quinta-feira, 18 de abril de 2013

JESUS NÃO É O MESSIAS

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Por Rabino Bentzion Kravitz



Uma análise cuidadosa destes critérios nos revela que, mesmo que Jesus tenha sido judeu, ele não preencheu sequer um destes critérios. Uma investigação das contraditórias genealogias de Jesus demonstra o número de dificuldades com o preenchimento do segundo critério.

Especificamente, o Novo Testamento sustenta que Jesus não teve um pai humano. Nas Escrituras Judaicas, entretanto, está descrito que a genealogia e linhagem tribal da pessoa é transmitida única e exclusivamente por um pai humano (Números 1:18, Jeremias 33:17). Por isso, Jesus jamais poderia ser um descendente nem da tribo de Judá e nem dos Reis David e Salomão.

Existem ainda mais problemas quando se tenta provar a genealogia de Jesus através de José, esposo de Maria (mãe de Jesus). O Novo Testamento afirma que José era um descendente do Rei Jeconias, a quem a Bíblia Judaica amaldiçoou para que não tenha descendentes “sentados no trono de David e reinando sobre Judá

(Jeremias 22:30). A genealogia de José, mesmo que fosse relacionada a Jesus, esbarraria num rei que não teve filhos e desqualificaria o próprio Jesus como Messias.


Finalmente, temos o problema das contagens contraditórias da genealogia de Jesus em Mateus, capítulo 1 e Lucas, capítulo 3. A explicação cristã mais comum para estas contradições é que a genealogia de Lucas é matrilinear. Entretanto isto é infundado, mesmo a partir do original em Grego.

Adicionalmente, já foi estabelecido que a descendência remonta somente ao lado paterno, fazendo com que qualquer explicação seja irrelevante. Mesmo que alguém pudesse traçar a genealogia através do lado materno ainda assim teríamos problemas com o texto de Lucas 3:31 que atesta que Maria descendia de David através de Natan, irmão do rei Salomão, e não do próprio Salomão, como profetizado em Crônicas I, 22:10 na Bíblia Judaica.

O terceiro, quarto e quinto critérios sobre o Messias obviamente ainda não foram cumpridos, nem no tempo de Jesus, nem depois. Qualquer afirmação cristã que estes critérios serão preenchidos em uma “segunda vinda” é irrelevante porque o conceito do Mashiach chegar duas vezes não tem bases escriturais.


A maneira como os cristãos entendem o Messias difere enormemente do ponto de do Velho Testamento. Estas diferenças se desenvolveram como resultado da influência cristã durante o tempo do Imperador Constantino e do Concílio de Nicéa em 325 e.C.

O Messias não vem para ser um objeto de idolatria. Sua missão primordial é a de lograr trazer a paz ao mundo e a de preencher o mundo com o conhecimento e a consciência que há um Deus.

Veja o Exemplo:


Enquanto passeava por uma floresta, uma pessoa notou um círculo marcado em uma árvore com uma flecha perfeitamente cravada no seu centro. Metros adiante notaram que havia várias árvores com círculos e flechas bem no centro. Mais tarde encontrou um hábil arqueiro e perguntou a ele: “Como se tornou um perito tão grande a ponto de acertar sempre no centro do alvo?” “Não é nada difícil”, respondeu o arqueiro, “Primeiro atiro a flecha e depois desenho o círculo em volta dela para que esteja bem no centro”.

Quando examinamos as “provas textuais” que afirmam ser Jesus o Messias prometido, temos sempre de formular a seguinte questão: “Foi uma flecha que foi atirada dentro de um círculo ou foi um círculo que foi desenhado em volta da flecha?” Em outras palavras, terá esta passagem sida mal traduzida, mal interpretada, mal citada, tirada fora de contexto ou fabricada?

O versículo foi fabricado e não existe no Velho Testamento.


Aqui estão alguns exemplos das muitas maneiras como os missionários “desenham círculos em volta da flecha” para poder provar seu ponto de vista.

A profecia mais fácil de cumprir é aquela que você mesmo inventou. O Novo Testamento é uma grande testemunha deste princípio, fabricando inúmeras “profecias” vazias de conteúdo mas que foram atribuídas às Escrituras Hebraicas.

O Novo Testamento, em Mateus, afirma que Jesus era o Messias porque ele viveu na cidade de Nazareth. Veja a “prova textual” utilizada para provar este ponto de vista:

 “Ele (Jesus) chegou e residiu numa cidade chamada Nazareth, para que o que foi dito pelos profetas pudesse ser cumprido. Ele foi então chamado de O Nazareno” (Mateus 2:23) .

 Como Nazareno é alguém que reside na cidade de Nazareth e esta cidade não existia no tempo da Bíblia Judaica, é impossível encontrar esta citação nos textos hebraicos. Daí que é uma prova fabricada e vazia sem realidade.

Em Romanos 11:26, a Bíblia Cristã cita Isaías 59:20 dizendo: “O libertador virá de Zion e removerá o paganismo de Jacob”, desta maneira providenciando o suporte textual para a crença cristã que o Messias removerá os nossos pecados. Entretanto, um exame cuidadoso do original em hebraico revela um profundo dilema. Isaías 59:20 na verdade diz exatamente o contrário: “Um redentor irá até Zion e para aqueles que abandonarem as transgressões de Jacob, assim disse o Senhor”.

O papel do Messias não é remover os nossos pecados, ao invés disso, quando nós tivermos abandonado nossos pecados, então o Messias virá! O mais estranho é que muitos Novos Testamentos traduzem Isaías corretamente e o citam incorretamente em Romanos.

