domingo, 12 de maio de 2013

O SANTO SUDÁRIO





O Santo Sudário: um pano que dizem ter envolvido o corpo de cristo. A igreja católica a liberou para a ciência estudá-lo algumas vezes. Na última vez, calcularam a idade do tecido e, um susto, não batia com a data nem se quer aproximada da morte de cristo. Eu cheguei a falar, “Agora é a vez da igreja católica rodar”. Muitos católicos me diziam, “não o santo sudário é verdadeiro, tape seus ouvidos, é o demônio que tá fazendo isso”. Mas nem pensar que eu tapei, quero saber a verdade, e a verdade era que o santo sudário era falso. 

Mas depois outros cientistas disseram que houve um erro de cálculos. Calcularam a idade dos fungos e não do tecido. Aqui é interessante, pois eu matei 2 coelhos com um tiro só. A ciência desmentiu a ciência. Então os teístas comemoraram, e eu fui perguntar aos ateus “o que vocês acham do santo sudário?”. E olha a resposta: “é uma farsa, já foi desmentido pela ciência”. E respondem isso até hoje. Ora veja, consegui enxergar que até o ateísmo é uma opinião e não uma verdade. Como pode os ateus, que se dizem tão inteligentes, descartar a segunda opinião e ficar só com a primeira? É porque até eles estão defendendo sua crença. Não eles, não estão questionando, estão tapando os ouvidos também. Quando uma coisa serve pra comprovar sua crença, você a considera, e quando não serve você a desconsidera. (ps: não é regra geral).

Mas então o Santo Sudário é falso ou não?

Fernando Pegorezi

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Até o momento, as evidencias são contra a veracidade desse pedaço de pano.



As referências ao Sudário de Turim começam abruptamente no século XIV. O documento mais antigo é o relato de um bispo ao Papa Clemente VII, datado de 1389. O comunicado afirma que o sudário foi criado como parte de um estratagema de cura pela fé, "sendo a verdade atestada pelo artista que o pintou.

" Amostras daquilo que era tido como sangue falharam ao serem submetidas a uma bateria de testes em 1973. Ao final da década de 70, o microanalista forense Walter McCrone, um especialista no exame da autenticidade de documentos e pinturas, identificou o "sangue" do sudário como sendo ocre vermelho e tinta à base de têmpera de vermelhão e concluiu que a imagem inteira foi pintada.

Em 1988 a datação do sudário por carbono 14 - conduzida por laboratórios em Zurique, Oxford e Universidade do Arizona - produziram resultados muito próximos, atribuindo-lhe uma data entre 1260 e 1390.


Esta faixa de idade coincide com a confissão do falsificador no relatório enviado ao Papa Clemente.

Alegações de que a datação pelo carbono estava errada ignoram o fato de que o sudário teria que estar contaminado com o dobro do seu próprio peso em material contaminado para deslocar a idade do sudário até o primeiro século.

Finalmente, o Sudário de Turim contradiz o relato do sepultamento de Jesus no Evangelho de São João. No Novo Testamento Grego, contam que Jesus foi envolto em faixas de linho (othonia em Grego), e não em um lençol inteiriço de linho (João 19:40 e 20:6-7). João também diz que o corpo de Jesus foi sepultado numa grande quantidade de aloés e mirra: nenhum traço de quaisquer dessas duas especiarias foi achado no sudário.


Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar. 
João 19:40 - Versão Católica



Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro. 
João 19:40 - João Ferreira de Almeida




Acceperunt ergo corpus Iesu et ligaverunt illud linteis cum aromatibus, sicut mos Iudaeis est sepelire. 
João 19:40 - Vulgata



illud linteis = Panos de linho.


6                Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis,
7                E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte.
João 20 - João Ferreira de Almeida.


"Os defensores do sudário tipicamente começam com a conclusão desejada e trabalham retroativamente até à evidência; a ciência começa com a evidência e prossegue em frente até à conclusão," diz Nickell. Juntos, os fatos corroboram uns aos outros rejeitando a alegação de que o sudário data do tempo de Jesus.


A autora do texto: Dani Vargas


Quando a Imprensa Mundial publicou o artigo de Andre Lemaire, da Universidade de Sorbonne (França), afirmando que teria encontrado a primeira evidência arqueológica da existência de Jesus, o professor de arqueologia bíblica na Universidade Estadual da Califórnia Robert Eisenman disse ao site "Discovery News" que é preciso encarar a descoberta com cuidado.

"Este ossário pode ser comparado com o manto de Turim: um grande artefato para crentes. Estaria vibrando se ele fosse de verdade, mas não acredito. Muitas coisas são suspeitas: a linha de segurança é pouca e a inscrição é perfeita demais. Nunca seria escrito 'irmão de Jesus' no século 1."


Veja que o professor de arqueologia bíblica na Universidade Estadual da Califórnia Robert Eisenman, não desmentiu a notícia, apenas o comparou ao Santo Sudário.

Logo ele não tem tanta certeza como você tem a respeito do Sudário, do contrário ele teria dito. Já existe uma prova concreta da existência de Jesus através do Santo Sudário. Mas não disse.

Outra autoridade nos estudos bíblicos, Herschel Shanks, diretor da Revista "Biblical Archeology Review", declarou euforicamente a imprensa  "Queremos anunciar o primeiro testemunho arqueológico de Jesus",

Este também não dá crédito ao Sudário de Turim.

Segundo a France Presse, em Washington, A menção mais antiga de Jesus, evocado sobretudo pelo historiador romano Flavius Josephus, remonta até agora a um fragmento em grego do evangelho de São João, escrito em papiro por volta do ano 125.

Como se vê os grandes teólogos e estudiosos da bíblia não contestaram a afirmação de Herschel Shanks, dizendo que o Sudário de Turim era uma prova incontestável.

