Comitê egípcio proíbe parabenizar cristãos por Natal.
Entidade religiosa emitiu um édito religioso que proíbe parabenizar
"os cristãos e as pessoas de outras convicções" por suas
festividades.
Cairo - Um comitê religioso egípcio que inclui destacados líderes islamitas
emitiu uma fatwa (édito religioso) que proíbe parabenizar "os cristãos e
as pessoas de outras convicções" por suas festividades, como o Natal e a Páscoa, informa nesta
sexta-feira a imprensa local.
Segundo o jornal independente "Al Watan", esta entidade,
autodenominada Comitê Legítimo de Direitos e Reformas, tem como objetivo
"investigar os assuntos da sociedade para proteger as liberdades e a
justiça social".
Entre os membros do comitê estão o dirigente da Irmandade Muçulmana Jairat
al Shater, os xeques salafistas Yasser Burhami e Hazem Abu Ismail, e o clérigo
islamita Safuat Higazi.
Vários analistas políticos criticaram nas últimas horas a Irmandade
Muçulmana - grupo no qual militava o presidente egípcio, Mohammed Mursi, antes
de ocupar seu atual cargo - por ter felicitado apenas em inglês, através do
Twitter, "os cristãos de todo o mundo", o que qualificam como
"dois pesos e duas medidas".
Os cristãos coptas, que representam cerca de um décimo dos mais de 80
milhões de egípcios, vivem um momento decisivo após a ascensão ao poder dos
islamitas no Egito, onde ocorrem episódios de tensão entre os cristãos e a
maioria muçulmana.
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