Na tentativa de provar o conceito do “nascimento de uma virgem”, Mateus 1:22- 23 afirma: “Agora tudo isto foi feito para que seja cumprido o que foi dito pelo Senhor pelos seus profetas, dizendo, ‘Eis que uma virgem terá uma criança e eles o chamarão pelo nome de Emanuel’, cuja tradução quer dizer, Deus está conosco”.

Os cristãos dizem ser o cumprimento de uma profecia de Isaías 7:14, que na verdade diz que:

Eis que a jovem mulher terá uma criança e ela o chamará pelo seu nome Emanuel”.

Podemos apontar inúmeras incongruências na tradução cristã. Por exemplo:

1)             a palavra Hebraica “almah, significa uma mulher jovem e não uma virgem, fato já reconhecido pelos estudiosos da Bíblia;

2)             O versículo diz “ha’almah a mulher jovem] e não uma mulher jovem, especificando que havia uma mulher em particular que era conhecida por Isaías durante o período em que vivia, e


3) o versículo diz “ela o chamará de Emanuel”, e não eles o chamarão.


Mesmo apesar destas discrepâncias, se lermos todo o capítulo 7 de Isaías de onde esta passagem foi tirada, fica óbvio que os cristãos tiraram este versículo fora de seu contexto.

Este capítulo fala sobre a profecia feita para o rei judeu Achaz para amenizar o seu temor da invasão de dois reis (de Damasco e da Samaria) que se preparavam para invadir Jerusalém, cerca de 600 anos antes de Jesus. O ponto de vista de Isaías era de que este evento aconteceria num futuro breve (e não dentro de 600 anos, como quer o Cristianismo). O versículo 16 clarifica o fato abundantemente: “Porque antes do menino saber o suficiente para discernir entre o bem e o mal, a terra dos reis que o apavoram cairá em abandono.”

De fato, neste mesmo capítulo, a profecia se cumpre com o nascimento de um filho para Isaías. Como é citado em Isaías 8:4, “Porque antes dos menino aprender a chamar ‘meu pai e minha mãe’, as riquezas de Damasco e os espólios de Samaria deverão ser levados até o rei da Assíria”. Este versículo põe por terra qualquer conexão com Jesus que teria nascido 600 anos depois.

Em Hebreus 1:5, o Novo Testamento cita o versículo de Samuel II, 7:14, “Eu serei um pai para ele e ele será um filho para mim”. Esta referência é tida como concernente a Jesus como o filho de Deus. No entanto, se lermos este verso em Samuel II na sua totalidade, o versículo não termina com a frase citada no Novo Testamento, mas continua: “Quando ele cometer iniquidade, corrigi-lo-ei com a vara do homem.” Isto simplesmente não coaduna com a idéia cristã de um Jesus “sem pecado”. Mais ainda, este versículo fala especificamente do rei Salomão, como é óbvio em Crônicas 22:9-10, “O seu nome será Salomão... ele construirá uma casa em Meu nome e eu serei como um Pai para ele e ele será como um filho para Mim.”

A Bíblia freqüentemente se refere a indivíduos como “filhos” de Deus. De fato, Deus se refere a toda a nação de Israel da seguinte maneira: “Israel, Meu filho e Meu primogênito” (Êxodo 4:22).

Estes exemplos demonstram a confusão criada quando os cristãos atiram a flecha e depois pintam o círculo em volta dela.

Fonte: http://www.jewsforjudaism.org/web/pdf/portuguesehandbook.pdf



Outras Considerações:

Conversa com um amigo Israelita
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Abaixo Eliyahu descreve alguns dos atributos que os rabinos leem nos profetas sobre a pessoa do Messias:


O Messias deverá ser da semente do Rei David (2 Sam 7:12-16; Is 11:1; Jer 23:5, 30:9, 33:15; Ezek 34:23-24, 37:24).

Ser um líder espiritual, militar e político (Is 2:3, 11:2; Dan 7:14).

Ser o "retorno" do Profeta Ellias (Mal 3:23-24).

Construir o terceiro templo em Jerusalém (Is 33:20; Ezek 37:26-28, Ezekiel Chapters 40-48}).

Trazer em vida os judeus de volta a Israel (Is 11:12, 43:5-6; Jer 16:15, 23:3; Ezek 37:21-22; Zech 10:6-10).

Reunir Judá e Israel em um só povo (Is 11:13; Ezek 37:16-22).

Trazer a PAZ palpável ao mundo (Is 2:4, 11:6-8, Micah 4:3-4).

Trazer o conhecimento universal e único sobre HaShem (Is 11:9; Jer 31:33[34]; Zech 14:9).

Ressurreição dos mortos (Is 26:19; Ezek 37:12-13; Dan 12:2).

Resumidamente o Messias será um rei descendente de David, que se erga e se aprofunde no estudo de Torá, se ocupe dos mandamentos como o seu ancestral David, seguindo a Torá, que induza todo o povo judeu a andar nelas, a reforçar suas brechas e a guerrear as guerras do Senhor. Se ele fizer tudo, e for bem sucedido e construir o Templo Sagrado no seu devido lugar, reunindo o povo judeu, será o Mashiach com certeza, e restabelecerá o mundo todo, fazendo todos servirem a D-us.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

A GRANDE FALHA PROFÉTICA DO RETORNO DE JESUS




Na Bíblia existem muitas profecias mas, sem dúvida, uma das mais conhecidas e celebradas é a do JUÍZO FINAL, a SEGUNDA VINDA de Cristo, que virá recolher todos aqueles que nele creram e dar-lhes o Reino dos Céus e a Vida Eterna como recompensa (apesar de haver divergências sobre como será esse retorno). O problema é que, segundo a Bíblia, isso já deveria ter acontecido há muito tempo!



