sábado, 4 de maio de 2013

UM CORNO (CUCKHOLD) CHAMADO OSÉIAS



Essa é uma história retirada da Bíblia onde um Deus casamenteiro (Javé) intermedeia uma aliança matrimonial entre um de seus seguidores (Oséias) com uma prostituta (Gômer).

Oséias é aquele personagem bíblico famoso, que supostamente havia profetizado a cerca de 800 anos a vinda de Jesus, no Reino do Norte (Israel).

É dito na Bíblia que Deus ordena a Oséias que se case com uma prostituta:


“Vai, toma para ti uma mulher que se entregue à prostituição e filhos da prostituição, porque o país se prostituiu, desviando-se do Senhor.”





Obediente a Deus, Oséias procura uma prostituta de nome Gômer e casa-se com ela, advindo desta união um filho que o Senhor o batizou com o nome de Jizreel, que significa Deus Espalha.




Então Gômer se prostituiu de vez. Ela concebeu mais duas vezes, tendo uma filha e outro filho, mas não com Oséias. A filha DEUS deu um nome de  Lo-Ruama que significa “não amada” e o filho DEUS, deu o nome de Lo-Ami; “não meu povo”.


Os atos da vida matrimonial, ou melhor dizendo, os chifres que ornamentaram a cabeça do profeta  são descritos em detalhes, no capítulo 2 do livro que leva o seu nome. Ele amou e ama uma mulher que responde a esse amor apenas com a traição.  De fato, através do livro transparece as dificuldades do relacionamento com sua esposa, que o trai e se separa dele, provocando em Oséias muita dor. Apesar disso ele não deixa de amá-la e, finalmente, aceita que volte à casa. 

Oséias, obedecendo a Deus, (que é dito justo e misericordioso) descarrega toda a sua ira em cima dos dois filhos que sua esposa Gômer pariu fora do casamento.

"Contendei com vossa mãe, contendei, porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido; e desvie ela as suas prostituições da sua vista e os seus adultérios de entre os seus seios.

Para que eu não a despoje, ficando ela nua, e a ponha como no dia em que nasceu, e a faça como um deserto, e a torne como uma terra seca, e a mate à sede;

E não me compadeça de seus filhos, porque são filhos de prostituições.

Porque sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.

Portanto, eis que cercarei o teu caminho com espinhos; e levantarei um muro de sebe, para que ela não ache as suas veredas.

Ela irá atrás de seus amantes, mas não os alcançará; e buscá-los-á, mas não os achará; então dirá: Ir-me-ei, e tornar-me-ei a meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora.

Ela, pois, não reconhece que eu lhe dei o grão, e o mosto, e o azeite, e que lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal.

Portanto tornarei a tirar o meu grão a seu tempo e o meu mosto no seu tempo determinado; e arrebatarei a minha lã e o meu linho, com que cobriam a sua nudez.

E agora descobrirei a sua vileza diante dos olhos dos seus amantes, e ninguém a livrará da minha mão.

E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades.

E devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: É esta a minha paga que me deram os meus amantes; eu, pois, farei delas um bosque, e as feras do campo as devorarão.

Castigá-la-ei pelos dias dos Baalins, nos quais lhes queimou incenso, e se adornou dos seus pendentes e das suas joias, e andou atrás de seus amantes, mas de mim se esqueceu.

Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.

E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito.

E naquele dia, diz o Senhor, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: Meu senhor.

E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias.

E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor.

E ele lhe disse: Tu ficarás comigo muitos dias; não te prostituirás, nem serás de outro homem; assim também eu esperarei por ti."


Bom, só posso dizer o que a Bíblia me diz. Certamente os Cristãos que se arvoram deter o profundo conhecimento da Bíblia, inclusive o Papa Chico que afirmou publicamente que só a Igreja Católica Apostólica ROMANA é capaz de interpretar a Bíblia, tenham outra versão diferente para o fato.

CORNO - Diz-se do indivíduo que sabe ser traído pela mulher com quem é casado e permanece com ela aceitando com naturalidade o comportamento adúltero da esposa.

SABER MAIS
O QUE SUBSTITUI A BÍBLIA COMO UM GUIA MORAL?
UM OUTRO CORNO BÍBLICO CHAMADO ABRAÃO
Um amor homossexual: Davi e Jonatã

sexta-feira, 3 de maio de 2013

SANTÍSSIMA TRINDADE SUA INEXISTÊNCIA À LUZ DO NOVO TESTAMENTO

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Vamos deixar os fatos históricos de lado, pois os mesmos já são de conhecimento mais do que suficiente para todo. Existem estudos claros e transparentes com base exclusivamente nas escrituras e os mesmos deixam nitidamente esclarecidos a inexistência de uma Trindade na Divindade.

João 17:3 – E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Muitos debates têm sido travados e todos afirmam ter base bíblica para defender suas idéias. Uns entendem que a divindade é composta por três Deuses (o Deus-Pai, o Deus-Filho e o Deus-Espírito Santo) que são autônomos, mas que agem em cooperação. Outros afirmam que há apenas um Deus que se manifesta de três formas diferentes, mas é o mesmo ser, uma única pessoa. Há ainda quem defenda que há um só Deus composto por três pessoas divinas, co-iguais, co-eternas, co-substanciais, a Santíssima Trindade.

Esta última forma de crença, a mais comum, é adotada pela ICAR e pela maioria das igrejas protestantes. Para eles, Deus não é um ser pessoal, ou seja, Deus não é uma pessoa, mas três pessoas. Não são 3 deuses, nem uma só pessoa, mas um Deus Composto, um Deus-Tríplice, ou Deus-Triúno. Complicado? Sim… Na interpretação dos Trinitarianos este ensino é um mistério! Por que um mistério? Como tais ensinos carecem de uma base mais sólida e contêm contradições internas de difícil conciliação, seus defensores também ensinam que há um grande mistério por trás destes fatos e que ao ser humano não é dado compreender os mistérios de Deus.

“A Santíssima Trindade é um Mistério para ser aceito, não para ser compreendido”, foi a voz de muitos sacerdotes ao longo da Idade Média e que continua ressoando no século XXI.

Diante de tais interpretações questionáveis, muitos acabam aceitando a “doutrina do mistério” e acreditando que sua salvação não depende do pleno conhecimento de Deus, já que o mesmo é um mistério não revelado. Cristo afirmou que a vida eterna depende do conhecimento do único Deus verdadeiro e de Jesus Cristo, o enviado de Deus (conforme João 17:3). Entretanto, em nenhum lugar na Bíblia é revelado o nome do Espírito Santo, pois ele é o próprio pneuma de Deus, ou seja, um princípio espiritual que (segundo os estóicos) seria a causa da vida.

Existem várias concepções da Trindade. Parte dos trinitarianos crêem em três pessoas divinas co-iguais e co-eternas, outros admitem diferentes níveis hierárquicos e de natureza entre Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. Independente da crença, todos dizem ter razões bíblicas para acreditar que existem realmente três pessoas divinas e que esses três seres representariam um único Deus. Desse modo, tentam livrar-se da acusação de politeísmo.

Pois bem, tendo somente a Bíblia como critério de avaliação, consideraremos essas afirmações:

Para serem co-iguais, as três diferentes pessoas da Trindade deveriam possuir idêntica autoridade e plena igualdade de poder. As Escrituras Sagradas são muito claras quanto ao fato de que Deus, o Pai, é evidentemente superior a Seu Filho.

Jesus refere-se a Deus como o “Altíssimo” em Lucas 6:35.

Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.

Isto é, aquele que ocupa a posição mais elevada, que está isolado em nível máximo, numa condição inatingível por qualquer outro ser.

Jesus afirma explicitamente em João 14:28:
Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.

Jesus afirma categoricamente em João 13:16:
Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.

Deus, que enviou Jesus (Seu Filho) é, portanto, obviamente, maior do que Ele, que, repetidas vezes, como em João 5:37:

O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.

Também o espírito Consolador é inferior ao Pai, uma vez que também seria enviado por Ele, segundo informa Jesus em João 14:26:

Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.

Jesus afirma e Paulo confirma na epístola a Coríntios, que Deus, o Pai, é maior do que tudo e todos como nas seguintes passagens:

João 13:29 – Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.

I Coríntios 15:27-28 – Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

Se o espírito Santo fosse realmente uma terceira e distinta pessoa divina, nada poderia justificar sua omissão e ausência em textos bíblicos como estes:

I Coríntios 8:6 – Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.

