terça-feira, 30 de abril de 2013

O APÓSTOLO PAULO

O Apóstolo de Cristo que repudiava as mulheres.
Tendência homossexual do Apóstolo Paulo




Pintura de Rembrandt 


















Romanos 7

"Tenho prazer na lei segundo o homem interior 23 . Vejo outra lei nos meus membros, guerreando contra a lei da minha mente e me fazendo prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros 24 . Eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte 25 . De modo que eu mesmo com o entendimento de Deus, pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, eu sirvo à lei de Deus com a carne à lei do pecado"
( Bíblia Vulgata)





A Estrada para Damasco

Aproximadamente 50 D.E.C a 140 D.E.C



Cerca do ano 50, um evento inusitado mudaria o curso da história da humanidade. Na Antioquia, o Movimento para Jesus sofreu uma metamorfose rápida e súbita, de um movimento social de reforma política para uma religião com todas suas características próprias.

 Enquanto isso ocorria, uma conversão inaudita aconteceu - ou talvez a transformação ocorreu porque Saulo de Tarso, (Turquia) um judeu helenizado, cidadão romano, soldado do imperador, perseguidor ferrenho dos cristãos, foi convertido e evangelizou o grupo na posição de Paulo o Apóstolo. A partir daí tornou-se o mais decidido e incansável apóstolo do Cristianismo.

Como isso aconteceu nunca saberemos ao certo. Mas estudiosos laicos concordam praticamente com unanimidade que este conto não passa de um mito. Seus escritos são os mais antigos que sobreviveram parcialmente.

A principal preocupação de Paulo era converter os gentios (os não-judeus) espalhados pelo império. Em 16 anos, fez quatro grandes viagens por Grécia, Ásia, Síria e Roma. Foi o primeiro a escrever sobre o Cristianismo nas 14 cartas que enviou às comunidades cristãs que havia fundado. Paulo achava que a mensagem de Cristo não podia ficar confinada à Judeia.

Em Jerusalém, porém, os judeus cristãos, liderados pelo irmão de Jesus, Tiago, estavam voltando às origens judaicas. Se não fosse por Paulo, é bem provável que o Cristianismo acabasse por ser reassimilado pelo Judaísmo, extinguindo-se. Para resolver suas divergências, provavelmente em 49 d.C., houve o primeiro concílio da igreja cristã em Jerusalém. Pela primeira vez enfrentaram-se Paulo e os seguidores sobreviventes de Jesus.

Ali começou a ser edificado o Cristianismo. Paulo lutou contra a circuncisão obrigatória para os convertidos - algo que certamente afastaria muitos homens gentios. E defendeu a revogação das leis e prescrições judaicas em favor dos preceitos simples de Cristo. Sua opinião prevaleceu principalmente porque o apóstolo Pedro convenceu-se de que ele estava certo.

Em 59 d.C., Paulo foi novamente convocado a se explicar e, no debate que se seguiu, obrigado, pela ala judaica, a adorar o Templo de Jerusalém como demonstração de fé. Durante a visita, foi identificado e preso e, em 60 d.C., deportado para Roma - onde ficou em prisão domiciliar. Em 64 d.C., quando Nero mandou perseguir os cristãos, Pedro e Paulo acabaram presos e condenados à morte. Pedro foi crucificado e Paulo, por ser cidadão romano, teve o privilégio de ser decapitado.

Em 70 d.C., durante uma revolta dos judeus contra a dominação romana, Tito destruiu Jerusalém e seu templo, obrigando os judeus a fugir da Judeia. O desaparecimento dos que se opunham à visão universalizante que Paulo tinha do Cristianismo abriu caminho para sua visão da fé. O centro de gravidade do Cristianismo deslocou-se para Roma, que, em poucos séculos, passaria a ser o centro da cristandade.

Uma bela história, sem dúvida, se houvesse a comprovação histórica dos fatos. Seja a da versão bíblica oficial, a apócrifa ou a que a ciência hoje propõe como a que tem mais chances de ser verdadeira.

“Ele era um homem de pequena estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século, “parcialmente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e nariz um tanto curvo.”

Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto.

“As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).

Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia.

Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua lógica.

Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do primeiro século.

Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.

Referência:

 EU SEI QUE VOCÊ SABE, MAS É BOM REPETIR

CONJECTURA

Substantivo feminino.

Juízo ou opinião sem fundamento preciso; suposição, hipótese:
Na edição de um texto, a reconstrução de uma lacuna ou a emenda de um erro, que não se apóiam em testemunhos.

Como tenho afirmado nos posts anteriores, não há um só indício de prova da real existência de Jesus, de seus apóstolos ou discípulos. A história de Saul, Saulo ou Paulo, nada mais é do que um trabalho literário de teólogos, como afirma com muita propriedade o site “Vivos”, cuja finalidade consiste em dá subsídios para o mito Jesus, o Deus criado em Roma por Constantino no famoso Concílio de Nicéia para unificar o Império através de uma religião.



LIVROS ATRIBUÍDOS A PAULO

Normalmente dizemos que Paulo escreveu 13 cartas presentes no NOVO TESTAMENTO

Carta aos Romanos
Primeira Carta aos Coríntios
Segunda Carta aos Coríntios
Carta aos Gálatas
Carta aos Efésios
Carta aos Filipenses
Carta aos Colossenses
Primeira carta aos Tessalonicenses
Segunda carta aos Tessalonicenses
Primeira Carta a Timóteo
Segunda carta a Timóteo
Carta a Tito
Carta a Filêmon

A Carta aos Hebreus, há algum tempo era atribuída a Paulo, mas hoje todos concordam que a obra não é dele.
Existe um grande debate sobre a autoria de algumas cartas atribuidas a Paulo. Há alguma dúvida sobre a Carta aos Colossenses e em relação à segunda Carta aos Tessalonicenses. Invés, as dúvidas são maiores em relação às cartas aos Efésios, às duas escritas a Timóteo e àquela enviada a Tito. Esse debate é natural, quando se trata de livros bíblicos.

É muito difícil determinar os autores dos livros bíblicos, pois era comum usar um nome importante, um pseudônimo, para dar importância e autoridade a um escrito. Isso é muito mais evidente no Antigo Testamento.

Referência 



AUTOBIOGRAFIA PRESUMIDA


Era filho de judeus, da tribo de Benjamin e como era o costume foi circuncidado ao oitavo dia. Também cresceu seguindo a mais perfeita tradição judaica.

"Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu" (Filipenses 3:5).

Tinha uma irmã e um sobrinho que moravam em Jerusalém.

"E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo" (Atos 23:16).

Sua profissão era artesão, fabricante de tendas.

"E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas" (Atos 18:3).

O seu estado civil também é um tanto incerto, ainda que na maioria das vezes se afirme que era solteiro. Pelo que vemos nas cartas paulinas, parecia ele ser solteiro:

"Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu" (I coríntios 7:7,8).

Alguns ficam em dúvida por causa do que está escrito em I Coríntios:

"Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?" (I Coríntios 9:6)

Ainda jovem foi para Jerusalém e, na escola de Gamaliel, se especializou no conhecimento da sua religião. Tornou-se fariseu, ou seja, especialista rigoroso e irrepreensível no cumprimento de toda a Lei e seus pormenores.

"Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois" (Atos 22:3).

Cheio de zelo pela religião, começou a perseguir os cristãos.

"Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível "(Filipenses 3:6).

Esteve presente no martírio de Estevão, cujos mantos foram depositados aos seus pés.

"E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as capas dos que o matavam" (Atos 22:20).

Continuou perseguindo a Igreja até que se encontrou com o Senhor na estrada de Damasco.

"E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão (Atos 8:3). E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote. E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões" (Atos 9:1-5).

A experiência de Paulo com Jesus mudou completamente a sua vida. De perseguidor passou a ser o anunciador até a sua morte.

Na sua primeira missão apostólica, entre os anos 45 e 49, anunciando o Evangelho em Chipre, Panfilia, Pisidia e Lacaônia (At 13-14), passou a usar o nome grego de Paulo de preferência a Saulo, seu nome judaico.

"Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele" (At 13,9).

Era um homem bem preparado, além de conhecer bem a sua religião (o que pode ser comprovado pelas muitas citações ao AT), possuía boas noções de filosofia e das religiões gregas do seu tempo. Em Tarso, sua cidade natal, havia escolas filosóficas (dos estóicos e cínicos) e também escolas de educadores.