Destaque

Três organizações independentes — a Universidade de Oxford, a Universidade do Arizona, e o Instituto Federal de Tecnologia Suíço — e cada um deles datou-o de épocas medievais, em torno de 1350.

Vejamos um par de exemplos que são reveladores. O primeiro se deu depois da formação do Shroud of Turin Research Project (STURP) em 1977, nos Estados Unidos, projeto formado "imparcialmente" por 39 crentes e apenas um agnóstico: Walter C. McCrone, quem era o único microscopista perito em arte e em química forense da equipe.

Para ter uma idéia da tendenciosidade na eleição de seus integrantes, a probabilidade de obter ao azar um grupo de cientistas americanos que tenha 39 crentes e um só agnóstico é próxima de 7 em mil trilhões (um seguido de 15 zeros). Quando McCrone encontrou evidência inequívoca de têmpera baseada em ocre vermelho e cobre em pó com aglutinante de colágeno, opinou que o tecido era uma pintura. Isso lhe valeu a expulsão do grupo. Hoje em dia, os sindonólogos evitam rapidamente qualquer alusão aos resultados de Walter McCrone.

Walter McCrone analisou o sudário e encontrou traços dos produtos químicos que era usados em “dois pigmentos comuns usados por artistas do século 14, ocre vermelho e vermelhão, com um aglutinante de têmpera de colágeno (gelatina)” (McCrone 1998). Ele expõe sua argumentação completa de que o sudário é uma pintura medieval em Judgment Day for the Shroud of Turin (Março de 1999). Por seus trabalhos, McCrone foi agraciado com o Prêmio de Química Analítica da Sociedade Americana de Química.



RICHARD IHGHAM
da France Presse, em Paris



A falsificação do Sudário de Turim

O sudário de Turim é uma peça de tecido com cerca de 4,25m por 1m, que tem sobre ela a imagem de um homem. Na verdade, há duas imagens, uma frontal e uma de costas, com as cabeças se encontrando no meio. Já observou-se que se o sudário tivesse realmente envolvido um corpo, deveria haver um espaço onde as duas cabeças se encontram.

Além disso, a cabeça tem o tamanho exagerado em 5% em relação ao corpo, o nariz é desproporcional e os braços são longos demais. Assim mesmo, a imagem é considerada por muitos como de Jesus de Nazaré, e o sudário sua mortalha funerária. A maioria dos céticos acredita que a imagem seja uma pintura e uma fraude piedosa. O sudário é conservado na catedral de São João Batista em Turim, na Itália.

Aparentemente, a primeira menção histórica do sudário como “O Sudário de Turim” é do fim do século 16, quando ele foi trazido para a catedral daquela cidade, embora alegadamente tenha sido descoberto na Turquia, durante uma das assim chamadas “Santas” Cruzadas, na Idade assim chamada “Média”.

Em 1988, o Vaticano permitiu que o sudário fosse datado por três organizações independentes — a Universidade de Oxford, a Universidade do Arizona, e o Instituto Federal de Tecnologia Suíço — e cada um deles datou-o de épocas medievais, em torno de 1350. O sudário esteve alegadamente num incêndio durante a primeira metade do século 16, e, segundo os que crêem na sua autenticidade, isto explica por que as datações por carbono não lhe dêem mais de 650 anos.

Para os descrentes, isso parece uma hipótese ad hoc. Segundo o Dr. Walter McCrone, microquímico.

A sugestão de que o incêndio de 1532 em Chambery teria alterado a data do tecido é risível. As amostras para a datação por carbono são rotineira e completamente queimadas e transformadas em CO2 como parte de um bem testado procedimento de purificação. As sugestões de que contaminantes biológicos modernos seriam suficientes para modernizar a data também são ridículas. Seria necessário um peso de carbono do século 20 correspondente a duas vezes o do carbono do sudário para se alterar uma data do século 1 para o século 14. Além disso, as amostras do tecido de linho foram limpas com muito cuidado antes da análise em cada um dos laboratórios de datação por carbono. *


Talvez interesse aos céticos saber que muitas pessoas de fé acreditam haver evidências científicas que suportem sua crença na autenticidade do sudário. Naturalmente, as evidências se limitam quase que exclusivamente a apontar fatos que seriam verdadeiros se o sudário fosse autêntico.

Por exemplo, afirma-se que ele seja uma imagem em negativo de uma vítima de crucificação. Afirma-se que ele seja a imagem de um homem flagelado brutalmente de um modo que corresponde a como a Bíblia descreve que Jesus foi tratado. É também alegado que a imagem não é uma pintura, mas uma imagem milagrosamente transposta. Os céticos discordam e argumentam que o sudário é uma pintura e uma falsificação.


O mercado de relíquias

Os céticos acreditam que o sudário de Turim é apenas mais uma relíquia religiosa, inventada para impulsionar o mercado da peregrinação ou para impressionar os infiéis. (outra pintura igualmente famosa, que também se alega ter milagrosamente aparecido em um tecido, surgiu no México no século 16, “Nossa Senhora de Guadalupe.”) Os argumentos para a falsidade do sudário são expostos mais vigorosamente por Joe Nickell em Inquest On The Shroud Of Turin, que foi escrito em colaboração com um painel de peritos científicos e técnicos.

O autor afirma que as evidências históricas, iconográficas, patológicas, físicas e químicas apontam para a falsificação. O sudário é uma pintura do século 14, não um tecido de dois mil anos de idade com a imagem de Cristo.