Quando Paulo define o único Deus, ele omite qualquer referência ao Espírito Santo.

Quando Jesus, no Evangelho de Marcos, menciona aqueles que poderiam conhecer a data de sua volta, omite qualquer referência ao espírito Santo. Observe:

Marcos 13:32 – Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.

João 16:32 Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo.

Se o Espírito Santo fosse uma 3ª pessoa divina, não poderia “Ele” fazer companhia para Jesus em lugar do Pai? Contudo, Jesus nem sequer o mencionou nessa ocasião. Jesus Cristo nunca é chamado “Deus Filho” no relato bíblico. Tudo que fez e disse foi realizado por ordem e permissão do Pai, a quem ele (Jesus) mesmo se referia como “Meu Deus”, conforme os trechos abaixo:

Apocalipse 3:2 – Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.

Apocalipse 3:12 – Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.

João 20:17 – Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.

No evangelho segundo João, Jesus ainda afirma:
João 5:19 – o Filho nada pode fazer de si mesmo
Essa idéia se repete no versículo 30. “Eu nada posso fazer de mim mesmo.”

O mesmo pensamento aparece em João 5:17, 19, 30, 36; 8:28, 29; 9:4; 10:25, 32, 37; 14:10,11, 31; 17:4.

João registra 14 vezes em seu Evangelho, que as obras de Jesus não foram feitas por Ele próprio, mas realizadas pelo poder de Seu Pai. Jesus diz que até as palavras que proferia não eram suas próprias em:

João 12:49 – Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar.

Esse pensamento é novamente expresso em João 7:16-18; 8:28, 29, 38; 12:49, 50; 14:24,31; 16:15.

João 9 vezes retrata Jesus revelando que as palavras que proferia eram de Seu Pai!

João 12:44: “Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou.”

Bom, se o Espírito Santo fosse uma 3ª e distinta pessoa divina, o Pai não seria o pai! Ou seria? 

Mateus 1:18 – Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo espírito Santo.

Mateus 1:20 – Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do espírito Santo.

Lucas 1:35 – Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.

A ausência de terminologia bíblica apropriada impede a aceitação da doutrina da Trindade. Alguns exemplos de expressões-chave ausentes da Bíblia, mas encontradas apenas nos credos: “Deus Filho”, “Deus espírito”, “Deus triúno”, “Filho eterno”, “Co-igual”, “Co-eterno”, “triunidade divina”, “Trindade”, “substância” (divina) e “essência” (divina). Nisso, pode-se notar que as pessoas que, inspiradas por Deus, escreveram a Bíblia em sua linguagem original, não acreditavam na Trindade. Os judeus eram uma nação estritamente monoteísta, portanto, eles jamais poderiam sequer imaginar “um Deus em três pessoas”, Jesus disse que eles estavam corretos em seu culto a Deus.

João 4:22 – Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.

Há vários textos bíblicos em que forçosamente a “Trindade” deveria ter sido mencionada, caso fosse uma doutrina verdadeira:

A oração-modelo, ensinada por Jesus Cristo, não menciona a Trindade, nem dois de seus supostos componentes (“Deus Filho” e “Deus espírito”), como destinatária (os) de nossas mensagens de comunhão com o Céu.

Mateus 6:9-13 – Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

Quem ora unicamente ao Pai e pede que o atenda em nome de Jesus, como seu mediador, é porque, na prática, não crê na doutrina da Trindade. Quando Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, de Moisés e Elias vieram ter com ele, não seria mais lógico que o Pai e o espírito viessem confortá-lo? Por que apenas Deus se manifestou?

Marcos 9:7-8 – este é o Meu Filho amado, a ele ouvi.

Jesus descreve o Pai como o único e verdadeiro Deus ele não deveria ter incluído também o “Deus Filho” e o “Deus espírito”, isto é, a Trindade?

João 17:1-3 – Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Avaliando atentamente, a doutrina da Trindade subsiste ao crivo das Escrituras Sagradas? Se, um dia todos nós estaremos diante de Deus e a sua direita está seu filho, esse Deus que exige adoração. Ou está na hora de você rever suas crenças?

A Bíblia é a palavra de Deus. O veículo através do qual Deus se comunica e inspira os homens através de Seus ditos, Seus costumes e Seus mandamentos. Estariam os trinitarianos, portanto, incorrendo na transgressão do primeiro mandamento?

“Não terás outros deuses diante de Mim”

Bom, já mostramos que não há menções ligando Jesus a Javé (Deus para os íntimos). Vamos analisar agora quem é esse Espírito Santo e qual é o meio que Deus usa para transmitir os dons espirituais:

Atos 2:38 – Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do espírito Santo.

Atos 10:45 – E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo.”

O Espírito Santo é o espírito de:

I Coríntios 2:11 – Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o espírito DE Deus.

O Espírito Santo procede de:

João 15:26- 27 – Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio.

Vamos observar como Jesus fez para transmitir o Espírito Santo aos discípulos:

João 20:22 – E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

Em outras palavras, o Espírito Santo procede de Deus (João 15:26-27). Por ser filho de Deus (o Pai), Jay Cee possui a mesma essência do Pai, sendo assim, possui o mesmo espírito do Pai.

E é através do espírito de Deus que Jesus convence os cristãos do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), habita nos cristãos (Gálatas 4:6) e está presente em todos os lugares ao mesmo tempo (Salmos 139:1-10).

Bom, uma das tentativas de refutação é aquela famosa frase em:

João 10:30 – Eu o Pai somos um.

Quem defende a Trindade afirma que a mesma é um mistério e de difícil compreensão, nisso eu tenho que concordar, uma vez que realmente é muito difícil entender algo que segundo a Bíblia não existe, uma vez que JC afirma claramente que ele e o Pai são um. E não que Ele, o Pai e o espírito Santo são um, como afirmam os trinitarianos.

O problema não é a ausência do termo “Trindade” na Bíblia, mas a ausência do conceito de um Deus triúno. Onde na Bíblia está claramente descrito o conceito de um Deus formado por três pessoas?

É válido destacar que versículos onde simplesmente citam o Espírito, o Pai e o Filho não são de maneira nenhuma, suficientes para provar a Trindade – há a necessidade de provar que o único Deus é composto por três pessoas: Pai, Filho e espírito. Enquanto isso, a Bíblia está cheia de passagens afirmando a existência de um Deus único, e que este Deus é o Pai.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O APÓSTOLO PAULO, o filme






É QUESTÃO DE LÓGICA:


Qual é a maior propagadora de Jesus:  A Igreja.


A Igreja é uma instituição confiável que nunca fez nada que prejudicou a humanidade ? Não


A Igreja Mente ? Mente! (A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade. (Leonardo Boff) – Revista Caros Amigos Setembro de 1998.


Temos provas históricas ou arqueológicas sobre Jesus ? Não.


Como provar que a história de Jesus é verdadeira ? Não há como.


O que difere o mito de Jesus do mito do Papai Noel ? nada!


Bom...há uma diferença .. o Papai Noel não condena ao sofrimento quem desacredita dele.






Papa Francisco Diz Que Apenas A Igreja Católica É Capaz De Interpretar A Bíblia


O Papa Francisco expressou nesta sexta-feira (12) seu compromisso com o pleno respeito à tradição da Igreja, a única habilitada a interpretar corretamente as escrituras, e rejeitou “a interpretação subjetiva”, em seu primeiro discurso ante o Comitê da Bíblia do Vaticano.
Nesta intervenção a “especialistas” – e não apenas para fiéis, como a maioria de seus discursos do último mês – o Papa jesuíta fez uma longa referência a um texto do Concílio Vaticano II ( 1962-1965), a Constituição ‘Dei Verbum’ (‘A Palavra de Deus’), sobre o papel da Igreja.
A Bíblia é o livro sagrado do Judaísmo, foi escrita pelos hebreus, na língua hebraica, nos limites do seu território, contendo suas leis, usos e costumes. E o papa Chico se arvorando o dono da verdade bíblica, quando teólogos de todo mundo ainda não chegaram a uma conclusão a respeito desse livro cabeludo que manda matar gente.

Referência
Papa Chico

quarta-feira, 1 de maio de 2013

FÉ, UMA PERSUASÃO ÍNTIMA INERENTE A RELIGIÃO CRISTÃ.





Fé (do grego: pistia e do latim: Fides)

É a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.

 "Fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem". Definição encontrada no Evangelho de Cristo na carta do Apóstolo Paulo aos Hebreus, capítulo 11, versículo 1.