Ali nasceu Atenodoro, professor e amigo do imperador Augusto. Paulo algumas vezes utiliza frases desse educador: “Para toda criatura, a sua consciência é Deus” (Cf. Rm 14,22a). Ou: “Guarde para você, diante de Deus, a consciência que você tem” ou: “Comporte-se com o próximo como se Deus visse você, e fale com Deus como se os outros ouvissem você” (Cf. 1Ts 2,3-7). Além disso conhecia bem o grego e o método da retórica. Esforçava-se para compreender o modo grego de viver.

E também era cidadão romano.

"O tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele. E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento" (Atos 22:24-28).

Embora não mencione isso em suas cartas, como se o desprezasse, a sua verdadeira cidadania é outra pois sua visão era no reino celestial.

"Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Filipenses 3:20).

Porém, ele soube tirar proveito desse título, bem como de toda a bagagem cultural adquirida, para conduzir todos a Jesus.

"Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele" (I Coríntios 9:19-23).

Lendo as Cartas percebemos o caráter do Apóstolo: às vezes muito meigo e carinhoso; às vezes, severo. Não abria mão das suas idéias e ameaçava com castigos. Escrevendo às comunidades comparava-se à mãe que acaricia os filhinhos e era capaz de dar a vida por eles.

"Antes fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto nos éreis muito queridos" (I Tessalonicenses 2:7,8)

Sentia pelos fiéis as dores do parto.

"Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós; Eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha voz; porque estou perplexo a vosso respeito" (Gálatas 4:19,20).

Amava-os, e por isso se sacrificava ao máximo por eles.

"Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado" (II Corítnios 12:15).

Mas era também pai que educava e gerava as pessoas por meio do Evangelho à vida nova.

"Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos" (I Tessalonicenses 2:11). "Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo" (I Coríntios 4:15).

Sentia, pelas comunidades que fundou, o ciúme de Deus, temendo que elas perdessem a fé.

"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo" (II Coríntios 11:2,3).

Quando se fazia necessário exigia obediência.

"Que quereis? Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?" (I Coríntios 4:21).

Muitas vezes Paulo é apresentado como alguém distante do povo e das suas comunidades, incapaz de manifestar sentimentos, indiferente ao drama das pessoas, anti-feminista, moralista e assim por diante. 

"O coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós" (II Coríntios 6:11-13).

Encontrou dificuldade para ser aceito como Apóstolo. As suspeitas vinham do fato ser um perseguidor e sobretudo porque não foi escolhido pessoalmente por Jesus. Quatorze anos após a sua conversão, subiu a Jerusalém, para o Concílio, onde defendeu a não circuncisão para os pagãos. Ele mesmo se defendeu das acusações.

"Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1:11,12).

Para ele, anunciar o Evangelho era uma obrigação:

"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!" (I Coríntios 9:16).

Em sua incansável missão de anunciar o Evangelho Paulo sofreu muito, mas não desistiu. Ele mesmo relata algumas das situações difíceis que passou:

"São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez" (II Coríntios 11:23-27).

Teve que lutar contra os falsos missionários (2Cor 10-12) que anunciavam um Evangelho fácil, que fugiam da humilhação e da tribulação. Anunciavam um Jesus sem a cruz. Paulo anunciava o Jesus Crucificado, ainda que isso fosse escândalo.

"Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos" (I Coríntios 1:23).

Porém a cruz não era o fim. O mesmo Jesus da cruz é também o Jesus Ressuscitado (1Cor 15).


SUPONDO QUE PAULO TENHA EXISTIDO:

Paulo, nos dias atuais, pode ser comparado a um iraquiano chamada Muhammad Said que foi morar nos Estados Unidos. Lá ganhou a cidadania americana, trocou seu nome para John Way, ingressou nas forças armadas e voltou ao Iraque para combater o seu povo ao lado dos agressores americanos. Como se não bastasse, apostatou a fé islâmica, abraçou o cristianismo e foi para Meca pregar que só “Jesus salva”.



O CRISTIANISMO DE PAULO

(I Corintios 1:18) – Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.


(I Corintios 1:19) – Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.



(I Corintios 1:20) – Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?


(I Corintios 1:21) – Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.


(I Corintios 1:22) – Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;


(I Corintios 1:23) – Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.


(I Corintios 1:24) – Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.


(I Corintios 1:25) – Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.


(I Corintios 1:26) – Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.


(I Corintios 1:27) – Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;


(I Corintios 1:28) – E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;


(I Corintios 1:29) – Para que nenhuma carne se glorie perante ele.


(I Corintios 1:30) – Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;


(I Corintios 1:31) – Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.



Para muitos teólogos, Paulo foi um personagem fundamental nos primeiros anos do cristianismo. Seu trabalho de evangelização foi, em grande parte, responsável pelo caráter universal da doutrina cristã e sua mensagem, expressa em cartas enviadas às comunidades que fundava, ainda hoje é considerada pelos cristãos como o alicerce da jurisprudência, da moral e da filosofia modernas do Ocidente.

Enquanto a maioria dos apóstolos que conviveram com Jesus restringiram sua pregação à Judéia, Paulo levou a palavra de Cristo para lugares distantes, como a Grécia e Roma. Sua importância na construção da Igreja primitiva é tão grande que muitos estudiosos atribuem a ele o título de pai do cristianismo.

O historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em cristianismo e judaísmo antigos, concorda:

"O cristianismo, tal como existe hoje, deve muito a Paulo. Se não fosse o apóstolo, ele provavelmente não teria passado de mais uma seita judaica".

Isso não quer dizer que o trabalho dos 12 apóstolos tenha sido irrelevante, mas eles pregaram numa região, a Judeia, que viria a ser devastada pelos romanos entre os anos 66 e 70.

 "Sem dúvida, Paulo foi o apóstolo que teve maior repercussão com o passar dos séculos", afirma o teólogo Pedro Lima Vasconcellos, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo. O termo apóstolo, no sentido de evangelizador, é freqüentemente usado para se referir a “São Paulo”. Não há evidências históricas, entretanto, de que ele tenha conhecido Jesus Cristo.

A influência de Paulo é indiscutível. Mas, para uma corrente de historiadores e teólogos, ele deturpou os ensinamentos de Jesus Cristo – a ponto de a mensagem cristã que sobreviveu ao longo dos séculos ter origem não em Cristo, mas em Paulo. Esses pensadores julgam ser mais correto dizer que o que existe hoje é um "paulinismo", não um cristianismo.

"As cartas de São Paulo são uma fraude nos ensinamentos de Cristo. São comentários pessoais à parte da experiência pessoal de Cristo", afirmou o líder pacifista indiano Mahatma Ghandi, em 1928. Opinião semelhante tem o prêmio Nobel da Paz de 1952, o alemão Albert Schweitzer, que declarou: "Paulo nos mostra com que completa indiferença a vida terrena de Jesus foi tomada".

As principais críticas da corrente antipaulina concentram-se em pontos polêmicos das cartas do apóstolo. Nelas, entre outras coisas, Paulo defende a obediência dos cristãos ao opressivo Império Romano, bem como o pagamento de impostos, faz apologia da escravidão, legitima a submissão feminina e esboça uma doutrina da salvação distinta daquela que, segundo teólogos antipaulinos, teria sido defendida por Jesus.

"A mentira que foi Paulo tenha durado tanto tempo à base da violência. Sua conversão foi uma farsa", afirma Fernando Travi, fundador e líder da Igreja Essênia Brasileira. Os essênios eram uma das correntes do judaísmo há 2 mil anos, convertidos na primeira hora ao cristianismo.

"Ele criou uma religião híbrida. A prova disso é o mundo que nos cerca. Um mundo cheio de guerra, de sofrimentos e de desespero."

Os trechos acima são da revista Superinteressante.


OS CRISTÃOS COMEÇAM A OFERECER VIDA ETERNA APÓS A MORTE E PEDIR DINHEIRO PARA SEUS SUSTENTOS.

Com o discurso de que o fim do mundo estava próximo e que Jesus viria para julgar os vivos e os mortos, mandando para o suplício eterno aqueles que não acreditavam nele e premiando os justos com vida eterna após a morte, a palavra de Paulo tinha respaldo nos testemunhos de seus seguidores, tal como acontece nos dias atuais como se vê nos programas televisivos todas as madrugada. O fato está registrado em Atos dos Apóstolos 4,32-35:

“ A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum.
Com grande poder os apóstolos davam o testemunho da ressurreição do Senhor, e todos tinham grande aceitação.

Não havia entre eles necessitado algum. De fato, os que possuíam terrenos ou casas, vendendo-os, traziam os valores das vendas e os depunham aos pés dos apóstolos. Distribuía-se então, a cada um, segundo sua necessidade.”