Vejamos o que nos fala essa profecia feita, segundo os evangelhos, pelo próprio Jesus Cristo. Preste atenção nas palavras “Breve”, “Cedo”, “Agora” e “Próximo”. Se tiver alguma dúvida sobre o significado delas não se acanhe e consulte um dicionário



Em Mateus 24:03-35; Marcos 13:24-30 e Lucas 21:27-32, Jesus faz uma extensa e detalhada descrição sobre o Juízo Final; e complementa dizendo:



"EM VERDADE VOS DIGO, QUE NÃO PASSARÁ ESTA GERAÇÃO SEM QUE TODAS ESSAS COISAS SE CUMPRAM"



A passagem acima é uma grande pedra no sapato dos esperançosos cristãos. Abaixo, alguns argumentos comuns tentando resolver o problema.



* Jesus se refere apenas à destruição de Jerusalém ocorrida no ano 70 EC.  Porém, o contexto e a palavra "TODAS" derrubam esse argumento.



* A palavra GERAÇÃO não deve ser entendida como o conjunto de pessoas de uma mesma época, mas como sendo a RAÇA ou o POVO judeu. Mas por que, exatamente aí, "Geração" ganha esse significado especial, sendo que palavra é usada no seu sentido comum nas demais vezes que aparece no Novo Testamento?

E ainda contra tal argumento temos a bíblia na linguagem de hoje (NTLH), que diz:

"essas coisas vão acontecer antes de morrerem todos os que agora estão vivos"


  • "ESTA GERAÇÃO", na verdade, se refere a uma geração futura, e não a geração daquela época. Entretanto, note que é empregada a expressão "AQUELES DIAS" quando Jesus fala de dias futuros em um versículo anterior. Sendo assim, devemos supor que, se Jesus estivesse realmente falando de uma geração futura, teria dito *AQUELA* GERAÇÃO e não *ESTA* GERAÇÃO. Além disso, devemos observar o emprego dos tempos verbais no decorrer do capítulo. Exemplos:

    E Jesus, respondendo, disse-lhes: ACAUTELAI-VOS, que ninguém VOS ENGANE - Mateus 24:04



E OUVIREIS de guerras e de rumores de guerras; OLHAI, não vos ASSUSTEIS, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim - v.6




Portanto, se VOS DISSEREM: Eis que ele está no deserto, não SAIAIS. Eis que ele está no interior da casa; não ACREDITEIS - v.26




Assim, fica claro que a geração em questão era a geração dos discípulos, para o qual ele discursava, e não a geração de um futuro distante e incerto. Penso que apenas a análise de Mateus 24 basta para derrubar a esperança dos atuais cristãos no Segundo Advento de Jesus. Entretanto, várias outras passagens mostram que a Segunda Vinda era pregada como um acontecimento realmente iminente; devendo acontecer no tempo de vida dos apóstolos.


Mil anos como um dia?




2Pedro 03:03,09 parece relatar uma certa frustração dos primeiros cristãos pela demora do retorno de Jesus, o que Pedro justifica argumentando que “um dia para Deus é como mil anos, e mil anos são como um dia” (vindo do Salmos 90:04). E continua, dizendo: ”O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia.” Bom, mas depois de quase dois mil anos de espera...



Esse tal “um dia como mil e mil anos como um dia” tem sido um dos principais argumentos usados na tentativa de evitar uma grande decepção profética, porém, soa como um belo remendo, pois Jesus mesmo assegurou que o Juízo Final aconteceria ainda no tempo de vida de alguns dos seus discípulos, como veremos novamente adiante. Aliás, Pedro, assim como Jesus (ver Marcos 01:15), também usa a palavra "Próximo" em uma passagem anterior quando fala sobre o Juízo Final (1Pedro 04:07). A própria bíblia nos mostra que Deus usa a noção humana de tempo quando faz promessas e profecias. Alguns exemplos:


Porque eis o que falou o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Assemelha-se a filha de Babilônia à eira do tempo do apisoamento, ainda por um pouco, e para ela logo virá o tempo da colheita - Jeremias 51:33



Pelo que assim diz o Senhor Deus dos exércitos: Ó povo meu, que habitas em Sião, não temas a Assíria, quando te ferir com a vara, e contra ti levantar o seu bordão a maneira dos egípcios; porque daqui a bem pouco se cumprirá a minha indignação, e a minha ira servirá para os consumir - Isaías 10:24,25

 Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos - Gênesis 15:13



Assim, podemos considerar que o autor de 2 Pedro estava apenas tentando consolar os cristãos da sua época e não realmente dizendo que Jesus poderia demorar milhares de anos para voltar. Lembrando que 2 Pedro é uma obra cristã relativamente tardia. Tardia o suficiente para se arranjar uma desculpa 

Vamos continuar com nossa investigação das passagens assegurando um retorno iminente do “Salvador” para a época dos apóstolos.

Marcos 01:15- E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está PRÓXIMO.

Arrependei-vos, e crede no evangelho 1Pedro 01:20- O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, MAS MANIFESTADOS NESSES ÚLTIMOS TEMPOS por amor de vós.