Com muita frequência se afirma que a fé dá provas, ou que a própria fé é uma prova. Mas ter fé é somente uma atitude, interna e pessoal como todas as atitudes. Ela nada nos diz sobre a realidade externa ao indivíduo. Se eu tiver fé que o Papai Noel existe, isso mostra que ele existe ou que eu me recuso obstinadamente a aceitar sua inexistência?

A fé não dá respostas, ela apenas impede as perguntas.

"Ter fé" é apenas uma expressão bonita para o que significa apenas e tão-somente desligar-se da realidade. E as próprias pessoas de fé reconhecem que ela não prova nada quando são confrontadas com fés diferentes dentro do próprio Cristianismo.

Eu acredito em muitas coisas, mas não tenho fé em nada do que acredito. Pois isso me permite ser questionado no que acredito e mudar de idéia quando se prova que estou errado. Quem tem fé não tem liberdade para fazer isso.

Acreditar é dar crédito, é ter como verdadeiro.
Fé é crer naquilo que não se pode comprovar, é uma crença não baseada em provas, é uma confiança depositada por alguém na mente de outrém. Não pode ser negada, não pode ser testada, não pode ser experimentada e finalmente aquilo que não tem lógica.

Tem fé quem acredita naquilo que não se pode provar. Ex. Jesus e sua ressurreição, Allan Kardec e sua Reencarnação, E não há, por sua vez, necessidade de fé para o Judaísmo, Islamismo, Budismo. Não existe a palavra “fé” na Bíblia dos Judeus. Não se exige fé para acreditar que Allah é o único Deus e que o Profeta Muhammad é o seu mensageiro, basta a declaração publica. Da mesma forma, para que a Lei da Gravidade seja observada e testada não há necessidade de fé.

Ateísmo não é doutrina e portanto não tem como alimentar um fé religiosa cristã. A fé para nós, é uma coisa ridícula. Nós acreditamos em determinados fatos, o que é diferente de ter fé. Fé não se questiona. É para os Cristãos uma verdade absoluta, imutável, eterna e intangível humanamente. A nossa verdade é relativa, temporária, mutável e através dela nos pautamos.

A maior ameaça cristã é contra os que não crêem. Qualquer crime pode ser perdoado menos a falta de fé. Justamente porque sabem o quanto é difícil crer em ilusões. É o elo fraco do Cristianismo acreditar em coisas das quais não há qualquer evidência.

Um cientista que faz uma descoberta sente prazer em mostrar como descobriu. Ele não se ofende se alguém pergunta, muito pelo contrário. Para o Cristão cada pergunta, cada dúvida, é uma ofensa. É uma ofensa porque um mágico não revela como chegou ao resultado simplesmente porque o resultado é uma ilusão.

Nem mesmo a ciência vive sem fé. Disse-me certa vez um amigo. Ilusão treda.

De forma alguma passar a acreditar nas teorias científicas não é da mesma cepa do que a crença Cristã.

Primeiramente, a crença do cientista é pragmática e não dogmática como na religião Cristã. Ou seja, o cientista passou a acreditar em seres invisíveis depois de inventar as lentes (microscópio), ao passo que os cristãos acreditam em qualquer coisa que se lhes digam se for convenientemente coagido a acreditar, do tipo "se não tiver fé vai pro inferno" a começar pelo ostracismo social do grupo...

Crer sem ver, é coisa que se pode fazer de várias maneiras. Uma é utilizar a razão e a lógica para inferir aquilo que ainda não se conhece. Outra é ser escravo de uma fé cega em dogmas mentirosos, inventados por grupos e instituições religiosos, com seus interesses escusos, enfiando nas mentes fracas os seus tabus, lendas, superstições e preconceitos.

Fé não é, nem nunca foi ato de vontade livre. Todo mundo nasce sem acreditar em Deuses, a sociedade em que o indivíduo nasce, é quem vai determinar o seu papel na sociedade, há uma grande influência do meio social, no espaço e no tempo.

Ninguém nasce com fé em Deus, Jesus, Buda, Marduck, Júpiter e outros 70.000 deuses catalogados no planeta Terra.

Trocando em miúdos, você não seria cristão se tivesse nascido aqui na Paraíba, no ano de 1320,  seria católico se tivesse nascido na Espanha em 1450, ou protestante, se tivesse nascido em Genebra em 1536, Budista se tivesse nascido no sopé do monte Gephel, etc.

A imposição da fé cristã começa mesmo antes da criança nascer, já se fala em batizado, qual o nome que vai dar a criança, etc.

Com o nascimento a criança se vê em volta de orações, de santos, de igrejas, e logo se vê obrigada a ir a igreja. É um absurdo o que se faz com as crianças. Se protestante vai logo cedo para uma escola dominical aprender que existem demônios e infernos que os castigam por toda a eternidade, isso é um abuso mental, o que levam essas pobres crianças indefesas ainda com e cérebro em formação a terem pesadelos durante a noite e traumas por toda a vida.

Essa dominação pela mente é a arma mais perigosa dos últimos tempos, a América, a Inglaterra, a Espanha, e o Japão mostraram-se totalmente impotentes diante da ameaça religiosa.

Se podemos definir de modo mais claro a palavra ' fé' dentro do contexto cristão, definiríamos da seguinte forma: "Fé é acreditar naquilo que o Novo Testamento declara, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos. Em outras palavras... Fé é acreditar que Jesus cumprirá aquilo que prometeu".

Pode-se até argumentar que eu tenho fé na teoria do Big-Bang mas não tenho, eu vejo essa teoria com certa desconfiança, porque nasci em 1948, se eu tivesse nascido em 1456, na Polônia, teria a mesma desconfiança na Teoria Heliocêntrica, que para os conhecimentos daquela época, era uma verdade.

Um bom exemplo de fé cristã é acreditar que morcego é ave, apenas porque está escrito na Bíblia, que é imutável, ou ainda que a semente de mostarda é a menor do mundo e tem que morrer para poder germinar, apenas porque alguém disse, que Jesus, o filho de Deus teria dito. Tudo iluminado pelo Espírito Santo.

"A função da fé é lhe permitir acreditar naquilo que sua inteligência rejeita."

 A fé é, intrinsecamente, um elemento que, em vez de unir, divide. A única coisa que leva os seres humanos a cooperar uns com os outros de modo desprendido é nossa prontidão para termos nossas crenças e comportamentos modificados pela via do diálogo. A fé interdita o diálogo, faz com que as crenças de uma pessoa se tornem impermeáveis a novos argumentos, novas evidências. A fé até pode ser benigna no nível pessoal. Mas, no plano coletivo, quando se trata de governos capazes de fazer guerras ou desenvolver políticas públicas, a fé é um desastre absoluto.

Essa é a diferença básica entre a crença na Ciência e a fé na Religião Católica.

Por fim, não concordo com muita coisa publicada por Olavo de Carvalho, mas neste ponto, tiro o chapéu para ele.

Vejamos:


terça-feira, 30 de abril de 2013

O APÓSTOLO PAULO

O Apóstolo de Cristo que repudiava as mulheres.
Tendência homossexual do Apóstolo Paulo




Pintura de Rembrandt 


















Romanos 7

"Tenho prazer na lei segundo o homem interior 23 . Vejo outra lei nos meus membros, guerreando contra a lei da minha mente e me fazendo prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros 24 . Eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte 25 . De modo que eu mesmo com o entendimento de Deus, pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, eu sirvo à lei de Deus com a carne à lei do pecado"
( Bíblia Vulgata)





A Estrada para Damasco

Aproximadamente 50 D.E.C a 140 D.E.C



Cerca do ano 50, um evento inusitado mudaria o curso da história da humanidade. Na Antioquia, o Movimento para Jesus sofreu uma metamorfose rápida e súbita, de um movimento social de reforma política para uma religião com todas suas características próprias.

 Enquanto isso ocorria, uma conversão inaudita aconteceu - ou talvez a transformação ocorreu porque Saulo de Tarso, (Turquia) um judeu helenizado, cidadão romano, soldado do imperador, perseguidor ferrenho dos cristãos, foi convertido e evangelizou o grupo na posição de Paulo o Apóstolo. A partir daí tornou-se o mais decidido e incansável apóstolo do Cristianismo.

Como isso aconteceu nunca saberemos ao certo. Mas estudiosos laicos concordam praticamente com unanimidade que este conto não passa de um mito. Seus escritos são os mais antigos que sobreviveram parcialmente.