Uma das teorias é de que “um modelo masculino foi impregnado com tinta e envolvido no lençol para criar a figura sombreada de Cristo.” * O modelo foi coberto com ocre vermelho, “um pigmento encontrado na terra e amplamente utilizado na Itália durante a Idade Média, e pressionaram sua testa, ossos da face e outras partes da sua cabeça e corpo contra o linho para criar a imagem que existe hoje.

Salpicou-se então vermelhão, feito com sulfeto de mercúrio, sobre os pulsos, pé e corpo da imagem para representar sangue.”

Walter McCrone analisou o sudário e encontrou traços dos produtos químicos que era usados em “dois pigmentos comuns usados por artistas do século 14, ocre vermelho e vermelhão, com um aglutinante de têmpera de colágeno (gelatina)” (McCrone 1998). Ele expõe sua argumentação completa de que o sudário é uma pintura medieval em Judgment Day for the Shroud of Turin (Março de 1999). Por seus trabalhos, McCrone foi agraciado com o Prêmio de Química Analítica da Sociedade Americana de Química.


As evidências da autenticidade

O sudário, porém, tem muitos defensores que acreditam ter demonstrado que o pano não é uma falsificação, data da época de Cristo, tem origem milagrosa, etc. Afirma-se que há sangue do tipo AB no sudário. Os céticos negam. Não foi identificado sangue diretamente no sudário, mas sim na fita adesiva que foi usada para coletar fibras do tecido. Quando seca, o sangue envelhecido fica negro. As manchas no sudário são vermelhas. Exames periciais no material vermelho o identificaram como tinta de têmpera vermelhão e ocre vermelho.

Outros testes feitos por Adler e Heller identificaram sangue. * Se for sangue, poderia ser o de uma pessoa do século 14. Poderia ser o de alguém que foi envolvido pelo tecido, ou o sangue do criador do sudário, ou de qualquer um que o tivesse manuseado, ou o de qualquer pessoa que tivesse manuseado a fita adesiva. Mas ainda que houvesse sangue no sudário, isso não traria qualquer apoio à sua idade ou autenticidade.

Afirma-se que o pano tem um pouco de pólen [formato pdf] e imagens sobre ele que são de plantas encontradas apenas na região do Mar Morto de Israel. Avinoam Danin, um botânico da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirma ter identificado pólen do cardo Gundelia tournefortii e de uma alcaparra no sudário. Ele alega que esta combinação é encontrada apenas nas imediações de Jerusalém.

Alguns crentes acham que a coroa de espinhos foi feita deste tipo de cardo. Entretanto, Danin não examinou o sudário pessoalmente. Suas amostras de pólen se originaram de Max Frei, que extraiu com fita adesiva amostras de pólen do sudário. Frei, que certa vez declarou os forjados “Diários de Hitler” como autênticos, provavelmente introduziu ele próprio o pólen, ou foi enganado e inocentemente colheu pólen que outra fraude piedosa havia introduzido (Nickell, Shafersman).

Danin e seu colega Uri Baruch, também afirmam ter descoberto impressões de flores no sudário, e que estas flores somente poderiam ter vindo de Israel.

Entretanto, as imagens florais que eles vêem estão ocultas em manchas mosqueadas, de forma bem semelhante à de que a imagem de Jesus está oculta em uma tortilha, ou a imagem de Maria está oculta na casca de uma árvore. O primeiro a ver flores nas manchas foi um psiquiatra, que era provavelmente um perito em ver traços de personalidade em manchas de tinta (Nickell, 1994)


Danin observa que outra relíquia que se acredita ser o pano funeral de rosto de Jesus (o Sudário de Oviedo na Espanha) contém os mesmos dois tipos de grãos de pólen que o sudário de Turim, e também está manchado com o mesmo sangue do tipo AB. Desde que se acredita que o sudário de Oviedo existia antes do século 8, de acordo com Danin, existem “claras evidências de que o sudário teve origem anterior ao século VIII.”

Acredita-se que o tecido esteve em um baú de relíquias que data no mínimo da época da invasão Moura da Espanha.

Afirma-se que ele estava no baú quando ele foi aberto em 1075. Mas, como não há nenhum sangue no sudário de Turim e não há nenhuma boa razão para se aceitar a suposição de Danin de que o pólen estava no sudário desde sua origem, esse argumento é espúrio.

Em todo caso, o fato de que pólen encontrado próximo ao Mar Morto ou Jerusalém estavam no sudário significa pouco. Mesmo se o pólen não tivesse sido introduzido numa uma fraude piedosa, ele poderia ter sido transportado para o sudário por qualquer pessoa que o tivesse manuseado.

Em resumo, o pólen poderia ter-se originado em Jerusalém em qualquer época anterior ou posterior ao aparecimento do sudário na Itália. Essa não é uma evidência muito forte.

Além disso, o fato de haver dois panos que se acredita terem envolvido o cadáver de Jesus não fortalece a afirmação de que o sudário seja autêntico, mas a enfraquece. Quantos panos além desses existem sobre os quais não sabemos?

Teriam sido eles produzidos em massa, como os pedaços da verdadeira cruz, palha da manjedoura de Cristo, toras da arca de Noé?

 O fato de panos na Espanha e na Itália terem pólen e manchas de sangue idênticas é um pouco menos que “claras evidências” de que eles se originaram ao mesmo tempo, especialmente por existirem claras evidências de que a alegação de que eles possuem pólen e manchas de sangue idênticas não é verdadeira. Mas mesmo se ela fosse verdadeira, teria pouco valor em estabelecer como fato que algum destes tecidos tocou o corpo de Jesus.


Desfazendo a trama


Afirma-se que a textura do tecido é típica das que os Judeus ricos teriam na época de Jesus. O tecido do Judeu rico não parece coerente com o tipo de pessoas com que Jesus supostamente convivia.

