos do Novo Testamento. Mas isso também é um mito. Ninguém sabe quem
escreveu os livros. A "autoria" de cada um foi atribuída
aleatoriamente pela Igreja bem depois de os textos terem ido para o papiro. O
evangelho de Mateus, por exemplo, foi atribuído a Mateus porque ele dá ênfase
ao aspecto econômico - e Mateus era o apóstolo que tinha sido coletor de
impostos. Já o texto creditado a João é o único dos evangelhos a relatar o
episódio em que Jesus ,
pouco antes de morrer, pede ao apóstolo João que ele cuide de Maria. Aí os
créditos ficaram com João.
O que se sabe mesmo sobre os autores é que não eram
"autores" no sentido moderno da palavra. Hoje, qualquer um pode ser
autor, porque todo mundo sabe ler e escrever. Há 2 mil anos, não. Saber
escrever era o equivalente a hoje saber engenharia da computação. Do mesmo
jeito que as empresas contratam engenheiros para cuidar de seus mainframes, os
antigos contratavam escribas quando precisavam deixar algo por escrito. Com os
evangelhos não foi diferente. O mais provável é que comunidades cristãs tenham
encomendado esses trabalhos - e ditado aos escribas as histórias que conhecemos
hoje. Ditado e entregado outros textos também, para que eles usassem como
fonte. (André Chevitarese e Pedro Paulo Funari)
Ora,
não existem fora do Novo Testamento, nada que fale sobre os Apóstolos de Cristo, nem nada sobre
Jesus.
ESTUDO COMPARADO
A estrela de Belém (Antes de Cristo)
Segundo a literatura Hindu, quando Krishna, a oitava encarnação do deus Vishnu, nasceu da virgem Devaki, ele foi visitado por homens sábios que haviam sido guiados até ele por uma estrela.
– Tamuz, deus da Suméria e Fenícia, foi gerado por
uma virgem, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do
túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado.
MASSACRE DOS INOCENTES
Anjos também anunciaram o nascimento a pastores nos
campos próximos. Quando o Rei Kansa soube do nascimento miraculoso desta
criança, enviou homens para "matar todas as crianças nas localidades
vizinhas", mas uma "voz celestial" segredou ao pai adotivo de
Krishna e avisou-o para que tomasse a criança e fugisse através do rio Jumna.
Mesmo com todas essas evidências, os cristãos não
se convencem de que o nascimento de Jesus é um mito. O sábio Martinho Lutero
estava coberto de razão quando disse:
- “Em sua esfera legítima, a razão é o mais elevado
dom de Deus, mas no momento em que excede para a teologia, torna-se a
“prostituta do diabo”.
GRAU DE CREDIBILIDADE DE UM FATO
(Vale
a pena repetir)
Para
que um conjunto de relatos mereça muita confiança em relação à descrição de um
ou mais eventos, os relatos devem corresponder às seguintes condições:
- Serem feitos por quem
observou o(s) evento(s),
- Serem recentes face ao(s) evento(s) descrito(s),
- Serem feitos por parte desinteressada,
- Serem de fontes independentes entre si, e
- Serem consistentes.
- Serem recentes face ao(s) evento(s) descrito(s),
- Serem feitos por parte desinteressada,
- Serem de fontes independentes entre si, e
- Serem consistentes.
INFÂNCIA DE JESUS
Sabe-se unicamente através do Novo Testamento,
através do livro atribuído a Lucas, apóstolo que não conheceu Jesus, que o Deus
Cristão foi circuncidado no oitavo dia. Também é dito que passado os dias da
purificação, a Sagrada Família foi até Jerusalém levando Jesus para ser
consagrado ao Senhor. Chegando em Jerusalém queimaram no Templo, dois pombos em
sacrifício oferecido ao Senhor.
Lucas narra também o encontro do menino Deus com Simeão,
que não queria morrer sem antes ver o menino Jesus e uma profetiza chamada Ana
que o glorificou. O Evangelho de Lucas nos conta também que, aos 12 anos, ele
viajou com os pais de Nazaré a Jerusalém para celebrar o Pessach, a Páscoa
judaica. Quando José e Maria retornavam a Nazaré, perceberam que Jesus tinha
ficado para trás. Procuraram o garoto durante 3 dias e decidiram voltar ao
Templo, onde o encontraram discutindo religião com os sacerdotes. "E todos
que o ouviam se admiravam com sua inteligência" (Lucas 2:42-49).
Mas há um livro inteiro falando da infância de Jesus,
dos cinco aos doze anos, trata-se do Livro apócrifo atribuído a Tomé, aquele
apóstolo que só acreditava naquilo que via.
O Evangelho de Tomé foi escrito no século I e relata
a vida do Senhor Jesus dos cinco aos doze anos. Segundo os estudiosos, é parte
de um livro mais antigo ainda, tendo tido diversas versões escritas em grego, siríaco,
latim, georgiano e eslavo.
O Evangelho de Tomé relata a vida de Jesus a partir
do ponto onde termina o Evangelho de Tiago, encerrando-se com o episódio de
Jesus no Templo de Jerusalém, entre os doutores, o que também ocorre no
Evangelho de Pedro, sobre a infância do Salvador.
Vejamos
algumas partes:
Eu,
Tomé Israelita, julguei necessário levar ao conhecimento de todos os irmãos
descendentes dos gentios, a Infância de Nosso Senhor Jesus Cristo e tantas
quantas maravilhas ele realizou, depois de nascer em nossa terra. O princípio é
como segue.
CAPÍTULO II
Esse
Menino Jesus, que na época tinha cinco anos, encontrava-se um dia brincando no
leito de um riacho, depois de haver chovido. Represando o
correnteza em pequenas poças, tornava-as instantaneamente cristalinas,
dominando-as somente com sua a palavra.
Fez
depois uma massa mole com barro e com ela formou uma dúzia de passarinhos. Era
um Sabbath e havia outros meninos brincando com ele. Um certo homem judeu,
vendo o que Jesus acabara de fazer num dia de festa, foi correndo até seu pai,
José, e contou-lhe tudo:
—
Olha, teu filho está no riacho e juntando um pouco de barro fez uma dúzia de
passarinhos, profanando com isso o dia do Sabbath.
José
foi ter ao local e, ao vê-lo, ralhou com ele dizendo:
—
Por que fazes no Sabbath o que não é permitido?
Jesus,
batendo palmas, dirigiu-se às figurinhas, ordenando-
lhes:
— Voai!
Os
passarinhos foram todos embora, gorjeando. Os judeus, ao verem isso,
encheram-se de admiração e foram contar aos seus superiores o que haviam visto
Jesus fazer.
CAPÍTULO III
Encontrava-se
ali presente o filho de Anás, o escriba, e teve a idéia de fazer escoar as
águas represadas por Jesus, usando uma planta de vime. Ante essa atitude, Jesus
indignou-se e disse:
—
Malvado, ímpio e insensato. Será que as poças e as águas te estorvavam? Ficarás
agora seco como uma árvore, sem que possas dar folhas, nem raiz nem frutos.
Imediatamente
o rapaz tornou-se completamente seco. Os pais pegaram o infeliz, chorando a sua
tenra idade, e o levaram ante José, maldizendo-o por ter um filho que fazia
tais coisas.