“...Paulo chegou em Jerusalém em 57 com uma coleta de dinheiro que tinha feito para a comunidade local e, segundo Atos, ele foi recebido calorosamente. Porém, o relato continua afirmando que ele foi interrogado por Tiago por ensinar a «...todos os judeus que estão entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não circuncidem seus filhos nem andem segundo os nossos ritos» (Atos 21:22). “

Paulo então realizou um ritual de purificação para não dar aos judeus nenhum motivo para acusá-lo por não seguir os mandamentos da Lei.


O INCÔMODO SILÊNCIO DA HISTÓRIA

Está muito revelado que os documentos cristãos os mais adiantados, as epístolas ou as cartas atribuídas a "Paulo," nunca discutem um fundo histórico de Jesus, mas tratam exclusivamente com um ser espiritual quem era sabido a todas as seitas gnósticas para centenas aos milhares dos anos.

Poucas referências "históricas" à uma vida real de Jesus citadas nas cartas podem ser demonstradas como sendo interpolações e falsificações. Como Edouard Dujardin indica.

A literatura de Paulo "não refere a Pilatos, ou aos romanos, ou a Caifás, ou ao Sanhedrin, ou a Herodes, ou a Judas, ou às mulheres sagradas, ou a nenhuma pessoa na narração do Evangelho da Paixão, e que também nunca faz-lhes nenhuma alusão; última, que não menciona absolutamente nenhum dos eventos da Paixão, diretamente ou por alusão." Dujardin disse também que as outras escritas "cristãs" adiantadas tal como o Apocalipse não mencionam nenhum detalhe ou drama histórico.

Paulo jamais citou Pedro como bispo de Roma. Na sua epístola à igreja (assembléia) daquela cidade, saudou por seus próprios nomes a 27 dos principais colaboradores do seu apostolado e não se referiu àquele outro apóstolo.

Entretanto, só após o ano de 49, por proposta de Paulo, o cristianismo começou a ser pregado a todos os povos.


INFORMAÇÕES INCOMPATÍVEIS

Outra ficção evangélica é debitada a Paulo, o qual inventou um Apolo, que não figura entre os apóstolos e em nenhum outro relato.

Em Atos dos Apóstolos 18, lê-se: “Veio de Éfeso um judeu de nome Apolo, de Alexandria, homem eloqüente e muito instruído nas Escrituras. Este era instruído no caminho do Senhor, falando com fervor de espírito, ensinando com diligência o que era de Jesus, e somente conhecia João Batista. Com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando-lhes pelas Escrituras que Jesus era o Cristo”.

Seria um judeu fiel ao judaísmo que, segundo Paulo, procurava levar seus próprios patrícios para o Cristo? Na epístola I aos Coríntios, diz que: “Apolo era igual a Jesus”.

Paulo, já no fim do seu apostolado, afirma que o imperador Agripa era um fariseu convicto, e que sua religião era a melhor que então existia.

Era, assim, um divulgador do cristianismo afirmando a excelência do farisaísmo.

Falando de Jesus, Paulo descreve apenas um personagem teológico e não histórico. Não se refere ao pai nem à mãe de Jesus, sendo um ser fantástico, uma encarnação da divindade que viera cumprir um sacrifício expiatório, mas não fala do modo como teria sido possível a encarnação. Não diz sequer a data em que Jesus teria nascido. Não relata como nem quando foi crucificado.

No entanto, estes dados têm muita importância para definir Jesus como homem ou como um ser sobrenatural. Está patente, desse modo, que Paulo é uma figura tão mitológica quanto o próprio Jesus.

Em Atos dos Apóstolos 28:15 e 45 Paulo diz que quando chegou a Pozzuoli, ele e os seus companheiros foram ali bem recebidos, havendo muita gente à beira da estrada os esperando.

Entretanto, chegando a Roma, teve de defender-se das acusações de haver ofendido em Jerusalém ao povo e aos ritos romanos. Na Epístola aos Romanos 1:8, Paulo diz que a fé dos cristãos de Roma alcançara todo o mundo, razão pela qual encerraria sua missão tão logo regressasse da Espanha, onde saudaria um grande número de fiéis.

Mas, se fosse assim, por que Paulo teve de se defender perante os cristãos de Roma contra o seu próprio judaísmo?

Com pouco tempo Paulo já pensava encerrar sua missão porque o cristianismo já havia se universalizado. Entretanto, ele continuava considerando como melhor religião o farisaísmo.

O cristianismo a que Paulo se referia deveria ser anterior a Jesus Cristo, que era o seguido pelos cristãos de Roma, e não pelos cristãos dos lugares por onde Paulo havia passado pregando. Eusébio disse que o cristianismo de Paulo era o terapeuta do Egito, e Tácito disse que os hebreus e os egípcios formavam uma só superstição.


O PROBLEMA COM AS MULHERES

Contudo queria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um deste modo, e outro daquele. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.

O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas cartas, Paulo recomenda e dá orientações para o dia a dia do casal que os líderes da nova comunidade cristã tenham apenas uma esposa porque "assim eles teriam mais tempo para dedicar aos fiéis". Paulo era o mestre, não Jesus.


Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele.


(1Co 7:7-13)


Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também; se, porém, para a mulher é vergonhoso ser tosquiada ou rapada, cubra-se com véu. Pois o homem, na verdade, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem.

 Porque o homem não proveio da mulher, mas a mulher do homem; nem foi o homem criado por causa da mulher, mas sim, a mulher por causa do homem.

Portanto, a mulher deve trazer sobre a cabeça um sinal de submissão, por causa dos anjos. Todavia, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. pois, assim como a mulher veio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus.

Julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma mulher com a cabeça descoberta ore a Deus? Não vos ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é para ele uma desonra; mas se a mulher tiver o cabelo comprido, é para ela uma glória? Pois a cabeleira lhe foi dada em lugar de véu. Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus. (1Co 11:6-16)

Finalmente, Paulo era a favor de apedrejamento de mulheres. Em Carta aos Romanos, por exemplo, no capítulo 13, defende que as leis romanas sejam cumpridas.



O PSEUDO FILÓSOFO JUDEU-CRISTÃO


"Não permito que a mulher ensine" S. Timót. 1ª II-11
"Nem ensine nem cante nas igrejas o que seria torpeza" Corint.1ª XIV-35

"Nem tenha a cabeça descoberta, porque não só a voz mas também os cabelos da mulher são coisas indecentes" S. Paulo

“A mulher casada cuida das coisas deste e de como há de agradar ao marido.” (Carta de S. Paulo)

“As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar, mas estejam submissas como também ordena a lei. E se querem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos, porque é vergonhoso para uma mulher o falar na igreja” Coríntios 14:34-35.

“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.” 1 Timóteo 2:9-15

“As mulheres sejam submissas a seus maridos como ao Senhor, porque o marido é cabeça da mulher como Cristo é cabeça da Igreja, seu corpo, do qual ele é o Salvador. Ora, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim o estejam também as mulheres a seus maridos em tudo.”Efésios 5:22-24

“Mas quero que saibas que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher.” – 1 Aos Coríntios, 11:3


“Ora a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera da noite e de dia em rogos e orações. Mas a que vive em deleite, vivendo está morta.” – 1 Timóteo, 5:5-6


"[...] bom seria que o homem não tocasse em mulher;" (I Coríntios 7 : 1) // E mais adiante: "Estás livre de mulher? não busques mulher." (I Coríntios 7 : 27)



INDÍCIOS DA HOMOSSEXUALIDADE DE PAULO.

Por Scott Bidstrup

Saulo, o judeu antes da conversão, era um homem que se odiava intensamente. Ele não nos conta os motivos do ódio, mas de vez em quando, se descreve como sendo um pecador muito além de qualquer redenção possível. Um homem condenado aos olhos de Deus. Um homem indubitavelmente destinado ao inferno, e não havia nada que ele mesmo pudesse fazer a esse respeito, principalmente porque seus próprios "membros" se recusavam a cooperar. Não é sua perseguição aos cristãos que gera o ódio a si mesmo, é justamente o contrário. Algo perturbava muito Paulo. E esse algo esta definitivamente ligado a seu comportamento pessoal porque ele se intitula um grande pecador.
No decorrer dos séculos, muitas sugestões foram apresentadas para explicar esse auto ódio. Poucas são realmente convincentes. Todas parecem ter problemas sérios - com exceção de uma: a sugestão que Paulo era um homossexual enrustido.

O homossexualismo não era amplamente condenado nesta região na época, mesmo assim podia ter sido uma interpretação pessoal sua das proibições no Livro Levítico que o levou a considerar-se um pecador por ser homossexual.