Entretanto, conforme um leitor, Hal Nelson, argumentou, “O tecido de linho foi fornecido por José de Arimatéia, descrito em Mateus 27 como um “homem rico” assim como discípulo.” (A trama de Turim é espinha-de-peixe; a trama de Oviedo é tafetá, provando, suponho eu, que Jesus tinha discípulos de todo tipo, até mesmo AB.)

A imagem é de um homem de aproximadamente 1,80 m de altura. O tamanho e tipo de tecido do pano convenceram a um pesquisador/crente de que o ele poderia ter sido usado como pano de mesa para a Última Ceia. Poderia ter sido usado também para muitas outras coisas, suponho.

 Para o crente, entretanto, não é a prova científica da autenticidade do sudário que dá a ele seu significado especial. É a fé na origem milagrosa da imagem que define sua crença. O milagre é considerado um sinal de que a ressurreição realmente aconteceu e de que Jesus era divino.



Apenas mais uma relíquia?

Talvez o aspecto mais fascinante da controvérsia do sudário de Turim seja o modo que os crentes continuam trazendo à tona pistas falsas, e os céticos continuam mordendo a isca. Danin criou seu argumento imagem de plantas/grãos de pólen em 1998, uma continuação de outro argumento que ele criou em 1997. Ele afirmou no artigo de 1998 que suas evidências mostraram que “o sudário somente poderia ter vindo do oriente próximo.”

Um artigo da AP de Traci Angel (3 de agosto de 1999) cita Danin dizendo que as evidências “claramente apontam para um grupo floral da área ao redor de Jerusalém.” Sem dúvida, um exaltado debate irá se seguir (mais uma vez!) a respeito da origem das plantas e pólen. Como se importasse.

Mesmo se ficasse estabelecido além de qualquer dúvida razoável que o sudário se originou em Jerusalém e que envolveu o corpo de Jesus, e daí? Isto provaria que Jesus se ergueu dos mortos? Eu acho que não.

A crença de que alguém se ergueu dos mortos não pode ser baseada em evidências físicas porque a ressurreição é uma impossibilidade física. Apenas a fé religiosa pode sustentar tal crença.

Acreditar que alguém flutuou subindo às alturas e desapareceu (ou seja, foi para o céu) também não será provado de um jeito ou de outro pelos argumentos do sudário.

Finalmente, nenhum volume de evidências físicas jamais poderia demonstrar que um homem era Deus, que era também pai dele mesmo e que foi concebido sem mesmo que sua mãe tivesse feito sexo.

Logo, não importa quantos cientistas brilhantes divulguem seus brilhantes artigos com evidências de imagens de cordas, esponjas, espinhos, esporas, flores, cardos, sangue, etc. bíblicos, nada disso tem a menor relevância para provar estas questões de fé.


Últimas notícias

Dr. Raymond Rogers, químico aposentado do Laboratório Nacional de Los Alamos, estado do Novo México, alega que partes do tecido testado e datado como de cerca de 1350 não faziam parte do sudário original.

Segundo Rogers, os testes de laboratório que dataram o tecido como do século 14 testaram um remendo feito para reparar danos causados pelo fogo.

Como será que ele sabe disso, já que o retalho foi destruído nos testes?

Segundo Joe Nickell, investigador do sudário, Rogers “apóia-se em dois pequenos fiapos que supostamente sobraram das amostras” e na palavra de “pesquisadores pró-autenticidade que supõem que a amostra de carbono-14 tenha vindo de uma ‘área novamente tecida’ como reparo”.

Segundo Nickell, um artigo de P.E. Damon de 1989 publicado na Nature alega que “peritos em tecelagem esforçaram-se especificamente para selecionar um local para se retirar a amostra do radiocarbono que estivesse fora dos remendos e costuras”.


Nickell afirma:

Rogers comparou os fios com pequenas amostras de outros locais do sudário, alegando ter encontrado diferenças entre os dois conjuntos de fios que “provam” que a amostra de radiocarbono “não fazia parte do tecido original” do sudário de Turim.

Entre as diferenças relatadas está a presença — supostamente apenas na “amostra do radiocarbono” — de fibras de algodão e uma cobertura de tintura de raiz de ruiva num meio aglutinante que seus testes “sugerem” ser goma arábica…. No entanto, ao contrário do que Rogers afirma, tanto o algodão quanto a ruiva foram encontrados em outras áreas do sudário. Ambos foram especificamente relatados pelo renomado microanalista Walter McCrone.

O Dr. Rogers estimou a data real do sudário entre cerca de 1000 AEC e 1700 EC. Ainda assim, todas as evidências apontam para a hipótese da falsificação medieval.

Como observa Nickell, “não se conhece nenhum exemplo dessa trama complexa de espinha de peixe na época de Jesus quando, de qualquer forma, tecidos mortuários costumavam ser de trama simples” (1998: 35). “Além disso, a prática de sepultamento judaica utilizava — e o Evangelho de João descreve isso especificamente para Jesus — múltiplos panos mortuários com um separado sobre o rosto”. *


Outra evidência de falsificação medieval é a falta de registros históricos do sudário anteriores ao meio do século quatorze — quando um bispo relatou a confissão do artista — assim como os sérios problemas anatômicos, a falta de distorções decorrentes da envoltura, a semelhança da figura com representações medievais de Jesus e as manchas de “sangue” de suspeita cor vermelho-vivo e com aparência de pintura, que não passaram numa bateria de testes sofisticados feitos por sorologistas médicos-legais, entre muitos outros indicadores. (Nickell 2005).