CAPÍTULO IV
De outra feita, Ele andava em meio ao povo e um rapaz que
vinha correndo esbarrou em suas costas. Irritado, Jesus disse-lhe:
— Não prosseguirás teu caminho.
— De onde terá vindo esse rapaz, pois todas as suas palavras
tornam-se fatos consumados?
Os pais do defunto, chegando a José, interpelaram-no,
dizendo:
— Com um filho como esse, de duas uma: ou não podes viver
com o povo ou tens de acostumá-lo a abençoar e não a amaldiçoar, pois causa a
morte aos nossos filhos.
CAPÍTULO V
José
chamou Jesus à parte e admoestou-o da seguinte maneira:
—
Por que fazes tais coisas, se elas se tornam a causa de nos odiarem e
perseguirem?
Jesus
replicou:
—
Bem sei que essas palavras não vêm de ti, mas calarei por respeito a tua
pessoa. Esses outros, ao contrário, receberão seu castigo.
No
mesmo instante, aqueles que haviam falado mal dele ficaram cegos. As
testemunhas dessa cena encheram-se de pavor e ficaram perplexas, confessando
que qualquer palavra de sua boca, fosse boa ou má, tornava-se um fato e
convertia-se numa maravilha.
Quando
José percebeu o que Jesus havia feito, agarrou sua orelha e puxou-a fortemente.
O
rapaz indignou-se e disse-lhe:
—
A ti é suficiente que me vejas sem me tocares. Tu nem sabes quem sou, pois se
soubesses não me magoarias.
Ainda
que neste instante eu esteja contigo, fui criado antes de ti.
É claro que os Cristãos, de todas as denominações,
obedientes que são aos seus pastores, padres e bispos, não acreditam neste
Evangelho. Catalogado pela Igreja
Católica Apostólica ROMANA como
Apócrifo, livro oculto, isto é, não
lidos nas assembléias públicas, de culto reservado à leitura particular. Em
conseqüência, livro não canônico.
Jesus matando gente por motivo fútil? Cegando
pessoas como ato de vingança?
SABER MAIS:
JESUS DEPOIS DOS TRINTA
Querem os cristãos que nós acreditemos que esse Jesus
de quem se fala no Novo Testamento, de nascimento miraculoso e controverso
entre os evangelistas, seja o nosso salvador. Como salvador devemos entender
que - se nós fizermos o que manda a classe dominante (Pastores, Padres,
Bispos...) em seu nome, estaremos livres da danação eterna e viveremos
eternamente depois de morto.
Diz o livro sagrado do Cristianismo, que esse Deus
começou seu ministério logo após o batismo por João Batista. Este personagem,
realmente existiu, há provas documentais a respeito. João Batista foi uma
ameaça aos romanos, mas será que ele batizou Jesus?
AS CONTROVÉRSIAS
O Novo Testamento está repleto de contradições. Um exemplo é o batismo de Jesus por
João Batista, episódio narrado – com diferenças significativas – nos três
Evangelhos conhecidos por sinóticos (Mateus, Marcos
e Lucas) e ignorado no Evangelho de João, que é bem diferente dos outros três,
os sinóticos (chamado assim porque supostamente tem um mesmo resumo ou
sinopse).
O Novo Testamento diz que João Batista foi morto por
volta de 30 d.C., no início da vida pública de Jesus. Flavius Josephus, um judeu
romanizado, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei
Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C.
O padre argentino Ariel Alvarez Valdés trata do
assunto no volume 3 de sua série “Que sabemos sobre a Bíblia?” a partir da
página 82. Diz Valdés:
“Com efeito, enquanto Mateus diz que João não queria
batizá-lo e lhe opôs resistência (3: 13 a 17), Marcos
afirma que João Batista o batizou sem nenhum problema, como um acontecimento
comum. (1: 3 a
11) João por seu lado, silencia-se totalmente, como se o batismo não tivesse
existido. E Lucas o menciona só de passagem, quase como não querendo fazê-lo.
(3:21 e 22)
Segundo Marcos ,
aconteceram três coisas no episódio do batismo: os céus se abriram, desceu
sobre Jesus o Espírito Santo em forma de pomba e uma voz do céu, dirigindo-se a
Cristo disse: “Tu és meu Filho muito amado, de ti eu bem me agrado” (1:11). A
descida do Espírito Santo aconteceu quando Jesus já havia saído da água, e
somente ele viu os céus se abrindo e o Espírito descendo, como também somente
ele ouviu a voz do Pai, que lhe falou diretamente: Tu és...”
O Evangelho de Marcos ,
o primeiro dos quatro oficialmente reconhecidos, escrito cerca de 40 anos após
a morte de Jesus, causou rebuliço entre os cristãos primitivos, muitos dos quais
indagavam: se João Batista batizou Jesus, não seria ele superior ao Messias?
Não seria o Batista, portanto, o verdadeiro Messias? O Evangelho de Marcos levou à fundação de um movimento herético que
adorava João Batista como o verdadeiro Salvador. Eram as comunidades Joaninas.
O segundo evangelista, Mateus, tentou pôr panos
mornos na polêmica, criando uma cena (3:14) em que João tenta impedir o
batismo dizendo: “Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Alem
disso Mateus fez uma segunda alteração: todos os presentes viram os céus se
abrir e todo mundo que estava lá ouviu a voz de Deus, que agora não dizia mais
“Tu és meu Filho”, como em Marcos ,
mas “Este é meu filho”, dirigindo-se a todos. Assim, todos eram testemunha da
superioridade de Jesus sobre João. Apenas a visão do Espírito em forma de pomba
é, em Mateus uma exclusividade de Jesus.
Mateus não consegue sufocar a rebelião Joanina. O
terceiro evangelista, Lucas, levou então a cruzada adiante. Menciona o batismo
de Jesus, mas não diz quem o batizou. E ainda insinua que não foi João, ao
contar que, no momento em
que Jesus se fazia batizar, João Batista estava preso por
ordem do Rei Herodes (3:20).
Lucas faz ainda outra modificação, acrescentando que,
além de ver o céu aberto e ouvir a voz de Deus, o povo presente viu o Espírito
Santo em forma de pomba descer sobre Jesus.
O Evangelho de Lucas provavelmente ajudou a reduzir o
crescimento do movimento Joanino, mas este persistia e ainda crescia. Por isso,
o quarto evangelista, João (mas não o Batista), que escreveu cerca de trinta
anos depois do texto de Marcos , em
torno de 70 anos após a crucificação, tomou uma decisão drástica: suprimiu o
relato do batismo de Cristo, escrevendo apenas que em certa ocasião, João
Batista, ao ver Jesus aproximar-se, disse ao povo: “Eis o Cordeiro de Deus que
tira os pecados do mundo. Eu vi o Espírito descer do céu em forma de uma pomba
e permanecer sobre ele.” (1:29 a 32)
Quando o Batista viu o Espírito descer sobre Cristo?
O muito para acabar com o movimento Joanino, mas este só acabou de vez em
conseqüência das perseguições sofridas pelos Joaninos e outros hereges depois
que o cristianismo foi adotado pelo Império Romano.”
Deu para sentir o dilema?
Existia uma religião pregada por João Batista e essa
religião subsistiu pacificamente até o ano 380, quando o Imperador Teodósio,
através do Edito de Tessalônica, impôs a todos os súditos do Império a religião
católica.