1Pedro 04:07- Mas já está PRÓXIMO O FIM DE TODAS AS COISAS, por tanto sede sóbrios e vigiai em oração



Em 1Coríntios 07:29-31, Paulo até mesmo adverte para que não fossem feitos planos para o futuro:



...vos digo, irmãos, que o tempo se ABREVIA; pelo que, doravante, os que têm mulher sejam como se não a tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que folgam, como se não folgassem; os que compram, como se não possuíssem; e os que usam deste mundo, como se dele não usassem em absoluto, porque a aparência deste mundo passa



Romanos 16:20- E o Deus de paz esmagará em BREVE Satanás debaixo dos vossos pés



Hebreus 09:26- De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. MAS AGORA NA CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo

Hebreus 10:37- Pois ainda em BEM POUCO TEMPO, aquele que há de vir, virá, e NÃO TARDARÁ



Tiago 05:07,08- Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes; fortalecei os vossos corações, PORQUE A VINDA DO SENHOR ESTÁ PRÓXIMA

Paulo pede que Timóteo que guarde os mandamentos até a volta de Jesus:

... guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo - 1Timóteo 06:13,14


Pedronas no sapato




1Tessalonicenses 04:14-15. Outra declaração mostrando que Paulo realmente pregava que a vinda de Jesus ocorreria em sua época:



"Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que NÓS, OS QUE FICARMOS VIVOS PARA A VINDA DO SENHOR, de modo algum precederemos os que já dormem."

1Coríntios 10:11- Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para AVISO NOSSO, para quem já SÃO CHEGADOS OS FINS DOS SÉCULOS.

Mateus 10:23- Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que NÃO ACABAREIS DE PERCORRER AS CIDADES DE ISRAEL SEM QUE VENHA O FILHO DO HOMEM.

Em Mateus 26:59, Jesus profetiza para Caifás:



"Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que VEREIS EM BREVE o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu."

Para a defesa da passagem acima é usado Apocalipse 01:07:

"Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém."

Porém, não há motivos concretos para se supor que o redator de Apocalipse considerasse “aqueles que o traspassaram” como estando todos mortos e que tal evento não aconteceria no tempo de vida dos mesmos, pois ele próprio ainda estava vivo.



Uma montanha no sapato




Mateus 16:28– Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.

Os apologistas alegam que a passagens acima não tem relação com o Segundo Advento, e sim com a Transfiguração de Jesus presenciada por alguns dos discípulos (ver Mateus 17:01-05). Ora, se isso é verdade, onde estão os anjos e a recompensa do versículo anterior, ou seja, em Mateus 16:27? Veja abaixo a clara relação entre os dois versículos:



"27Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.



28 Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino."



Os defensores da bíblia querem nos convencer de que entre os dois versículos há um espaço de milênios! Além disso, devemos atentar para um detalhe: o uso da palavra “vir”. Durante a transfiguração Jesus não veio de lugar algum, simplesmente interagiu com as aparições.


Aumentando o tamanho da pedra




Atos 02:15-17- Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E NOS ÚLTIMOS DIAS acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos.



Faz uns 1900 anos que isto foi escrito. Bem, 1900 vezes 365 (vamos fingir que anos bissextos não existem) da 693.500 dias. Esses são os "últimos dias" mais longos da história! Seria bom que o governo nos desse "últimos dias" como esses para pagarmos nossos impostos .

Em 1 João 02:18 os tais "últimos dias" se transformam na "última hora":



"FILHINHOS, É A ÚLTIMA HORA. Como ouviste dizer, o Anticristo está para chegar, mas já agora há muitos Anticristos, DONDE SABEMOS QUE É A ÚLTIMA HORA."



As pedradas de Apocalipse




01:01- Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que BREVEMENTE devem acontecer.



01:03- Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está PRÓXIMO.



03:11- Venho SEM DEMORA.



12:12- Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, SABENDO QUE JÁ TEM POUCO TEMPO.



22:07- Eis que CEDO venho.



22:12- Eis que CEDO venho.



22:10E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque PRÓXIMO está o tempo.



22:20- Aquele que testifica essas coisas diz: CERTAMENTE CEDO VENHO.


Todas essas passagens implicam que a Segunda Vinda de Jesus foi prometida como um evento muito próximo, não em um sentido místico, poético ou figurado, mas em termos literalmente e claramente humanos. Diante disso, somos obrigados a aplicar, também a Jesus e seus apóstolos, uma passagem na própria Bíblia que diz:

E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou? Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele - Deuteronômio 18:21,22

Mas quem sabe no dia de São Nunca?

Créditos Sky

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Quantas crianças teriam sido mortas por Herodes na época do nascimento de Cristo?

Giotto di Bondone (ca 1267-1337) 'Massacre dos inocentes' (S. Mateus, II, 16-18)-fresco-ca 1310 Assisi-Basilica di San Farancesco


Cerca de 20. Se você não entendeu a pergunta, não sabe quem foi Herodes e por que ele teria matado 20 crianças inocentes, aí vai uma explicação.

 Herodes era o governador da Judéia na época em que Jesus Cristo teria nascido. Ao receber a notícia de que o Messias teria vindo ao mundo na cidade de Belém, Herodes preferiu cortar o problema pela raiz antes que o tal salvador de fato se transformasse em um problema para ele.

Foi então que ordenou que seus guardas matassem todos os meninos com menos de 2 anos que encontrassem na cidade de Belém e nos seus arredores. Claro que ninguém tem certeza de que isso realmente aconteceu, da mesma forma que não se tem certeza sobre os feitos de Jesus Cristo na Terra. De qualquer forma, supondo que o massacre dos bebês tenha acontecido, alguns historiadores tentam calcular qual seria a dimensão desse crime.