Entretanto, quando ele passa pela sua conversão, percebe que pela graça de Deus, seu homossexualismo não importa mais, pois Deus ama todos igualmente. Digo isso depois de ter lido as referências no Novo Testamento nas quais Paulo fala de seu desamor e vergonha: suas palavras são profunda e surpreendentemente semelhantes às de outros homossexuais criados num ambiente cristão. Somente esta teoria explicaria todos os aspectos estranhos das atitudes de Paulo em relação à sexualidade - a tendência a um grau monástico de castidade, sua misoginia extrema (ver 1Coríntios 07:01, 07:27), o fato dele ter permanecido solteiro e ter incentivado outros a fazerem o mesmo, e as discussões freqüentes sobre o fato dos membros do seu corpo não cooperarem com seus objetivos espirituais, e seu desespero por não conseguir efetuar as mudanças que gostaria. Todas essas evidências corroboram a teoria do homossexualismo reprimido de Paulo. As outras teorias não explicam nem a metade de suas idiossincrasias.

O autor desta teoria, Scott Bidstrup, prossegue afirmando: - Tenho que admitir, entretanto que não existe nenhuma evidência factual do homossexualismo de Paulo. A evidência é circunstancial, como a maioria das evidências aceita pela escolástica bíblica. Acusaram-me de ter incluído essa teoria porque ela incomoda os cristãos. Isto não é verdade. Eu a incluí porque, em primeiro lugar ela se encaixa com as provas mais que qualquer outra, e em segundo, porque os escritos de Paulo sobre esse assunto a corroboram mais ainda. Tudo realmente se encaixa. Faz sentido dentro do contexto. Pessoalmente, não me importo nem um pouco se Paulo era ou não homossexual; simplesmente tento achar uma teoria que melhor se encaixa com os fatos, e até o presente momento nenhuma se encaixa melhor.

Se o leitor tiver uma melhor, estou mais que disposto a ouvi-lo. A busca pela verdade é a busca pelas evidências que mais se encaixam com os fatos e não as menos controversas, portanto se cristãos gostam ou não da teoria, ou se o autor é ou não gay, é totalmente irrelevante.

Se esta teoria for verdadeira, todo o alicerce do cristianismo se baseia no desamor ou auto ódio de um homossexual enrustido, incapaz de mudar a si próprio ou achar salvação autônoma, encontrando-a somente pela graça de Deus. Se essa teoria for verdadeira, tentem imaginar como a história do mundo teria sido diferente se Paulo não tivesse nascido gay e tivesse passado pelo auto ódio resultante de sua condição natural de nascimento.

Paulo fala, então, a partir da perspectiva de um cristão padecendo de um desamor crônico. Isso antes de virar um mito. Ele prega as doutrinas que irão praticamente moldar o cristianismo nos séculos vindouros, mas nada fala sobre os milagres que certamente promoveriam a fé ou dos detalhes da vida de Jesus que um evangelista naturalmente usaria para converter. Ele não fez isso porque na verdade essas histórias ainda não existiam. Elas só surgiriam depois, quando os evangelhos foram escritos. (A Bíblia e o Cristianismo, de Scott Bidstrup)



O VEXAME DE PAULO EM ATENAS


Por outro lado a filosofia foi criada na civilização grega sendo Platão um do maiores filósofos gregos. O apóstolo Paulo ao visitar Atenas  teve a ocasião de fazer um discurso no célebre Areópago. A sua plateia era composta de filósofos.

 Qual foi a reação deles?

Leia abaixo Atos 17:18.

- E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.


PAULO E O JUDAÍSMO

O amor a Deus foi a base de todas as religiões copiadas pelo judaísmo. Isaías falava de Deus como Pai Celestial. Ezequiel dizia que Deus não queria a morte do pecador, preferindo antes a sua conversão. O justo viverá eternamente pela fé. São palavras de Habacuc, repetidas por Paulo em Gálatas.


A VIDA PÚBLICA DE JESUS

Nas cartas de Paulo, por exemplo, Jesus não é inserido em um contexto histórico. Nelas não temos um Jesus andarilho, nem parábolas, nem milagres, nem sermões; nem Maria, José, Judas, Pilatos, etc; nem paixão em Jerusalém, nem um túmulo vazio, nem aparições em carne e osso; nenhuma indicação de tempo e lugar, etc. Ao invés disso, temos um obscuro personagem celestial, revelado em visões e pelo Espírito Santo; com indícios de influência platônica.

Literaturas cristãs posteriores foram escritas bem depois dos acontecimentos que descrevem, nenhuma anterior a pelo menos a sétima década. E nenhuma delas foi escrita pelos autores cujos nomes as encabeçam. Pelo que se saiba. A maioria são relatos de segunda e terceiro mão. Houve mais que tempo suficiente para a criação de mitologia, portanto não são claramente dignas de confiança.

Os escritos de Paulo aceitos como genuinamente seus (Gálatas I e II e Tessalonicenses I e II, Coríntios, Romanos, Filemón, Filipenses, e possivelmente Colossenses) mostram ser a literatura dos primeiros cristãos mais clara de que dispomos. Foram provavelmente escritos no começo da quinta década do primeiro século - bem depois dos eventos da vida de Jesus. Quando as cartas são examinadas isoladamente, fica claro que Paulo não tinha nem idéia da concepção imaculada, que nunca afirmou que tinha vivido na época de Jesus, ou que quaisquer de seus mentores eram contemporâneos de Jesus, ou que Jesus tenha feito qualquer milagre e ele aparentemente não associou a morte de Jesus com o julgamento perante Pilatos.

Somente em Gálatas 01:19, menciona ele um Jesus contemporâneo, e somente para apontar que Tiago é irmão do Senhor. O uso do termo Senhor torna essa referência um tanto questionável segundo peritos, já que a palavra Senhor não era de uso comum até o segundo século. Portanto as cartas Paulinas, pelo menos as confiáveis, não dão testemunho a um Jesus na primeira metade do primeiro século. O que torna isso interessante é que, outras literaturas cristãs apócrifas mais antigas, anteriores aos quatro evangelhos, omitem exatamente as mesmas coisas.

Paulo só vai a Jerusalém anos depois de cair do cavalo e nem menciona os lugares santos ou sua emoção em visitá-los. Vai lá apenas para se encontrar com Pedro. E ninguém menciona Pilatos e o julgamento de Jesus.

Estranho que Paulo nunca tenha dito algo como "Pois disse Jesus..." ou então "Assim, como Jesus curou o cego...; e ele teve boas oportunidades para assim proceder em suas exortações mesmo que não estivesse interessado em contar a vida de Jesus.

Paulo diz várias vezes algo como "Dizem as Escrituras" (cf. Romanos 15:04; Romanos 10:11; I Coríntios 14:21; Gálatas 03:08; etc) e nenhuma vez algo como "Assim como disse/fez Jesus".

Ninguém contou a Paulo sobre os sermões, ensinamentos e prodígios de Jesus?

Os exemplos apresentados pelos Cristãos não me parecem apropriados. Eu esperava referências aos milagres e sermões assistidos por multidões; às discussões com os fariseus; à condenação pelas autoridades da época.

Vejamos ainda Gálatas 04:04. Paulo não fala o nome da mãe e nem o nome do pai; não fala da gravidez miraculosa; não fala da época ou do local de nascimento; não fala sobre a estrela guia, não fala sobre magos, não fala sobre a morte dos inocentes, não fala da apresentação no templo, não fala de eclipse total do sol, não fala sobre terremoto, não fala sobre ressurreição dos mortos e etc. Inconclusivo, huh?

E o que significa "Tiago, irmão de Jesus"? Paulo usa o termo "irmão" ou "irmãos" dúzias de vezes. Ele realmente se referiu a Tiago como irmão de sangue de Jesus? Se eu for acusado de teimosia por não aceitar o "óbvio", lembro que não estou sozinho, pois os católicos negam que Maria teve outros filhos! Aliás, na própria epístola atribuída a Tiago, este não é apresentado como irmão de Jesus.

Com os outros exemplos temos problemas semelhantes. Paulo não parece falar do mesmo Jesus apresentado nos evangelhos. Como já apontei, por todo o séc I, o "pop star" milagreiro da Judeia não existe em parte alguma fora dos evangelhos. Simplesmente ninguém sabe, ninguém viu!

Justino e Tertuliano são fontes cristãs da metade do II século e muito distantes dos eventos para serem consideradas conclusivas. A acusação dos judeus seria apenas uma resposta razoável à alegação cristã, e não que eles reconheciam que de fato houve um túmulo vazio.



PAULO E A RESSURREIÇÃO

Paulo não concebia uma ressurreição física:

“E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.” - I Coríntios 15:50

Se carne e sangue não podem herdar o reino de Deus então o que poderia? É necessário um bom contorcionismo hermenêutico para evitar a conclusão de que Paulo não concebia uma ressurreição física.