SABER MAIS
João Batista, que anunciava o fim do mundo aos seus
seguidores, e de quem os cristãos herdaram o ritual do batismo. "Cerca de
cem anos depois da morte de João Batista, seus discípulos ainda diziam que ele
era maior que Jesus", diz Chevitarese. Para o historiador, João Batista
era um concorrente de Cristo. Os dois eram profetas apocalípticos (já que
pregavam o fim dos tempos) e viviam na mesma região. A diferença é que João chegou
primeiro. "Ele não se ajoelharia na frente de Jesus e diria que não é
digno de amarrar a sandália dele, como está nos evangelhos. Pelo
contrário", diz. Segundo ele, foi a redação da Bíblia, evidentemente
favorável a Jesus, que transformou Batista num coadjuvante: "Os textos
pró-Jesus é que vão amarrar o Batista à tradição de Jesus. João Batista é um
dos melhores exemplos que nós temos de um candidato messiânico marcadamente
popular".
Batizado, Jesus saiu do armário e foi submetido a
teste no deserto pelo Espírito Santo, ou seja, pela Terceira Pessoa da
Santíssima Trindade, ou ainda seja, por ele mesmo.
No linguajar que se escuta nas igrejas seria dito
assim: Deus tentou até seu filho unigênito enviando-o para um deserto indefeso
e moralmente arrasado, onde ficou 40 dias e 40 noites sem alimentar-se e ainda
sendo tentado por Satanás.
Essa pegadinha de Deus não é novidade, Abrão também
foi tentado a oferecer o seu único filho em holocausto a Deus.
Lutero era, inegavelmente, um sábio. Sabia bem que a
razão é a arquiinimiga da religião, e frequentemente advertia sobre seus
perigos:
“A razão é o maior
inimigo que a fé possui; ela nunca
aparece para contribuir para as coisas espirituais, mas com freqüência entra em
confronto com a palavra divina, tratando com desdém tudo o que emana de Deus”.
A Bíblia nos diz que o Diabo então “teletransportou”
Jesus para Jerusalém e o colocou no lugar mais alto do templo e mandou que ele
pulasse, duvidando que ele fosse filho de Deus, ou seja, filho dele mesmo. Com
a recusa de Jesus, o Diabo pensando que a Terra fosse plana, o “teletransportou”
para o monte Everest e mostrou todos os reinos do mundo, os incas, os astecas,
os egípcios, os gregos os troianos, os tamoios, os tabajaras, etc. e novamente
Jesus recusou a oferta.
Então o Diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos,
e o serviam.
Novamente as frases do sábio Lutero ecoam na minha
mente - “A razão deve ser destruída em todos os
cristãos.”
JESUS MILAGREIRO
Pedir por um milagre é acreditar que as leis do
Universo serão alteradas em benefício de um único indivíduo que sabe, ele
próprio, que não merece.
Mas quem é que deste lado do planeta que nunca ouviu
falar de Jesus de Nazaré? É claro que todo mundo ocidental ouviu falar de
Jesus. A Bíblia nos diz que sua fama se espalhou por toda a Palestina e Síria.
Ele é o homem-deus/salvador do mundo que realizou milagres que só um deus
poderia realizar. Transformou água em vinho, alimentou milhares de pessoas com
apenas alguns pedaços de pão e peixe, andou sobre as águas, acalmou
tempestades, curou cegos, surdos e enfermos, recuperou mãos atrofiadas,
expulsou demônios e ressuscitou os mortos. Seus ensinamentos morais são
considerados superiores a tudo o que já foi ensinado.
Ele foi rejeitado por seu próprio povo, os judeus, e
brutalmente crucificado pelos romanos. Mas isto não deteve Jesus. A Bíblia nos
diz que, ao ser crucificado, céus e terra confirmaram sua divindade, causando
um eclipse do sol de 3 horas em toda a terra, um terremoto que fez com que a
cortina do templo em Jerusalém se rasgasse ao meio e que túmulos se abrissem e
homens santos ressuscitassem e aparecessem as pessoas em Jerusalém. Três
dias depois, o Filho de Deus derrotou o Diabo, o príncipe das trevas,
ressuscitou dos mortos, apareceu a seus discípulos e então subiu aos céus. Como
é possível alguém não gostar desta história nem desejar acreditar nela?
O problema que pesquisadores sinceros e com mentes
objetivas têm com esta história espantosa é: por que os registros históricos de
escritores gregos, romanos e judeus não cristãos praticamente não dizem nada
sobre Jesus de Nazaré? Certamente que notícias sobre acontecimentos como esses,
se fossem verdadeiras, teriam se espalhado por todo o mundo mediterrâneo. E, no
entanto, os escritos que sobreviveram, de uns 35 a 40 observadores
independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram suposta
crucificação e ressurreição de Jesus, praticamente não confirmam nada. Estes
autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e
analisavam os fatos, eram os filósofos, poetas, moralistas e historiadores daquela
época.
Fazer milagres, curas, ressuscitar mortos nunca foi
um distintivo único atribuído a um Deus. Aos reis também lhes eram atribuídos
feitos extraordinários que não se explica pelas leis da natureza.
É dito nos livros e inscrições antigas
que Horus do Egito, também conhecido
por Krst ou Ungido fazia curas e ressuscitou um homem, El-Azar-us, dentre os
mortos. A Buda também é atribuído
milagres – executava milagres e maravilhas – Mithra, o concorrente de Jesus em Roma, era outro Deus milagroso.
Era chamado de “A Verdade”, “A Luz”,
veio para lavar os pecados da humanidade, foi batizado como Deus e tinha um
filho chamado Zoroastro. Krishna, um
Deus indiano milagroso que fez milagres e assim como Jesus, morreu e
ressuscitou. Dionísio, o filho
pródigo de Deus, com atuação na Grécia antigo e equivalente a Baco que transformou água em vinho no
Império Romano, também é dito que fez milagres e ressuscitou depois de morto. Apolônio de Tiana, outro rival ferrenho
de Jesus, ressuscitava mortos, curava cegos e aparecia na frente
de amigos distantes.
Por mais que os programas noturnos de
televisão mostrem uma quantidade enorme de milagres todos os dias, ninguém, em
toda a história da humanidade, nunca tentou comprovar uma verdade por um
milagre. Verdade despreza a assistência de milagre. Nada além de falsidade já
atestou-se por sinais e maravilhas. Nenhum milagre jamais foi realizado, e
nenhum homem sensato jamais pensou que ele tinha realizado um, e até que um
seja realizado, não pode haver nenhuma prova da existência de qualquer poder
superior, e independente da natureza. "
O que os homens desejam
não é Deus, mas o milagre, a necessidade
de acreditar em falsos milagres às vezes ultrapassa não só a lógica mas,
aparentemente, até a sanidade mental.
Descoberta reveladora sem nexo
Vez por outra, encontramos cristãos que
não acreditam nos milagres de Jesus, mas quando nós nos deparamos com o que
deixou escrito o Apóstolo Paulo, um dos fundadores e divulgador do
Cristianismo, nos causa um certo espanto.