O americano Raymond Brown, autor do livro O Nascimento do Messias, estima que a vila de Belém tinha cerca de mil habitantes na época e cerca de 20 se enquadravam nas características do menino Jesus, que, graças a um anjo, escapou da degola.

Durante um sonho, o tal anjo cantou a bola para José, que, sem perder tempo, pegou sua esposa Maria e o menino Jesus e se mandou para o Egito.

É difícil estimar qual seria a dimensão desse infanticídio hoje, mas se considerarmos a população atual da cidade de Belém, podemos fazer uma projeção. Dois milênios depois do nascimento de Jesus, a cidade continua com ares de vila, com 27 mil habitantes. Portanto, é provável que o número de meninos menores de 2 anos não chegue a 500 (considerando a mesma proporção da época de Herodes).

Já seria uma chacina e tanto, mas o crime seria de fato catastrófico se considerássemos uma grande cidade como São Paulo, onde, segundo o último levantamento do IBGE, vivem 709 mil crianças com menos de 3 anos. Outro dado interessante: em 2003, segundo o Ministério da Saúde, 888 meninos com menos de 1 ano morreram na cidade de São Paulo, ou seja: em um ano, sem nenhuma catástrofe, morreram 44 vezes mais crianças do que na chacina de Herodes.


No caso da infância de Jesus, por exemplo, Marcos não diz nada. Mateus diz alguma coisa, enquanto Lucas, que não conheceu Jesus apresenta diversas informações.



A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:

"Por que os registros da administração de Herodes contêm tantos detalhes sem importância, mas nem mencionam a ordem para matar todos os meninos com menos de 2 anos?" 



Josefo foi capaz de saber que ocorreu um eclipse da Lua próximo à morte de Herodes Magno (cf. Antiguidades Judaicas, Livro XVII 06:04), porém nada soube de uma escuridão de três horas, um terremoto que fendeu pedras e rasgou o véu do templo e de santos mortos ressuscitando e invadindo a cidade justo durante a morte de um famoso pretenso Messias?! E isso tudo durante a páscoa, quando a cidade ficava abarrotada de gente!!!





E não apenas ele, ninguém mais, nem mesmo os cristãos, além de Mateus! 


domingo, 14 de abril de 2013

CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ


Bruno disse:

Acho que esse vídeo não deveria ser utilizado como argumentação para o assunto tratado ( Jesus é um mito?).. pois seria um desrespeito aos cientistas, históriadores, egiptologistas que procuram a verdade.”

Como se pode deduzir da leitura do texto produzido pelo Bruno, Jesus existiu e há provas científicas a respeito de sua existência. Duvido muito que exista na terra um só médico que ateste a possibilidade de alguém ter nascido sem pai biológico, fecundado por um Deus, cuja criação se encontra claro na leitura de Êxodo capítulo III.

Prova histórica do nascimento de Jesus não há. Não há provas do aparecimento da estrela que o iluminava na estrebaria, não há provas da existência dos Reis Magos, (Reis de onde?) não há provas da execução sumárias das crianças a mando de Herodes, que assim o determinou com medo de um recém-nascido, e por fim não há registro histórico sobre o sumiço total de Jesus por cerca de 30 anos aproximadamente nos evangelhos canônicos.

“Essas fontes incluem o Talmude, o historiador romano Tácito, a Didaqué, Flávio Josefo, Plínio, o Moço, Suetônio, os evangelhos gnósticos (por exemplo, o evangelho de Tomé)”, disse o Bruno.

É claro que o Evangelho de Tomé, aquele que só acreditava no que via, o cita no período em que supostamente Jesus era adolescente. Segundo Tomé, Jesus naqueles tempos, já desobedecia ao Deus hebraico fazendo estátuas de pombos, e quando foi denunciado da violação da Lei de Deus, eis que deu-se um milagre – Jesus bateu palmas e as estátuas se transformaram em pombos e voaram.

É dito também por Tomé que Jesus tinha um comportamento muito parecido com os alunos de escolas públicas da periferia, com semelhança aos viciados em crack – Era mau aluno, respondia aos professores chegando a ser expulso da escola.

Outra passagem descrita por Tomé (Tomé Samuca) nos dá conta que Jesus assassinou dois rapazes da sua idade. Empurrando um de cima de uma laja e outra na rua por ter trombado nele na pressa de chegar ao seu destino.

Mas é claro que o Bruno não acredita na descrição de Tomé, mas não descarta como prova da existência desse Jesus desconhecidos da esmagadora maioria dos cristãos.


Disse Bruno “Jesus existe porque existe uma quantidade razoável de informações historicamente confiáveis sobre ele, englobando pistas de fontes cristãs, judaicas e pagãs”

Isto é uma afirmação pura e simples, está longo de ser um argumento.

Bruno disse “Jesus existe porque existem vinte e sete documentos do Novo Testamento que atestam que Ele viveu...”

A autoridade da Igreja se baseia nos evangelhos, que ninguém sabe quem escreveu, nem quando, e dos quais só temos cópias das cópias das cópias, já que os originais se perderam ou foram destruídos. Mas a Igreja diz que eles são autênticos; foi ela que os escolheu, reescreveu e organizou. Portanto, são os evangelhos que validam a Igreja - mas é a Igreja que valida os evangelhos. Algo não me cheira bem...

É questão de lógica:
Qual é a maior propagadora de Jesus: Igreja.
A Igreja é uma instituição confiável que nunca fez nada que prejudicou a humanidade ? Não
A Igreja Mente ? Mente! (A Igreja mente é corrupta, cruel e sem piedade. (Leonardo Boff)
Temos provas históricas ou arqueológicas sobre Jesus ? Não.
Como provar que a história de Jesus é verdadeira ? Não há como.
O que difere o mito de Jesus do mito do Papai Noel ? nada!