Naturalmente, o tecido poderia ter 3.000 ou 2.000 anos de idade, como especula Rogers, mas a imagem nele poderia datar de um período muito posterior. Qualquer que seja a data correta, tanto para o pano quando para a figura, não prova em nenhum grau de probabilidade razoável que o tecido seja o sudário em que Jesus foi envolvido e que a imagem seja de alguma forma milagrosa. Acreditar nisso sempre será uma questão de fé, não de provas científicas.



Por: Walter McCrone
(c) 1996, Microscópio Publications, Chicago, IL
ISBN 0-904962-15-6

Descrição:
Dia do Juízo Final para o Sudário de Turim é uma história de fé versus ciência como dito por um cientista que passou muitos meses, ao longo de quase 20 anos, trabalhando no Sudário e concluiu que o sudário é uma pintura medieval inspirado. Um cientista formado em química, micro-análise, análise de materiais, autenticação de pintura, e microscopia química. Um cientista com 62 anos de pesquisa, básica e aplicada, na resolução de problemas com o microscópio. Um cientista que escreveu 350 artigos científicos, 12 livros, e igual número de artigos de enciclopédia e capítulos de livros em obras científicas editadas. Um cientista que estudou a autenticação de mais de 100 pinturas, pinturas atribuídas a Leonardo, Rafael, Giorgione, Correggio, Rembrandt, Constable, Turner, Manet, Van Gogh, Picasso, Monet, Lissitski, Larionov, Kandinsky, Homer, Warhol, etc ., bem como sedas persas funerárias, cerâmica maia, vários mapas e documentos, tais como cartas de Colombo à rainha Isabel e do Mapa de Vinland.


Ele é um cientista que começou há quatro empresas aqui e na Inglaterra, duas para trabalhar em problemas analíticos para o governo ea indústria e dois para ministrar cursos sobre as técnicas que ele usa para resolver problemas difíceis e importantes. Essas empresas hoje ensinam mil alunos por ano em cerca de 100 cursos diferentes todos com base em microscopia e ultra-microanálise.

Em 1974, ele foi convidado pela Igreja Católica a apresentar uma proposta para o estudo do Sudário de Turim. Agora, quase 20 anos depois, este cientista. Dr. Walter C. McCrone, descreve em detalhes o seu trabalho em 32 amostras com milhares de fibras de linho de sangue, corpo, e não-imagem-áreas retirados do Sudário usando fita adesiva. "(O texto cover)
Fonte



PRO
Dr. Ernst Martin, diretor aposentado do Basel, Suíça Polícia Crime Lab: "Você foi o primeiro a concluir (1980) de que o Sudário de Turim é uma farsa. As datações de carbono de 1988 mostram como certo que você era. "

Marigene Butler, Head, Art Conservation, Philadelphia Museum of Art: "Eu sempre senti que suas análises microscópicas dos materiais de imagem orgânicos e inorgânicos são absolutamente convincente .... Todos nós aqui de acordo com sua data do século 14 para o" Santo Sudário "de Turim "

Dr. Mary Virginia Orna, Química, da Universidade de New Rochelle, NY: "Estou convencido de que [o Sudário de Turim] é uma falsificação medieval ....Sua evidência é conclusiva ".

Linus Pauling: "Devo dizer que eu acho que você não deve se preocupar com a Igreja Católica em relação ao Sudário de Turim. Eu tinha pensado que, de fato, que o assunto tinha sido finalmente resolvido. As objeções à aceitação dos resultados de estudos científicos são apenas ridículo. "

CON

Sturp: ". Seus dados são [sic] deturpado, suas observações são altamente questionáveis, e suas conclusões são pontifications ao invés de lógica científica"

A Igreja: "Você é a única pessoa a desafiar o grande mistério do Santo Sudário. O Centro de Turim Sindonologia [aka. Igreja Católica] aceita o desafio de você .... Estamos todos em um clima desafiador em Turim, tendo lutou e venceu muitas batalhas. "

Heller e Adler: "... demonstrou que as alegações de McCrone para a presença de tinta vermelha foram prematuramente e erroneamente feito com dados insuficientes .... Depois de uma avaliação apressada e superficial, ele correu para impressão de cobrar que o Sudário é uma farsa pintada."

Kersten e Gruber em "A Conspiração de Jesus": "McCrone alegou que o ferro nas marcas [imagem do Sudário] foi uma clara indicação de um pigmento de óxido de ferro. Essa teoria de um homem que nunca tinha visto o pano em si [Não é verdade. Dr. McCrone viu o Sudário de Turim, em 1978] foi decisivamente refutada por novos exames. "

Fonte




leitura adicional
Damon, P.E., et al. (1989). Radiocarbon dating of the Shroud of Turin.Nature 337 (fevereiro): 611–615.
Nickell, Joe. (1994). "Pollens on the 'Shroud': A study in deception,"Skeptical Inquirer, verão de 1994.
Schafersman, Steven D. (1998). "Unraveling the Shroud of Turin," Approfondimento Sindone, Ano II, vol. 2.

sábado, 11 de maio de 2013

ROMA SAQUEADA, QUEM ERAM OS LADRÕES E ONDE ESTÃO HOJE.

      






       Saque de Roma. Os soldados protestantes massacram a totalidade da população de Roma, umas 40.000 pessoas, e pilham a cidade. O papa é salvo pelos guardas suíços. Ele se fecha com eles no Castelo de Santo Ângelo, enquanto a população é massacrada. Ele passou um grande medo. Os suíços ganham assim uma fama profissional no estrangeiro, o que se perpetua até hoje.

         Escreve o leitor Christian Salles longa carta (publicada no Caderno B de quinta-feira) para listar uma extensa série de massacres cometidos por protestantes contra católicos, em resposta a trecho de meu artigo em que relato o massacre dos cátaros e as cruzadas. O mais notório desses massacres foi a invasão de Roma em 1527. Diz o leitor: ‘A partir de 6 de maio de 1527 começa o saque de Roma pelas tropas de Carlos V, comandadas pelo duque de Bourbon. Cerca de 40 mil homens espalharam o terror, a violência e a morte. A horda dos invasores protestantes penetrou no Hospital do Espírito Santo e degolou os enfermos.’