Veja a lista abaixo:
Romanos
I Coríntios
II
Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II
Tessalonicenses
I
Timóteo
II
Timóteo
Tito
Filemom
I Pedro
Filemom
I Pedro
II
Pedro
I
João
II
João
III
João
Judas
Apocalipse
1 Clemente
Apocalipse
1 Clemente
Didaqué
O Jesus milagreiro não existe em nenhum
desses textos. Apenas um deles, I Timóteo, menciona claramente algo da vida
pública de Jesus: Pilatos. Acontece que I Timóteo é reconhecidamente uma carta
pseudo-paulina do 2º século! Qual a explicação disto? A óbvia: seus escritores
nada sabiam sobre um Jesus andarilho, pregador e milagreiro que foi crucificado
pelos romanos! E há evidências disto.
Vejamos:
Romanos 08:26- “... o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos orar (ou pedir) como convém”
Romanos 08:26- “... o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos orar (ou pedir) como convém”
Silenciou sobre a oração do Pai Nosso ensinada pelo próprio Jesus?!
Tiago 05:10- “... tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor”
Onde ficou o grande exemplo da aflição e paciência de Jesus e que também falou muito em nome do "pai"?!
Ainda,
Paulo nunca menciona alguma coisa da espetacular vida terrena de Jesus
que vemos nos evangelhos, muito pelo contrário em suas peregrinações ele se
utiliza do Velho Testamento – Paulo diz várias vezes algo como “Dizem as
Escrituras” (cf. Romanos 15:04; Romanos 10:11; I Coríntios 14:21; Gálatas
03:08; etc) e nenhuma vez algo como "Assim como disse/fez Jesus".
Agindo como agiu nos parece que o Apóstolo Paulo não sabia da
existência dos sermões e ensinamentos de Jesus.
Aliás, fora os evangelhos, não há como apontar nenhuma clara
referência a fantástica vida pública de Jesus em qualquer outro escrito cristão
do século I.
Duas opções:
a- Acreditar que coisas alheias à realidade realmente aconteceram;
b- Reconhecer que são meras construções literárias, tão comuns por toda a história e por todo o mundo.
Qual é a sensata? Segue uma lista, incompleta, de reconhecidos estudiosos cristãos que ficaram com a segunda:
Marcus Borg
Gunther Bornkamm
Gerald Boldock Bostock
Rudolf Bultmann
John Dominic Crossan
Maurice Goguel
Hans Grass
Charles Guignebert
Uta Ranke-Heinemann
Herman Hendrickx
Roy Hoover
Helmut Koester
Hans Kung
Alfred Loisy
Willi Marxsen
Norman Perrin
Marianne Sawicki
John Shelby Spong
John T. Theodore
a- Acreditar que coisas alheias à realidade realmente aconteceram;
b- Reconhecer que são meras construções literárias, tão comuns por toda a história e por todo o mundo.
Qual é a sensata? Segue uma lista, incompleta, de reconhecidos estudiosos cristãos que ficaram com a segunda:
Marcus Borg
Gunther Bornkamm
Gerald Boldock Bostock
Rudolf Bultmann
John Dominic Crossan
Maurice Goguel
Hans Grass
Charles Guignebert
Uta Ranke-Heinemann
Herman Hendrickx
Roy Hoover
Helmut Koester
Hans Kung
Alfred Loisy
Willi Marxsen
Norman Perrin
Marianne Sawicki
John Shelby Spong
John T. Theodore
RELIGIÃO COMPARADA
* tanto a sunamita como Jairo caem aos pés dos seus respectivos milagreiros;
* não está claro para alguém se a criança está morta, morrendo ou dormindo;
* a criança está em uma casa a alguma distância;
* outra pessoa vem e confirma a morte da criança;
* tanto Eliseu como Jesus procuram certa privacidade para realizarem o milagre.
E, logo adiante, em
II Reis 04:42-44, temos Eliseu alimentando uma multidão com
alguns pães e espigas!
Portanto, novamente tenho que tirar o
chapéu para Martinho Lutero - "Que mal pode haver se um homem diz uma boa
e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja”.
Tal declaração está de pleno acordo com
os ensinamentos cristãos - Romanos 3: - 7 Mas, se pela minha mentira
abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado
também como pecador?
Do Século I até os dias atuais a Igreja
Católica Apostólica ROMANA em nada mudou a declaração chegou até aos dias de
hoje pela boca do ex-sacerdote Leonardo
Boff que perguntado por Chico Vasconcelos da Revista Caros Amigos em setembro
de 1998, se a Igreja era corrupta e mentirosa, respondeu:
- Mente! A Igreja mente é corrupta, cruel e sem
piedade.
OS BONS
ENSINAMENTOS DE JESUS
É verdade, claro, que no Novo Testamento está escrito
não se sabe por quem que Jesus teria dito coisas profundas sobre o amor, a
caridade e o perdão. A regra de Ouro é realmente um preceito moral maravilhoso.
Mas numerosos mestres já deram essa mesma orientação séculos antes de o suposto
Jesus (Zoroastro, Buda, Confúcio,
Epictelo...) e incontáveis escrituras discutem a importância do amor que
transcende o próprio eu de maneira mais articulada do que a Bíblia, sem serem
maculadas pelas obscenas celebrações de violência que encontramos em abundância
tanto no Velho como no Novo Testamento.
Não resistais ao mau, mas,
se alguém te ferir em tua face direita, apresenta-lhe também a outra”. Isto não
era um preceito novo, nem um princípio novo. Foi usado por Lao-Tse e por
Buda cerca de quinhentos ou seiscentos anos antes de Cristo, mas não é
um princípio que, na verdade, os cristãos aceitem.
Há ainda uma máxima
atribuída a Jesus que, penso, contém nela muita coisa, mas não me parece muito
popular entre os nossos amigos cristãos. Diz Ele: “Se queres ser perfeito, vai,
vende o que tens, e dá-os aos pobres”. Eis aí uma máxima excelente, mas, como
digo, não é muito praticada. Todas estas, penso, são boas máximas, embora seja
um pouco difícil viver-se de acordo com elas.
Se você acha que o cristianismo é a expressão mais
direta e pura de amor e compaixão que o mundo já viu, é porque não conhece bem
as outras religiões.
Veja, por exemplo, o Jainismo. Essa religião prega a
doutrina da absoluta não-violência. É verdade que os Jainistas acreditam em
coisas improváveis acerca do universo, mas não do tipo de coisas que acenderam
as fogueiras da Inquisição.
Você provavelmente pensa que a Inquisição foi uma
perversão do “verdadeiro” espírito do cristianismo. Talvez tenha sido. O
problema, porém, é que os ensinamentos da Bíblia são tão confusos e
contraditórios que foi possível para os cristãos queimarem alegremente os
heréticos na fogueira, durante cinco longos séculos. Inclusive foi possível
para os mais venerados patriarcas da Igreja como santo Agostinho e São Tomás de
Aquino, concluir que os heréticos deviam ser torturados (Santo Agostinho) ou
mortos logo de uma vez (São Tomás de Aquino).
Martinho Lutero e João Calvino defendiam o
assassinato em massa de heréticos, apóstatas, judeus e feiticeiras.
Naturalmente, você é livre para interpretar a Bíblia
de outra maneira – mas não é espantoso que você tenha conseguido discernir os
verdadeiros ensinamentos do cristianismo, enquanto os mais influentes
pensadores na história da religião cristã falharam nesse ponto?