Bom...há uma diferença .. o Papai Noel não condena ao sofrimento quem desacredita dele.


“Jesus existe porque há trinta e nove fontes fora da Bíblia, escritas no prazo de 150 anos da vida de Jesus que o mencionam. Essas fontes incluem o Talmude, o historiador romano Tácito, a Didaqué, Flávio Josefo, Plínio, o Moço, Suetônio, os evangelhos gnósticos (por exemplo, o evangelho de Tomé), etc”

Das 39 fontes só foram citadas 6 e novamente os evangelhos.

Novamente a mesma falácia. Isso não é um argumento, é uma afirmação. Dizer que o Talmude fala sobre Jesus quando os judeus não acreditam na sua existência é um despreparo intelectual do Bruno. Alguém disse isso para o Bruno e ele repete feito papagaio.

O Rabino Bentzion Kravitz afirmou em uma entrevista que – Não há nas escritas antigas do judaísmo nada que fale de Jesus, nem nada parecido com ele.”


TÁCITO


. Tácito (Publius Cornelius Tacitus, 55-120), historiador romano, escritor, orador, cônsul romano (ano 97) e procônsul da Ásia romana (110-113), falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64, apresenta uma notícia exata sobre Jesus, embora curta:

“Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma” (Anais, XV, 44).

Os estudiosos apontam várias razões para se suspeitar de que este trecho não seja de Tácito nem de registros romanos, e sim uma inserção posterior na obra de Tácito:

  1. A referência a Pilatos como procurador seria apropriada na época de Tácito, mas, na época de Pilatos, o título correto era “prefeito”.
  2. Se Tácito escreveu este trecho no início do segundo século, por que os Pais da Igreja, como Tertuliano, Clemente, Orígenes e até Eusébio, que tanto procuraram por provas da historicidade de Jesus, não o citam?
  3. Tácito só passa a ser citado por escritores cristãos a partir do século 15.

O que é claro e indiscutível é que um período de 80 a 100 anos sem nenhum registro histórico confiável, depois de fatos de tal magnitude, é longo o bastante para levantar suspeitas. Além do mais, é insuficiente citar três relatos tão curtos e tão pouco informativos para provar que existiu um messias judeu milagreiro chamado Jesus que seria Deus em forma humana, foi crucificado e ressuscitou.

Plínio, o jovem (61 d.C. – 113 d.C.) — Foi proconsul da Bitínia (atual Turquia). Numa carta ao imperador Trajano, em 112 d.C., pergunta o que fazer quanto aos cristãos que “se reúnem regularmente antes da aurora, em dias determinados, para cantar louvores a Cristo como se ele fosse um deus”. Uns oitenta anos depois da morte de Jesus, alguém estava adorando a um Cristo (messias, em hebraico)! Entretanto, nada se diz sobre se este Cristo era Jesus, o mestre milagreiro que foi crucificado e ressuscitou na Judéia ou se um Cristo mitológico das religiões pagãs de mistério. O próprio Jesus teria dito que haveria muitos falsos Cristos, portanto a afirmação de Plínio não contribui em muito para demonstrar que o Jesus de Nazaré existiu.

Suetônio (69 d.C. – 122 d.C.) — Em “A vida dos imperadores”, com a história de 11 imperadores, ele conta, em 120 d.C., sobre o imperador Cláudio (41 d.C. – 54 d.C.), que ele “expulsou de Roma os judeus que, sob a influência de Cresto, viviam causando tumultos”. Quem é Cresto? Não há menção a Jesus. Seria este Cresto um agitador judeu, um dos muitos falsos messias, ou um Cristo mítico? Este trecho não prova nada sobre a historicidade de um Jesus de Nazaré.

Cristãos causando tumultos?

Aliás, Plínio, Tácito e Suetônio chamaram a crença cristã de superstição, o equivalente a dizer que era algo sem fundamento; uma invencionice. Satisfeito?


Irrelevante. Só comprovam a existência dos cristãos.


Há três autores judeus importantes do primeiro século:

Philo-Judaeus (15 a.C. – 50 d.C.) — de Alexandria, era um teólogo-filósofo judeu que falava grego. Ele conhecia bem Jerusalém porque sua família morava lá. Escreveu muita coisa sobre história e religião judaica do ponto de vista grego e ensinou alguns conceitos que também aparecem no evangelho de João e nas epístolas de Paulo. Por exemplo: Deus e sua Palavra são um só; a Palavra é o filho primogênito de Deus; Deus criou o mundo através de sua palavra; Deus unifica todas as coisas através de sua Palavra; a Palavra é fonte de vida eterna; a Palavra habita em nós e entre nós; todo julgamento cabe Palavra; a Palavra é imutável.

Philo também ensinou sobre Deus ser um espírito, sobre a Trindade, sobre virgens que dão luz, judeus que pecam e irão para o inferno, pagãos que aceitam a Deus e irão para o céu e um Deus que é amor e perdoa. Entretanto, Philo, um judeu que viveu na vizinha Alexandria e que teria sido contemporâneo a Jesus, nunca menciona alguém com este nome nem nenhum milagreiro que teria sido crucificado e depois ressuscitou em Jerusalém, sem falar em eclipses, terremotos e santos judeus saindo dos túmulos e andando pela cidade.

Por que? O completo silêncio de Philo é ensurdecedor!