A principal preocupação de Paulo era converter os gentios (os não-judeus) espalhados pelo império. Em 16 anos, fez quatro grandes viagens por Grécia, Ásia, Síria e Roma. Foi o primeiro a escrever sobre o Cristianismo nas 14 cartas que enviou às comunidades cristãs que havia fundado. Paulo achava que a mensagem de Cristo não podia ficar confinada à Judeia.

Em Jerusalém, porém, os judeus cristãos, liderados pelo irmão de Jesus, Tiago, estavam voltando às origens judaicas. Se não fosse por Paulo, é bem provável que o Cristianismo acabasse por ser reassimilado pelo Judaísmo, extinguindo-se. Para resolver suas divergências, provavelmente em 49 d.C., houve o primeiro concílio da igreja cristã em Jerusalém. Pela primeira vez enfrentaram-se Paulo e os seguidores sobreviventes de Jesus.

Ali começou a ser edificado o Cristianismo. Paulo lutou contra a circuncisão obrigatória para os convertidos - algo que certamente afastaria muitos homens gentios. E defendeu a revogação das leis e prescrições judaicas em favor dos preceitos simples de Cristo. Sua opinião prevaleceu principalmente porque o apóstolo Pedro convenceu-se de que ele estava certo.

Em 59 d.C., Paulo foi novamente convocado a se explicar e, no debate que se seguiu, obrigado, pela ala judaica, a adorar o Templo de Jerusalém como demonstração de fé. Durante a visita, foi identificado e preso e, em 60 d.C., deportado para Roma - onde ficou em prisão domiciliar. Em 64 d.C., quando Nero mandou perseguir os cristãos, Pedro e Paulo acabaram presos e condenados à morte. Pedro foi crucificado e Paulo, por ser cidadão romano, teve o privilégio de ser decapitado.

Em 70 d.C., durante uma revolta dos judeus contra a dominação romana, Tito destruiu Jerusalém e seu templo, obrigando os judeus a fugir da Judeia. O desaparecimento dos que se opunham à visão universalizante que Paulo tinha do Cristianismo abriu caminho para sua visão da fé. O centro de gravidade do Cristianismo deslocou-se para Roma, que, em poucos séculos, passaria a ser o centro da cristandade.

Uma bela história, sem dúvida, se houvesse a comprovação histórica dos fatos. Seja a da versão bíblica oficial, a apócrifa ou a que a ciência hoje propõe como a que tem mais chances de ser verdadeira.

“Ele era um homem de pequena estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século, “parcialmente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e nariz um tanto curvo.”

Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto.

“As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).

Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia.

Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua lógica.

Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do primeiro século.

Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.

Referência:

 EU SEI QUE VOCÊ SABE, MAS É BOM REPETIR

CONJECTURA

Substantivo feminino.

Juízo ou opinião sem fundamento preciso; suposição, hipótese:
Na edição de um texto, a reconstrução de uma lacuna ou a emenda de um erro, que não se apóiam em testemunhos.

Como tenho afirmado nos posts anteriores, não há um só indício de prova da real existência de Jesus, de seus apóstolos ou discípulos. A história de Saul, Saulo ou Paulo, nada mais é do que um trabalho literário de teólogos, como afirma com muita propriedade o site “Vivos”, cuja finalidade consiste em dá subsídios para o mito Jesus, o Deus criado em Roma por Constantino no famoso Concílio de Nicéia para unificar o Império através de uma religião.



LIVROS ATRIBUÍDOS A PAULO

Normalmente dizemos que Paulo escreveu 13 cartas presentes no NOVO TESTAMENTO

Carta aos Romanos
Primeira Carta aos Coríntios
Segunda Carta aos Coríntios
Carta aos Gálatas
Carta aos Efésios
Carta aos Filipenses
Carta aos Colossenses
Primeira carta aos Tessalonicenses
Segunda carta aos Tessalonicenses
Primeira Carta a Timóteo
Segunda carta a Timóteo
Carta a Tito
Carta a Filêmon

A Carta aos Hebreus, há algum tempo era atribuída a Paulo, mas hoje todos concordam que a obra não é dele.
Existe um grande debate sobre a autoria de algumas cartas atribuidas a Paulo. Há alguma dúvida sobre a Carta aos Colossenses e em relação à segunda Carta aos Tessalonicenses. Invés, as dúvidas são maiores em relação às cartas aos Efésios, às duas escritas a Timóteo e àquela enviada a Tito. Esse debate é natural, quando se trata de livros bíblicos.

É muito difícil determinar os autores dos livros bíblicos, pois era comum usar um nome importante, um pseudônimo, para dar importância e autoridade a um escrito. Isso é muito mais evidente no Antigo Testamento.

Referência 



AUTOBIOGRAFIA PRESUMIDA


Era filho de judeus, da tribo de Benjamin e como era o costume foi circuncidado ao oitavo dia. Também cresceu seguindo a mais perfeita tradição judaica.

"Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu" (Filipenses 3:5).

Tinha uma irmã e um sobrinho que moravam em Jerusalém.

"E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo" (Atos 23:16).

Sua profissão era artesão, fabricante de tendas.

"E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas" (Atos 18:3).

O seu estado civil também é um tanto incerto, ainda que na maioria das vezes se afirme que era solteiro. Pelo que vemos nas cartas paulinas, parecia ele ser solteiro:

"Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu" (I coríntios 7:7,8).

Alguns ficam em dúvida por causa do que está escrito em I Coríntios:

"Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?" (I Coríntios 9:6)

Ainda jovem foi para Jerusalém e, na escola de Gamaliel, se especializou no conhecimento da sua religião. Tornou-se fariseu, ou seja, especialista rigoroso e irrepreensível no cumprimento de toda a Lei e seus pormenores.

"Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois" (Atos 22:3).

Cheio de zelo pela religião, começou a perseguir os cristãos.

"Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível "(Filipenses 3:6).

Esteve presente no martírio de Estevão, cujos mantos foram depositados aos seus pés.

"E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as capas dos que o matavam" (Atos 22:20).

Continuou perseguindo a Igreja até que se encontrou com o Senhor na estrada de Damasco.

"E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão (Atos 8:3). E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote. E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões" (Atos 9:1-5).

A experiência de Paulo com Jesus mudou completamente a sua vida. De perseguidor passou a ser o anunciador até a sua morte.

Na sua primeira missão apostólica, entre os anos 45 e 49, anunciando o Evangelho em Chipre, Panfilia, Pisidia e Lacaônia (At 13-14), passou a usar o nome grego de Paulo de preferência a Saulo, seu nome judaico.

"Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele" (At 13,9).

Era um homem bem preparado, além de conhecer bem a sua religião (o que pode ser comprovado pelas muitas citações ao AT), possuía boas noções de filosofia e das religiões gregas do seu tempo. Em Tarso, sua cidade natal, havia escolas filosóficas (dos estóicos e cínicos) e também escolas de educadores.

Ali nasceu Atenodoro, professor e amigo do imperador Augusto. Paulo algumas vezes utiliza frases desse educador: “Para toda criatura, a sua consciência é Deus” (Cf. Rm 14,22a). Ou: “Guarde para você, diante de Deus, a consciência que você tem” ou: “Comporte-se com o próximo como se Deus visse você, e fale com Deus como se os outros ouvissem você” (Cf. 1Ts 2,3-7). Além disso conhecia bem o grego e o método da retórica. Esforçava-se para compreender o modo grego de viver.

E também era cidadão romano.

"O tribuno mandou que o levassem para a fortaleza, dizendo que o examinassem com açoites, para saber por que causa assim clamavam contra ele. E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento" (Atos 22:24-28).

Embora não mencione isso em suas cartas, como se o desprezasse, a sua verdadeira cidadania é outra pois sua visão era no reino celestial.

"Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Filipenses 3:20).

Porém, ele soube tirar proveito desse título, bem como de toda a bagagem cultural adquirida, para conduzir todos a Jesus.

"Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele" (I Coríntios 9:19-23).

Lendo as Cartas percebemos o caráter do Apóstolo: às vezes muito meigo e carinhoso; às vezes, severo. Não abria mão das suas idéias e ameaçava com castigos. Escrevendo às comunidades comparava-se à mãe que acaricia os filhinhos e era capaz de dar a vida por eles.

"Antes fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto nos éreis muito queridos" (I Tessalonicenses 2:7,8)

Sentia pelos fiéis as dores do parto.

"Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós; Eu bem quisera agora estar presente convosco, e mudar a minha voz; porque estou perplexo a vosso respeito" (Gálatas 4:19,20).