TESTEMUNHO DAS MULHERES OU DOS ANJOS?

Alguém conhece outra história tão mal contada como a ida das mulheres ao túmulo? Por exemplo, algum teólogo explica porque João diz que Maria Madalena foi correndo avisar aos discípulos que o corpo havia desaparecido se Mateus, Marcos e Lucas dizem que ela (e as outras) foi avisada por um anjo sobre a ressurreição.

A lei judaica permitia o testemunho de mulheres caso não houvesse homens disponíveis. Não há registros de antigas polêmicas anti-cristãs criticando a aceitação do testemunho das mulheres para a ressurreição de Jesus.




MORTE DE PAULO - as inconvenientes contradições.



 Nem a Bíblia e nem outra história qualquer conta explicitamente como ou quando Paulo morreu. De acordo com a tradição cristã, Paulo foi decapitado em Roma durante o reino do imperador Nero em meados dos anos 60 na Abadia das Três Fontes (em italiano: Tre Fontane)

O tratamento mais "humano" dado a Paulo, em contraste com a crucificação intertida de São Pedro, foi graças à sua cidadania romana.

Vários autores cristãos da Antiguidade já propuseram mais detalhes sobre a morte de Paulo, I Clemente, uma carta escrita pelo bispo de Roma, Clemente, por volta do ano 90 d.C. relata o seguinte sobre Paulo:

    "Por causa de inveja e brigas, Paulo, pelo exemplo, mostrou a recompensa da resistência paciente. Após ele ter sido preso por sete vezes, ter sido exilado, apedrejado e ter pregado no ocidente e no oriente, ele recebeu o reconhecimento que era o prêmio da sua fé, tendo ensinado a retidão para o mundo inteiro e tendo chegado aos confins do ocidente. E quando ele já tinha dado seu testemunho perante os governantes, partiu deste mundo e foi para um lugar sagrado, tendo encontrado um notável padrão de resistência paciente.    
          
Comentando sobre esta passagem, Raymond Brown escreve que, ainda que ela não afirme categoricamente que Paulo foi martirizado em Roma, "...algo assim é a mais provável interpretação".

Eusébio de Cesareia, que escreveu no século IV d.C., afirma que Paulo foi decapitado durante o reino do imperador romano Nero . Este evento tem sido datado ou no ano de 64 d.C., quando Roma foi devastada por um incêndio, ou alguns anos depois, em 67 d.C.

A festa de São Pedro e São Paulo, da igreja Católica, é comemorada em 29 de junho, o que pode refletir uma data tradicional para o seu martírio. Outras fontes também apontaram uma tradição de que Pedro e Paulo teriam morrido no mesmo dia (e, possivelmente, no mesmo ano).

O apócrifo  “Atos de Pedro” sugere que Paulo sobreviveu a Roma e viajou para o oeste, para a Hispânia. Alguns mantém o ponto de vista que ele poderia ter visitado a Grécia e a Ásia Menor após a sua viagem à Hispânia e que ele pode ter sido finalmente preso em Troas e enviado a Roma para ser executado.

Some-se a tudo isso o fato de que, se Pedro e Paulo foram realmente martirizado em Roma, por volta de 60 d.C., o silêncio de FLAVIUS JOSEPHUS não é algo estranho? Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores. 



Outros fatos problemáticos:



1- Paulo não menciona um túmulo vazio;


2- Paulo não menciona um Jesus aparecendo em carne e osso;


3- Paulo não menciona nada da suposta vida pública de Jesus!


E assim temos mais uma evidência de que o Jesus bíblico é uma ficção: antes dos evangelhos, por décadas, ninguém - seja cristão, judeu ou pagão - mencionou alguma coisa da tão famosa vida terrena de Jesus!


CONTRADIÇÕES OUTRAS

Bom, não dá pra confiar em relatos recheados com contradições ululantes.

Nem todos os evangelhos concordam que *as mulheres* foram as primeiras a ver o túmulo, pois João diz que apenas uma delas - Maria Madalena - o fez. Ops, outra contradição!

Concluindo, não sou um ateu fundamentalista, aguardo todos os dias boas evidências para a existência do Homem-deus, cuja fama correu por toda a Síria (Mt 04:24); que foi recebido por toda a Jerusalém (Mt 21); cuja morte foi quase um prelúdio do apocalipse, onde muitos ressuscitaram, houve um grande terremoto e uma longa escuridão (Mt 27:45-54); que era procurado por uma grande multidão de Jerusalém, da Iduméia, de além do Jordão, e de perto de Tiro e de Sidom (Mc 03:98); que ensinava doutores de todas as aldeias da Judéia e da Galiléia (Lc 05:17); que fez tantas coisas que no mundo inteiro não caberiam os livros para descrevê-las (Jo 21:25).

Pelo jeito, tudo isso só pode ter acontecido na Terra Média*, porque por aqui ninguém mais viu!


(* do Senhor dos Anéis, pra quem não sabe)



FRAUDES

A história do cristianismo, como bem sabemos, é repleta de fraudes; pelo visto, nada impede que os evangelhos também sejam.

Com o Jesus Bíblico temos algo semelhante. Era de se esperar que houvesse boas evidências a seu respeito, pois já naquela época as pessoas escreviam muito sobre outras pessoas, e muito do que foi escrito, mesmo em se tratando de pessoas com pouca expressão, chegou até nós. Contudo, para o maravilhoso e famosíssimo Jesus dos evangelhos, temos apenas relatos anônimos e - muito - duvidosos.

OS EVANGELHOS: O PROCESSO MITOLÓGICO SE ACENTUA

65 D.E.C até cerca de 120 D.E.C
Os escritores dos evangelhos eram membros do novo culto cristão. Se foram convertidos por Paulo, não sabemos, mas já havia passado 20 anos desde a conversão do mesmo, e a nova religião tinha se espalhando com rapidez epidêmica pelos movimentos para Jesus a leste do Mediterrâneo.

Não sabemos ao certo se Paulo realmente foi a Jerusalém conversar com Pedro sobre as doutrinas da igreja, e como deveriam ser seguidas tanto por judeus quanto por gentios. Só podemos especular a respeito dos detalhes que foram discutidos nessa reunião, mas uma coisa é certa: Pedro e Paulo discutiram feio. E o assunto da discussão foi para quem deveriam pregar: judeus e gentios ou só judeus. Ele voltou para a Antioquia certo que tinha convencido Pedro e Tiago do seu ponto de vista. [N.D.T.: O rei Jaime exigiu que seu nome fosse incluído na Bíblia, portanto a Bíblia inglesa trocou o nome de Tiago para Jaime. Mantive o nome constante na Bíblia brasileira.]

É claro que houve várias reuniões (houve pelo menos mais uma em que Pedro foi humilhado por Paulo) isso deve ter ocorrido entre os principais nomes do começo do cristianismo que delinearam como o proselitismo deveria ser realizado, como a igreja deveria ser estruturada, que doutrinas deveriam ser promulgadas para atrair o maior número de pessoas, e se deveriam incluir gentios. A razão para isso é que havia um problema sério: o judaísmo estava sendo ameaçado diretamente pela perseguição romana aos seus sacerdotes (considerados uma ameaça política por causa do levante contra o comando romano) e precisavam bolar uma nova versão do judaísmo que realmente atraísse as pessoas, e tão cativante que não quisessem abandoná-la, até mesmo diante da perseguição.

Essa versão tinha que tirar a ênfase da adoração no templo já que não havia mais nenhum, e tinha que ser capaz de sobreviver ao assalto de idéias estrangeiras que a cercavam de todos os lados, de fontes romanas, helênicas e orientais. O resultado é que a nova religião tinha todas as características do que chamamos hoje de meme - uma Idéia que se comporta exatamente como um vírus - ela infecta, se reproduz e se espalha, e tem a capacidade de evoluir e se adaptar a situações mutáveis.

Em resposta a perseguição romana por causa da revolta fracassada contra Roma, Paulo e outros fundadores do cristianismo deliberadamente criaram uma religião que se comportaria do modo descrito acima, para preservar pelo menos alguma forma de judaísmo diante das perseguições romanas mesmo sem um sacerdócio altamente organizado. Foram bem sucedidos é claro, além de todas suas expectativas, criaram uma seita que não somente sobreviveria as perseguições romanas e a diáspora, mas iria mais além, evoluiria e por fim se tornaria uma das principais religiões do mundo.