         Terrível relato. Mas cabe lembrar que o espanhol Carlos V, que ordenou o ataque e o saque de Roma, era católico apostólico e romano e extremamente fervoroso. Os protestantes holandeses e alemães (a Holanda e parte da Alemanha estavam sob domínio espanhol) serviam a um soberano católico, que entrou em conflito com o papa Clemente VII, que só escapou porque buscou refúgio no castelo Sant’Angelo. Três anos depois, o mesmo papa coroava Carlos V imperador, os estados papais eram reconhecidos pelo monarca e tudo voltou à santa paz. Quem morreu, morreu em vão.

Francisco Javier Amérigo y Aparici
        Foi no dia 6 de maio de 1527 que cerca de quarenta mil homens espalharam na Cidade Eterna o terror, a violência e a morte. Eram seis mil espanhóis, quatorze mil italianos e vinte mil alemães, quase todos fanáticos luteranos. Gritavam: ”Viva Lutero, nosso papa!” Ávidos, incansáveis na busca das riquezas, os invasores assaltaram, estupraram, saquearam, incendiaram, trucidaram, jogaram crianças pelas janelas e as esmagaram contra as paredes. Grande parte da população foi dizimada. Conforme disse o historiador Maurice Andrieux, esse ataque a Roma “superou em atrocidade todas as tragédias da História, até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla". Um banho de sangue correu pelas ruas da cidade, e por todo o lado se viam pilhagens, violações e torturas contra a população. Esse ataque a Roma "superou em atrocidade todas as tragédias da História", até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla.



Igrejas são devastadas, soldados bêbados profanam o túmulo de São Pedro, mexem nos restos mortais do papa Júlio II, do qual lhe arrancam do dedo o anel. A cruz do imperador Constantino é arrastada na lama. Cibórios, missais, cálices de ouro, relíquias, crucifixos, alfaias, paramentos, vestes litúrgicas, o sudário de Santa Verônica, tudo isto anda de mão em mão, no meio dos bêbados e das prostitutas, por todas as tabernas da cidade. Os invasores roubam as tapeçarias de Rafael e transformam em manjedouras as capelas e as naves laterais da catedral de São Pedro. Bulas do papa, bem como os manuscritos do Vaticano, servem de colchões para o repouso dos cavalos.

       Montados em burros, os lansquenetes alemães aparecem vestidos de púrpura, com chapéus de cardeais e gritando: Viva o nosso papa Martinho Lutero!

         Os brutos iam violentando as virgens em cima das mães destas, e em seguida as próprias mães. Algumas mulheres punham termo à vida nas águas do Tibre, ou então, com os dedos, arrancavam os seus olhos.

       Nem as religiosas conseguiram escapar. Freiras são estupradas nos conventos, sobre os degraus dos altares, e se resistem, os monstros as degolam. Após a violência sexual, qualquer soldado tem o direito de novamente possui-las nos bordéis, em troca de dois ducados.

          E as leigas condessas, baronesas, marquesas, respeitáveis matronas saciam a luxúria dos vândalos até na presença de familiares, mas certos pais, a fim de eliminar estas cenas, não hesitam em matar as suas filhas.

           Os facínoras se valem de todos os meios para extorquir o dinheiro das vítimas: sangram as pessoas, chicoteiam, esmurram, deitam chumbo derretido pela boca, enterram lascas finas debaixo das unhas, queimam as carnes com tenazes aquecidas ao rubro. Dante Alighieri, se visse estas crueldades, poderia acrescentar na Divina comédia, ao seu Inferno, uma segunda parte, mais alguns cantos.

              Um nobre, chamado Gattinara, comunicou a Carlos V: "Neste exército [o dos invasores de Roma], não há nem comandante, nem soldados, nem obediência, nem regras... Os comandantes fazem o que podem, mas os lansquenetes se comportaram como verdadeiros luteranos."

         Centenas de cadáveres apodreciam ao ar livre nas ruas de Roma, a população diminuiu, outras centenas de cadáveres se afundaram ou ficaram boiando nas águas do rio Tibre. Durou oito dias o saque e várias semanas as brutalidades.

          A truculência dos lansquenetes e a eleição do papa Martinho Lutero, indignou os católicos em todo o mundo. Os apelos de Lutero a violência, durante a guerra dos camponeses, devem ter estimulado o furor insano dos soldados germânicos na capital da cristandade. Citamos aqui, as palavras do reformador, dirigidas aos príncipes da Alemanha: Esmagai! Degolai! Trespassai de todo modo! Matar um revoltoso é abater um cão danado. Um conselho adotado quando os lansquenetes luteranos se desembestaram pelas ruas de Roma.


Livro "Lutero e a igreja do pecado", do jornalista Fernando Jorge. Pág. 149-155. Editora Mercúrio.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

DILÚVIO, AS DUAS VERSÕES BÍBLICA




Por Flávio Santa Cruz


Todas as pessoas que se dedicam a um estudo mais aprofundado do texto bíblico sabem que o texto do Pentateuco (Torah), foi escrito por pelo menos quatro diferentes indivíduos em diferentes períodos da história dos reinos de Israel e de Judá. Além destes 4 principais, teríamos pelos menos outros 2 redatores (ou equipes de redatores) que fizeram o trabalho de "colar" e "costurar" determinadas partes dos grandes textos básicos. O relato, pois, dos cinco primeiros livros da bíblia é o resultado de uma composição que durou pelo menos uns 5 séculos até tomar a sua forma final, parecida com a que temos hoje.

