Homem apoderado por 2 mil Demônios |
O porco não era criado pelos Árabes (Plínio, Hist. Nat. VIII, 78), e
era considerado como imundo pelos Fenícios, Etíopes e Egípcios... Para os
Judeus a carne de porco era abominável, o porco era a divisa da sujidade e da
baixeza...
A proibição está claramente expressa no capítulo 11 do Levitico:
"Entre todos os animais da terra, eis os que podereis comer: aqueles que
tem os cascos fendidos e que ruminam (...) O porco, que tem os cascos fendidos,
mas não rumina, é impuro."
O termo "kasher" significa genericamente "apropriado
para o uso ou consumo". Mais especificamente, denota um alimento permitido
pela lei judaica. Em contraste, designam-se por treifá os alimentos proibidos.
Todas as leis alimentares judaicas (leis de kashrut) derivam de preceitos
bíblicos, a maior parte dos quais são enumerados no capítulo 11 do Livro de
Levítico. Uma das interpretações mais deturpadas sobre as leis de kashrut é que
elas foram instituídas como medida sanitária. Assim, por exemplo, a carne de
porco teria sido proibida porque ela pode transmitir a triquinose. Isto não é
verdade. A própria Torá explica, em linguagem simples e direta, a razão das
leis alimentares: "Pois Eu sou o Senhor, vosso Deus. Vós vos santificareis
(...) e não vos contaminareis (...) Sereis santos porque Eu sou santo"
(Levitico 11:44-45). Os rabinos da era talmúdica frisavam que não há nada de
errado, do ponto de vista biológico e sanitário, com os alimentos não-kasher. O
judeu tem que se abster de comê-los, não porque façam mal à saúde, mas sim
porque a lei divina é suprema, mesmo que esteja além dos limites da compreensão
humana. A única razão para as leis de kashrut é o conceito ético de santidade.
E a santidade pode e deve ser ressaltada mesmo nos aspectos mais mundanos do
dia-a-dia. Nenhum ato é insignificante. Cada vez que preparamos ou comemos um
alimento kasher, estamos aprendendo algo sobre a reverência pela vida. Quando
ingerimos um pedaço de carne kasher, conscientizamo-nos que o animal é uma
criatura de Deus e que a morte dessa criatura não pode ser tomada com
leviandade, pois todo ser vivo traz dentro de si uma centelha divina. Isto é
Kedushá, santidade: "Fazes da tua mesa um altar ao Senhor" (Talmud
Brachot 55a).
Assim como a proibição ao consumo da carne suína, existem outras
restrições, como o consumo de camarão e de carne com leite ou seus derivados
numa mesma refeição. A carne bovina consumida por judeus é apenas aquela
realizada por abate especial (no qual, o animal não é sensibilizado antes de
ser sangrado pelo Shochet).
A bíblia me diz que na cidade de Gerasa ou Gerash, quando da passagem
de Jesus pregando o seu evangelho, um homem marginalizado por espírito imundo e
demonstrando força descomunal ao vê-lo, o reconheceu como filho de Deus,
partindo daí uma descrição do diálogo de Jesus com os espíritos malignos que
habitavam o corpo do endemoniado. Em certo momentos os demônios encarnados no
pobre homem, sabendo o potencial exorcista de Jesus o pediram para o Mestre que os deixassem em
Gerasa, mesmo que fosse encarnados nos porcos. Jesus acatou o pedido dos demônios e havendo dois mil porcos pastando naquele local permitiu que os espíritos malignos vindos dos quintos dos infernos, neles encarnassem o
que de pronto fez dos pacatos porcos uma vara de loucos correndo todos para
um precipício.
A crença na antiguidade de que as doenças eram causada por demônios se repete, livre dos demônios o homem ficou são e salvo, e os porcos que receberam os espíritos malignos que haviam por muito tempo se apoderado do corpo do pobre homem, ficaram enlouquecidos
preferindo o suicídio por afogamento, precipitando-se no mar (segundo Marcos 5:13) em um lago, (segundo Lucas 8:33) tendo provocado espanto nos homens que tomavam conta dos
porcos. Isso na versão de João Ferreira de Almeida ao traduzir os livros citados.
A história de Jerash é uma mistura do mundo greco-romano da bacia
mediterrânea, e das antigas tradições da Arábia Oriental. De fato, o próprio
nome da cidade reflete esta interação. Os habitantes Árabe-Semitas mais
antigos, que habitavam na área durante o período pré-clássico do primeiro
milênio BCE. chamavam sua aldeia Garschu. Os romanos posteriormente helenizaram
o antigo nome árabe de Garschu para Gerasa, e a Biblia refere-se "à região
dos Gerasenos" (Mk 5:1; Lc 8:26). No fim do século 19, os habitantes
árabes e circanos dos pequenos estabelecimentos rurais transformaram a Gerasa
romana em Jerash árabe.
A questão que se segue é: - Se havia a proibição do consumo da carne de
porco, como explicar a criação de porcos citados pelos evangelistas Marcos e Lucas no Novo Testamento, em uma região ou país
povoado no primeiro século por árabes e semitas?
Como explicar a criação de porcos apascentados pelo filho pródigo de
quem fala Lucas - o evangelista que não conheceu Jesus?
CONTRADIÇÃO BÍBLICA
"Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é impuro em si
mesmo, a não ser para quem considera uma coisa impura: para esse é que é
impuro" (Paulo, carta aos rom, 14: 14)
Por outro lado Paulo denunciou a Lei dizendo: "Porque a Lei
produz a ira, e onde não há Lei, também não há transgressão." (S. Paulo,
4: 15).
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Jesus Cura Um Mudo Endemoniado
* Recomenda a leitura dos livros e sites quando indicados como fontes. Os posts contidos neste blogger são apenas apontamentos de estudo.
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