As idéias de Paulo, com contribuições de Pedro, Tiago (Jaime) e outros, inicialmente, parece, se espalhou pelos Movimentos para Jesus local que tinham se convertido. Entre eles estavam os escritores dos evangelhos. (A Bíblia e o Cristianismo, de Scott Bidstrup)

 Paulo era o mestre, não Jesus. Em todas as suas disputas com os outros discípulos, ele jamais foi acusado de distorcer as palavras de Jesus. Não havia “palavras de Jesus” ou a “Memória dos Apóstolos”, como eram conhecidos os evangelhos de Jesus. Aliás os evangelhos e sua vida terrena ainda não tinham sido inventados.

Vale a pena assistir:
Leandro Karnal
O Apóstolo Paulo e Implicações da fé cristã no dia a dia






Recomenda-se a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são pequenos apontamentos de estudos. 











JUSTUS DE TIBERÍADES

O incômodo silêncio da história de Jesus.
Na ânsia de justificar sua crença, os cristãos citam Justo de Tiberíades. Ha poucas fontes falando sobre Justo, mas o bastante para se concluir que de Jesus, não citou nenhuma palavra.









Justo de Tiberíades que escreveu a história dos judeus, desde Moisés até o ano 50, não menciona a Jesus. Os gregos, os romanos e os hindus do século I e II jamais ouviram falar de Jesus. Os trabalhos filosóficos e teosóficos dos professores da Escola de Tubingem demonstraram que os evangelhos e a Bíblia não possuem nenhum valor histórico e que tudo o que consta neles são arranjos, adaptações e ficções.

Escreveu até Agripa II (c. 50 EC). Era o rival de Josephus. Suas obras não sobreviveram, porém, através de Fotius, patriarca de Constantinopla, ficamos sabendo que ele não fez a mínima menção a Jesus. Com ele temos três prolixos escritores judeus que não deram bola para a maravilhosa sabedoria, os milagres e os prodígios do famosíssimo Jesus, tal como relatados nos evangelhos. Qual o motivo? Já sabemos.


Vejamos o que escreveu Fotius:

(A Crônica dos Reis dos judeus na forma de uma genealogia, por Justus de Tiberíades . )

“Ele veio de Tiberíades, na Galiléia, da qual tomou o seu nome. Ele começa sua história com Moisés e leva-o até a morte do sétimo Agripa da família de Herodes e o último dos reis dos judeus. Seu reino, que foi dado a ele por Cláudio, foi prorrogado por Nero, e ainda mais por Vespasiano. Ele morreu no terceiro ano de Trajano, quando a história termina. Estilo Justus "é muito conciso e ele omite muita coisa que é de extrema importância. Sofrendo com a falha comum dos judeus, para a qual raça ele pertencia, ele nem sequer menciona a vinda de Cristo, os acontecimentos de sua vida, ou os milagres realizados por ele.

Seu pai era um judeu chamado Pistus; próprio Justus, de acordo com Josephus, foi um dos mais abandonados dos homens, um escravo do vício e da ganância. Ele era um adversário político de Josephus, contra quem ele disse ter inventado várias parcelas, mas Josephus, embora em várias ocasiões ele teve seu inimigo em seu poder, só castigou-o com palavras e deixá-lo em liberdade. Diz-se que a história que ele escreveu é, em grande parte fictício, especialmente onde ele descreve a guerra judaico-romana e da captura de Jerusalém.”

Fonte

SABER MAIS

segunda-feira, 29 de abril de 2013

FÍLON DE ALEXANDRIA (10 a.C - 50 d.C)

O incômodo silêncio da história de Jesus.
Na ânsia de justificar sua crença, os cristãos citam Filon de Alexandria como prova robusta da existência de Jesus. O filósofo falou sobre Tibério e Pilatos, mas não escreveu uma única vez a palavra - Jesus.


Fílon de Alexandria

Fílon foi um dos mais renomados filósofos do judaísmo helênico, interpretou a bíblia utilizando elementos da filosofia de Platão, para ele o Demiurgo(1) de Platão é o Deus criador dos hebreus.


 “Os que exaltam as grandezas do mundo como sendo um bem, devem ser reprimidos.”; “A distinção humana está na inteligência e na justiça, embora partam do nosso escravo, comprado com o nosso dinheiro.”; “Porque hás de ser sempre orgulhoso e te achares superior aos outros?”; “Quem te trouxe ao mundo? Nu vieste, nu morrerás, não recebendo de Deus senão o tempo entre o nascimento e a morte, para que o apliques na concórdia e na justiça, repudiando todos os vícios e todas as qualidades que tornam o homem um animal”; “A boa vontade e o amor entre os homens são a fonte de todos os bens que podem existir”.

E ainda:


“O Verbo seria o Ungido do Senhor, o ideal da natureza — o Adão Celeste é a doutrina da encarnação do Verbo — tomando a forma humana. O Verbo é o intermediário entre Deus e os homens. Diz ainda que o Verbo é o pão da vida”.

Como vemos, não há nada de novo no cristianismo.

Filon de Alexandria, apesar de haver contribuído muito para a construção do cristianismo, nega a existência de Cristo. Escrevendo sobre Pôncio Pilatos e sobre sua atuação como Procurador da Judéia, diz Filon que “era um homem duro e tão desumano quanto Tibério. A vida de um ou menos um judeu, para ambos, era coisa da pouca importância”.

Filon faz de Pilatos um carrasco e mostra que ele, em Jerusalém, agia com carta branca. Além disso, as reações de Pilatos com Tibério eram quase fraternais e ele era um delegado de absoluta confiança do imperador.

Não faz referência alguma ao suposto julgamento de Jesus.

Fala dos essênios e de sua doutrina comunal sem mencionar para nada o nome de Jesus. Quando esteve em Roma para defender os judeus, Filon fez os relatos mais diversos de acontecimentos ocorridos na Palestina, não dando nenhum dado sobre o personagem Jesus.

É importante lembrar que Filon foi um dos maiores intelectuais de seu tempo, que estava muito bem informado e que jamais omitiria uma vida tão curiosa e tão trágica como a de Jesus. E Filon não faz citação apenas a Jesus, mas também aos apóstolos, a José e a Maria. Bastaria o silêncio dele para provar que estarmos diante de uma nova criação mitológica, de cunho metafísico.

É muito comum nos fóruns onde se debate o Cristianismo, os apologistas citarem como prova existencial de Jesus, livros e documentos ou outras composições literárias produzida por pessoas intelectuais da época. Muitos dos debatedores nunca leram nada a respeito da autoridade que eles apresentam como testemunha do fato, e por isso tornam-se ridículos.

Se Jesus Cristo realmente tivesse existido, a Igreja não teria necessidade de falsificar os escritos desses escritores e historiadores. Haveria, certamente, farta e autêntica documentação a seu respeito, detalhando sua vida, suas obras, seus ensinamentos e sua morte. Aqueles que o omitiram, se tivesse de fato existido, teria sido por eles abundantemente falado. Os mínimos detalhes de sua maravilhosa vida, seriam objeto de vasta explanação.


(1) Demiurgo


Demiurgoo Artífice ou Criador, em alguns sistemas de crenças, é a deidade responsável pela criação do universo físico. Originalmente, o demiurgo era descrito como uma entidade divina nos trabalhos de Platão, cerca de 360ac, porém mais tarde no Gnosticismo o termo refere-se ao maligno deus criador do mundo material.

O demiurgo aparece em diferentes sistemas religiosos e filosóficos, mas notavelmente no Platonismo e mais tarde no Gnosticismo. No platonismo, o demiurgo é uma divindade ou força criativa que deu forma ao mundo material. Platão usa o termo para significar a criação omni-benevolente. Para Platão, o demiurgo é uma criador (de leis ou do céu) ou o criador (do Mundo) em Timaeus. Já no Gnosticismo, uma divindade subordinada à Divindade suprema, algumas vezes considerada como o criador do mal. Uma força que governa ou poder criativo.

O neoplatonista Plotinus identificou o demiurgo como nous (divino propósito), a primeira emanação do "Único" (veja mônada). Neoplatonistas personificaram o demiurgo como Zeus. No Gnosticimo, o universo material é visto como mal e o demiurgo é o criador mal do mundo físico. Nomes Gnosticos alternativos para o Demiurgo, incluem Yaldabaoth, Yao ou Iao, Ialdabaoth e várias outras variantes. Os Gnósticos identificaram o Demiurgo com Yahweh (veja os Setianos e Ophitas). Ele é conhecimento como Ptahil no Mandaeanismo.