Um dos maiores problemas, no entanto, para aquelas pessoas, tais como eu, que sabem destas divisões do texto, sempre foi o de localizar detalhadamente a autoria das variadas partes do texto. Alguns trechos são relativamente fáceis de identificar. Já outros, possuem sutilezas que estão acima de um nível intermediário de conhecimento, demandando a ajuda de especialistas no hebraico e no estudo profundo da tessitura bíblica. Humildemente, reconheço estar ainda vários e vários degraus aquém deste nível.

No entanto, no ano passado, tive a felicidade de adquirir um espetacular livro neste campo. Trata-se de The Bible with Sources Revealed: new view into the five books of Moses, publicado por Richard Elliot Friedman. Este livro é uma verdadeira pérola para os nossos oceanos de ignorância. Ele traça minuciosamente, e em cores, as variadas fontes do Pentateuco. Ou seja, ele nos mostra, de forma, nítida, as partes escritas pelos variados autores, cada um com uma cor diferente. Com ele, podemos saber agora, de forma clara como foi costurado estas variadas composições ao longo dos séculos. Trata-se de um livro único e especial, sem pares conhecidos, por enquanto.


Para exemplificar o poder deste livro, resolvi expor para os leitores o caso do dilúvio bíblico. Se alguém ainda não sabe, nós temos dois relatos diversos sobre o dilúvio na bíblia. A primeira narrativa é do javista [entre 922 e 722 a.C]. Já a segunda narrativa foi elaborada pelo chamado autor sacerdotal [reinado de Ezequias 715-687 a.C.] . O fato é que os textos estão de tal forma entrelaçados que normalmente os lemos como se fosse um único relato, dado o efeito hipnótico da leitura sequencial. Tomando como base a separação elaborada por Elliot, resolvi separar os dois. O que vocês irão perceber é fantástico. Após a separação, temos em mãos dois relatos plenamente inteligíveis. Percebam:





1º Relato do Dilúvio (Autor Javista):

Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.
2 De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea.
3 Também das aves dos céus sete e sete, macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra.
4 Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz.
5 E fez Noé conforme a tudo o que o SENHOR lhe ordenara.
7 Noé entrou na arca, e com ele seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio.
10 E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
12 E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites. e o SENHOR o fechou dentro.
17 E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra.
18 E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.
19 E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.
 20 Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.
22 Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu.
23 Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.e a chuva dos céus deteve-se.
3 E as águas iam-se escoando continuamente de sobre a terra,
 6 E aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito.
8 Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra.
9 A pomba, porém, não achou repouso para a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e recolheu-a consigo na arca.
10 E esperou ainda outros sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca.
 11 E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.
12 Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele. Então Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta.
20 E edificou Noé um altar ao SENHOR; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar.
 21 E o SENHOR sentiu o suave cheiro, e o SENHOR disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz.
22 Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.




2º Relato do Dilúvio (autor sacerdotal)

Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus.
10 E gerou Noé três filhos: Sem, Cão e Jafé.
11 A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.
12 E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
13 Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.
14 Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.
15 E desta maneira a farás: De trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinqüenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura.
16 Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro.
17 Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará. 18 Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.
19 E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão.
20 Das aves conforme a sua espécie, e dos animais conforme a sua espécie, de todo o réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os conservar em vida.
21 E leva contigo de toda a comida que se come e ajunta-a para ti; e te será para mantimento, a ti e a eles.
22 Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.
8 Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra,
9 Entraram de dois em dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
11 No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
13 E no mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
14 Eles, e todo o animal conforme a sua espécie, e todo o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil que se arrasta sobre a terra conforme a sua espécie, e toda a ave conforme a sua espécie, pássaros de toda qualidade.
15 E de toda a carne, em que havia espírito de vida, entraram de dois em dois para junto de Noé na arca.
16 E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne, como Deus lhe tinha ordenado;
21 E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem.
24 E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinqüenta dias.
E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os seres viventes, e de todo o gado que estavam com ele na arca; e Deus fez passar um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas.
2 Cerraram-se também as fontes do abismo e as janelas dos céus, e ao fim de cento e cinqüenta dias minguaram.
4 E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate.
5 E foram as águas indo e minguando até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes.
7 E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra.
13 E aconteceu que no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a terra.
14 E no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca.
15 Então falou Deus a Noé dizendo:
16 Sai da arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos.
17 Todo o animal que está contigo, de toda a carne, de ave, e de gado, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, traze fora contigo; e povoem abundantemente a terra e frutifiquem, e se multipliquem sobre a terra.
18 Então saiu Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele.
19 Todo o animal, todo o réptil, e toda a ave, e tudo o que se move sobre a terra, conforme as suas famílias, saiu para fora da arca.