Flavius Josephus (37 d.C. – 103 d.C.) — era um fariseu que nasceu em Jerusalém, vivia em Roma e escreveu “História dos judeus” (79 d.C.) e “Antiguidades dos judeus” (93 d.C.). Apologistas cristãos (defensores da fé) consideram o testemunho de Josephus sobre Jesus a única evidência garantida da historicidade de Jesus.

O testemunho citado se encontra em “Antiguidades dos judeus”. Ao contrário dos apologistas, entretanto, muitos estudiosos, inclusive os autores da Encyclopedia Britannica, consideram o trecho “uma inserção posterior feita por copistas cristãos”. Ele diz que:

“Naquele tempo, nasceu Jesus, homem sábio, se é que se pode chamar homem, realizando coisas admiráveis e ensinando a todos os que quisessem inspirar-se na verdade. Não foi só seguido por muitos hebreus, como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso país ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores não o abandonaram nem mesmo após sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia após sua morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil coisas milagrosas. A sociedade cristã que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome que usa.”

Por que este trecho é considerado uma inserção posterior?

  1. Josephus era um fariseu. Só um cristão diria que Jesus era o Cristo. Josephus teria tido que renunciar s suas crenças para dizer isto, e Josephus morreu ainda um fariseu.

  1. Josephus costumava escrever capítulos e mais capítulos sobre gente insignificante e eventos obscuros. Como é possível que ele tenha despachado Jesus, uma pessoa tão importante, com apenas algumas frases?


  1. Os parágrafos antes e depois deste trecho descrevem como os romanos reprimiram violentamente as sucessivas rebeliões judaicas. O parágrafo anterior começa com “por aquela época, mais uma triste calamidade desorientou os judeus”. Será que “triste calamidade” se refere vinda do “realizador de mil coisas milagrosas” ou aos romanos matando judeus? Esta suposta referência a Jesus não tem nada a ver com o parágrafo anterior. Parece mais uma inclusão posterior, fora de contexto.

  1. Finalmente, e o que é ainda mais convincente, se Josephus realmente tivesse feito esta referência a Jesus, os Pais da Igreja pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das acusações de que Jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citam este trecho. Sabemos que Orígenes leu Josephus porque ele deixou textos criticando Josephus por este atribuir a destruição de Jerusalém morte de Tiago. Aliás, Orígenes declara expressamente que Josephus, que falava de João Batista, nunca reconheceu Jesus como o Messias (”Contra Celsum”, I, 47).


Não somente a referência de Josephus a Jesus parece fraudulenta como outras menções a fatos históricos em seus livros contradizem e omitem histórias do Novo Testamento:

  1. A Bíblia diz que João Batista foi morto por volta de 30 d.C., no início da vida pública de Jesus. Josephus, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C.

  1. Josephus não menciona a celebração de Pentecostes em Jerusalém, quando, supostamente: judeus devotos de todas as nações se reuniram e receberam o Espírito Santo, sendo capazes de entender os apóstolos cada qual em sua própria língua; Pedro, um pescador judeu, se torna o líder da nova igreja; um colega fariseu de Josephus, Saulo de Tarso, se torna o apóstolo Paulo; a nova igreja passa por um crescimento explosivo na Palestina, Alexandria, Grécia e Roma, onde morava Josephus. O suposto martírio de Pedro e Paulo em Roma, por volta de 60 d.C., não é mencionado por Josephus. Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores.


A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade?

Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que “ as vezes é necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”.

Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Josephus, não resta nehuma evidência confiável de origem não cristã.

Justus de Tiberíades é o terceiro escritor judeu do primeiro século. Seus escritos foram perdidos, mas Photius, patriarca de Constantinopla (878-886 d.C.), escreveu “Bibleotheca”, onde ele comenta a obra de Justus. Photius diz que “do advento de Cristo, das coisas que lhe aconteceram ou dos milagres que ele realizou, não há absolutamente nenhuma menção (em Justus)”. Justus vivia em Tiberíades, na Galiléia (João 6:23). Seus escritos são anteriores s “Antiguidades” de Josephus, de 93 d.C., portanto é provável que ele tenha vivido durante ou imediatamente após a suposta época de Jesus, mas é notável que nada tenha mencionado sobre ele.

A literatura rabínica seria logicamente o outro lugar para se pesquisar a historicidade de Jesus de Nazaré. O Novo Testamento alega que Jesus é o cumprimento da profecia judaica sobre o messias, crucificado no dia da Páscoa. Naquele dia, supostamente houve um terremoto em Jerusalém, a cortina de seu templo se rasgou de alto a baixo, houve um eclipse do sol, santos judeus ressuscitaram e andaram pela cidade. Três dias depois, Jesus ressuscitou e depois subiu aos céus diante de todos. Algum tempo depois, no dia de Pentecostes, os judeus de várias nações se reuniram e viram o Espírito Santo descer na forma de línguas de fogo; a igreja cristã se expandiu de forma explosiva entre judeus e pagãos, com sinais e milagres acontecendo por toda a parte. Em 70 d.C., Jerusalém foi cercada pelos romanos, que destruíram Israel como nação e dispersaram os judeus.

Ainda que os rabinos não aceitassem Jesus como o Messias, o impacto dos acontecimentos volta de Jesus logicamente teria sido registrado nos comentários ao Talmud (os midrash). A história e a tradição oral dos judeus registradas nos midrash foram atualizadas e receberam sua forma final pelo rabino Jehudah ha-Qadosh por volta de 220 d.C. Em seu livro “O Jesus que os judeus nunca conheceram”, Frank Zindler diz que não há uma única fonte rabínica da época que fale da vida de um falso messias do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação e ressurreição de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do cristianismo.

