Cruz do Zodíaco |
OS DOZE APÓSTOLOS E OS DOZE SIGNOS ASTROLÓGICOS |
POR LUCIENE FELIX LAMY
Observem o agrupamento
proposital de 3 em 3 (Cardinal – Fixo – Mutável), abarcando os 4 elementos
(Fogo – Terra – Ar – Água) e totalizando os 12 signos astrológicos.
Na antiguidade, a
química e a alquimia eram uma só ciência, assim como a astrologia e astronomia.
Por volta do século XIII d.C., o Papa Inocêncio III decretou uma bula, cindindo
a ciência entre sagrada e profana. Desde então, astrólogos e alquimistas
passaram a ser perseguidos.
Leonardo Da Vinci, um
iniciado, decidiu imortalizar através da pintura toda a simbologia astrológica
e numerológica contida nos ensinamentos do cristianismo esotérico, deixando
este registro no quadro “A Última Ceia”.
“A Última Ceia” é,
talvez, a pintura mais reproduzida do mundo. Da Vinci trabalhou de 1495 a
1498, pintando-a na parede do Refeitório do Convento de Santa Maria delle
Grazie, em Milão.
Nela, os 12 apóstolos
estão caracterizados pelos signos astrológicos, de acordo com os estudos da
astróloga Emma de Mascheville, no livro “Luz e Sombra”.
Segundo o autor Santiago
Americano Freire em “Leonardo Da Vinci” o pintor teria se inspirado no
Evangelho de João, capítulo XIII. Na pintura os doze apóstolos
representam os doze signos do zodíaco, de Áries a Peixes.
Leonardo
esquematizou a disposição dos apóstolos de acordo com a posição astronômica, da
direita para a esquerda de quem olha para o quadro. Os apóstolos estão colocados em
quatro grupos de três, simbolizando as quatro estações do ano da esquerda para
a direita.
Jesus está ao bem
centro, sua cabeça debaixo de um arco, um semicírculo, observando-se ao fundo
três janelas abertas por onde entram luz (a iluminação). À direita e à esquerda
da sala estão duas janelas fechadas de cada lado, simbolizando a escuridão (as
trevas).
Jesus, ao centro entre
João e André, tem as duas mãos estendidas uma para cada lado (a
imparcialidade). Sugere-se que com a mão esquerda Cristo se doa e com a direita
recolhe. Observa-se ainda a cabeça de Cristo pendendo para o lado esquerdo, o
lado do coração.
O primeiro apóstolo à
direita, na cabeceira da mesa, é Simão, o cananeu, com os dois
punhos à frente, e que corresponde ao signo de Áries, Signo de fogo
e de ação, Simão indica com as mãos a direção a tomar. Áries rege a cabeça na
anatomia astrológica, e a testa de Simão é bem realçada na pintura. Sua
prontidão ariana também é mostrada pelas mãos desembaraçadas, para agirem
conforme a vontade e coragem cardeal [cardinal] de Áries.
Ao seu lado, está Judas
Tadeu, o taurino. Seu semblante é sereno; enquanto escuta Simão
(Áries/cérebro) vai digerindo lentamente suas impressões, acolhendo-as com uma
das mãos, revelando a possessividade de Touro (que é terra/receptivo). No corpo
humano, Touro rege o pescoço e a garganta, e o de Judas Tadeu está bem
destacado.
Mateus vem em seguida, correspondendo a Gêmeos,
signo duplo que necessita de interação com as pessoas e de colher informações.
Mateus tem as mãos dispostas para um lado e o rosto para o outro, revelando a
dinâmica geminiana de querer falar e ouvir a todos ao mesmo tempo. Mateus era repórter
e historiador da vida de Jesus, e Gêmeos rege a casa III, setor de comunicação
e do conhecimento.
Logo após, está Filipe,
o canceriano. Suas mãos em direção ao peito mostram a tendência
canceriana para acolher, proteger e cuidar das coisas. Regido pela Lua, Câncer
trabalha com o sentir. Filipe está inclinado, como se estivesse se oferecendo
para alguma tarefa.
Ao seu lado está Tiago
Menor, o leonino, de braços abertos, revelando nesse gesto
largo o poder de irradiar amor (Leão rege o coração e o chacra cardíaco), ele
se impõe nesse gesto confiante, centralizando atenções. A Casa V diz respeito
aos jogos (inclusive amorosos!), a criatividade e a prole.
Atrás dele, quase que
escondido, está Tomé, o virginiano, que, apesar de
modesto, não deixa de expressar o lado crítico e inquisitivo de Virgem – com o
dedo em riste ele contesta diante de Cristo; foi Tomé quem quis o ver para
crer. Rege a Casa VI, saúde e a rotina do dia a dia.
Libra é simbolizado por João, de
semblante sereno; o discípulo amado sentado mais próximo de Jesus. Com as mãos
entrelaçadas, ele pondera e considera todas as opiniões antes de tomar posições
– Libra rege a casa VII [do casamento, uniões, parcerias e associações], é o
setor do outro e isso requer imparcialidade e diplomacia.
Ao seu lado, está Judas
Iscariotes, representando Escorpião. Com uma das mãos ele
segura a sacola com os “dinare”, o olhar profundo, angustiado, triste,
amargurado. Era o organizador das finanças da comunidade dos apóstolos
(Escorpião rege a casa VIII, que trata dos bens e valores dos outros) e com a
outra mão ele bate na mesa, protestando.
Sagitário é representado por Pedro, o
Pescador de Almas. Foi ele quem fez o dogma e instituiu a lei da Igreja –
Sagitário rege a casa IX, setor das leis, religiões e filosofia. Seu dedo
aponta para Jesus – a meta de Sagitário é espiritual – e na outra mão ele
segura uma faca, representando o lado instintivo nos homens. Ele se eleva entre
outros dois apóstolos, trazendo esclarecimentos (luz) à discussão.
Ao seu lado está André,
que representa Capricórnio. Conhecedor das responsabilidades, com
seu gesto restritivo impõe limites. Seu rosto magro e ossos salientes revelam o
biotipo capricorniano. Seus cabelos e barbas brancas e seu semblante sério
mostram a relação de Capricórnio com o tempo e a sabedoria. Rege a Casa X, do status e
da carreira profissional.
Os temores de André são
apaziguados por Tiago Maior, aquariano, que debruça uma
de suas mãos sobre seus ombros, num gesto amigável, enquanto a outra se estende
aos demais. Ele visualiza o conjunto, percebendo ali o trabalho em grupo
liderado pelo Mestre. Aquário rege a casa XI, que é o setor dos grupos, amigos
e esperanças.
O último da mesa é Bartolomeu,
que representa Peixes. Seus pés estão em destaque (que são regidos
por Peixes na anatomia astrológica). Ele parece absorvido pelo que acontece à
mesa e, com as mãos apoiadas, quase debruçado, revela devoção envolvido pelo
clima desse último encontro entre os apóstolos e Jesus Cristo, já que numa
determinada hora as coisas ficaram um pouco confusas, pois Jesus revelou que “a
mão do que me trai está comigo à mesa”. Rege a Casa XII, das finalizações.
Fonte: internet, mas acresci alguns dados.
Agora, “A Última Ceia”
nos “fala” mais de perto.
LUCIENE FELIX LAMY
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