Ele é o formador do Mundo inferior (ou material). Considerado como o chefe dos Arcontes e de sabedoria limitada e imperfeita. Segundo os Gnósticos, esta entidade seria o Deus do Velho Testamento da Biblia. Este ente tem a arrogância típica dos que se acham onipotentes, contudo não é mau. Criador de tudo que conhecemos, porém acha que todos devem curvar-se a sua divindade. Entretanto questionado por Sophia que quer que as Almas do Mundo sejam livres, rebela-se e envia aos homens o seu filho mais querido, o Cristo. Assim as Almas tenham consciência de sua parcela divina e partam para o Pleroma. Para impedir isso, o Demiurgo cria inúmeras ilusões para afastar as Almas de sua legítima parcela divina e sejam escravos da roda do Mundo, a Reencarnação. Portanto, a entidade poderá continuar a ser governante desta pequena Esfera de Vida onde é absoluto.


Origem da Palavra
A palavra demiurgo é derivada do Grego antigo δημιουργός (dēmiourgós, latinizado demiurgus). No Grego Clássico, a palavra Demiourgos significa "artesão" ou "artífice", literalmente "aquele que trabalha a para o povo", trabalhador especializado, criador; dēmios (δήμιος) que pertence ao povo; dêmos, “o povo”.



SABER MAIS

domingo, 28 de abril de 2013

PLÍNIO, O JOVEM




O incômodo silêncio da História.
Na ânsia de justificar sua crença, os cristãos citam Plínio como prova robusta e incontestável da existência de Jesus. Mas o que Plínio nos revela é a existência de cristãos que adoravam um certo CRISTO (Messias), como se fosse um Deus.








CAIUS PLINIUS CAECILIUS SECUNDUS - Plínio, o jovem  (61 d.C. – 113 d.C.) — Foi testemunha ocular da tragédia que soterrou não só Pompeia no ano 79 mas outras cidades do piemonte do vulcão Vesúvio, sob a lava da sua erupção.

Plínio deixou como legado histórico, entre várias cartas e documentos, a narrativa do drama pompeiano. Seus escritos sobre esta tragédia são os principais documentos escritos que versam a respeito de como se sucedeu tal erupção. Já em suas cartas, se encontram as melhores descrições da vida cotidiana e política de Roma antiga. Estas cartas estão no Livro X, sendo ao todo 122, trocadas com o imperador Trajano. 


Foi procônsul da Bitínia (atual Turquia). Numa carta ao imperador Trajano, em 112 d.C., pergunta o que fazer quanto aos cristãos que “se reúnem regularmente antes da aurora, em dias determinados, para cantar louvores a Cristo como se ele fosse um deus”. Uns oitenta anos depois da morte de Jesus, alguém estava adorando a um Cristo (messias, em hebraico)! Entretanto, nada se diz sobre se este Cristo era Jesus, o mestre milagreiro que foi crucificado e ressuscitou na Judeia ou se um Cristo mitológico das religiões pagãs de mistério. O próprio Jesus teria dito que haveria muitos falsos Cristos, portanto a afirmação de Plínio não contribui em muito para demonstrar que o Jesus, aquele de quem se fala no Novo Testamento existiu. Não escreveu nada sobre a estrela que surgiu abruptamente em Nazaré, da chacina contra as crianças promovida por Herodes, Não falou nada sobre a ressurreição de mortos. Não registrou em seus livros terremotos e eclipse total do sol quando da morte do suposto Jesus. Tudo isso passou em brancas nuvens.



 Carta de Plínio a Trajano

É evidente também, a falsificação praticada nesta carta. A pergunta de Plínio a Trajano e capciosa – a pergunta “o que fazer quanto aos cristãos”, segundo alguns historiadores, não é a Cristo a quem se referia o procônsul da Bitínia, e sim os seguidores de Crestus, dos essênios. É como se Plínio quisesse demonstrar, não apenas a existência histórica de Jesus, mas, sua divindade, simbolizando a adoração dos cristãos. É quanto basta para evidenciar a fraude colocada em seus escritos.

É muito comum nos fóruns onde se debate o Cristianismo, os apologistas citarem como prova da existência de Jesus, livros e documentos ou outras composições literárias produzida por pessoas intelectuais da época. Muitos dos debatedores nunca leram nada a respeito da autoridade que eles apresentam como testemunha do fato, e por isso tornam-se ridículos.

Se Jesus Cristo realmente tivesse existido, a Igreja não teria necessidade de falsificar os escritos desses escritores e historiadores. Haveria, certamente, farta e autêntica documentação a seu respeito, detalhando sua vida, suas obras, seus ensinamentos e sua morte. Aqueles que o omitiram, se tivesse de fato existido, teria sido por eles abundantemente falado. Os mínimos detalhes de sua maravilhosa vida, seriam objeto de vasta explanação.


A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade?

Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que

 “as vezes é necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”.

Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada a desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Plínio, não resta nenhuma evidência confiável de origem não cristã.

SABER MAIS
O DISCURSO DE EUSÉBIO



O Apóstolo Paulo incentiva os cristãos a mentir

"Que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com FINGIMENTO ou em verdade."[Fil 1:18]

E mais
Romanos 3:
7 Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador?


"Que mal pode haver se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja ?"  Martinho Lutero


SABER MAIS
FLAVIUS JOSEPHUS
SUETÔNIO
TÁCITO
FILON DE ALEXANDRIA
JUSTO DE TIBERÍADES
O APÓSTOLO PAULO

Recomenda-se a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são pequenos apontamentos de estudos. 



sábado, 27 de abril de 2013

A BÍBLIA ON LINE










PUBLIUS LENTULUS


PUBLIUS LENTULUS - RETRATO FALADO RECEBIDO ATRAVÉS DA MEDIUNIDADE DE DELFINO FILHO

Publius Lentulus é um suposto senador romano que teria vivido na Galiléia à época de Jesus Cristo. Existiria uma carta de duvidosa existência histórica dirigida a Tibério, contendo uma descrição física e da personalidade de Jesus, que se atribui a ele. Referida epístola teria sido encontrada no arquivo do duque de Cesarini (Século XVII).


 A Enciclopédia Católica considera-o uma figura fictícia.

Publius Lentulus é uma pessoa fictícia que diz ter sido governador da Judéia antes de Pôncio, e ter escrito a seguinte carta ao Senado romano:

"Lentulus, o governador do Jerusalém para o Senado romano e Pessoas, saudações.

Tem aparecido em nossos tempos, e ainda vive, um homem de grande poder (virtude), chamado Jesus Cristo. 

As pessoas o chamam de profeta da verdade , seus discípulos , o filho de Deus. Ele ressuscita os mortos e cura enfermidades. Ele é um homem de tamanho médio, ele tem um aspecto venerável, e os seus espectadores podem tanto medo e amo ele. Seu cabelo é da cor da avelã madura, em linha reta até as orelhas, mas abaixo das orelhas ondulados e enrolados, com um reflexo azulado e brilhante, que flui sobre os ombros. 

Separaram-se em duas na parte superior da cabeça, após o padrão dos nazarenos . Sua testa é lisa e variam alegre, com um rosto sem rugas ou local, embelezado por uma pele levemente avermelhada. O nariz e a boca são irrepreensíveis. Sua barba é abundante, da cor do seu cabelo, não longa, mas dividida no queixo.

Seu aspecto é simples e maduro, seus olhos são mutáveis e brilhante. Ele é terrível em suas reprimendas, doce e amigável em suas admoestações, alegre, sem perda de gravidade. Ele nunca foi conhecido por rir, mas muitas vezes a chorar. Sua estatura é reto, com as mãos e os braços bonito de se ver. Sua conversa é grave, freqüente, e modesto . Ele é o mais belo entre os filhos dos homens."


Dobschutz faz uma crítica ao referido documento enumerando vários detalhes. A carta foi impressa pela primeira vez no livro "Vida de Cristo" por Ludolph de Colônia em 1474 e na "Introdução às obras de St. Anselm" (Nuremberg, 1491). 

De acordo com o manuscrito de Jena, um certo Diácono de Colônia encontrou a carta em 1421 em antigos documentos enviados para Roma a partir de Constantinopla. Trata-se de um documento de origem grega, e traduzido para o latim no século XIII ou XIV, embora recebeu sua forma presente nas mãos do humanista do século XV ou XVI. 

 A carta de Lentulus é certamente apócrifa : nunca houve um governador em Jerusalém, nem procurador da Judéia conhecido por Lentulus. Um governador romano não teria abordado o Senado, mas o imperador, um escritor Romano não teria empregado as expressões, "profeta da verdade ", "filhos de homens ", "Jesus Cristo". Os dois primeiros são expressões hebraica, o terceiro é retirado do Novo Testamento . A carta, portanto, mostra-nos uma descrição do nosso Senhor , como Christian  o concebeu.