É claro que muitos cristãos acreditam que uma pessoa
inofensiva como foi Dom Hélder Câmara é o exemplo da religião cristã. Mas isso
apresenta um sério problema, pois a doutrina do Jainismo é, objetivamente, uma
orientação melhor do que a doutrina do cristianismo para quem deseja ser como
Dom Hélder Câmara.
Não há dúvida de que Martin Luther King jr. se considerava um cristão
devoto, mas ele assumiu seu compromisso com a não-violência basicamente a
partir dos escritos de Mohandas K. Gandhi. Em 1959, King até viajou para a
Índia a fim de aprender os princípios do protesto social não-violento
diretamente com os discípulos de Gandhi. E com quem Gandhi, um hinduísta,
aprendeu a doutrina a doutrina da não-violência? Com os Jainistas.
Se você acredita que Jesus ensinou apenas a Regra de
Ouro e o amor ao próximo, deve reler o Novo Testamento. Preste atenção especial
à moralidade que ficará em evidência quando Jesus voltar à terra, deixando um
rastro de nuvens de glória:
“Se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em
paga tribulação aos que vos atribulam (...) quando do céu se manifestar o
Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança
contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de
nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da
face do Senhor e da glória do seu poder”. (2
Tessalonicenses 1,6-9)
João 15:6 - Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à
semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
Mateus 10:35 - “Porque eu vim separar, o filho do seu pai, e a filha da sua mãe, e a nora da sua sogra. (36) de tal modo que e os inimigos de um homem serão seus próprios familiares. (37) Aquele que amar pai ou mãe mais que a mim não é digno de mim: E aquele que amar o filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim.”
Mateus 12:30 - Se as pessoas não são Cristãos são inimigas do Cristianismo
Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.
2 Coríntios 3: 14 ao 16 - Todos os não-cristãos foram cegados por Deus
Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.
Jesus também era intolerante. (intolerância religiosa)
Mateus 10:34 - Pois eu vim trazer divisão entre o homem e seu pai, entre a filha e sua mãe, entre a nora e sua sogra.
Lucas 12:58 - Quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura livrar-te dele no caminho, para que não suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho e o meirinho te encerre na prisão. Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o último centavo.
Lucas 14:26 - Se alguém vier a mim, e não odiar a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, ...
2Te 1:9 - Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição...
Lucas 19:27 - "Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença."
Mateus 10:34 "Não penseis que vim trazer paz à Terra: não vim trazer
paz, mas uma espada."
1 João 2:22 - Qualquer pessoa que negue que "Jesus é o Cristo" é um
mentiroso e Anti-Cristo.
Quem é o mentiroso, senão
aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai
e o Filho.
1 João 5:19 - Os cristãos são "de Deus" o resto é do demônio.
Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.
1 João 5:19 - Os cristãos são "de Deus" o resto é do demônio.
Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.
2 João 1:7 - Os "não-Cristãos" são "enganadores e Anti-Cristos"
Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veioem
carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio
2 João 1:10 - Não se associe com os não-Cristãos. Não o receba em casa e nem o
cumprimente..
Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.
Hebreus 3:12 - Qualquer um que não compartilhe a crença de Paulo tem um "demônio no coração"
Apocalipse 2:9 e 3:9 - Os que se dizem Judeus e não crêem em Jesus são membros da "sinagoga de Satanás"
Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.
Hebreus 3:12 - Qualquer um que não compartilhe a crença de Paulo tem um "demônio no coração"
Apocalipse 2:9 e 3:9 - Os que se dizem Judeus e não crêem em Jesus são membros da "sinagoga de Satanás"
Conheço a tua tribulação e a
tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o
são, porém são sinagogas de Satanás.
Eis que farei aos da
sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, - eis
que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo.
Romanos 16:17 - Afaste-se daqueles que não concordam com suas visões religiosas.
E rogo-vos, irmãos, que
noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que
aprendestes; desviai-vos deles.
Porque os tais não servem a
nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas
enganam os corações dos simples.
Mateus 10:35 - “Porque eu vim separar, o filho do seu pai, e a filha da sua mãe, e a nora da sua sogra. (36) de tal modo que e os inimigos de um homem serão seus próprios familiares. (37) Aquele que amar pai ou mãe mais que a mim não é digno de mim: E aquele que amar o filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim.”
Mateus 12:30 - Se as pessoas não são Cristãos são inimigas do Cristianismo
Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.
2 Coríntios 3: 14 ao 16 - Todos os não-cristãos foram cegados por Deus
Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.
Jesus também era intolerante. (intolerância religiosa)
.Marcos 9-42 - Jesus diz que, aos que nele não
crêem, se deveria colocar, pendurada no pescoço, uma pedra de mó e lançar ao
mar
Mateus 10:34 - Pois eu vim trazer divisão entre o homem e seu pai, entre a filha e sua mãe, entre a nora e sua sogra.
Lucas 12:58 - Quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura livrar-te dele no caminho, para que não suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho e o meirinho te encerre na prisão. Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o último centavo.
Lucas 14:26 - Se alguém vier a mim, e não odiar a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, ...
2Te 1:9 - Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição...
Lucas 19:27 - "Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença."
Mateus 10:34 "Não penseis que vim trazer paz à Terra: não vim trazer
paz, mas uma espada."
Lucas 22:36 "Aquele
que não tem espada, que venda sua capa e compre uma."
Lucas 12:49 - “Vim lançar fogo na terra, e que mais quero, se já
está aceso?”
JESUS POLITICAMENTE INCORRETO
Matou
uma figueira porque não lhe deu frutos. (Mateus 21:19 )
MAUS TRATOS COM ANIMAIS
Matou
uma manada de muitos porcos, segundo Mateus
8:30, Lucas confirma ( 8:32) (quase 2 mil) segundo (Marcos 5:13) afogados no mar, segundo (Mateus 8:32),
afogados em um lago, segundo (Lucas 8:33)
INVASÃO DE PROPRIEDADE PRIVADA
ROUBO DE ESPIGAS no dia de sábado (Santificado), fato registrado por
(Mateus 12:1), (Marcos 2:23) e (Lucas
6:1).
NAQUELE
tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo
fome, começaram a colher espigas, e a comer.
Primeiro
erro - Não repreendeu os ladrões.
Segundo
erro - Justificou o roubo usando um artifício mentiroso de algo que não tem
nada a ver com o caso(roubo das espigas com a vida de uma ovelha ou de uma
pessoa)
Terceiro
erro - Violou o sábado e ainda justificou dizendo que o homem não foi feito
para o sábado e sim o sábado para o homem.
Quarto
erro - Violou sua própria palavra ao dizer que não veio mudar a lei (e mudou) e
sim para fazer cumprí-la (e não cumpriu)
Mandou
seus discípulos roubar uma Jumenta (Mateus 21:2) para entrar triunfante em
Jerusalém.
Se levarmos em conta a metade das afirmações
supostamente ditas por Jesus, podemos facilmente justificar as ações de São
Francisco de Assis ou Padre Zé Coutinho. Levando em conta a outra metade
podemos justificar a Inquisição.