Amava-os, e por isso se sacrificava ao máximo por eles.

"Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado" (II Corítnios 12:15).

Mas era também pai que educava e gerava as pessoas por meio do Evangelho à vida nova.

"Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos" (I Tessalonicenses 2:11). "Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo" (I Coríntios 4:15).

Sentia, pelas comunidades que fundou, o ciúme de Deus, temendo que elas perdessem a fé.

"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo" (II Coríntios 11:2,3).

Quando se fazia necessário exigia obediência.

"Que quereis? Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?" (I Coríntios 4:21).

Muitas vezes Paulo é apresentado como alguém distante do povo e das suas comunidades, incapaz de manifestar sentimentos, indiferente ao drama das pessoas, anti-feminista, moralista e assim por diante. 

"O coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós" (II Coríntios 6:11-13).

Encontrou dificuldade para ser aceito como Apóstolo. As suspeitas vinham do fato ser um perseguidor e sobretudo porque não foi escolhido pessoalmente por Jesus. Quatorze anos após a sua conversão, subiu a Jerusalém, para o Concílio, onde defendeu a não circuncisão para os pagãos. Ele mesmo se defendeu das acusações.

"Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1:11,12).

Para ele, anunciar o Evangelho era uma obrigação:

"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!" (I Coríntios 9:16).

Em sua incansável missão de anunciar o Evangelho Paulo sofreu muito, mas não desistiu. Ele mesmo relata algumas das situações difíceis que passou:

"São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez" (II Coríntios 11:23-27).

Teve que lutar contra os falsos missionários (2Cor 10-12) que anunciavam um Evangelho fácil, que fugiam da humilhação e da tribulação. Anunciavam um Jesus sem a cruz. Paulo anunciava o Jesus Crucificado, ainda que isso fosse escândalo.

"Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos" (I Coríntios 1:23).

Porém a cruz não era o fim. O mesmo Jesus da cruz é também o Jesus Ressuscitado (1Cor 15).


SUPONDO QUE PAULO TENHA EXISTIDO:

Paulo, nos dias atuais, pode ser comparado a um iraquiano chamada Muhammad Said que foi morar nos Estados Unidos. Lá ganhou a cidadania americana, trocou seu nome para John Way, ingressou nas forças armadas e voltou ao Iraque para combater o seu povo ao lado dos agressores americanos. Como se não bastasse, apostatou a fé islâmica, abraçou o cristianismo e foi para Meca pregar que só “Jesus salva”.



O CRISTIANISMO DE PAULO

(I Corintios 1:18) – Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.


(I Corintios 1:19) – Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.



(I Corintios 1:20) – Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?


(I Corintios 1:21) – Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.


(I Corintios 1:22) – Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;


(I Corintios 1:23) – Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.


(I Corintios 1:24) – Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.


(I Corintios 1:25) – Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.


(I Corintios 1:26) – Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.


(I Corintios 1:27) – Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;


(I Corintios 1:28) – E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;


(I Corintios 1:29) – Para que nenhuma carne se glorie perante ele.


(I Corintios 1:30) – Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;


(I Corintios 1:31) – Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.



Para muitos teólogos, Paulo foi um personagem fundamental nos primeiros anos do cristianismo. Seu trabalho de evangelização foi, em grande parte, responsável pelo caráter universal da doutrina cristã e sua mensagem, expressa em cartas enviadas às comunidades que fundava, ainda hoje é considerada pelos cristãos como o alicerce da jurisprudência, da moral e da filosofia modernas do Ocidente.

Enquanto a maioria dos apóstolos que conviveram com Jesus restringiram sua pregação à Judéia, Paulo levou a palavra de Cristo para lugares distantes, como a Grécia e Roma. Sua importância na construção da Igreja primitiva é tão grande que muitos estudiosos atribuem a ele o título de pai do cristianismo.

O historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em cristianismo e judaísmo antigos, concorda:

"O cristianismo, tal como existe hoje, deve muito a Paulo. Se não fosse o apóstolo, ele provavelmente não teria passado de mais uma seita judaica".

Isso não quer dizer que o trabalho dos 12 apóstolos tenha sido irrelevante, mas eles pregaram numa região, a Judeia, que viria a ser devastada pelos romanos entre os anos 66 e 70.

 "Sem dúvida, Paulo foi o apóstolo que teve maior repercussão com o passar dos séculos", afirma o teólogo Pedro Lima Vasconcellos, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo. O termo apóstolo, no sentido de evangelizador, é freqüentemente usado para se referir a “São Paulo”. Não há evidências históricas, entretanto, de que ele tenha conhecido Jesus Cristo.

A influência de Paulo é indiscutível. Mas, para uma corrente de historiadores e teólogos, ele deturpou os ensinamentos de Jesus Cristo – a ponto de a mensagem cristã que sobreviveu ao longo dos séculos ter origem não em Cristo, mas em Paulo. Esses pensadores julgam ser mais correto dizer que o que existe hoje é um "paulinismo", não um cristianismo.

"As cartas de São Paulo são uma fraude nos ensinamentos de Cristo. São comentários pessoais à parte da experiência pessoal de Cristo", afirmou o líder pacifista indiano Mahatma Ghandi, em 1928. Opinião semelhante tem o prêmio Nobel da Paz de 1952, o alemão Albert Schweitzer, que declarou: "Paulo nos mostra com que completa indiferença a vida terrena de Jesus foi tomada".

As principais críticas da corrente antipaulina concentram-se em pontos polêmicos das cartas do apóstolo. Nelas, entre outras coisas, Paulo defende a obediência dos cristãos ao opressivo Império Romano, bem como o pagamento de impostos, faz apologia da escravidão, legitima a submissão feminina e esboça uma doutrina da salvação distinta daquela que, segundo teólogos antipaulinos, teria sido defendida por Jesus.

"A mentira que foi Paulo tenha durado tanto tempo à base da violência. Sua conversão foi uma farsa", afirma Fernando Travi, fundador e líder da Igreja Essênia Brasileira. Os essênios eram uma das correntes do judaísmo há 2 mil anos, convertidos na primeira hora ao cristianismo.

"Ele criou uma religião híbrida. A prova disso é o mundo que nos cerca. Um mundo cheio de guerra, de sofrimentos e de desespero."

Os trechos acima são da revista Superinteressante.


OS CRISTÃOS COMEÇAM A OFERECER VIDA ETERNA APÓS A MORTE E PEDIR DINHEIRO PARA SEUS SUSTENTOS.

Com o discurso de que o fim do mundo estava próximo e que Jesus viria para julgar os vivos e os mortos, mandando para o suplício eterno aqueles que não acreditavam nele e premiando os justos com vida eterna após a morte, a palavra de Paulo tinha respaldo nos testemunhos de seus seguidores, tal como acontece nos dias atuais como se vê nos programas televisivos todas as madrugada. O fato está registrado em Atos dos Apóstolos 4,32-35:

“ A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum.
Com grande poder os apóstolos davam o testemunho da ressurreição do Senhor, e todos tinham grande aceitação.

Não havia entre eles necessitado algum. De fato, os que possuíam terrenos ou casas, vendendo-os, traziam os valores das vendas e os depunham aos pés dos apóstolos. Distribuía-se então, a cada um, segundo sua necessidade.”

“...Paulo chegou em Jerusalém em 57 com uma coleta de dinheiro que tinha feito para a comunidade local e, segundo Atos, ele foi recebido calorosamente. Porém, o relato continua afirmando que ele foi interrogado por Tiago por ensinar a «...todos os judeus que estão entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não circuncidem seus filhos nem andem segundo os nossos ritos» (Atos 21:22). “

Paulo então realizou um ritual de purificação para não dar aos judeus nenhum motivo para acusá-lo por não seguir os mandamentos da Lei.


O INCÔMODO SILÊNCIO DA HISTÓRIA

Está muito revelado que os documentos cristãos os mais adiantados, as epístolas ou as cartas atribuídas a "Paulo," nunca discutem um fundo histórico de Jesus, mas tratam exclusivamente com um ser espiritual quem era sabido a todas as seitas gnósticas para centenas aos milhares dos anos.

Poucas referências "históricas" à uma vida real de Jesus citadas nas cartas podem ser demonstradas como sendo interpolações e falsificações. Como Edouard Dujardin indica.