Referências na Doutrina Espírita

A psicografia segura de Francisco Cândido Xavier, vulgo Chico Xavier, nos relata no livro “Há dois mil anos”, escrito através do autor espiritual Emmanuel, com riquezas de detalhes os principais fatos da vida de Publius Lentulus Cornelius, que teria sido uma das reencarnações do próprio Emmanuel. Há, nesta obra mediúnica, passagens descrevendo seu encontro com Jesus, onde o Cristo intercede pela cura de sua filha, que contraíra lepra. Sua esposa Lívia, dama patrícia, tornara-se cristã. Lentulus também teria tido papel importante no julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos. Ainda de acordo com o relato da obra, Publius Lentulus teria sido a reencarnação do seu bisavô Publius Cornelius Lentulus Sura.

Atribui-se a tal personagem, um relato com as características físicas e da personalidade de Jesus Cristo, o qual não está presente no romance citado.


REFERÊNCIAS
Francisco Cândido Xavier. Há 2000 Anos. Pelo espírito Emmanuel. 41ª ed., Rio de Janeiro: FEB, 2001.

NOTA



“Há Dois Mil Anos” é um romance espírita psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier com autoria atribuída ao espírito Emmanuel. Foi publicado no ano de 1939 pela Federação Espírita Brasileira.

Com o sub-título de Episódios da História do Cristianismo no Século I, a obra narra os principais fatos da vida do orgulhoso senador romano Publius Lentulus (que teria sido uma das encarnações do autor espiritual), entre os quais estão o encontro com Jesus, o milagre da cura, pelo Divino Mestre, da filha que contraíra lepra e a conversão da esposa Lívia ao cristianismo.

"Há Dois Mil Anos" está incluído entre os dez melhores livros espíritas publicados no século XX segundo pesquisa realizada em 1999 pela "Candeia Organização Espírita de Difusão e Cultura".













sexta-feira, 26 de abril de 2013

TÁCITO

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TÁCITO
Rara felicidade deste tempo onde é permitido pensar o que se quer e dizer o que se pensa. (Tácito)



Tácito (Publius Cornelius Tacitus, (55-120), historiador romano, escritor, orador, cônsul romano (ano 97) e procônsul da Ásia romana (110-113), falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64, apresenta uma notícia sobre Jesus, embora curta:


“Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos.


Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma” (Anais, XV, 44). Passagem considerada autêntica pelos apologistas cristãos.

Até Nero, o estado romano fazia pouca distinção entre judeus e cristãos. Quando, segundo Tácito, ele tenta culpar os cristãos pelo incêndio de Roma, inicia uma política específica quanto aos cristãos, que até então não existia. 


O problema com os cristãos era que se recusavam a aceitar a religião cívica de adoração ao genius do imperador. Excepcionalmente, os judeus estavam livres desta história, por seu monoteísmo ancestral. E porque não tentavam converter outros (não é assim moleza entrar para o povo escolhido).


Os cristãos eram mal vistos por se recusarem a praticar a religião cívica e por professarem contra esta. Daí a serem acusados de práticas condenáveis era um passo. Mas até Nero o que havia era uma certa desconfiança não uma política explícita de perseguição.

Por fim, o comentário de Tácito é pouco expressivo; contudo confirma a existência de Cristãos, que derivaram o seu nome do próprio Cristo – do Cristo executado durante o reinado do Imperador Tibério (14-37 D. C.), sob o procurador Pôncio Pilatos. Mas, fica aberta a questão se o próprio Tácito considerou esse evento como autêntico. O único fato concreto, a ser deduzido com segurança, é o da existência de uma comunidade cristã, em Roma, com tradições, em certos pontos concordantes com as descritas no Novo Testamento, nos tempos do Imperador Nero (54-68 D. C.), cuja perseguição aos cristãos motivou Tácito a escrever o comentário em apreço.

Mas, há controvérsias:

Os estudiosos apontam várias razões para se suspeitar de que este trecho não seja de Tácito nem de registros romanos, e sim uma inserção posterior na obra de Tácito:

1.   A referência a Pilatos como procurador seria apropriada na época de Tácito, mas, na época de Pilatos, o título correto era “prefeito”.

2.   Se Tácito escreveu este trecho no início do segundo século, por que os Pais da Igreja, como Tertuliano, Clemente, Orígenes e até Eusébio, que tanto procuraram por provas da historicidade de Jesus, não o citam?


3.   Tácito só passa a ser citado por escritores cristãos a partir do século 15.

O que é claro e indiscutível é que um período de 80 a 100 anos sem nenhum registro histórico confiável, depois de fatos de tal magnitude, é longo o bastante para levantar suspeitas. Além do mais, é insuficiente citar três relatos tão curtos e tão pouco informativos para provar que existiu um messias judeu milagreiro chamado Jesus que seria Deus em forma humana, foi crucificado e ressuscitou.

Anais de Tácito:

Falam dos seguidores de Crestus, líder dos essênios, crucificado por Pilatos por lutar contra Roma. Vou citar o trecho:



"... para acabar com os rumores, Nero acusou falsamente as pessoas comumente chamadas de cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas."


- Por suas atrocidades?
  
Os cristãos eram mansos, ou deviam ser se seguissem os ensinamentos de Jesus. Aqui trata-se dos seguidores de Crestus, que realmente eram contra Roma.


Levando-se em conta que Tácito era letrado ele jamais se enganaria quanto as denominações Cristo e Crestus,  logo é clara a falsificação por parte da Igreja.


Aliás, Plínio, Tácito e Suetônio chamaram a crença cristã de superstição, o equivalente a dizer que era algo sem fundamento; uma invencionice. 

O Livro de Tácito.


“...Consequentemente, para se livrar do relatório, Nero colocou a culpa e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamada cristão pelo populacho.

Cristus de quem o nome teve sua origem, nosso procurador, Pontius Pilatus, é uma superstição maligna, assim, marcada para o momento, mais uma vez quebrou-se na Judéia, a primeira fonte do mal, mas mesmo em Roma, onde todas as coisas horríveis e vergonhosas de todas as partes do mundo encontram o seu centro e se torna popular.

Assim, a prisão foi o primeiro feito de tudo que se declarou culpado, então, sobre suas informações, uma imensa multidão foi condenada, não tanto pelo crime de incendiar a cidade, como de ódio contra a humanidade.

Zombaria de todo tipo foi adicionada às suas mortes. Coberto com peles de animais, eles foram rasgados por cães e pereceram, ou foram pregados a cruzes, ou foram condenados às chamas e queimados, para servir como iluminação noturna, quando o dia tinha expirado.

SABER MAIS:

ANAIS - TÁCITO



É muito comum nos fóruns onde se debate o Cristianismo, os apologistas citarem como prova da existência de Jesus, livros e documentos ou outras composições literárias produzida por pessoas intelectuais da época. Muitos dos debatedores nunca leram nada a respeito da autoridade que eles apresentam como testemunha do fato, e por isso tornam-se ridículos.

Se Jesus Cristo realmente tivesse existido, a Igreja não teria necessidade de falsificar os escritos desses escritores e historiadores. Haveria, certamente, farta e autêntica documentação a seu respeito, detalhando sua vida, suas obras, seus ensinamentos e sua morte. Aqueles que o omitiram, se tivesse de fato existido, teria sido por eles abundantemente falado. Os mínimos detalhes de sua maravilhosa vida, seriam objeto de vasta explanação.


A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade?

Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que

 “as vezes é necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”.

Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada a desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Tácito, não resta nenhuma evidência confiável de origem não cristã.

O Apóstolo Paulo incentiva os cristãos a mentir

"Que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com FINGIMENTO ou em verdade."[Fil 1:18]

E mais

Romanos 3:

7 Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador?

QUESTÃO DE LÓGICA:


- Qual é a maior propagadora de Jesus: Igreja.


- A Igreja é uma instituição confiável que nunca fez nada que prejudicou a humanidade ? Não


- A Igreja Mente ? Mente! (A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade. (Leonardo Boff) – Revista Caros Amigos Setembro de 1998.

- Temos provas históricas ou arqueológicas sobre Jesus ? Não.

- Como provar que a história de Jesus é verdadeira ? Não há como.

- O que difere o mito de Jesus do mito do Papai Noel ? nada!

Bom...há uma diferença .. o Papai Noel não condena ao sofrimento eterno quem desacredita dele.


SABER MAIS
FLAVIUS JOSEPHUS
SUETÔNIO
PUBLIUS LENTULUS
PLÍNIO, O JOVEM
FILON DE ALEXANDRIA
JUSTO DE TIBERÍADES

Recomenda-se a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são pequenos apontamentos de estudos.