OS ESTÚPIDOS ENSINAMENTOS DE JESUS
Mateus 18:21,22;- Perdoar 490 vezes o mal que alguém lhe fizer
Mateus 05:29,30 - Arrancar os olhos ou algum membro para evitar o pecado
Mateus 05:32 - Não se divorciar e nem casar com uma mulher divorciada, pois isso é adultério -
Mateus 05:39 - - Não resistir ao mal. Se alguém lhe bater em uma face ofereça a outra - Se alguém pegar o seu "DVD" entregue também a "TV de Plasma" - Mateus 05:40;
Mateus 05:41 - Se alguém lhe obrigar a atravessar o oceano a nado diga que vai dar a volta ao mundo
Mateus 18:21,22;- Perdoar 490 vezes o mal que alguém lhe fizer
Mateus 05:29,30 - Arrancar os olhos ou algum membro para evitar o pecado
Mateus 05:32 - Não se divorciar e nem casar com uma mulher divorciada, pois isso é adultério -
Mateus 05:39 - - Não resistir ao mal. Se alguém lhe bater em uma face ofereça a outra - Se alguém pegar o seu "DVD" entregue também a "TV de Plasma" - Mateus 05:40;
Mateus 05:41 - Se alguém lhe obrigar a atravessar o oceano a nado diga que vai dar a volta ao mundo
Mateus 05:42 - Não negar nada emprestado
Mateus 05:48 - - Ser tão perfeito quanto Deus (???)
Mateus 19:21; - Vender tudo o que tem para ser perfeito
Mateus 06:19 - - Evitar ficar rico
Mateus 06:25-34 - - Não se preocupar com o futuro
Mateus 15:11 - Não se preocupar com o que se come
Mateus 15:20 - Não lavar as mãos antes de comer
Mateus 05:34-36- Não jurar por nada (no VT era permitido jurar à vontade) -
VEXAME DE PAULO EM ATENAS
Por outro lado a filosofia foi criada na civilização
grega sendo Platão um do maiores filósofos gregos. O apóstolo Paulo ao visitar
Atenas teve a ocasião de fazer um
discurso no célebre Areópago. A sua plateia era composta de filósofos.
Qual foi a
reação deles?
Leia abaixo
Atos 17:18.
- E alguns dos filósofos epicureus e estóicos
contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros:
Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a
ressurreição.
A PRISÃO DE JESUS
Para prender Jesus, Judas guiou UMA COORTE reforçada
por guardas do Templo, bem armados. Uma coorte era composta de 3 manípulos;
cada manípulo era formado por 2 centúrias. Cada centúria (unidade de infantaria
do exército romano) continha uns oitenta legionários. Resumindo: levaram cerca
de QUINHENTOS homens para prender um humilde e pacífico pregador itinerante.
Algumas traduções trazem "um destacamento"
mas a palavra grega no texto de João é "κοόρτης". Aí, basta-nos
calcular: uma coorte = 3 manípulos; cada manípulo = 2 centúrias; cada centúria
= 80 legionários.
Uma coorte = 6 centúrias = 480 soldados. Mais os
guardas do Templo. o número, segundo texto, ultrapassa os 500 homens.
É muito para prender um pacífico pregador itinerante,
não?
Lucas, Mateus e Marcos
afirmam que o beijo de Judas o denunciara aos que vieram prendê-lo. Todavia,
João diz que foi o próprio Jesus quem se dirigiu aos soldados dizendo-lhes
tranqüilamente: “Sou eu”. Lucas é o único que fala no episódio da ida de Jesus
de Pilatos para Herodes Antipas.
Mais uma vez Martinho Lutero faz prova da sua
sabedoria – “Somente a fé nos levaria a falar dos valores
transcendentais; pela razão não se provaria a existência de Deus nem a
imortalidade da alma”.
O JULGAMENTO DE JESUS
No Evangelho de Marcos é dito que Pilatos, após interrogar Jesus,
pergunta aos seus dignitários reunidos (Marcos
15:12) "Pois que quereis que eu faça ao "rei dos judeus"?. Isto
indicaria que, pelo menos alguns judeus se referiram a Jesus como um rei.
Ao mesmo tempo, Pilatos
confere este título a Jesus em todos os quatro Evangelhos. Não há razão para
supor que ele o faz de forma pejorativa ou irônica. No quarto Evangelho, ele
insiste nisso de forma bastante séria e reiterada, a despeito do coro de
protestos. Além disso, nos Evangelhos sinópticos, o próprio Jesus reconhece sua
pretensão ao título (Marcos 15:2)
"E Pilatos lhe perguntou: "Tu é o rei dos judeus?" E ele lhe
respondendo lhe disse: "Tu o dizes".
Segundo H.Cohn, na
tradução, esta resposta soa de forma deliberada. No original grego, no entanto,
é interpretada como: "Tu falaste corretamente".
Os Evangelhos foram
compostos para uma audiência greco-romana. Em conseqüência, era natural colocar
os judeus no papel de vilões. Jesus não poderia ser retratado como uma
figura política e o papel dos romanos no julgamento e execução de Jesus deveria
ser limpada e apresentado de forma mais simpática possível. Assim, Pilatos é
descrito nos Evangelhos como um homem responsável e tolerante, que reluta em
consentir a crucificação.
Os Evangelhos informa que
Jesus é inicialmente condenado pelo Sanhedrim (Sinédrio)- os conselhos dos
anciãos judeus - que então o leva até Pilatos e pede ao procurador que se
anuncie contra ele. Historicamente, isto não faz sentido. Nos três Evangelhos
sinópticos, Jesus é preso e condenado pelo Sanhedrim na noite do festival dos
judeus, mas pela lei mosaica, este conselho era proibido de se reunir à noite,
em casas particulares ou em qualquer lugar fora dos recintos do Tempo, mormente
durante o festival. (H. Cohn, Trial and Death of Jesus, p.97)
Nos Evangelhos, o conselho
é aparentemente desautorizado a votar uma sentenças de morte - e esta seria a
razão para levar Jesus ante Pilatos. Contudo, o conselho era autorizado a votar
sentenças de morte - por apedrejamento, se não por crucificação. Desta forma,
se o conselho tivesse desejado dispor de Jesus, ele teria autoridade para
sentenciá-lo à morte por apedrejamento. Não haveria necessidade de perturbar
Pilatos.
De acordo com os
Evangelhos de Marcos e Mateus,
libertar um prisioneiro se a multidão assim o quisesse , é fantasioso. Os
Evangelhos dizem que era costume do "festival dos judeus".
(Brandon,
Jesus and the Zealots, p.259., H.Cohn, Trial and Death of Jesus, p.166. e
Winter, on the Trial of Jesus, p. 94)
Nota: Haim Cohn é um
ex-procurador geral de Israel, membro da Suprema Corte e professor de História
Jurídica.
Alguns (como J. D. Crossan) sugerem que Marcos tenha usado uma versão anterior, mais
primitiva, do julgamento e execução de Jesus. Outros (como Burton Mack) pensam que todos os elementos famosos da história da
paixão são puramente invenção de Marcos :
o Monte das Oliveiras, o traidor Judas, a negação de Pedro, os atuais detalhes
do julgamento, condenação e crucificação de Jesus, assim como a história da
tumba vazia.
Nota: Observa-se que o judaísmo sempre cumpriu
rigorosamente as leis mosaicas até os dias de hoje. É compreensível que, com
tantas contradições culturais, os judeus ainda não tenham compreendido a missão
de Jesus como Messias.
CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO
Hieronymus Bosch |
Os mitos da
vida de Jesus foram emprestados das religiões pagãs que cercavam os escritores.
Por toda parte havia religiões que tinham como características principais um ou
mais dos mitos que vieram a ser associados a Jesus. Praticamente todas as
histórias sobre Jesus: o nascimento imaculado, os milagres, a traição e a
crucificação, faziam parte de uma ou mais religiões pagãs da época.
Entre as
religiões da época que incluíam o mito da crucificação estavam as religiões de
mistério de Attis, Adonis, Dionísio, e outras. Dionísio, por exemplo, era
representado com uma coroa de hera, vestido com um manto roxo, e teve que beber
fel antes da crucificação. Uma pintura num vaso grego do quinto século A.E.C
até mesmo mostra uma comunhão sendo preparada. O fato que essas histórias hoje
são associadas quase que exclusivamente ao mito de Jesus de Nazaré mostra como
a história está sempre sendo reescrita pelos vitoriosos - a sua maneira.
Sobre
a crucificação de Jesus há controvérsias. O silêncio incômodo dos judeus negando
a existência de Jesus como homem, como místico e como Deus é um sapo cabeludo
que os cristãos vem engolindo por 2 mil anos.
De Alexandria um intelectual de nome BasÍlides,
escreveu entre 120 e 130 versado tanto em escrituras hebréias quanto em
Evangelhos cristãos, ele também mergulhava no pensamento egípcio e helenístico
e, segundo Irenaeus, promulgou a mais odiosa heresia. – Basílides afirmou que a
crucificação foi uma farsa, que Jesus não morreu na cruz, e que um substituto –
Simão de Cyrene – tomou o seu lugar.
Tal
afirmação pareceria estranha, mas se revelou persistente e tenaz. Até o século
VII o Alcorão mantinha precisamente o mesmo argumento: um substituto,
tradicionalmente Simão de Cyrene, tomara o lugar de Jesus na cruz.
A seita Islâmica dos
Ahmadis prega que Jesus não morreu na cruz, sendo Judas condenado em lugar do
Mestre, haja vista as condições quase que impossíveis para a condenação de
Jesus, devido a uma acusação sem fundamentos dos sacerdotes, o que
impossibilitaria a aplicação da pena de morte.
Para
o antropólogo físico Joe Zias, o único caso no mundo em que se tem provas
indiscutíveis da crucificação é o de Yehohanan Ben Hagkol, cujo nome significa
João, filho de Hagkol. Os restos mortais de João foram encontrados
pelo arqueólogo Vassilios Tzaferias, quando escavava um túmulo
familiar judaico da antiguidade, em 1968. Zias, responsável por analisar o
material, diz que o osso do calcanhar ainda apresentava um prego
encravado.
Frabk
Zindler diz que não existe uma única fonte rabínica da época que fale da vida
de um falso messias do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação
e ressurreição de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do
cristianismo.
O problema
que pesquisadores sinceros e com mentes objetivas têm com esta história
espantosa é: por que os registros históricos de escritores gregos, romanos, judeus
e não cristãos praticamente não dizem nada sobre Jesus de Nazaré?
Certamente
que notícias sobre acontecimentos como esses, se fossem verdadeiras, teriam se
espalhado por todo o mundo mediterrâneo. E, no entanto, os escritos que
sobreviveram, de uns 35 a
40 observadores independentes durante os primeiros 100 anos que se seguiram
suposta crucificação e ressurreição de Jesus, praticamente não confirmam nada.
Estes autores eram respeitados, viajados, sabiam se expressar, observavam e
analisavam os fatos, eram os filósofos, poetas, moralistas e historiadores
daquela época.
O mais
estranho sobre a crucificação é o fato de que um condenado a crucificação não
tinha direito a funeral e seu corpo não podia ser removido da cruz tinha que
ficar lá a mercê dos cães comedores de carniça e abutres esfomeados, para assim
ficar bem visível a vingança do Estado aos infratores da lei. A extinção do
cadáver também tinha como vantagem para as autoridades evitar que o túmulo do
condenado se tornasse local de culto e resistência.
Ainda que
os rabinos não aceitassem Jesus como o Messias, o impacto dos acontecimentos em
volta de Jesus logicamente teria sido registrado nos comentários ao Talmud (os
midrash). A história e a tradição oral dos judeus registradas nos midrash foram
atualizadas e receberam sua forma final pelo rabino Jehudah ha-Qadosh por volta
de 220 d.C.
Em seu
livro “O Jesus que os judeus nunca conheceram”, Frank Zindler diz que
não há uma única fonte rabínica da época que fale da vida de um falso messias
do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação e ressurreição
de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do cristianismo.
Mentes
críticas e objetivas se destacam por procurar confirmação imparcial dos
supostos fatos. Quando a única evidência disponível de um acontecimento ou de
seus resultados é, não apenas questionável e suspeita, mas também aquilo que os
divulgadores do acontecimento ou resultado querem que você acredite, convém
desconfiar.
O fato é
que os escritores judeus não-cristãos, gregos e romanos das décadas que se
seguiram à suposta crucificação e ressurreição de Jesus nada dizem sobre
ninguém chamado Jesus de Nazaré. Uma pessoa justa sempre estará disposta a
analisar novas evidências, mas, 2 mil anos depois, o cristianismo continua tendo
tantas evidências imparciais sobre Jesus quanto sobre o Mágico de Oz, Zeus ou
qualquer um dos muitos deuses-redentores daquela época.
RESSURREIÇÃO
E APARIÇÕES
Há muitas
lendas assim na literatura antiga e, mais uma vez, a maioria dos religiosos
rejeita as histórias de ressurreição das outras religiões.
– Tamuz, Deus
da Suméria e Fenícia, foi gerado por uma virgem, morreu com uma chaga no flanco
e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o
fechava a um lado.
Eu poderia
entrar em detalhes, mas prefiro ser econômico. Vamos lá...
1- Se
realmente houve um túmulo vazio isso só mostra que... houve um túmulo vazio!
Aliás, não duvido que tenha havido vários túmulos vazios por lá.
2- Se
realmente viram aparições de Jesus isso só mostra que... viram aparições de
Jesus! Assim como muitos católicos viram aparições de Maria (isso prova sua
assunção e intercessão por nós?).
É
importante, no entanto, notar que é precisamente porque desconfiamos da
capacidade humana para relatar em eventos com precisão absoluta que espero ter
mostrando alguma inconsistência nos detalhes. Assim, nestes detalhes
inconsistentes ninguém poderá justificar elevada confiança.
No que diz
respeito às questões importantes, no entanto, espera-se consistência entre os
testemunhos. Se os testemunhos não são consistentes, eles não merecem
confiança. Repito: se temos um conjunto de relatos de um determinado evento, e
tais relatos apresentam várias inconsistências naquilo que não pode ser visto
como um detalhe, então nenhum dos relatos merece confiança.
Qual é a situação dos
evangelhos? As diferenças entre os quatro evangelhos, no que diz respeito a
aferir os fatos históricos ocorridos, são de detalhe, ou são significativas?