A literatura de Paulo "não refere a Pilatos, ou aos romanos, ou a Caifás, ou ao Sanhedrin, ou a Herodes, ou a Judas, ou às mulheres sagradas, ou a nenhuma pessoa na narração do Evangelho da Paixão, e que também nunca faz-lhes nenhuma alusão; última, que não menciona absolutamente nenhum dos eventos da Paixão, diretamente ou por alusão." Dujardin disse também que as outras escritas "cristãs" adiantadas tal como o Apocalipse não mencionam nenhum detalhe ou drama histórico.

Paulo jamais citou Pedro como bispo de Roma. Na sua epístola à igreja (assembléia) daquela cidade, saudou por seus próprios nomes a 27 dos principais colaboradores do seu apostolado e não se referiu àquele outro apóstolo.

Entretanto, só após o ano de 49, por proposta de Paulo, o cristianismo começou a ser pregado a todos os povos.


INFORMAÇÕES INCOMPATÍVEIS

Outra ficção evangélica é debitada a Paulo, o qual inventou um Apolo, que não figura entre os apóstolos e em nenhum outro relato.

Em Atos dos Apóstolos 18, lê-se: “Veio de Éfeso um judeu de nome Apolo, de Alexandria, homem eloqüente e muito instruído nas Escrituras. Este era instruído no caminho do Senhor, falando com fervor de espírito, ensinando com diligência o que era de Jesus, e somente conhecia João Batista. Com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando-lhes pelas Escrituras que Jesus era o Cristo”.

Seria um judeu fiel ao judaísmo que, segundo Paulo, procurava levar seus próprios patrícios para o Cristo? Na epístola I aos Coríntios, diz que: “Apolo era igual a Jesus”.

Paulo, já no fim do seu apostolado, afirma que o imperador Agripa era um fariseu convicto, e que sua religião era a melhor que então existia.

Era, assim, um divulgador do cristianismo afirmando a excelência do farisaísmo.

Falando de Jesus, Paulo descreve apenas um personagem teológico e não histórico. Não se refere ao pai nem à mãe de Jesus, sendo um ser fantástico, uma encarnação da divindade que viera cumprir um sacrifício expiatório, mas não fala do modo como teria sido possível a encarnação. Não diz sequer a data em que Jesus teria nascido. Não relata como nem quando foi crucificado.

No entanto, estes dados têm muita importância para definir Jesus como homem ou como um ser sobrenatural. Está patente, desse modo, que Paulo é uma figura tão mitológica quanto o próprio Jesus.

Em Atos dos Apóstolos 28:15 e 45 Paulo diz que quando chegou a Pozzuoli, ele e os seus companheiros foram ali bem recebidos, havendo muita gente à beira da estrada os esperando.

Entretanto, chegando a Roma, teve de defender-se das acusações de haver ofendido em Jerusalém ao povo e aos ritos romanos. Na Epístola aos Romanos 1:8, Paulo diz que a fé dos cristãos de Roma alcançara todo o mundo, razão pela qual encerraria sua missão tão logo regressasse da Espanha, onde saudaria um grande número de fiéis.

Mas, se fosse assim, por que Paulo teve de se defender perante os cristãos de Roma contra o seu próprio judaísmo?

Com pouco tempo Paulo já pensava encerrar sua missão porque o cristianismo já havia se universalizado. Entretanto, ele continuava considerando como melhor religião o farisaísmo.

O cristianismo a que Paulo se referia deveria ser anterior a Jesus Cristo, que era o seguido pelos cristãos de Roma, e não pelos cristãos dos lugares por onde Paulo havia passado pregando. Eusébio disse que o cristianismo de Paulo era o terapeuta do Egito, e Tácito disse que os hebreus e os egípcios formavam uma só superstição.


O PROBLEMA COM AS MULHERES

Contudo queria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um deste modo, e outro daquele. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.

O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas cartas, Paulo recomenda e dá orientações para o dia a dia do casal que os líderes da nova comunidade cristã tenham apenas uma esposa porque "assim eles teriam mais tempo para dedicar aos fiéis". Paulo era o mestre, não Jesus.


Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele.


(1Co 7:7-13)


Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também; se, porém, para a mulher é vergonhoso ser tosquiada ou rapada, cubra-se com véu. Pois o homem, na verdade, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem.

 Porque o homem não proveio da mulher, mas a mulher do homem; nem foi o homem criado por causa da mulher, mas sim, a mulher por causa do homem.

Portanto, a mulher deve trazer sobre a cabeça um sinal de submissão, por causa dos anjos. Todavia, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. pois, assim como a mulher veio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus.

Julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma mulher com a cabeça descoberta ore a Deus? Não vos ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é para ele uma desonra; mas se a mulher tiver o cabelo comprido, é para ela uma glória? Pois a cabeleira lhe foi dada em lugar de véu. Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus. (1Co 11:6-16)

Finalmente, Paulo era a favor de apedrejamento de mulheres. Em Carta aos Romanos, por exemplo, no capítulo 13, defende que as leis romanas sejam cumpridas.



O PSEUDO FILÓSOFO JUDEU-CRISTÃO


"Não permito que a mulher ensine" S. Timót. 1ª II-11
"Nem ensine nem cante nas igrejas o que seria torpeza" Corint.1ª XIV-35

"Nem tenha a cabeça descoberta, porque não só a voz mas também os cabelos da mulher são coisas indecentes" S. Paulo

“A mulher casada cuida das coisas deste e de como há de agradar ao marido.” (Carta de S. Paulo)

“As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar, mas estejam submissas como também ordena a lei. E se querem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos, porque é vergonhoso para uma mulher o falar na igreja” Coríntios 14:34-35.

“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.” 1 Timóteo 2:9-15

“As mulheres sejam submissas a seus maridos como ao Senhor, porque o marido é cabeça da mulher como Cristo é cabeça da Igreja, seu corpo, do qual ele é o Salvador. Ora, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim o estejam também as mulheres a seus maridos em tudo.”Efésios 5:22-24

“Mas quero que saibas que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher.” – 1 Aos Coríntios, 11:3


“Ora a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera da noite e de dia em rogos e orações. Mas a que vive em deleite, vivendo está morta.” – 1 Timóteo, 5:5-6


"[...] bom seria que o homem não tocasse em mulher;" (I Coríntios 7 : 1) // E mais adiante: "Estás livre de mulher? não busques mulher." (I Coríntios 7 : 27)



INDÍCIOS DA HOMOSSEXUALIDADE DE PAULO.

Por Scott Bidstrup

Saulo, o judeu antes da conversão, era um homem que se odiava intensamente. Ele não nos conta os motivos do ódio, mas de vez em quando, se descreve como sendo um pecador muito além de qualquer redenção possível. Um homem condenado aos olhos de Deus. Um homem indubitavelmente destinado ao inferno, e não havia nada que ele mesmo pudesse fazer a esse respeito, principalmente porque seus próprios "membros" se recusavam a cooperar. Não é sua perseguição aos cristãos que gera o ódio a si mesmo, é justamente o contrário. Algo perturbava muito Paulo. E esse algo esta definitivamente ligado a seu comportamento pessoal porque ele se intitula um grande pecador.
No decorrer dos séculos, muitas sugestões foram apresentadas para explicar esse auto ódio. Poucas são realmente convincentes. Todas parecem ter problemas sérios - com exceção de uma: a sugestão que Paulo era um homossexual enrustido.

O homossexualismo não era amplamente condenado nesta região na época, mesmo assim podia ter sido uma interpretação pessoal sua das proibições no Livro Levítico que o levou a considerar-se um pecador por ser homossexual.

Entretanto, quando ele passa pela sua conversão, percebe que pela graça de Deus, seu homossexualismo não importa mais, pois Deus ama todos igualmente. Digo isso depois de ter lido as referências no Novo Testamento nas quais Paulo fala de seu desamor e vergonha: suas palavras são profunda e surpreendentemente semelhantes às de outros homossexuais criados num ambiente cristão. Somente esta teoria explicaria todos os aspectos estranhos das atitudes de Paulo em relação à sexualidade - a tendência a um grau monástico de castidade, sua misoginia extrema (ver 1Coríntios 07:01, 07:27), o fato dele ter permanecido solteiro e ter incentivado outros a fazerem o mesmo, e as discussões freqüentes sobre o fato dos membros do seu corpo não cooperarem com seus objetivos espirituais, e seu desespero por não conseguir efetuar as mudanças que gostaria. Todas essas evidências corroboram a teoria do homossexualismo reprimido de Paulo. As outras teorias não explicam nem a metade de suas idiossincrasias.