Como é possível perceber, temos dois relatos bíblicos perfeitamente inteligíveis, através de uma leitura linear. As duas estórias são perfeitamente coerentes. E estando agora separadas, podemos analisar facilmente as suas diferenças, dentre várias possibilidades.
1 - A primeira e clara diferença se refere à forma pela qual os dois relatos se dirigem a Deus. O primeiro e mais antigo relato, elaborado pelo autor javista, se refere à Deus como SENHOR (este SENHOR é, na verdade, no texto em Hebraico o tetragrama YHWH ou YAHWEH). O autor sacerdotal não se utiliza deste termo, se dirigindo ao mesmo através de DEUS [El ou Elohim]. Este é um dado extremamente interessante. O autor javista, desde o início de sua narrativa, opta por afirmar que o nome de YHWH era conhecido desde os primeiros tempos, logo após a expulsão do Éden (Gen 4:26). No entanto, o autor sacerdotal, bem como o autor eloísta optam por afirmar que o nome de YHWH só se tornou conhecido a partir de Moisés (Êxodo 6:2-3). No relato do autor sacerdotal, YHWH se apresenta a Abraão como EL SHADDAY (1) (Gen 17:1). Desta forma, o que diferencia o relato destes escritores quanto ao nome de Deus é a época na qual YHWH se apresenta aos homens.
2 - O autor Javista coloca 7 pares de animais limpos na Arca . Porém, dos animais que não são limpos, um par apenas (Gen 7:2-3). Já o autor sacerdotal coloca estritamente apenas um casal de cada espécie (Gen 6:19-20).
3 - O dilúvio do autor javista dura 40 dias e 40 noites (Gen 7:17). Já a contrapartida do autor sacerdotal faz com que o dilúvio transcorra por um período de 150 dias (Gen 8:2).
4 - O relato do autor javista nos mostra que Noé pode sair da arca após 47 dias (40 de chuva + uma semana navegando). Já o relato do autor sacerdotal nos oferece um relato bem mais complexo. Gen 8:4 nos fala que a arca repousou no Monte Ararat no décimo sétimo dia do sétimo mês. Se tomarmos o calendário lunar como base (29 a 30 dias intercalados)teríamos 177 + 17 = 194 dias. Sendo assim, Noé teria ficado 44 dias navegando após o dilúvio (194 - 150), até chegar ao monte Ararat.
O relato prossegue, nos dizendo, no entanto, que as águas só secaram por sobre a terra depois de um ano (Gen 8:13). Desta forma, tomando como base o calendário lunar, teríamos 354 dias.
A terra, no entanto só secaria definitivamente no vigésimo sétimo dia do segundo mês (Gen 8:14). Sendo assim, teríamos mais 56 dias. O cálculo final, nos fornece então um período de 410 dias (150 dias de tempestade e 260 dias até a terra secar definitivamente).
5 - Quando as águas vão se acalmando, Noé solta uma pomba no relato do autor javista (Gen 8:8). Já o autor sacerdotal opta por narrar um corvo no lugar da pomba (Gen 8:7). Interessantes anotarmos que no relato de Gilgamesh, do qual estes dois textos são dependentes, Uta-Napshtim (o herói da epopéia) solta respectivamente uma pomba, uma andorinha e um corvo. Vejamos:


"Ao chegar ao sétimo dia eu trouxe uma pomba e libertei-a.

A pomba voou e [então] retornou;
Como não tinha lugar para pousar, ela voltou.

Eu trouxe uma andorinha e libertei-a. A andorinha voou e [então] voltou;

Como não tinha lugar para ela pousar, ela voltou.
Eu trouxe um corvo e libertei-o.
O corvo voou, viu as águas que baixavam.
Comeu, andou por sobre as águas (?), levantou-se (?)
e não voltou."

6 - No final do relato do autor javista, encontramos a passagem na qual Noé oferece um holocausto a Iahweh sob a forma do sacrifício dos animais e aves limpos (Gen 8:20). Ora, tal fato poderia se apresentar como uma contradição procriativa [dado que assim Noé estaria matando a possibilidade de reprodução daquela espécie]. No entanto, o paradoxo se desfaz justamente pelo fato de que na narrativa javista, entraram 7 pares de animais puros, em contraste com a narrativa sacerdotal.


(1) O Jeová bíblico, Javé, El Shadai, são apropriações hebraicas dos deuses Enlil e Enki, ambos sumerianos.




A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:
PARA ONDE FORAM AS ÁGUA DO DILÚVIO?

terça-feira, 7 de maio de 2013

JOVENS CRISTÃOS ESTÃO SENDO “DESCRISTIANIZADOS” PELA INTERNET.





Segundo líder religioso católico que tem a mesma visão de alguns líderes evangélicos, a internet deixa os jovens cristãos vulneráveis as doutrinas ateias e de céticos que provoca uma “descristianização” principalmente aos mais jovens.

As novas tecnologias de comunicação, como a internet, estão levando o mundo à “descristianização”, principalmente em relação aos mais jovens, disse ontem (12) em Aparecida (SP), durante comemorações do dia da padroeira do Brasil, dom Cláudio Hummes (foto), arcebispo emérito de São Paulo. Para ele, é isso que explica a “recusa à religião”.

Dentro da Igreja, dom Hummes não é uma voz isolada na acusação de que a internet é uma vilã quanto ao processo de secularização que se verifica em todo o mundo. Já em 2009, o papa Bento XVI disse que a internet pode isolar as pessoas, em uma declaração controversa, porque, para muitos, o que ocorre é justamente uma maior aproximação entre elas.

Líderes evangélicos são da mesma opinião de dom Hummes. O pastor americano Josh McDowell(foto), por exemplo, tem alertado os fiéis sobre o “perigo” da internet, porque é por meio dela que “ateus e céticos têm acesso aos nossos filhos”.

No entendimento de McDowell, como no do arcebispo, a internet é a responsável pelo decréscimo do número de cristãos entre os jovens.

Uma pesquisa recente encomendada pela Intel revelou que os brasileiros são os que mais discutem religião em dispositivos de internet móvel.

NOTA da Igreja: A internet é uma bênção, se a mesma for utilizada com discernimento, pois existem conteúdos dispostos na mesma que ao invés de edificar só traz confusões. Portanto ao pesquisar seja qualquer que for o segmento, após pesquisa procure orientação de pessoas que entendem sobre o assunto pesquisado para verificar a veracidade das informações obtidas.-Exemplo: se pesquisar sobre religião não fique só com a pesquisa pergunte ao seu líder religioso pastor, padre e outros e tenha deles a orientação sobre o tema pesquisado. Amém…