Peço ao leitor que considere as questões que Bart Ehrman coloca a este respeito:
Em que dia
morreu Jesus? Antes ou depois da ceia Pascal? E a que horas? Carregou sua cruz
sozinho, ou recebeu a ajuda de Simão? Ambos os ladrões achincalharam Jesus, ou
só um deles o fez, e o outro defendeu Jesus? A cortina no Templo rasgou-se
antes ou depois de Jesus morrer?
Quem foi
ao túmulo no terceiro dia? Foi Maria sozinha, ou foi Maria com outras mulheres?
Se foi Maria com outras mulheres, quantas mulheres foram? Que mulheres foram? A
pedra estava fora do sítio quando chegaram, ou não? O que viram no túmulo? Um
homem? Dois homens? Ou um Anjo? O que é que lhes foi dito para dizer aos
discípulos? Deveriam ficar em Jerusalém, ou ir à Galileia? As mulheres contaram
o sucedido a alguém, ou não? Os discípulos mantiveram-se em Jerusalém? Ou
partiram para a Galileia de imediato?
Todas
estas respostas dependem do evangelho em questão. A todas elas são dadas respostas
explícitas contraditórias em evangelhos diferentes.
E Bart
Ehrman nem refere uma série de outras: Jesus foi trazido primeiro perante
Caifás ou Anás? Esteve silencioso perante Pilatos ou não? O que dizia o sinal
sobre a sua cabeça? Jesus bebeu na cruz? Quem enterrou Jesus? Quais as últimas
palavras de Jesus? Madalena reconheceu Jesus quando o viu? E quando Jesus
morreru, «Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram
na cidade santa, e apareceram a muitos»?
É possível encontrar mais de 400 inconsistências, grande parte
delas relativas a questões que não poderão ser consideradas «detalhes», entre
os diferentes evangelhos, ou um número superior se considerarmos ainda os Atos
dos Apóstolos.
O Mais
Surpreendente
Fora os
evangelhos, por todo o I século, nenhum escrito cristão menciona a espetacular
vida pública de Jesus. Nas cartas de Paulo, por exemplo, Jesus não é inserido
em um contexto histórico. Nelas não temos um Jesus andarilho, nem parábolas,
nem milagres, nem sermões; nem Maria, nem gravidez miraculosa, não fala em
José, Judas, Pilatos, etc; não fala da época ou do local de nascimento, não
fala da apresentação no Templo, nem paixão em Jerusalém, nem um túmulo vazio,
nem aparições em carne e osso; nenhuma indicação de tempo e lugar, etc. por
fim, não menciona nada da suposta vida pública de Jesus. Ao invés disso, temos
um obscuro personagem celestial, revelado em visões e pelo Espírito Santo; com
indícios de influência platônica.
Literaturas
cristãs posteriores foram escritas bem depois dos acontecimentos que descrevem,
nenhuma anterior a pelo menos a sétima década. E nenhuma delas foi escrita
pelos autores cujos nomes as encabeçam. Pelo que se saiba. A maioria são
relatos de segunda e terceiro mão. Houve mais que tempo suficiente para a
criação de mitologia, portanto não são claramente dignas de confiança.
Os escritos de Paulo aceitos como
genuinamente seus (Gálatas I e II e Tessalonicenses I e II, Coríntios, Romanos,
Filemón, Filipenses, e possivelmente Colossenses) mostram ser a literatura dos
primeiros cristãos mais clara de que dispomos. Foram provavelmente escritos no
começo da quinta década do primeiro século - bem depois dos eventos da vida de
Jesus. Quando as cartas são examinadas isoladamente, fica claro que Paulo não
tinha nem idéia da concepção imaculada, que nunca afirmou que tinha vivido na
época de Jesus, ou que quaisquer de seus mentores eram contemporâneos de Jesus,
ou que Jesus tenha feito qualquer milagre e ele aparentemente não associou a
morte de Jesus com o julgamento perante Pilatos.
Somente em Gálatas 01:19, menciona
ele um Jesus contemporâneo, e somente para apontar que Tiago é irmão do Senhor.
O uso do termo Senhor torna essa referência um tanto questionável segundo
peritos, já que a palavra Senhor não era de uso comum até o segundo século.
Portanto as cartas Paulinas, pelo menos as confiáveis, não dão testemunho a um
Jesus na primeira metade do primeiro século. O que torna isso interessante é
que, outras literaturas cristãs apócrifas mais antigas, anteriores aos quatro
evangelhos, omitem exatamente as mesmas coisas.
Paulo só vai a Jerusalém anos depois de cair do cavalo e
nem menciona os lugares santos ou sua emoção em visitá-los. Vai lá
apenas para se encontrar com Pedro. E ninguém menciona Pilatos e o julgamento
de Jesus.
Filon de Alexandria, apesar de haver contribuído muito para a
construção do cristianismo, nega a existência de Cristo. Escrevendo sobre
Pôncio Pilatos e sobre sua atuação como Procurador da Judéia, não faz
referência alguma ao suposto julgamento de Jesus. Fala dos essênios e de sua
doutrina comunal sem mencionar para nada o nome de Cristo.
O conto de Jesus incorporou elementos dos contos de
outros deuses registados nesta área difundida, tal como muitos dos seguintes
salvadores do mundo e "filhos de Deus," a maioria ou todos de quem
precedem o mito cristão, e um número que foi crucificado ou executado:
- Adad da Assíria
- Adonis, Apolo, Héracles
("Hércules"), e Zeus da Grécia
- Alcides de Thebes
- Attis de Phrygia
- Baal da Fenícia
- Bali do
Afeganistão
- Beddru do Japão
- Buda da Índia
- Crite de Chaldea
- Deva Tat do Sião
- Hesus dos Druidas
- Horus, Osiris, e
Serapis de Egipto, cuja a aparência com o barba e o cabelo longo foi
adotada para o caráter de Cristo
- Indra do Tibet
- Jao do Nepal
- Krishna da Índia
- Mikado do Sintoos
- Mithra e
Zaratustra/Zoroastro da Pérsia
- Odin da
Escandinávia
- Prometheus do
Cáucaso
- Quetzalcoatl do
México
- Salivahana de
Bermuda
- Tammuz da Síria
(que era, em um movimento típico na fabricação dos mitos, mudada mais
tarde no discípulo Tomé16)
- Thor dos Gauls
- Monarca universal
do Sibyls
- Wittoba dos
Bilingonese
- Xamolxis de
Thrace
- Zoar dos Bonzes
É QUESTÃO DE LÓGICA:
Qual é a maior propagadora de Jesus: A Igreja.
A Igreja é uma instituição confiável que nunca fez nada que prejudicou a humanidade ? Não
A Igreja Mente ? Mente! (A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade. (Leonardo Boff) – Revista Caros Amigos Setembro de 1998.
Temos provas históricas ou arqueológicas sobre Jesus ? Não.
Como provar que a história de Jesus é verdadeira ? Não há como.
O que difere o mito de Jesus do mito do Papai Noel ? nada!
Bom...há
uma diferença .. o Papai Noel não condena ao sofrimento quem desacredita dele.
E como disse nosso amigo Leão X :
"Quantum nobis
prodeste haec fabula Christi!"
(Quanto nos é útil esta FÁBULA de Cristo!)
"A fábula de cristo é de tal modo lucrativa
que seria loucura advertir os ignorantes de seu erro"
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