O autor desta teoria, Scott Bidstrup, prossegue afirmando: - Tenho que admitir, entretanto que não existe nenhuma evidência factual do homossexualismo de Paulo. A evidência é circunstancial, como a maioria das evidências aceita pela escolástica bíblica. Acusaram-me de ter incluído essa teoria porque ela incomoda os cristãos. Isto não é verdade. Eu a incluí porque, em primeiro lugar ela se encaixa com as provas mais que qualquer outra, e em segundo, porque os escritos de Paulo sobre esse assunto a corroboram mais ainda. Tudo realmente se encaixa. Faz sentido dentro do contexto. Pessoalmente, não me importo nem um pouco se Paulo era ou não homossexual; simplesmente tento achar uma teoria que melhor se encaixa com os fatos, e até o presente momento nenhuma se encaixa melhor.

Se o leitor tiver uma melhor, estou mais que disposto a ouvi-lo. A busca pela verdade é a busca pelas evidências que mais se encaixam com os fatos e não as menos controversas, portanto se cristãos gostam ou não da teoria, ou se o autor é ou não gay, é totalmente irrelevante.

Se esta teoria for verdadeira, todo o alicerce do cristianismo se baseia no desamor ou auto ódio de um homossexual enrustido, incapaz de mudar a si próprio ou achar salvação autônoma, encontrando-a somente pela graça de Deus. Se essa teoria for verdadeira, tentem imaginar como a história do mundo teria sido diferente se Paulo não tivesse nascido gay e tivesse passado pelo auto ódio resultante de sua condição natural de nascimento.

Paulo fala, então, a partir da perspectiva de um cristão padecendo de um desamor crônico. Isso antes de virar um mito. Ele prega as doutrinas que irão praticamente moldar o cristianismo nos séculos vindouros, mas nada fala sobre os milagres que certamente promoveriam a fé ou dos detalhes da vida de Jesus que um evangelista naturalmente usaria para converter. Ele não fez isso porque na verdade essas histórias ainda não existiam. Elas só surgiriam depois, quando os evangelhos foram escritos. (A Bíblia e o Cristianismo, de Scott Bidstrup)



O VEXAME DE PAULO EM ATENAS


Por outro lado a filosofia foi criada na civilização grega sendo Platão um do maiores filósofos gregos. O apóstolo Paulo ao visitar Atenas  teve a ocasião de fazer um discurso no célebre Areópago. A sua plateia era composta de filósofos.

 Qual foi a reação deles?

Leia abaixo Atos 17:18.

- E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.


PAULO E O JUDAÍSMO

O amor a Deus foi a base de todas as religiões copiadas pelo judaísmo. Isaías falava de Deus como Pai Celestial. Ezequiel dizia que Deus não queria a morte do pecador, preferindo antes a sua conversão. O justo viverá eternamente pela fé. São palavras de Habacuc, repetidas por Paulo em Gálatas.


A VIDA PÚBLICA DE JESUS

Nas cartas de Paulo, por exemplo, Jesus não é inserido em um contexto histórico. Nelas não temos um Jesus andarilho, nem parábolas, nem milagres, nem sermões; nem Maria, José, Judas, Pilatos, etc; nem paixão em Jerusalém, nem um túmulo vazio, nem aparições em carne e osso; nenhuma indicação de tempo e lugar, etc. Ao invés disso, temos um obscuro personagem celestial, revelado em visões e pelo Espírito Santo; com indícios de influência platônica.

Literaturas cristãs posteriores foram escritas bem depois dos acontecimentos que descrevem, nenhuma anterior a pelo menos a sétima década. E nenhuma delas foi escrita pelos autores cujos nomes as encabeçam. Pelo que se saiba. A maioria são relatos de segunda e terceiro mão. Houve mais que tempo suficiente para a criação de mitologia, portanto não são claramente dignas de confiança.

Os escritos de Paulo aceitos como genuinamente seus (Gálatas I e II e Tessalonicenses I e II, Coríntios, Romanos, Filemón, Filipenses, e possivelmente Colossenses) mostram ser a literatura dos primeiros cristãos mais clara de que dispomos. Foram provavelmente escritos no começo da quinta década do primeiro século - bem depois dos eventos da vida de Jesus. Quando as cartas são examinadas isoladamente, fica claro que Paulo não tinha nem idéia da concepção imaculada, que nunca afirmou que tinha vivido na época de Jesus, ou que quaisquer de seus mentores eram contemporâneos de Jesus, ou que Jesus tenha feito qualquer milagre e ele aparentemente não associou a morte de Jesus com o julgamento perante Pilatos.

Somente em Gálatas 01:19, menciona ele um Jesus contemporâneo, e somente para apontar que Tiago é irmão do Senhor. O uso do termo Senhor torna essa referência um tanto questionável segundo peritos, já que a palavra Senhor não era de uso comum até o segundo século. Portanto as cartas Paulinas, pelo menos as confiáveis, não dão testemunho a um Jesus na primeira metade do primeiro século. O que torna isso interessante é que, outras literaturas cristãs apócrifas mais antigas, anteriores aos quatro evangelhos, omitem exatamente as mesmas coisas.

Paulo só vai a Jerusalém anos depois de cair do cavalo e nem menciona os lugares santos ou sua emoção em visitá-los. Vai lá apenas para se encontrar com Pedro. E ninguém menciona Pilatos e o julgamento de Jesus.

Estranho que Paulo nunca tenha dito algo como "Pois disse Jesus..." ou então "Assim, como Jesus curou o cego...; e ele teve boas oportunidades para assim proceder em suas exortações mesmo que não estivesse interessado em contar a vida de Jesus.

Paulo diz várias vezes algo como "Dizem as Escrituras" (cf. Romanos 15:04; Romanos 10:11; I Coríntios 14:21; Gálatas 03:08; etc) e nenhuma vez algo como "Assim como disse/fez Jesus".

Ninguém contou a Paulo sobre os sermões, ensinamentos e prodígios de Jesus?

Os exemplos apresentados pelos Cristãos não me parecem apropriados. Eu esperava referências aos milagres e sermões assistidos por multidões; às discussões com os fariseus; à condenação pelas autoridades da época.

Vejamos ainda Gálatas 04:04. Paulo não fala o nome da mãe e nem o nome do pai; não fala da gravidez miraculosa; não fala da época ou do local de nascimento; não fala sobre a estrela guia, não fala sobre magos, não fala sobre a morte dos inocentes, não fala da apresentação no templo, não fala de eclipse total do sol, não fala sobre terremoto, não fala sobre ressurreição dos mortos e etc. Inconclusivo, huh?

E o que significa "Tiago, irmão de Jesus"? Paulo usa o termo "irmão" ou "irmãos" dúzias de vezes. Ele realmente se referiu a Tiago como irmão de sangue de Jesus? Se eu for acusado de teimosia por não aceitar o "óbvio", lembro que não estou sozinho, pois os católicos negam que Maria teve outros filhos! Aliás, na própria epístola atribuída a Tiago, este não é apresentado como irmão de Jesus.

Com os outros exemplos temos problemas semelhantes. Paulo não parece falar do mesmo Jesus apresentado nos evangelhos. Como já apontei, por todo o séc I, o "pop star" milagreiro da Judeia não existe em parte alguma fora dos evangelhos. Simplesmente ninguém sabe, ninguém viu!

Justino e Tertuliano são fontes cristãs da metade do II século e muito distantes dos eventos para serem consideradas conclusivas. A acusação dos judeus seria apenas uma resposta razoável à alegação cristã, e não que eles reconheciam que de fato houve um túmulo vazio.



PAULO E A RESSURREIÇÃO

Paulo não concebia uma ressurreição física:

“E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.” - I Coríntios 15:50

Se carne e sangue não podem herdar o reino de Deus então o que poderia? É necessário um bom contorcionismo hermenêutico para evitar a conclusão de que Paulo não concebia uma ressurreição física.


TESTEMUNHO DAS MULHERES OU DOS ANJOS?

Alguém conhece outra história tão mal contada como a ida das mulheres ao túmulo? Por exemplo, algum teólogo explica porque João diz que Maria Madalena foi correndo avisar aos discípulos que o corpo havia desaparecido se Mateus, Marcos e Lucas dizem que ela (e as outras) foi avisada por um anjo sobre a ressurreição.

A lei judaica permitia o testemunho de mulheres caso não houvesse homens disponíveis. Não há registros de antigas polêmicas anti-cristãs criticando a aceitação do testemunho das mulheres para a ressurreição de Jesus.




MORTE DE PAULO - as inconvenientes contradições.