Não há locais históricos na Terra Santa que confirmem a historicidade de Jesus de Nazaré. Monges, padres e guias turísticos que levam peregrinos cristãos (aceitam-se doações) aos locais dos acontecimentos descritos na Bíblia dificilmente podem ser considerados pessoas isentas. Ainda citando Zindler, “Não há confirmação não tendenciosa desses locais.” Nazaré não é mencionada nem uma vez no Antigo Testamento. O Talmud cita 63 cidades da Galiléia, mas não Nazaré. Josephus menciona 45 cidades ou vilarejos da Galiléia, mas nem uma vez cita Nazaré. Josephus menciona Japha, que é um subúrbio da Nazaré de hoje. Lucas 4:28-30 diz que Nazaré tinha uma sinagoga e que a borda da colina sobre a qual ela tinha sido construída era alta o suficiente para que Jesus morresse se o tivessem realmente jogado lá de cima.

Contudo, a Nazaré de nossos dias ocupa o fundo de um vale e a parte de baixo de uma colina. Não há “topo de colina”. Além disso, não há nenhum vestígio de sinagogas do primeiro século. Orígenes (182-254 d.C.), que viveu em Cesaréia, a umas 30 milhas da atual Nazaré, também não fala em Nazaré. A primeira referência cidade surge em Eusébio, no século 4.

O melhor que podemos imaginar é que Nazaré só surgiu depois do século 2. Esta falta de evidência histórica parece ser a explicação para o fato de não haver nenhuma menção a Nazaré em nenhum registro, de nenhuma origem não cristã. Ou seja, Nazaré não existia no primeiro século.

Não há tempo nem espaço para se falar de outras cidades significativas citadas no Novo Testamento, mas as evidências históricas e arqueológicas quanto a Cafarnaum (mencionada 16 vezes no N.T.) e Betânia, ou o Calvário, são, assim como no caso de Nazaré, igualmente fracas e até mesmo desmentem as Escrituras.

Mentes críticas e objetivas se destacam por procurar confirmação imparcial dos supostos fatos. Quando a única evidência disponível de um acontecimento ou de seus resultados é, não apenas questionável e suspeita, mas também aquilo que os divulgadores do acontecimento ou resultado querem que você acredite, convém desconfiar.

O fato é que os escritores judeus não-cristãos, gregos e romanos das décadas que se seguiram suposta crucificação e ressurreição de Jesus nada dizem sobre ninguém chamado Jesus de Nazaré. Uma pessoa justa sempre estará disposta a analisar novas evidências, mas, 2 mil anos depois, o cristianismo continua tendo tantas evidências imparciais sobre Jesus quanto sobre o Mágico de Oz, Zeus ou qualquer um dos muitos deuses-redentores daquela época.


Referências
  • “The Jesus the Jews Never Knew” por Frank R. Zindler
  • Encyclopedia Britannica
  • “Deconstructing Jesus” por Robert Price, Ph.D.
  • Obras completas de Josephus, tradução de William Whiston, Ph.D.
  • “The Jesus Puzzle” por Earl Doherty
  • “The Jesus Mysteries” por Timothy Freke e Peter Gandy




Entre as mais destacadas personalidades que não mencionam Jesus, temos:

Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) — Um dos mais famosos autores romanos sobre ética, filosofia e moral e um cientista que registrou eclipses e terremotos. As cartas que teria trocado com Paulo se revelaram uma fraude, mais tarde.

Plínio, o velho (23 d.C. – 79 d.C.) — História natural. Escreveu 37 livros sobre eventos como terremotos, eclipses e tratamentos médicos.

Quintiliano (39 d.C. – 96 d.C.) — Escreveu “Instituio Oratio”, 12 livros sobre moral e virtude.

Epitectus (55 d.C. – 135 d.C.) — Ex-escravo que se tornou renomado moralista e filósofo e escreveu sobre a “irmandade dos homens” e a importância de se ajudarem os pobres e oprimidos.

Marcial (38 d.C. – 103 d.C.) — Escreveu poemas épicos sobre as loucuras humanas e as várias personalidades do império romano.

Juvenal (55 d.C. – 127 d.C.) — Um dos maiores poetas satíricos de Roma. Escreveu sobre injustiça e tragédia no governo romano.

Plutarco (46 d.C. – 119 d.C.) — Escritor grego que viajou de Roma a Alexandria. Escreveu “Moralia”, sobre moral e ética.



   * Veredicto através dos 20 séculos desta Era Comum :
   Estes escritores, que viveram ao tempo da suposta "vida de Jesus"
deixaram uma livraria extensa, Judaica e Pagã literatura, nas quais não há uma única menção de "Jesus" ou dos seus "apóstolos" e "discípulos".

   Eles são :

                Arrian
                Plutarco
                Apollonius
                Hermógenes
                Appian (Apião)
                Damis
                Aulus Gellius
                Apião da Alexandria
                Philo Judaeus
                Petronius
                Juvenal
                Quintilian
                Silius Italicus
                Phlegon
                Pausanias
                Dio Chrysostom
                Favorinus
                Seneca
                Dion Pruseus
                Martial
                Lucanus
                Statius
                Phaedrus
                Florus Lucius
                Columella
                Lysias
                Theon de Myrna
                Plinio o Velho
                Paterculus
                Persius
                Justus de Tiberius
                Epictetus
                Ptolemi
                Valerius Maximus
                Quintius Curtis
                Valerius Flaccus
                Pompius Mela

O que falta em vocês cristãos fundamentalista é simplesmente uma coisa chamada – honestidade intelectual.