 Nem a Bíblia e nem outra história qualquer conta explicitamente como ou quando Paulo morreu. De acordo com a tradição cristã, Paulo foi decapitado em Roma durante o reino do imperador Nero em meados dos anos 60 na Abadia das Três Fontes (em italiano: Tre Fontane)

O tratamento mais "humano" dado a Paulo, em contraste com a crucificação intertida de São Pedro, foi graças à sua cidadania romana.

Vários autores cristãos da Antiguidade já propuseram mais detalhes sobre a morte de Paulo, I Clemente, uma carta escrita pelo bispo de Roma, Clemente, por volta do ano 90 d.C. relata o seguinte sobre Paulo:

    "Por causa de inveja e brigas, Paulo, pelo exemplo, mostrou a recompensa da resistência paciente. Após ele ter sido preso por sete vezes, ter sido exilado, apedrejado e ter pregado no ocidente e no oriente, ele recebeu o reconhecimento que era o prêmio da sua fé, tendo ensinado a retidão para o mundo inteiro e tendo chegado aos confins do ocidente. E quando ele já tinha dado seu testemunho perante os governantes, partiu deste mundo e foi para um lugar sagrado, tendo encontrado um notável padrão de resistência paciente.    
          
Comentando sobre esta passagem, Raymond Brown escreve que, ainda que ela não afirme categoricamente que Paulo foi martirizado em Roma, "...algo assim é a mais provável interpretação".

Eusébio de Cesareia, que escreveu no século IV d.C., afirma que Paulo foi decapitado durante o reino do imperador romano Nero . Este evento tem sido datado ou no ano de 64 d.C., quando Roma foi devastada por um incêndio, ou alguns anos depois, em 67 d.C.

A festa de São Pedro e São Paulo, da igreja Católica, é comemorada em 29 de junho, o que pode refletir uma data tradicional para o seu martírio. Outras fontes também apontaram uma tradição de que Pedro e Paulo teriam morrido no mesmo dia (e, possivelmente, no mesmo ano).

O apócrifo  “Atos de Pedro” sugere que Paulo sobreviveu a Roma e viajou para o oeste, para a Hispânia. Alguns mantém o ponto de vista que ele poderia ter visitado a Grécia e a Ásia Menor após a sua viagem à Hispânia e que ele pode ter sido finalmente preso em Troas e enviado a Roma para ser executado.

Some-se a tudo isso o fato de que, se Pedro e Paulo foram realmente martirizado em Roma, por volta de 60 d.C., o silêncio de FLAVIUS JOSEPHUS não é algo estranho? Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores. 



Outros fatos problemáticos:



1- Paulo não menciona um túmulo vazio;


2- Paulo não menciona um Jesus aparecendo em carne e osso;


3- Paulo não menciona nada da suposta vida pública de Jesus!


E assim temos mais uma evidência de que o Jesus bíblico é uma ficção: antes dos evangelhos, por décadas, ninguém - seja cristão, judeu ou pagão - mencionou alguma coisa da tão famosa vida terrena de Jesus!


CONTRADIÇÕES OUTRAS

Bom, não dá pra confiar em relatos recheados com contradições ululantes.

Nem todos os evangelhos concordam que *as mulheres* foram as primeiras a ver o túmulo, pois João diz que apenas uma delas - Maria Madalena - o fez. Ops, outra contradição!

Concluindo, não sou um ateu fundamentalista, aguardo todos os dias boas evidências para a existência do Homem-deus, cuja fama correu por toda a Síria (Mt 04:24); que foi recebido por toda a Jerusalém (Mt 21); cuja morte foi quase um prelúdio do apocalipse, onde muitos ressuscitaram, houve um grande terremoto e uma longa escuridão (Mt 27:45-54); que era procurado por uma grande multidão de Jerusalém, da Iduméia, de além do Jordão, e de perto de Tiro e de Sidom (Mc 03:98); que ensinava doutores de todas as aldeias da Judéia e da Galiléia (Lc 05:17); que fez tantas coisas que no mundo inteiro não caberiam os livros para descrevê-las (Jo 21:25).

Pelo jeito, tudo isso só pode ter acontecido na Terra Média*, porque por aqui ninguém mais viu!


(* do Senhor dos Anéis, pra quem não sabe)



FRAUDES

A história do cristianismo, como bem sabemos, é repleta de fraudes; pelo visto, nada impede que os evangelhos também sejam.

Com o Jesus Bíblico temos algo semelhante. Era de se esperar que houvesse boas evidências a seu respeito, pois já naquela época as pessoas escreviam muito sobre outras pessoas, e muito do que foi escrito, mesmo em se tratando de pessoas com pouca expressão, chegou até nós. Contudo, para o maravilhoso e famosíssimo Jesus dos evangelhos, temos apenas relatos anônimos e - muito - duvidosos.

OS EVANGELHOS: O PROCESSO MITOLÓGICO SE ACENTUA

65 D.E.C até cerca de 120 D.E.C
Os escritores dos evangelhos eram membros do novo culto cristão. Se foram convertidos por Paulo, não sabemos, mas já havia passado 20 anos desde a conversão do mesmo, e a nova religião tinha se espalhando com rapidez epidêmica pelos movimentos para Jesus a leste do Mediterrâneo.

Não sabemos ao certo se Paulo realmente foi a Jerusalém conversar com Pedro sobre as doutrinas da igreja, e como deveriam ser seguidas tanto por judeus quanto por gentios. Só podemos especular a respeito dos detalhes que foram discutidos nessa reunião, mas uma coisa é certa: Pedro e Paulo discutiram feio. E o assunto da discussão foi para quem deveriam pregar: judeus e gentios ou só judeus. Ele voltou para a Antioquia certo que tinha convencido Pedro e Tiago do seu ponto de vista. [N.D.T.: O rei Jaime exigiu que seu nome fosse incluído na Bíblia, portanto a Bíblia inglesa trocou o nome de Tiago para Jaime. Mantive o nome constante na Bíblia brasileira.]

É claro que houve várias reuniões (houve pelo menos mais uma em que Pedro foi humilhado por Paulo) isso deve ter ocorrido entre os principais nomes do começo do cristianismo que delinearam como o proselitismo deveria ser realizado, como a igreja deveria ser estruturada, que doutrinas deveriam ser promulgadas para atrair o maior número de pessoas, e se deveriam incluir gentios. A razão para isso é que havia um problema sério: o judaísmo estava sendo ameaçado diretamente pela perseguição romana aos seus sacerdotes (considerados uma ameaça política por causa do levante contra o comando romano) e precisavam bolar uma nova versão do judaísmo que realmente atraísse as pessoas, e tão cativante que não quisessem abandoná-la, até mesmo diante da perseguição.

Essa versão tinha que tirar a ênfase da adoração no templo já que não havia mais nenhum, e tinha que ser capaz de sobreviver ao assalto de idéias estrangeiras que a cercavam de todos os lados, de fontes romanas, helênicas e orientais. O resultado é que a nova religião tinha todas as características do que chamamos hoje de meme - uma Idéia que se comporta exatamente como um vírus - ela infecta, se reproduz e se espalha, e tem a capacidade de evoluir e se adaptar a situações mutáveis.

Em resposta a perseguição romana por causa da revolta fracassada contra Roma, Paulo e outros fundadores do cristianismo deliberadamente criaram uma religião que se comportaria do modo descrito acima, para preservar pelo menos alguma forma de judaísmo diante das perseguições romanas mesmo sem um sacerdócio altamente organizado. Foram bem sucedidos é claro, além de todas suas expectativas, criaram uma seita que não somente sobreviveria as perseguições romanas e a diáspora, mas iria mais além, evoluiria e por fim se tornaria uma das principais religiões do mundo.

As idéias de Paulo, com contribuições de Pedro, Tiago (Jaime) e outros, inicialmente, parece, se espalhou pelos Movimentos para Jesus local que tinham se convertido. Entre eles estavam os escritores dos evangelhos. (A Bíblia e o Cristianismo, de Scott Bidstrup)

 Paulo era o mestre, não Jesus. Em todas as suas disputas com os outros discípulos, ele jamais foi acusado de distorcer as palavras de Jesus. Não havia “palavras de Jesus” ou a “Memória dos Apóstolos”, como eram conhecidos os evangelhos de Jesus. Aliás os evangelhos e sua vida terrena ainda não tinham sido inventados.

Vale a pena assistir:
Leandro Karnal
O Apóstolo Paulo e Implicações da fé cristã no dia a dia






Recomenda-se a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são pequenos apontamentos de estudos.